IBAP confirma
presença de elefantes nas florestas da Guiné-Bissau
Bissau,28 Mai.14
(ANG) – O Instituto de Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP)
confirmou a existência, nas florestas da Guiné-Bissau, de animais de grande
porte, dentre os quais os elefantes, concretamente na região de Quinara, sector
de Buba, no sul do pais.
Em comunicado distribuído à imprensa o IBAP
indicou que, em Fevereiro de 2014, a Direcção do Parque Natural das Lagoas de
Cufada, foi informada da presença de elefantes nas matas de Sintchã Paté, tendo
uma equipa desta instituição, se desloca ao local para confirmar estas
informações, onde se observou a presença de elefantes a 6 de Fevereiro, pelas
18.30 horas.
De acordo com os
habitantes da povoação de Sintchã Paté e de Samba Só, trata-se de uma pequena
manada composta por três animais, dois adultos e uma cria, que se encontram
bloqueados numa área restrita com condições favoráveis à sua sobrevivência,
dotada de água e alimentos, pois o corredor de migração habitualmente utilizado
foi bloqueado devido ao corte de madeira.
Na sequência da
presença do primeiro grupo destes animais, a ocorrência foi novamente
confirmada em Abril, pelos técnicos do IBAP através da instalação de câmaras de
vigilância ultravioleta nas florestas, que conseguiu captar imagens de um casal
de elefantes na lagoa de Caruai, Balana, Parque Nacional de Cantanhez.
O comunicado do Instituto
da Biodiversidade e Áreas Protegidas informa ainda que, esta manada de
elefantes parece localizar-se numa zona muito limitada, com frequentes
migrações entre a República da Guiné-Conacri e a Guiné-Bissau, em busca de água
e alimentos.
O elefante africano é
o maior mamífero terrestre conhecido e está classificado na Lista Vermelha da
União Internacional para Conservação da Natureza na categoria de animais
ameaçados de extinção e também consta no anexo I da Convenção sobre o Comércio
Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas.
Para conservar a
presença desta espécie no território nacional, o IBAP já começou a realizar
acções de sensibilização junto das comunidades das tabancas mais próximas onde
habitam os animais, assim como já estão a ser encetados contactos junto da
Direcção-Geral e das representações regionais das Florestas, para uma possível
interrupção do abate de árvores nesta zona, durante algum tempo, permitindo
assim ao grupo de migrar mais para a zona transfronteiriça (Balana ou
Gandembel) onde existe uma Unidade de Conservação Comunitária, com um habitat
propício para esta espécie de mamífero.
O Instituto da
Biodiversidade e das Áreas Protegidas é uma instituição nacional com mandato
para gerir a biodiversidade e as Áreas Protegidas da Guiné-Bissau, sob a tutela
da Secretaria de Estado do Ambiente e Turismo, que desenvolve há dez anos
políticas e normas relacionadas com a conservação da biodiversidade em mais de
seis Áreas Protegidas ao nível nacional.
ANG/PNN/ÄC
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