Agricultura/”Horticultura impulsiona economia familiar nas comunidades de Oio e Cacheu”, revela a ONG Ianda Guiné
Bissau, 12 Jun 2024 (ANG) -
A Organização Não Governamental (ONG) Ianda Guiné divulgou que, a horticultura tem vindo à impulsionar economia familiar nas comunidades
de Oio e Cacheu nos últimos tempos através de apoio da “Ação Ianda Guiné Hortas”.
De acordo com o site da ONG
Ianda Guiné, o Presidente da Cooperativa dos Horticultores da região de Cacheu,
Chiquinho Tchuda, enalteceu a importância da cooperativa na organização da
fileira e no desenvolvimento do sector produtivo.
“Estamos agora mais
organizados e unidos, temos mais forças de trabalhar, para aumentar a produção
nas nossas comunidades”. Atualmente estamos a ter intervenções importantes nas
diferentes hortas coletivas (questões de produção, seleção de sementes e da
evacuação de produtos da horta até aos mercados ou centros comerciais)”, disse
Tchuda.
Por sua vez, o Presidente da
Cooperativa dos Horticultores da região de Oio, Domingos Nbunde, avaliou a
construção do centro de processamento, conservação e comercialização de
produtos hortícolas, considerando que traz uma mais-valia para os horticultores,
uma vez que segundo ele resolve as dificuldades de conservação, transformação,
evacuação de produtos e de acesso ao mercado.
Para horticultora de
Binocule nos arredores de Cacheu, Suzete N´bunde, o trabalho da horta está a
mudar as suas vidas na tabanca, porque traz-lhes bastante benefícios desde a
alimentação, rendimentos para o pagamento de algumas despesas da casa, bem como
para compra de roupas, sapatos e
pagamento da escola dos seus filhos.
A horticultora de Ngharon
uma comunidade a quase 7 quilómetros da cidade de Bissorã, Mai Mancal vê a
horticultura como uma solução para as mulheres rurais.
Olhando para os impactos
sociais e económicos da produção hortícola, Mai Mancal, que lidera mais de 50
produtoras da horta coletiva da sua comunidade, salientou que “a horta dá-lhes
o que os seus maridos não conseguem dar hoje, frisando que conseguiram
satisfazer as suas necessidades sem depender de ninguém”.
Mai louvou os resultados da
intervenção do projeto Ianda Guiné na sua comunidade, quer na melhoria produtiva,
como organizacional, facto que na sua opinião lhes permite dinamizar o
mutualismo ou abotas: um sistema de microcrédito através do
qual conseguem gerir as suas hortas.
Segundo o Site de ONG Ianda
Guiné, foram formados sessenta (60) pequenos produtores rurais jovens, entre os
quais 37 raparigas, nos domínios da hortifruticultura e nutrição, com o
propósito de promover melhorias na produção hortícola com a introdução de novas
técnicas sustentáveis e ecológicas, com vista a aumentar a produção e
produtividade, em prol da segurança alimentar e nutricional nas comunidades
rurais beneficiárias do projeto.
No Site sustentaram que, os
mencionados jovens estão a causar mudanças nas suas comunidades, promovendo as
boas práticas produtivas e causando grandes impactos ao nível da economia
familiar e segurança alimentar.
Para apoiar a dinâmica das
atividades do projeto nas comunidades e assegurar a sustentabilidade da
produção hortícola nas comunidades envolvidas, a Ação Hortas, implementada em
Cacheu e Oio criou duas cooperativas de horticultores nessas duas regiões.
Cooperativas essas que serão
responsáveis pela gestão dos dois centros regionais de processamento,
conservação e comercialização de produtos hortícolas construídos no âmbito do
projeto, em Bissorã e Cacheu. Além de garantir a sustentabilidade dos objetivos
da Ação, estes Centros visam potencializar a fileira, criando oportunidades
económicas.ANG/AALS/ÂC
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