quinta-feira, 8 de maio de 2014

UA promete posicionar se estiver em risco a estabilidade e paz social na GB

Bissau, 08 de Mai. 14 (ANG) - A União Africana (UA) reafirmou hoje a sua equidistância no processo eleitoral, cuja segunda volta da presidencial está agendada para o próximo dia 18, mas advertiu que irá posicionar-se caso estiver em risco a estabilidade e paz social no país.

A informação consta duma nota de imprensa a que a ANG teve acesso, a qual apela ainda aos dois concorrentes finalistas, José Mário Vaz e Nuno Gomes Nabiam, assim como os respectivos apoiantes sobre a necessidade de manutenção do bom senso e sentido de responsabilidade em prol da estabilidade política e social.

No documento, a UA relembra ainda que na reunião do conselho de paz e segurança da organização realizada a 16 de Abril passado em Adis Abeba exortou-se aos actores do processo eleitoral no país a respeitar as leis em vigor, o código de conduta assinado entre os candidatos, evitando desta forma linguagens que possam extremar posições e provocar perturbações.

A UA vai enviar mais de 40 observadores, no próximo fim-de-semana, para escrutinarem a segunda volta da eleição presidencial de 18 de Maio próximo. A delegação da organização será chefiada pelo Ex-Presidente da República Moçambicano, Joaquim Alberto Chissano.

Por outro lado o conselho de paz e segurança da UA advertiu na altura aos potenciais perturbadores para que não comprometam a fase final deste processo eleitoral, sublinhando que em caso de inobservância do preceito acima referido, os seus actores serão responsabilizados e punidos pelos actos cometidos.

A UA reitera o seu engajamento com vista o sucesso do processo eleitoral em curso para o regresso a normalidade constitucional, reafirmando a sua disponibilidade para trabalhar com todos os actores nacionais e os parceiros internacionais para que as eleições decorram num clima de paz e de tranquilidade e que os guineenses escolham o seu futuro presidente da república “sem intimidações e ameaças de quem quer que seja”.


ANG/ BI/JAM     

Internacional



A pilhagem de madeira e recursos piscatórios está a travar o progresso de África - Kofi Annan

ABUJA, Nigéria,  8 Mai 14 (ANG)  -- O Relatório do Progresso de África deste ano apela aos líderes africanos para que combatam a desigualdade e exige que a comunidade global tome medidas contra a pilhagem dos recursos naturais do continente.

"Os recursos naturais de África oferecem uma oportunidade única de melhoria substancial das vidas dos cidadãos africanos", revela o novo relatório lançado hoje por Kofi Annan, ex-Secretário-Geral das Nações Unidas,  que acrescente que os referidos recursos são frequentemente pilhados por responsáveis oficiais e investidores estrangeiros corruptos.

A crescente desigualdade está também a impedir que África tire proveito dessa oportunidade, refere o relatório.
  
O relatório do África Progress Panel de 2014 sob o título “Cereais, Peixe, Dinheiro: Financiar as revoluções verde e azul de África”, apela aos líderes políticos africanos para que tomem medidas concretas agora a fim de reduzir a desigualdade através do investimento na agricultura.  

O Documento exige também a tomada de medidas internacionais que ponham cobro ao que descreve como a pilhagem de madeira e recursos piscatórios de África.

“Depois de mais de uma década de crescimento, há muito a celebrar”, irá declarar Kofi Annan aos líderes políticos e empresariais quando o relatório for lançado no Fórum Económico Mundial para África a ter lugar este mês na Nigéria.

“No entanto, chegou o momento de nos perguntarmos por que motivo tanto crescimento fez tão pouco para retirar as pessoas da pobreza – e por que motivo tantos recursos naturais de África estão a ser esbanjados através de práticas corruptas e actividades de investimento pouco escrupulosas”.

“África é um continente caracterizado por uma grande riqueza; então por que motivo a quota de África em termos da subnutrição e mortalidade infantil a nível global está a crescer tão rapidamente? A resposta é que a desigualdade está a enfraquecer a ligação ente o crescimento económico e as melhorias no bem-estar”, afirma.

Embora os rendimentos médios tenham crescido um terço na última década, existem agora mais africanos a viver em situação de pobreza, cerca de 415 milhões, do que no final dos anos 90.

“Os novos objectivos de desenvolvimento globais deverão ter por objectivo erradicar a pobreza até 2030, mas, tendo em conta as tendências actuais, um em cada cinco africanos ainda viverá em situação de pobreza quando chegar esse momento”, estima o diplomata ganês.

Kofi Annan, que desempenhou um papel central na formulação dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, declara: “Quando os países aderem ao novo quadro de desenvolvimento global, devem comprometer-se não somente a cumprir metas ambiciosas, mas também a diminuir as indefensáveis lacunas que separam os ricos dos pobres, as pessoas urbanas das rurais e os homens das mulheres”.

Os autores do relatório identificam a agricultura como a chave do crescimento para a redução da pobreza, salientando que a maioria das pessoas pobres de África vive e trabalha em zonas rurais, sendo predominantemente pequenos agricultores.

“Os países que cresceram sustentados num sector agrícola em forte expansão, como a Etiópia e o Ruanda, demonstraram que o mesmo pode agir como um poderoso catalisador para o crescimento inclusivo e a redução da pobreza”, escreve o relatório.

O relatório apela a uma “revolução verde exclusivamente africana” que adapte as lições proporcionadas pela Ásia às circunstâncias africanas.

África importa actualmente 35 mil milhões de dólares em alimentos porque a agricultura local é prejudicada por uma baixa produtividade, sub-investimento crónico e proteccionismo regional.

Um maior investimento em infra-estruturas e investigação poderia elevar drasticamente os rendimentos da região e as receitas dos agricultores. Entretanto, eliminar as barreiras que restringem o comércio no interior de África poderia abrir novos mercados.

Apesar de mostrar uma postura crítica face aos governos africanos, o Relatório do Progresso em África de 2014 também desafia a comunidade internacional a apoiar os esforços de desenvolvimento da região, destacando as pescas e a exploração florestal como duas das áreas em que são necessárias regras multilaterais reforçadas para combater a pilhagem dos recursos naturais.

A pesca ilegal, não declarada e não regulamentada alcançou proporções epidémicas nas águas costeiras africanas. Calcula-se – e esta é uma estimativa conservadora – que a África Ocidental perca 1,3 mil milhões de dólares por ano. Para além dos custos financeiros, esta pilhagem destrói as comunidades piscatórias que perdem oportunidades cruciais para pescar, transformar e comercializar o produto da sua pesca. Perdem-se ainda mais 17 mil milhões de dólares através de actividades ilícitas de exploração florestal.

“A pilhagem dos recursos naturais é uma actividade de furto organizado disfarçada de comércio. Os arrastões comerciais que operam sob pavilhões de conveniência e descarregam em portos que não registam as suas capturas são antiéticos”, declarou Kofi Annan, acrescentando que estas actividades criminosas agravam o problema da evasão fiscal e das empresas fictícias. O Relatório do Progresso em África de 2014 apela a um regime multilateral para as pescas que aplique sanções aos navios de pesca que não registem nem declarem as suas capturas. O relatório apela também aos governos de todo o mundo para que ratifiquem o Acordo sobre Medidas do Estado do Porto, um tratado que procura impedir que os pescadores clandestinos nos portos descarreguem o resultado dos seus proventos ilícitos.

Os líderes políticos africanos não conseguiram gerir os recursos naturais tendo em conta o interesse dos verdadeiros donos desses recursos: o povo africano.

Para além de perderem dinheiro através da pilhagem de recursos naturais e da má gestão financeira, os africanos perdem valor nos fundos recebidos do estrangeiro, não somente quando a ajuda dos doadores falha no cumprimento das suas promessas, mas até quando os elementos da diáspora africana enviam remessas para as suas famílias no continente. Prevê-se que o continente esteja a perder 1,85 mil milhões de dólares por ano porque os operadores de transferência de fundos impõem taxas excessivas sobre as remessas.

Com maiores receitas resultantes dos recursos, os governos africanos têm agora a oportunidade de desenvolver sistemas de tributação mais eficazes e de despender fundos públicos de uma forma mais justa, acrescenta o relatório. Por exemplo, 3% do PIB regional está actualmente afectado a subsídios de energia que se destinam principalmente à classe média. Esse dinheiro deveria ser desviado para a despesa social a fim de proporcionar aos pobres melhores hipóteses de escaparem à armadilha da pobreza.

“A resiliência e a criatividade de África são tremendas”, afirma Kofi Annan. “Possuímos uma população jovem enérgica e crescente. Os nossos dinâmicos empreendedores estão a utilizar a tecnologia para transformar as vidas das pessoas. Temos recursos suficientes para alimentar não só a nossa população, como também as de outras regiões. Chegou a hora de os líderes africanos, e de os parceiros de investimento responsáveis, libertarem este enorme potencial”.
  
Presidido por Kofi Annan, ex-Secretário-Geral das Nações Unidas, a África Progress Panel composto por dez membros, promove o desenvolvimento equitativo e sustentável em África aos mais altos níveis. O Painel divulga todos os anos, em Maio, a sua publicação de referência: o Relatório do Progresso em África.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Acidentes de viação



 Primeiro trimestre registou 12 mortos

Bissau, 07 Mai 14 (ANG) – Doze pessoas morreram no primeiro trimestre do ano em curso, em resultado dos 115 acidentes de viação ocorridos durante o referido período, revelou hoje o Comandante Nacional da Polícia de Trânsito.

Armando Incuqui em entrevista exclusiva à ANG, disse que o excesso de velocidade, a condução ilegal,  a condução em estado de embriagues, o mau estado dos pneus, as manobras perigosas e a falta de sinalização nas vias públicas são as causas desses acidentes.

“Em 115 casos de acidentes registados, a capital Bissau parece em primeiro lugar com 77 casos, seguido da região de Biombo e Cacheu ambos com seis acidentes, a região de Oio com sete, Bafatá, Oito e Gabú três, e Quinara e Tombali com quatros casos de acidentes de viação cada”, informou, acrescentando que, em termos de óbitos Bissau registou dois, Cacheu um, Oio quatro, Bafatá  um caso e Quinara quatro.

Armando Incuqui pediu maior controlo na emissão de cartas de condução por parte da Direcção-Geral de Viação e Transporte Terrestres aos cidadãos como sendo a primeira medida para reduzir o número de acidentes nas vias públicas, assim como o respeito, por parte dos condutores, às regras e aos sinais verticais e horizontais colocados nas estradas nacionais.

Relativamente as sanções aplicadas aos infractores, o Comandante da Polícia de Trânsito explicou que em caso de condução ilegal a multa varia entre 200.000 e 220.000 francos CFA,  em caso de acidente a multa é de 250.000  francos CFA e em caso de ingestão excessiva  de álcool a multa varia entre 20 mil e 28 mil francos CFA.

Armando Incuqui responsabiliza os condutores por elevado número de acidentes de viação durante os primeiros três meses do ano em curso, por alegado  incumprimento do Código de estrada.

“Os proprietários das viaturas devem recrutar condutores responsáveis, experientes, aqueles que não bebem bebidas alcoólicas quando conduzem , e que  conduzem com prudência”, considerou Armando incuqui.

ANG/LPG/SG



 
   

   
  


Movimento “Nô Salva Guiné” aponta honestidade e rigor como razões de apoio a candidatura do JOMAV

Bissau 07 de Mai. 14 (ANG) - O Movimento “Nô Salva Guiné / JOMAV Presidente” apontou a honestidade, a rigorosidade e a capacidade no trabalho como razões que nortearam o apoio desta organização a candidatura do José Mário Vaz (JOMAV) a segunda volta das eleições presidenciais a ter lugar no dia 18 de Maio do corrente ano.

 Em conferência de imprensa realizada terça-feira, o Coordenador do Movimento afirmou que o candidato JOMAV é o único que dispõe de capacidade para assegurar a estabilidade política e governativa do país, em suma, criar um clima favorável de articulação entre os órgãos de soberania e as instituições da República.

Francisco Rosa Cá advertiu os guineenses que JOMAV é o candidato com a capacidade de contribuir para solidez das Finanças e combater a política de baixo nível, caracterizada pelo tribalismo a que alguns políticos se refugiam para conseguir os seus objectivos “desonestos”.

Presente no evento, o Secretario Nacional do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo verde (PAIGC), Abel da Silva elogiou a iniciativa deste Movimento e apelou os seus elementos a trabalharem arduamente no terreno a fim de convencer o eleitorado a votar no candidato JOMAV.

Ainda nas suas palavras Abel da silva afirmou que alguns políticos estão com “medo” do candidato suportado pelo PAICG, porque sabem que, se ele for eleito ao mais alto cargo da nação, o rigor e a honestidade ocuparão os primeiros lugares na hierarquia dos valores em detrimento da mentira e delapidação dos fundos públicos.

Para o director de campanha do Movimento “Nô Salva Guiné-Bissau/ Jomav Presidente” Carlos Nelson Sanó, a iniciativa visa despertar consciência do povo guineense e apelou os eleitorados a reflectirem profundamente e votarem no candidato JOMAV.

ANG/ BI 

Indicadores múltiplos


Unicef considera de positivos  inquéritos  feitos  em Quinhamel

Bissau, 07 Mai. 14 (ANG) – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), considerou esta terça-feira de positivo o trabalho da equipa da quinta ronda dos Inquéritos de Indicadores Múltiplos (MICS5), feitos em Quinhamel, região de Biombo.

A constatação é do representante do UNICEF na Guiné-Bissau, Abubacar Sultan, após uma visita àquela localidade, durante a qual se reiterou dos trabalhos levados a cabo pela equipa do MICS5, em colaboração com as autoridades regionais de saúde de Quinhamel.

 “A equipa do inquérito está a fazer os trabalhos dentro das normas exigidas. Desejo ainda que o trabalho das equipas que estão nos restantes regiões do país seja de qualidade como a da região de Biombo”, desejou Sultan.

No contexto da Guiné-Bissau, de acordo com o representante do UNICEF, o trabalho da equipa MICS5 será um instrumento fundamental para a replanificação das acções e de implementações de novas políticas e programas sobretudo nesta fase final de transição política.

Sultan agradeceu a forma como a equipa está, a lutar no terreno, para ter um MICS de qualidade igual à de outros países.

O representante do Unicef em Bissau sublinhou que é difícil fazer promessas mas garantiu que vão dar o máximo para continuar com o processo dos inquéritos.

Por seu turno, o Secretário de Estado da Integração Regional, Doménico Sanca, salientou que os referidos inquéritos priorizam a identificação da situação das mulheres e  crianças.”Apoiar as mulheres e crianças significa apoiar toda a comunidade”.

 “Estou convicto que o futuro Presidente e Governo  irão solucionar as dificuldades encontradas ou melhor reconhecidas durante o inquérito para o bem-estar da Sociedade guineense” afirmou Doménico Sanca.

Os inquéritos dos Indicadores Múltiplos revelam a situação geral das nossas populações em vários domínios, nomeadamente as condições económicas e financeiras, agregados familiar, habitacionais, entre ostros.

ANG/AALS/SG


terça-feira, 6 de maio de 2014

Educação

Alunos da ESE não foram recebidos na ANP

Bissau, 06 Maio 14 (ANG) - Os estudantes da Escola Superior da Educação (ESE) que esta manha manifestaram pacificamente a frente da Assembleia nacional popular não foram recebidos por nenhum representante daquele órgão legislativo, constatou ANG.

Em declaração a imprensa, Ivanir Nunes Ocaia, presidente da Associação dos Estudantes da ESE lamentou o facto e garantiu terem antecipadamente informado a ANP das suas intenções através duma carta.

Explicou que a decisão da marcha passar em todas as instituições da República visa por os seus titulares constatarem ao corrente em relação as preocupações dos estudantes e obter destes engajamentos para encontrar soluções as mesmas.

Falando do presente ano lectivo Ivanir Nunes Ocaia disse que, quem quer ter a opinião sobre a salvação do ano lectivo deve em primeiro lugar constatar da situação das infra-estruturas escolares, principalmente as das regiões que não têm mínimas condições para funcionar durante o período das chuvas.

De salientar que amanhã a marcha terá como destino a Presidência da República para fazerem o Presidente da República ouvir das suas preocupações.


ANG/AI

Sindicato

SINDEPROF entrega novo pré-aviso de greve de 35 dias

Bissau, 06 Mai. 14 (ANG) - O Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) entregou segunda-feira ao governo um novo pré-aviso de greve com inicio previsto para o próximo dia 12 e que vai prolongar-se até 27 de Junho do ano em curso.

 A informação foi divulgada pelo vice-presidente do SINDEPROF, Eusébio Có em declarações à ANG, que encara este acto como estratégia de antecipação face a um possível incumprimento das reivindicações que motivou a greve no sector e que amanha termina.

Em causa estão os quatro meses de salários em atraso aos professores e incumprimento do acordo tripartido rubricado entre o sindicato, o governo e o Banco Mundial para regularização dos salários dos docentes de Janeiro a Junho deste ano.

Eusébio Có revelou que diligencias feitas pelo SINDEPROF junto das instituições competentes não surtiram nenhum efeito e acusou o governo de estar a violar sistematicamente o acordo acima mencionado.

O Vice-presidente do SINDEPROF apelou os seus colegas professores para terem a paciência e coragem e que o Sindicato irá prosseguir com diligências junto do Governo para resolução dos problemas da classe.


ANG/PFC

Castanha de Caju

ANAG considera negativo campanha de comercialização da castanha de caju

Bissau, 06 Mai 14 (ANG) - Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau (ANAG) considerou de negativo os dois primeiros meses da campanha de comercialização da castanha de caju, divido ao que considera de alta taxa cobrada para o Fundo de Promoção da Industrialização de Produtos Agrícola (FUNPI).

“Além do mais ela decorre em paralelo com o processo eleitoral em curso no país”, constatou hoje o secretário executivo da ANAG em declaração à ANG.

De acordo com Corca Djaló, a presente campanha está a decorrer de forma indesejada, pois as dificuldades são muitas, com os exportadores a queixarem-se do montante fixado para a exportação que saiu de 750 xof para 800 xof.

E sobre estas taxas, explicou o Secretario executivo, a ANAG teria já diligenciado junto ao executivo no sentido de reduzir o montante cobrando para o FUNPI dos actuais 50 para 10 Francos CFA.

Informou que o sector bancário recusou financiar a campanha deste ano, por receio de problemas na aceitação dos resultados eleitorais do escrutínio geral em curso na Guiné-Bissau.

 “Os exportadores estão descapitalizados por não estarem bem organizados e devidos na persistente instabilidade no país. “Trinta anos depois e ainda o país continua a depender a cem por cento do sector bancário”, criticou o Secretario executivo da ANAG.

E sobre as informações que dão conta que alguns exportadores estão a fazer a troca de um quilograma de arroz por um quilograma e meio da castanha de caju, o Secretario executivo da ANAG exortou aos produtores a denunciar os actores desta pratica junto as autoridades locais.

“A troca de produto por produto é proibida na lei e a colaboração dos régulos, chefes de tabancas e Administradores dos sectores podem ajudar a por cobro a estas situações, lamentou Corca Djaló.´

Perante estas dificuldades o secretário executivo da ANAG exortou o governo no sentido de dar apoio financeiro aos exportadores e as organizações que actuam no sector para dinamizar a campanha.

ANG/LPG/JAM   



            

Futebol

Amido Baldé é novidade da lista de convocados da selecção nacional de futebol da Guiné-Bissau

Bissau, 06 Mai. 14 (ANG) - Amido Baldé, avançado do Celtic da Escócia, é a grande novidade da lista de convocados da selecção nacional de futebol da Guiné-bissau, para o duplo duelo com a República Centro Africana, da pré-eliminatória da Taça das Nações Africanas.

Amido Baldé num lance de disputa
Segundo a TVI24, o antigo internacional sub-21 português, o avançado formado no Sporting Clube de Portugal e que passou ainda pelo Vitória de Guimarães decidiu aceitar o convite da Guiné-bissau, país onde nasceu.

A outra novidade na lista do português Paulo Torres é Tomás Dabó, do Sp. Braga, que também é internacional jovem por Portugal.

Eis a lista completa dos futebolistas convocados pelo seleccionador nacional da Guiné-Bissau, Paulo Torres; Guarda-redes: Jonas Mendes (Atlético/Por), Alberto Coly (Tigres da Fronteira de São Domingos).

Defesas: Tomas Dabó (Sporting de Braga/Por), Banjai (Oliveirense/Por), Eridson Mendes, Atlético Clube de Portugal, Portugal (Atlético/Por), Bacar Baldé (Atlético/Por).

Médios: Ibraima Sow (Académico de Viseu/Por), Emiliano Té (União de Leiria/Por), Boucundji Cá (Reims/Fra), Zezinho Lopes (Veria/Gre).

Avançados: Sami (Marítimo/Por), João Mário (Atlético/Por), Toni Brito (CSKA Sófia/Bul), Gilberto Adul Seidi (Vianense/Por), Bata (Sporting da Covilhã/Por), Rachide Forbes (Sporting da Covilhã/Por), Amido Balde (Celtic/Esc), Ivanildo (Académica/Por).

A primeira mão da prova será disputada no próximo dia 18 do corrente em Bangui (Republica Centro Africana) e a segunda em Bissau.


ANG/AC

Regresso à ordem constitucional


“Novo governo será formado até Junho”, diz Ramos-Horta

Bissau, 06 Mai 14 (ANG) -O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, disse sábado que o novo governo guineense deverá estar formado até Junho, mês que "será histórico" para aquele país africano de língua oficial portuguesa.

"Se tinha alguma dúvida há seis meses, depois de muito diálogo, intensos contactos com todos os actores políticos e militares, estou convencido que em Junho teremos governo na Guiné-Bissau", afirmou hoje Ramos-Horta, de visita a Portugal.

Em causa está o resultado das eleições guineenses de 13 de Abril, que deram a maioria absoluta ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), liderado por Domingos Simões Pereira, para formar governo dois anos depois de um golpe de Estado.

O representante das Nações Unidas defende a necessidade de "compreensão" para com o primeiro-ministro eleito, dando-lhe "tempo" e "sem pressão de ninguém", para que possa constituir "o melhor governo" para o país.

O ex-primeiro-ministro timorense falava à margem da homenagem que lhe foi feita sábado pela Câmara de Valença, no norte de Portugal, recebendo a medalha do município pelo seu passado político e pela defesa da paz e reconciliação em Timor-Leste.

Além desta homenagem, Ramos-Horta reuniu-se naquela cidade com o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira, apelando à intervenção da diplomacia portuguesa junto da comunidade internacional para desbloquear um apoio financeiro de "emergência" ao novo governo a formar por Domingos Simões Pereira.

"Há mecanismos de apoio previstos pela União Europeia para o próximo ano, mas o povo guineense não pode esperar até 2015. Precisamos de apoio de Junho até Dezembro deste ano. São algumas dezenas de milhões de dólares necessários para os próximos seis meses", explicou o representante das Nações Unidas.

Além do pagamento de salários a funcionários públicos, a aquisição de medicamentos, de equipamentos de saúde ou a importação de alimentos são áreas prioritárias, disse ainda.

"O povo guineense fez a sua parte, comportou-se (nas eleições) com exemplaridade, com grande civilidade, regressámos à ordem constitucional. Agora cabe à comunidade internacional cumprir com as suas promessas e obrigações, morais e éticas", apontou Ramos-Horta.

Angop


Internacional


EUA vão ajudar Nigéria a localizar estudantes sequestradas

Bissau, 06 Mai 14 (ANG) - Os Estados Unidos vão enviar uma delegação à Nigéria para ajudar o governo nigeriano a localizar as 276 adolescentes raptadas, há três semanas, em uma escola de Chibok, no interior do país pela seita islâmica Boko Haram.

Em viagem à África, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse que seu país fará “todo o possível para ajudar o governo da Nigéria a trazer as jovens de volta para suas casas e levar os criminosos à Justiça”. De acordo com a imprensa americana, os Estados Unidos devem cooperar com agentes do serviço de inteligência na busca das estudantes sequestradas, mas o envio de tropas está descartado.

Boko Haram, em língua haússa significa “a educação ocidental é um pecado”.

Segunda-feira, numa mensagem de vídeo de quase uma hora, o líder do grupo Boko Haram, Abubakar Shekau, declarou que vai vender as meninas como escravas ou casá-las à força. 

Dando risada diante da câmara, ele afirmou que a educação ocidental é um pecado e que age "em nome de Alá".

Há suspeitas de que as meninas tenham sido levadas para países vizinhos como Chade e Camarões, onde teriam sido vendidas por US$ 12. Segundo a polícia, 53 garotas conseguiram fugir.

No vídeo, que dura 57 minutos, o líder do Boko Haram também ataca os líderes ocidentais e afirma que, quem está ao lado do presidente Barack Obama, do presidente francês, François Hollande, e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, está contra os muçulmanos. Ele também disse que o Boko Haram está em guerra contra “todos os cristãos do mundo”.

Milhares de pessoas têm participado de protestos na Nigéria para exigir a volta das adolescentes. O governo do presidente Goodluck Johnathan tem sido duramente criticado por sua ineficiência no combate aos radicais islâmicos do grupo Boko Haram. 

O caso fragiliza o presidente no momento em que o país sedia, até sexta-feira, o Fórum Económico para a África.

Nesta segunda-feira (5) à noite, centenas de pessoas protestaram nas cidades nigerianas de Lagos e de Abuja para pedir a libertação das meninas. “Esse é apenas um começo. Enquanto elas não forem libertadas, nós vamos continuar a protestar. Vamos mobilizar [cada vez mais pessoas] ”, disse Charlotte Obidairo, da ONG Youth Empowerment and Development Nigéria.
 Nas redes sociais, a campanha "Bring back our girls" (tragam de volta nossas meninas, em português) foi lançada no Facebook, no twitter e no site da Casa Branca.
RFI


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Presidente da associação de Ntum/Bigene toma posse

Bissau, 05 Mai 14 (ANG) – O presidente da Associação dos Filhos Unidos e Amigos de Ntum/Bigene (AFUAN), eleito na primeira Assembleia Geral realizada no dia 28 de Dezembro de 2013., Paulino Quebé tomou posse este sábado, para um mandato de dois anos.

Na cerimónia da tomada de posse, Paulino Quebé prometeu promover consensos a volta dos objectivos traçados para o avanço da AFUAN e manter o espírito de trabalho nas áreas de intervenções.

Este recém-empossado destacou ainda que tem pela frente, importantes desafios a levar a cabo, particularmente no domínio social.

“O momento é oportuno para, nós e os nossos parceiros que actuam na área de Educação, reflectirmos sobre as possibilidades de melhorar o sistema de ensino e formação profissional para os alunos que daqui a nada vão lançar-se ao mercado de trabalho”, disse Paulino Quebé.

Este Responsável alertou que a resolução progressiva dos problemas de saúde e da assistência médica deverá estar entre as suas prioridades, na base de utilização racional dos seus recursos internos.

Por sua vez, em representação do Administrador do Sector de Bigene, António Pereira Batista, realçou que o objectivo de criação de qualquer associação é combater, em parceria com as autoridades locais, os males que afectam a comunidade.

António Pereira Batista aconselhou aos moradores daquela localidade à continuarem a obedecer as orientações dadas pelo comité que os dirige, com vista a melhor organização das suas tabancas, “porque só desta forma é que podem desenvolvimento o sector”.

 Em representação da Juventude de Ntum/Bigene, Carlitos Namcú sublinhou que é preciso que haja união no seio da organização para que possa avançar.

“Antes tínhamos muitas dificuldades em escolher uma pessoa para representar a nossa tabanca nos eventos organizados pelos nossos parceiros, por isso ausentávamos sempre, mas agora com criação da AFUAN vamos participar em todos os eventos ao qual formos convidados”, informou Carlitos Namcú.

Por outro lado, aconselhou ao recém-empossado, a trabalhar de mãos dadas com todas as outras Associações das tabancas vizinhas do Sector de Bigene, e também como as ONGs.

A Associação de Filhos Unidos e Amigos de Ntum (AFUAN) foi fundada no dia 5 de Maio de 2005, e conta com 529 Associados, ao longo deste período conseguiu construir uma Escola e um Posto Sanitário equipados com materiais e medicamentos comprados pela associação, através das receitas recolhidas na campanha de caju e na venda de óleo de palma.

ANG/LLA/SG      

           

Petróleo


DG da Petroguin não confirma abertura de um dos blocos no mar guineense

Bissau, 05 Mai 14 (ANG) – O Director-geral da empresa guineense de petróleo (PETROGUIN), disse desconhecer as informações avançadas pela RFI, segundo as quais duas empresas de prospeção petrolífera teriam agendado para Março próximo a abertura de um poço para avaliação do petróleo no mar da Guiné-Bissau.

“Infelizmente não tenho esta informação. Só depois de termos informações credíveis é que poderemos pronunciar sobre o assunto”, respondeu António Serifo Embalo quando questionado pela imprensa no último fim-de-semana.

Numa das suas edições do passado dia 02, a RFI anunciou que as empresas “Svenska” e a “Premier Oil” teriam agendado para o primeiro trimestre de 2015 a abertura de um poço num dos blocos no off-shore e cujo resultado seria depois avaliado em termos de qualidade comerciável e quantidade de produção.

O DG falava no final de uma palestra promovida por uma missão da companhia de petróleo de Timor-Leste que veio ao pais convidar o Estado guineense a integrar um possível consórcio a estabelecer com os países da Comunidade das Nações falantes da Língua Portuguesa (CPLP), e que visa a partilha de experiencias no domínio de  exploração do carboneto.

Na ocasião, o Presidente da companhia de petróleo de Timor leste esclareceu que a missão é constituída pela companhia Timor-Galp e a Autoridade Nacional do Petróleo que é o órgão regulador da indústria petrolífera daquela nação asiática.

“A missão é para convidar os países da CPLP a integrar a iniciativa do executivo timorense de formar um consórcio das companhias petrolíferas nacionais, essencialmente nacionais para proceder a exploração num bloco on-shore em Timor-Leste”, explicou Francisco Monteiro.

Este responsável esclareceu que o governo do seu pais teria já designado um quarto da área para a exploração do futuro consórcio de companhias nacionais da CPLP.

Falando concretamente sobre a missão, Monteiro informou que a missäo já se reuniu com o Ministro dos Recursos Naturais, Certorio Biote e com o Primeiro-ministro, Rui Barros, aos quais informou do objectivo da sua vinda à Bissau.

Procedeu-se a apresentação da maneira como é feita a exploração do petróleo e gestão dos seus recursos em Timor Leste aos  colegas da Petroguin e  aos jornalistas.


Segundo Gualdino da Silva, responsável da companhia petrolífera de Timor-Leste, a indústria de exploração iniciou muito recentemente, ou seja, depois do pais ter ascendido à independência ocorrida há 12 anos.

ANG/JAM/SG

2ª volta das Presidenciais

Dez partidos políticos vão apoiar José Mário Vaz na segunda volta das presidenciais

Bissau, 05 Mai 14 (ANG) – Dez partidos políticos, incluindo três com assento parlamentar na futura Assembleia Nacional, rubricaram no passado dia 3 um memorando de entendimento de apoio ao candidato do PAIGC na segunda volta da eleição presidencial de 18 de Maio.

Entre outros, o referido Memorando de entendimento contempla a promoção de condições para haja estabilidade governativa, baseada na transparência e na promoção de competências.

No quadro deste documento, o PAIGC comprometeu-se em prestar a assistência necessária as referidas formações políticas designadamente em materiais e logística eleitoral para a campanha do segundo turno da eleição presidencial.

Os partidos signatários manifestarem a disponibilidade em conjugar esforços visando a criação de condições para as reformas estruturais necessárias nomeadamente, no domínio da administração pública, finanças e da defesa e segurança, assim como na realização das eleições autárquicas e na revisão de alguns diplomas legais.

Para atingir tal desidrato, o PAIGC e os partidos signatários comprometem-se em promover encontros regulares ao nível das suas direcções, ou das respectivas estruturas partidárias.

As partes apreciaram os resultados das eleições gerais, tendo todos congratulados pela qualidade da organização e pela forma ordeira e pacifica de participação dos eleitores e trocaram igualmente opiniões sobre a segunda volta do escrutínio.

Fazem parte do grupo signatário os partidos da Convergência Democrática (PCD), da Nova Democracia (PND) a União para Mudança (UM), todos com assento parlamentar na próxima legislatura e os extras parlamentares como o Centro Democrático (CD), Frente Democrática (FD), Partido Solidariedade e Trabalho e mais 5 pequenas formações integrantes do ex-fórum dos partidos políticos apoiantes da transição


ANG/AC

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Eleições Presidenciais



Campanha para a segunda volta arranca hoje

Bissau,02  Mai 14 (ANG) - A campanha eleitoral para a  segunda volta das presidenciais que coloca frente a frente os candidatos José Mário Vaz do PAIGC e Nuno Gomes Nabian, independente apoiado pelo maior partido da oposição arranca hoje devendo durar duas semanas.
A votação está marcada para 18 de Maio depois de o candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), também conhecido como Jomav, ter arrecadado 40,89% dos votos contra 24,79% de Nabian.

A máquina do PAIGC começa a campanha em Buba, no sul do país, depois de ter vencido com maioria absoluta as eleições legislativas realizadas no mesmo dia da primeira volta das presidenciais, 13 de Abril.

Agora, a luta do futuro primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, é conseguir eleger o candidato presidencial do mesmo partido e por isso já tem lugar reservado no palco do comício final, em frente à sede do partido (e ao lado do Palácio Presidencial), em Bissau, no dia 16.

Depois do arranque em Buba, José Mário Vaz tem acções marcadas para sábado e domingo na capital e um comício no domingo à tarde em Bafatá - continuando no resto da semana no Centro e Leste do país (sectores de Ganadu, Contuboel, Gabú, Boé e Pirada).

Só para sexta-feira, dia 09, está previsto o regresso a Bissau, com um comício no campo Lala Quema, entre outras actividades.

Do lado da candidatura de Nuno Nabian, independente apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS), o programa ainda está a ser finalizado, explicaram à Lusa fontes ligadas à organização.

A segunda volta acontece depois das eleições mais concorridas de sempre na Guiné-Bissau.

De acordo com os números finais da votação de 13 de Abril, as taxas de abstenção foram as mais baixas de sempre, com 11,43% nas eleições legislativas e 10,71% na votação para a Presidência.

O processo eleitoral em curso marca o fim do período de transição que se seguiu ao golpe de Estado de Abril de 2012. 

Lusa

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Internacional



Rui Machete diz que há “grande esperança» no regresso à normalidade”
na Guiné-Bissau

Bissau, 30 Abr 14 (ANG)- O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, afirmou haver «uma grande esperança» de que a Guiné-Bissau regresse à normalidade após as eleições no país.

“As eleições correram bem. Há uma grande esperança”, disse Rui Machete aos jornalistas, terça-feira, à margem de uma conferência sobre as relações entre a União Europeia e África, em Lisboa.

O governante português defendeu a necessidade de «criar as condições para que não volte a haver golpes de Estado militares» no país, sendo preciso “cuidar dos militares da Guiné-Bissau e dar-lhes a tranquilidade suficiente para poderem assumir o seu papel num país democrático”.

“Também ajudaremos o governo da Guiné-Bissau numa tarefa muito difícil que tem pela frente», adiantou, assegurando a “solidariedade [de Portugal] com o povo guineense”.

Questionado sobre se a TAP irá retomar as ligações entre Lisboa e Bissau, interrompidas desde Dezembro após o embarque forçado na capital guineense de sírios com passaportes ilegais, Machete disse que “tudo isso decorrerá do desenvolvimento natural e do restabelecimento natural da normalidade”.

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