Brasil/Suspeitos de tentativa de assassínio de ex-juiz Sergio Moro mortos em prisão
Bissau, 19 Jun 24 (ANG) - Dois suspeitos de planearem atentados contra o senador e ex-juiz Sergio Moro e outras autoridades brasileiras foram mortos à facada na segunda-feira dentro de uma prisão no estado de São Paulo, indicaram as autoridades.
Três reclusos,
supostamente ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do Brasil, confessaram o envolvimento no duplo assassínio
e já foram isolados, detalhou a Secretaria de Administração Penitenciária de
São Paulo.
As autoridades
estão a investigar um quarto recluso supostamente envolvido no crime, que
ocorreu numa das alas de um presídio em Presidente Venceslau, no interior de
São Paulo, estado onde o PCC nasceu e epicentro das suas actividades criminais.
A polícia abriu um
inquérito para esclarecer as circunstâncias das duas mortes.
Segundo a imprensa
local, os dois mortos são Janeferson Aparecido, conhecido como Nefo, e
Reginaldo Oliveira, vulgo Rê.
Ambos eram acusados
de serem membros de uma célula do PCC encarregada de planear atentados contra
as autoridades brasileiras.
Em Março de 2023, uma operação da Polícia Federal resultou na prisão de
vários integrantes do grupo, que há um ano planeava o assassínio simultâneo de
diversos membros das autoridades.
Sergio Moro,
mundialmente famoso por condenar o actual presidente
brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e que mais tarde se tornou ministro da
Justiça no Governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), era um alvo prioritário.
O PCC monitorizava
de perto a rotina de Moro e da família.
De acordo com a
investigação, o PCC planeou raptar Moro a 30 de Outubro de 2022, dia da segunda volta das eleições presidenciais em que o
líder Lula da Silva saiu vitorioso nas eleições contra Bolsonaro.
Moro desenvolveu a
carreira como magistrado na cidade de Curitiba e liderou a operação
anticorrupção Lava Jato.
O PCC nasceu na
década de 1990 nas prisões de São Paulo e hoje é a mais poderosa quadrilha
criminosa dedicada ao tráfico de drogas na América do Sul, com tentáculos em
vários países da região.
ANG/Inforpress/Lusa
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