terça-feira, 6 de maio de 2014

Internacional


EUA vão ajudar Nigéria a localizar estudantes sequestradas

Bissau, 06 Mai 14 (ANG) - Os Estados Unidos vão enviar uma delegação à Nigéria para ajudar o governo nigeriano a localizar as 276 adolescentes raptadas, há três semanas, em uma escola de Chibok, no interior do país pela seita islâmica Boko Haram.

Em viagem à África, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse que seu país fará “todo o possível para ajudar o governo da Nigéria a trazer as jovens de volta para suas casas e levar os criminosos à Justiça”. De acordo com a imprensa americana, os Estados Unidos devem cooperar com agentes do serviço de inteligência na busca das estudantes sequestradas, mas o envio de tropas está descartado.

Boko Haram, em língua haússa significa “a educação ocidental é um pecado”.

Segunda-feira, numa mensagem de vídeo de quase uma hora, o líder do grupo Boko Haram, Abubakar Shekau, declarou que vai vender as meninas como escravas ou casá-las à força. 

Dando risada diante da câmara, ele afirmou que a educação ocidental é um pecado e que age "em nome de Alá".

Há suspeitas de que as meninas tenham sido levadas para países vizinhos como Chade e Camarões, onde teriam sido vendidas por US$ 12. Segundo a polícia, 53 garotas conseguiram fugir.

No vídeo, que dura 57 minutos, o líder do Boko Haram também ataca os líderes ocidentais e afirma que, quem está ao lado do presidente Barack Obama, do presidente francês, François Hollande, e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, está contra os muçulmanos. Ele também disse que o Boko Haram está em guerra contra “todos os cristãos do mundo”.

Milhares de pessoas têm participado de protestos na Nigéria para exigir a volta das adolescentes. O governo do presidente Goodluck Johnathan tem sido duramente criticado por sua ineficiência no combate aos radicais islâmicos do grupo Boko Haram. 

O caso fragiliza o presidente no momento em que o país sedia, até sexta-feira, o Fórum Económico para a África.

Nesta segunda-feira (5) à noite, centenas de pessoas protestaram nas cidades nigerianas de Lagos e de Abuja para pedir a libertação das meninas. “Esse é apenas um começo. Enquanto elas não forem libertadas, nós vamos continuar a protestar. Vamos mobilizar [cada vez mais pessoas] ”, disse Charlotte Obidairo, da ONG Youth Empowerment and Development Nigéria.
 Nas redes sociais, a campanha "Bring back our girls" (tragam de volta nossas meninas, em português) foi lançada no Facebook, no twitter e no site da Casa Branca.
RFI


Sem comentários:

Enviar um comentário