sexta-feira, 30 de maio de 2014

Internacional


CEDEAO reúne-se em Acra

Bissau, 30 Mai 14 (ANG) - A Comunidade dos Estados de África Ocidental (CEDEAO) reúne-se esta sexta-feira em Acra, capital do Gana numa cimeira extraordinária convocada pela presidência ganense da organização sub-regional.

O encontro que devera reunir os chefes de estado dos 15 países membros da organização devera analisar a situação na Nigéria devido as acções do grupo terrorista, Boko Haram e o dialogo entre as autoridades malianas e os grupos armados do Norte.

Trata-se de uma reunião de urgência a vários níveis, nomeadamente porque Boko Haram prossegue os seus ataques no Norte da Nigéria, tendo provocado recentemente 35 mortos.

O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan prometeu combater o terrorismo, numa altura em que esta a ser criticado pela forma como esta a gerir essa crise despoletada com a detenção de mais de 200 alunas pelo grupo Boko Haram, e que ainda se encontram num lugar por identificar.

A CEDEAO devera tomar engajamentos concretos, nomeadamente para o melhoramento da colaboração entre estados, tendo em conta que Boko Haram actua inclusive em territórios de países vizinhos da Nigéria, razão pela qual se considera que toda a região esta ameaçada por acções terroristas do grupo.

Numa recente cimeira em França, a Nigéria e os seus vizinhos prometeram melhorar a cooperação no combate ao terrorismo, tendo os Camarões já reforçado as suas tropas no Norte do território, atingido esta semana por um ataque.

Em relação a crise maliana, segundo um diplomata maliano, a CEDEAO devera condenar a violência registada recentemente em Kidal e devera promover o diálogo entre Bamaco e os grupos armados.

Quinta-feira os grupos armados e um representante da presidência maliana encontraram-se no Burquina Faso tendo o encontro produzido alguns avanços, contudo alguns problemas sensíveis ainda estão por resolver, nomeadamente o caso de prisioneiros detidos nos dois lados e os detalhes do diálogo: onde; quando e com quem se dialogar?

A CEDEAO devera exigir decisões concretas com vista ao início rápido das negociações.


AFP

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