quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Quénia/eleições



Candidato da oposição denuncia irregularidades no escrutínio

Bissau, 09 Ago 17 (ANG)  - O candidato da oposição às eleições presidenciais no Quénia, Raila Odinga,afirmou terça-feira a existência de irregularidades no processamento dos resultados eleitorais.

De acordocom as acusações, o sistema informático da Comissão Eleitoral teria sido atacado de forma a manipular os resultados finais.

Odinga rejeita assim os primeiros resultados parciais que indicavam uma  forte liderança para o actual presidente Uluru Kenyatta.

Apesar da comissão eleitoral ainda não ter reagido às acusações, muitas personalidades políticas do país apelaram já a calma, tentando evitar a onda de violência que marcou as eleições no Quénia há 10 anos atrás. Nessa altura mais de mil quenianos foram mortos e cerca de 600 mil foram obrigados a fugirdas suas zonas de residência.

Odinga  afirma que os hackers entraram no sistema eleitoral usando a identidade do gestor da rede informática da Comissão eleitoral Chris Msando, assassinado no mês passado.
A comissão eleitoral adiantou que com 91 por cento dos resultados apurados, Knyatta lidera com 54,5 por cento, obtendo Odinga 44,6 por cento. 

ANG/e-Global Notícias em Português

Mendicidade nas ruas



PM dá ordens de prisão a crianças e jovens apanhados a pedir esmola

Bissau, 09 Ago 17 (ANG) - O primeiro-ministro , Umaro Sissoco Embaló, deu ordens ao ministro do Interior para prender e mandar para as ilhas qualquer criança ou jovem apanhados a pedir esmola na zona continental do país, nomeadamente talibés.

Foto Arquivo
A ordem de Sissoco Embaló foi dada recentemente numa deslocação ao interior da Guiné-Bissau, em visita de contacto com as populações, mas só hoje está a ser noticiada nas rádios de Bissau.

O talibé é geralmente uma criança do sexo masculino que pede esmola pelas ruas de Bissau e de algumas cidades do interior por ordens do mestre corânico.

O primeiro-ministro guineense, muçulmano, disse que é "uma vergonha" que os pais mandem os filhos "para mendicidade pelas ruas em nome do ensino do islão".

"A partir de agora, o ministro do Interior tem ordens para tal: qualquer criança encontrada na rua a pedir esmola será detida e mandada para as ilhas" (arquipélago do Bijagós), declarou Umaro Sissoco Embaló, para quem o Islão não recomenda a mendicidade de crianças.

O chefe do governo guineense sublinhou que a ordem "vale para todas as crianças" mesmo para aquelas de outras religiões, desde que estejam na mendicidade.
Umaro Embaló exortou os pais que não tiverem recursos a entregar os filhos ao Estado, como forma de evitar que peçam esmola.

As organizações da proteção de crianças têm desenvolvido campanhas no sentido de sensibilizar os pais a retirarem os filhos da mendicidade nas ruas de Bissau e de Dacar, no Senegal, para onde são enviados, todos os anos, centenas de jovens guineenses.
Entretanto, a Associação de Amigos de Crianças – AMIC não concorda com a ordem do Primeiro-ministro.

Em declarações à Rádio Nacional, Laudilino Medina disse que tal decisão viola as leis de proteção de crianças em vigor no pais e reconhecidas internacionalmente.

Medina referiu que no Senegal  as autoridades proibiram a prática de mendicidade de crianças nas ruas de Dacar, mas que antes criaram centros de acolhimento e de identificação da origem de todas as crianças afectadas. 

“Graças a essa iniciativa muitas crianças da Guiné-Bissau puderem voltar ao pais e ser reintegradas no seio familiar”, disse.



terça-feira, 8 de agosto de 2017

UNTG/Greve geral



Comissão negocial considera positivo a adesão  nas primeiras horas

Bissau, 08 Ago 17 (ANG) – O presidente da comissão negocial da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) considerou hoje de positivo os 90 por cento de adesão à  paralisação registada nas primeiras horas do primeiro dos três dias da greve-geral decretada pela central sindical.

Em declarações à imprensa, Júlio Mendonça disse que os funcionários públicos da Guiné-Bissau colaboraram com o sindicato mãe, “porque perceberam muito bem o que está por detrás das nossas revindicações”.

De acordo com aquele responsável, num dos memorandos de entendimento assinado pelas duas partes, figura bem claro no seu “artigo” 16º que o governo deve, o mais breve possível, proceder ao reajuste salarial na Função Pública.

“O governo sabe que o salário praticado na função pública é miserável. Imagine um funcionário público com mais de 20 anos, continue a ganhar na mesma letra por falta de promoção pelo governo. Consideramos isso uma violação dos estatutos da Administração Pública”, afirmou Mendonça.

Aquele sindicalista acrescentou  que caso o governo não atender as  exigências dos trabalhadores, o sindicato vai, nos próximos dias, entregar  um novo pré-aviso de greve e assim promover paralisações sucessivas,“até que as nossas exigências sejam atendidas”.

“Estamos cientes de que existem condições para o reajuste salarial se houver  vontade política, porque a história da aprovação do Orçamento Geral de Estado assim como o Programa de Governo não tem nada a ver com isso”, criticou Júlio Mendonça.

A UNTG convocou uma greve de três dias reivindicando o reajuste salarial e o pagamento das dívidas salariais de 2003.  

ANG/LLA/JAM/SG