terça-feira, 22 de agosto de 2017

Burquina Faso



Presidente Kaboré considera morte do Presidente do parlamento “uma pesada perda para a Nação inteira

Bissau, 22 Ago 17 (ANG) – O presidente do Burquina Faso, Roch Marc Christian Kaboré destacou segunda-feira no livro de condolências que o falecimento do  presidente da Assembleia Nacional, Salifou Diallo, representa uma pesada perda para a Nação burquinabe.

Citado pela Agência de Informação Burquinabe(AIB), o  chefe de estado burquinabe considerou o falecido Diallo “um patriota , um homem de convicção e de acção”.

“O brutal desaparecimento de Salifou Diallo, presidente da Assembleia Nacional e presidente do Movimento do Povo para o Progresso( no poder) é uma perda para o parlamento, o partido no poder e para a Nação inteira”, escreveu o presidente Kaboré no livro de condolências lido pelo vice-presidente do parlamento, Bénéwendé Stanislas Sankara.

O presidente do parlamento do Burquina Faso faleceu no dia 19 de Agosto em Paris, França, os seus  restos mortais devem chegar à Burquina Faso quarta-feira, dia 23, estando previstas as cerimónias fúnebres para o dia 25, sexta-feira, na sua terra natal de Ouanhigouva.

Em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado do Burquina Faso sublinhou que Saliou Diallo faleceu mas que se deveria continuar o combate para a consolidação da democracia , o desenvolvimento económico e social e  a justiça no pais.

“Pois, para ele, trata-se de um combate de longa duração no decurso do qual haverá os que caem, os que se levantam e os que continuam a luta”, disse Kaboré.

“ A tua memória será eterna. A única homenagem que devemos te render é de manter alto  os seus ideais de justiça e desenvolvimento para o teu país, reiterou. 

ANG/FAAPA

Projecto Mon Na Lama



PR cultiva 155 hectares de arroz em 52 dias

Bissau, 22 Ago 17 (ANG) – O Chefe de Estado afirmou esta segunda-feira que no quadro do projecto “Mon na Lama“, por ele concebido e que está a implementar na sua aldeia natal, Caliquisse, conseguiu cultivar 155 hectares em 52 dias de trabalho.

José Mário Vaz que falava aos jornalistas na cerimónia de apresentação do espaço, disse que, num futuro próximo, pretende lavrar duas vezes por ano, explicou que os resultados obtidos este ano foram graças ao apoio dos populares de Calequisse.

Disse que o projecto “Mon na Lama” faz parte da sua ambição para o país e o povo. Acrescentou que em campanhas eleitorais tinha prometido ao povo a auto-suficiência alimentar sobretudo a nível do arroz.

O Chefe de Estado disse que o objectivo de seu projecto é levar o país para a auto-suficiência alimentar, e que arrancou em Calequisse mas mais tarde será estendido à 39 sectores.  

“Amílcar Cabral tinha dito que a libertação do país do jugo colonialismo era programa mínimo, Mon na Lama significa exactamente a implementação do programa maior, que  é a fase em que nos encontramos, de utilização da  agricultura como um dos grandes factores de produção para relançar a economia, criar emprego e manter a população nas suas aldeias”, exemplificou.

Disse que desceu  a bolanha  para mostrar à todos que não está com as mãos no bolso, mas sim na lama. 

Explicou que a Guiné-Bissau gasta cerca de 50 milhões de dólares Americano por ano na compra de arroz, e que o país pode perfeitamente  resolver esse problema, sem estar constantemente a importar este cereal, que é o produto básico da alimentação do povo guneense. 

Esclareceu que se a Guiné-Bissau conseguir a sua autonomia neste sentido, está a resolver algum problema, porque quando “importarmos arroz estamos” a criar riqueza e emprego para os países exportadores. 

O chefe de estado anunciou na ocasião que se encontra no país uma delegação do Fundo da Arabia Saudita, interessado em apoiar o  projecto Mon na Lama.

O presidente da República, para além de receber a delegação do Funda Árabe também recebeu  a visita de 116 régulos vindos de todas as regiões do país. 

Segundo o  técnico do projecto, Camilo Camissa Baldé , o sistema  de cultivo de arroz vai beneficiar a população local.

“O Mon na Lama terá como a segunda parte,  o desenvolvimento rural concretamente em sectores de saude, educação e estradas, que são componentes do progresso agrícola”, disse.

Camilo Baldé revelou que o Chefe de Estado pretende construir uma escola agrícola. onde serao formados técnicos com conhecimentos sobre as formas de conservação, protecção das sementes e produtos hortícolas, e ainda  mecanizar a agricultura nacional.

 ANG/JD/SG  


 

TPI


Autor da destruição de Tombuctu condenado a 2.7 milhões de euros de indemnização

Bissau, 22 Ago 17 (ANG) - O Tribunal Penal Internacional (TPI) decidiu recentemente que o rebelde condenado pela destruição do Património Histórico Mundial, em Tombuctu no Mali, deve pagar 2.7 milhões de Euros em indemnizações.

Em Setembro de 2016, Ahmad Al Faqi Al Mahdi foi declarado culpado pela destruição do Património Mundial, em Haia, na Holanda.

Ahmad Al Faqi Al Mahdi era membro do grupo extremista Ansar Dine, e liderou os ataques que destruíram nove mausoléus e a porta da mesquita Sidi Yahia, em 2012.
O tribunal ordena agora que  Ahmad Al Faqi Ai Mahdi pague 1.17 milhões de Euros ao Mali e à comunidade internacional através da  UNESCO.
A indemnização inclui, para além da quantia monetária, medidas simbólicas como um memorial ou cerimónia de perdão para que seja publicamente” reconhecido o dano moral causado à indústria da comunidade de Tombuctu e  aos seus residentes.
“Esse pedido de desculpas deverá ser transmitido através de um vídeo, para ser posteriormente publicado online no portal oficial da UNESCO.

ANG/e-Global Notícias em Português.

Angola/Eleições


 CNE encerra campanha eleitoral concretizada em "clima de paz"

Bissau, 22 Ago 17 (ANG) - O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola elogiou segunda-feira a forma como decorreram os 30 dias de campanha para as eleições gerais de 23 de agosto,  apesar de alguns incidentes "devidamente controlados".

André da Silva Neto fez  uma declaração para formalizar o fim da campanha eleitoral, iniciada a 22 de julho.

Hoje , terça-feira, dia que antecede o escrutínio, está reservada à reflexão dos angolanos, para que "no dia 23 se dirijam às assembleias de voto e em sã consciência escolham o partido político ou coligação de partidos políticos" que vai dirigir os destinos do país nos próximos cinco anos.

"Durante os 30 dias de campanha eleitoral os partidos políticos e coligação de partidos políticos desenvolveram uma intensa atividade de justificação e promoção das suas candidaturas, usando os diversos meios que a lei estipula, e através dela foi possível dar a conhecer aos eleitores e aos cidadãos em geral os princípios ideológicos, programas políticos, sociais e económicos por si sustentados, dentro do espírito de democracia participativa e do Estado de direito", disse André da Silva Neto.

Segundo o presidente do órgão eleitoral angolano, de forma geral "a campanha eleitoral decorreu num clima de paz, de liberdade e de justiça".

"Os concorrentes observaram os preceitos políticos e éticos que regem as eleições e as nossas particularidades históricas", disse, lamentando os incidentes localizados, mas "devidamente controlados e que se encontram a receber tratamento legal dos órgãos competentes".

O presidente da CNE elogiou também a maturidade demonstrada pelos políticos e pelos seus apoiantes, o que facilitou o trabalho dos órgãos de segurança e da CNE.

"Por esta postura, que enobrece a nossa democracia, endereçamos uma palavra de apreço aos partidos e coligação de partidos políticos e aos distintos candidatos concorrentes", referiu.

O responsável apelou para que no dia dedicado à reflexão dos eleitores angolanos todos os atores políticos mantenham a serenidade que tem caracterizado os angolanos nos últimos 15 anos.

"É chegado o momento, reflitam maduramente face às mensagens que os concorrentes ao poder político foram passando, ao longo dos 30 dias de campanha eleitoral, e decidam qual deles merece a vossa escolha", frisou.

O responsável exortou os eleitores a exercerem o seu direito de voto "livre de pressões de qualquer espécie".

"E no dia 23 acorram às assembleias de voto para, secretamente, escolherem o vosso preferido, na certeza de que o escolhido por vós é aquele que definirá efetivamente para todos nós um futuro de prosperidade, bem-estar económico e social", encorajou André da Silva Neto.

Angola vai realizar eleições gerais na quarta-feira, concorrendo o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), o Partido de Renovação Social (PRS), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a Aliança Patriótica Nacional (APN).

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda.

Em condições de votar estão 9.317.294 eleitores.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo-se 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90). 

Lusa/Fim


Crise política


A situação na Guiné-Bissau é "complicada", diz Secretaria Executiva da CPLP


Bissau, 22 Ago 17 (ANG) - A situação na Guiné-Bissau é "complicada", pois "continuam a persistir o extremar de posições entre as partes envolvidas", considerou segunda-feira em São Tomé, a secretária executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria do Carmo Silveira.

"A situação é complicada. Continuam e persistir um extremar de posições entre as partes envolvidas, mesmo apesar de uma tentativa de mediação que foi adoptada bastante recente de um grupo de senhoras que pretende dar um contributo para ver se consegue encontrar uma plataforma de entendimento entre os diferentes atores", disse Maria do Carmo Silveira.

A secretária executiva da CPLP, que iniciou segunda-feira uma visita de três dias a São Tomé e Príncipe, lembrou a sua recente deslocação a Bissau onde constatou que "as posições estão muito extremadas".

"Todos reconhecem que é necessário dialogar mas muito pouco é feito em termos de iniciativas concretas no sentido de se encontrar uma plataforma para esse diálogo", salientou.

Na sua primeira visita a São Tomé e Príncipe, depois de empossada no cargo, Maria do Carmo Silveira teve hoje um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Urbino Botelho, e inaugurou no Centro Cultural do Brasil uma exposição denominada "Futuro Aposta na CPLP".

Maria do Carmo Silveira, que falava aos jornalistas no final do encontro com o chefe da diplomacia são-tomense, sublinhou que "o Acordo de Conacri tem sido bastante deficiente" e a sua implementação "continua a suscitar problemas".

O Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.

O atual Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial, não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.

A secretária executiva da CPLP referiu que a CPLP entende que o conflito político em Bissau é "um problema político interno", reconhece que "em democracia é normal que haja divergências politicas, porque unanimismo não é bom", mas que o importante é que "as soluções para os conflitos, para as divergências políticas sejam encontradas dentro do quadro constitucionalmente constituído".

Maria do Carmo Silveira lamenta que as "tentativas no terreno" para encontrar uma solução para o diferendo ainda não tenham "resultados muito positivos, porque o impasse continua".

"Continuamos a apelar às partes no sentido de cumprir os acordos estabelecidos e as recomendações das instituições internacionais como as Nações Unidas e o grupo do P5 (constituído por União Africana, ONU, CEDEAO, CPLP e UE).

Sobre Angola, disse que o desejo da sua organização "é que essas eleições possam decorrer dentro da normalidade, tranquilidade, que seja uma festa da democracia e que os angolanos possam eleger o seu representante".

Acredita que o ainda Presidente da República, José Eduardo dos Santos "foi um bom contributo para a democracia em Angola".

"Os angolanos vão escolher os novos representantes, o voto é que os próximos dirigentes de Angola deem sequência ao processo de desenvolvimento", disse Maria do Carmo Silveira. 


ANG/Lusa