Espanha/Descoberto o vinho mais
antigo do mundo
Bissau, 18
Jun 24 (ANG) - Investigadores espanhóis descobriram o vinho mais antigo do
mundo, acredita-se que esteja conservado há dois mil anos, segundo a Lusa
citando ABC.
A descoberta foi feita, em Carmona,
colectivo romano, e acredita-se que fará parte de um ritual funerário da época,
em que os restos mortais cremados de um homem foram imersos num líquido
dentro de uma urna funerária de vidro.
A descoberta foi feita
dentro de um recinto, com 3,29 m de comprimento e 1,73 m de largura que se
trataria de um túmulo familiar, e onde estavam várias urnas com os restos
mortais de elementos que pertenceriam à mesma família.
Este líquido, que com o
tempo adquiriu uma tonalidade avermelhada, escreve a ABC, estará conservado
desde o século I d.C..
Este foi descoberto por
uma equipa do Departamento de Química Orgânica da Universidade de Córdoba,
dirigida pelo professor José Rafael Ruiz Arrebola.
A equipa sujeitou o
líquido a análises químicas para confirmar, através das suas substâncias, que
se estava perante vinho, pese embora as suas características já pudessem estar
alteradas, devido ao passar dos anos.
A equipa confirmou as
suas suspeitas: os polifenóis identificados no líquido arqueológico são aqueles
que estão presentes nos vinhos e o perfil mineral do líquido arqueológico é
semelhante ao de um vinho, pode ler-se no estudo publicado no Journal of
Archaelogical Science:Report. Descobriram, ainda, que se trataria de vinho
branco.
Antes desta descoberta,
este título, tinha sido atribuído a uma garrafa de vinho Speyer, descoberta em
1867 e datada do século IV d.C., que se conserva no Museu Histórico de Pfalz,
na Alemanha.
A descoberta da urna com
vinho permitiu também confirmar aquelas que eram tradições antigas, bem como a
distinção de género na altura.
As mulheres estavam
proibidas de beber vinho, sendo este hábito considerado “uma coisa de homens”.
Prova disso, é que as urnas encontradas por esta equipa, em 2009, notavam que os homens eram enterrados juntamente com vinho e um anel de ouro. Já as urnas das mulheres, continham jóias, perfume e restos de tecidos. ANG/Angop
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