sexta-feira, 23 de maio de 2014

Dia Mundial da Fistula Obstétrica

Mais de 300 mulheres beneficiaram de intervenção cirúrgica para se livrar da doença 

Bissau, 23 Mai.14 (ANG) – Cerca de trezentas mulheres guineenses já foram operadas gratuitamente a Fistula obstétrica entre os anos 2009 e 2013, revelou o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), através de uma nota de imprensa enviada hoje à ANG.

De acordo com a nota divulgada para assinalar o dia internacional da Fistula Obstétrica que hoje se comemora, na Guiné-Bissau, as principais causas da doença estão ligadas a pobreza,  malnutrição, o acesso limitado aos serviços de saúde e a gravidez precoce.

A doença é evitável se se conseguir aumentar a idade da primeira gravidez, abandonar as práticas tradicionais nefastas à saúde da mulher e facilitar o acesso aos cuidados de parto.

“As mulheres  necessitam de ter acesso à cuidados de saúde contínuos antes, durante e após a gravidez”, refere o comunicado..

A Fístula obstétrica é uma das dramáticas consequências de complicações ligadas ao parto e constitui um factor de dupla tristeza tendo em conta que mulheres perdem os seus filhos e a sua dignidade.

A nota do FNUAP informa que a fístula obstétrica é uma lesão que resulta de um trabalho de parto prolongado e  provoca incontinência urinária   e as mulheres afectadas sofrem muitas vezes de estigma e isolamento por parte das suas famílias e comunidades.

O FNUAP e seus parceiros lançaram uma campanha ao nível mundial para eliminar esse mal que afecta a camada feminina.

Na Guine-Bissau um projecto foi igualmente lancado para o efeito e  inclui o tratamento cirúrgico gratuito e reinserção da mulher na sua família e sociedade.
Segundo o resultado de um inquérito feito pelo FNUAP cerca de dois milhões de jovens mulheres vivem com fístula obstétrica não tratada na Ásia e África Subsaariana.ANG/JD/SG  

 


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