CNE encerra
campanha eleitoral concretizada em "clima de paz"
Bissau, 22 Ago 17
(ANG) - O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola elogiou segunda-feira
a forma como decorreram os 30 dias de campanha para as eleições gerais de 23 de
agosto, apesar de alguns incidentes
"devidamente controlados".
André da Silva
Neto fez uma declaração para formalizar
o fim da campanha eleitoral, iniciada a 22 de julho.
Hoje ,
terça-feira, dia que antecede o escrutínio, está reservada à reflexão dos
angolanos, para que "no dia 23 se dirijam às assembleias de voto e em sã
consciência escolham o partido político ou coligação de partidos
políticos" que vai dirigir os destinos do país nos próximos cinco anos.
"Durante os
30 dias de campanha eleitoral os partidos políticos e coligação de partidos
políticos desenvolveram uma intensa atividade de justificação e promoção das
suas candidaturas, usando os diversos meios que a lei estipula, e através dela
foi possível dar a conhecer aos eleitores e aos cidadãos em geral os princípios
ideológicos, programas políticos, sociais e económicos por si sustentados,
dentro do espírito de democracia participativa e do Estado de direito",
disse André da Silva Neto.
Segundo o
presidente do órgão eleitoral angolano, de forma geral "a campanha
eleitoral decorreu num clima de paz, de liberdade e de justiça".
"Os
concorrentes observaram os preceitos políticos e éticos que regem as eleições e
as nossas particularidades históricas", disse, lamentando os incidentes
localizados, mas "devidamente controlados e que se encontram a receber
tratamento legal dos órgãos competentes".
O presidente da
CNE elogiou também a maturidade demonstrada pelos políticos e pelos seus
apoiantes, o que facilitou o trabalho dos órgãos de segurança e da CNE.
"Por esta
postura, que enobrece a nossa democracia, endereçamos uma palavra de apreço aos
partidos e coligação de partidos políticos e aos distintos candidatos concorrentes",
referiu.
O responsável
apelou para que no dia dedicado à reflexão dos eleitores angolanos todos os
atores políticos mantenham a serenidade que tem caracterizado os angolanos nos
últimos 15 anos.
"É chegado o
momento, reflitam maduramente face às mensagens que os concorrentes ao poder
político foram passando, ao longo dos 30 dias de campanha eleitoral, e decidam
qual deles merece a vossa escolha", frisou.
O responsável
exortou os eleitores a exercerem o seu direito de voto "livre de pressões
de qualquer espécie".
"E no dia 23
acorram às assembleias de voto para, secretamente, escolherem o vosso
preferido, na certeza de que o escolhido por vós é aquele que definirá
efetivamente para todos nós um futuro de prosperidade, bem-estar económico e
social", encorajou André da Silva Neto.
Angola vai
realizar eleições gerais na quarta-feira, concorrendo o Movimento Popular de
Libertação de Angola (MPLA), a União Nacional para a Independência Total de
Angola (UNITA), a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação
Eleitoral (CASA-CE), o Partido de Renovação Social (PRS), a Frente Nacional de
Libertação de Angola (FNLA) e a Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Comissão
Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem
25.873 mesas, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o
país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda.
Em condições de
votar estão 9.317.294 eleitores.
A Constituição
angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco
anos, elegendo-se 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados
pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).
Lusa/Fim
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