terça-feira, 27 de maio de 2014

Solidariedade



Vigília de solidariedade para com meninas raptadas na Nigéria

Bissau, 27 Mai 14 (ANG) - A Rede da Paz e Segurança para as Mulheres no espaço da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (REMPSECAO), condenou hoje com veemência os raptos de mais de duzentas alunas duma escola secundária na Nigéria, desde o passado dia 15 de Abril do ano em curso, pelo grupo extremista Boko Haram.

Em declarações à imprensa, quando presidia hoje, uma vigília de solidariedade para com as meninas raptadas na Nigéria, a ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Gabriela Fernandes, igualmente membro da referida Rede, disse que, defender os direitos humanos das mulheres é sinónimo de lutar contra o obscurantismo do Boko Haram.

 A governante disse que a REMPSECAO está profundamente chocada com o sequestro e privação ilegal dos direitos à educação de raparigas vítimas de sequestro.

“As declarações dos dirigentes do grupo Boko Haram, segundo as quais elas serão submetidas a escravatura ou vendidas são inadmissíveis, e põem em evidência a desconsideração total pela dignidade inerente à qualquer pessoa humana”, lamentou.

A ministra apelou as autoridades nigerianas para assumirem as suas responsabilidades e adoptarem medidas adequadas para proteger os cidadãos nacionais e estrangeiros das atrocidades do mesmo grupo.

“Exigimos a libertação imediata e sem condições das mesmas de forma a permitir a retoma das suas actividades escolares”, disse a ministra que ainda pediu punição severa dos autores morais e materiais de tais actos.

Gabriela Fernandes exortou o Tribunal Penal Internacional a abertura de uma investigação sobre os crimes que afrontam a consciência cometidos pelo Boko Haram com vista a sua consequente responsabilização criminal.

A governante exortou a Comunidade Internacional nomeadamente as Nações Unidas, União Africana, União Europeia e CEDEAO no sentido de articularem esforços com vista a classificação de Boko Haram como organização terrorista visando      a consequente erradicação das suas células na Nigéria e noutros países.

Por sua vez, o Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Luís Vaz Martins destacou que a iniciativa visa internacionalizar a visão da sociedade guineense sobre a questão dos Direitos Humanos, que “não têm cor nem religião”.

Vaz Martins explicou que os mesmos actos estariam a decorrer em todo o mundo sob auspícios da Federação Internacional das Ligas dos Direitos Humanos.
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Luís Martins apelou a Comunidade Internacional mais apoios de forma a garantir a libertação das sequestradas.

O Embaixador da República Federativa da Nigéria na Guiné-Bissau, agradeceu esta solidariedade do povo guineense, frisando que, a situação pela qual passa o seu país é extremamente triste.

“A organização terrorista Boko Haram representa um perigo e uma ameaça não só para o povo nigeriano mas para o mundo inteiro. As suas actividades simbolizam uma declaração de guerra contra o governo nigeriano, mas o governo não vai deixar isso passar”, afirmou Ahmed Maguid Adames.

O diplomata nigeriano declarou que o governo do seu pai assume com determinação o compromisso de trazer de volta essas meninas de forma segura.

“O Boko Haram não representa os valores religiosos e não é um grupo em que podemos confiar”, porque são terroristas com uma conexão internacional”, explicou.

ANG/JD/SG
  









   

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