Transferência
dos primatas para Zâmbia e Quénia em breve, garante IBAP
Bissau, 24 Ago 17
(ANG) – O Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) reiterou
recentemente que esta em curso o processo de transferência para Quénia e Zâmbia
dos três chimpanzés, apanhados nas matas do sul do paíse mantidos em cativeiro.
Em nota à imprensa, datada de 17 do mês em curso, entregue hoje à
ANG, o IBAP esclarece que para a concretização do envio destes animais para um
santuário apropriado, serão respeitados todos os trâmites administrativos e
veterinários.
Segundo a nota, as
condições para a tranferência destes chimpanzés fêmeas, têm a ver com atrasos
dos exames e certificados veterinários que devem ser emitidos por um
especialista autorizado, para testar ausência de doenças epizoóticas e
zoonóticas.
Devido a inexistência
de serviços especializados no país, o IBAP recorreu á Delegação da União
Europeia na Guiné-Bissau e a uma Investigadora pós-doutoral do Centro de
Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO), para identificar
um laboratório que aceite realizar os exames.
Assim, os seus parceiros
apoiaram a deslocação de um veterinário especializado em animais selvagens
desde Junho deste ano, para anestesiar os três chimpanzés, recolha de amostras
de sangue, medição dos aspectos biométricos, realização do teste de
tuberculina, zaragatoas e aplicação de um número de identificação.
O problema de captura
de Chimpanzés para a comercialização, tem sido o grande problema com que o IBAP
tem sido confrontado há vários anos, informa a nota, que dijz que no entanto a
organização sempre fez questão de devolve-los ao seu habitat, apesar de , em
alguns casos, das rejeições de que são alvos pelos animais da sua espécie.
Em 2015, a Direcção
do Parque Natural de Cantanhez recuperou um chimpanzé fêmea juvenil chamada Bô,
capturada pela população local, na aldeia de Gandambel, a que um especialista português
em primatas tentou reintroduzi-la na floresta, mas que não foi possível, porque
ela não quis voltar, por o grupo de chimpanzés a terem rejeitado.
Igualmente, em 2016, animal
da mesma espécie mas do género feminino de nome Bella também foi recuperada, mas o processo da sua
reintegração na família natural não foi possível e actualmente ela se encontra
sob gestão dos serviços da Guarda Nacional, na região de Tombali, em
Mampatá-Forea.
A terceira chimpanzé
de nome Emília que foi entregue a Direcção do Parque Nacional de Dulombi está
em cativeiro em Bambadinca.
Os Chimpanzes de
origem da Africa Ocidental são uma espécie rara e completamente protegida e
consta da lista vermelha da UICN, o que significa que estão em extinção pelo
que merecem toda a protecção pela Convenção Internacional das Espécies de Fauna
e Flora Ameaçadas de Extinção (CITES), ratificada pela Guiné-Bissau.
.O IBAP com a ajuda
de diferentes parceiros há dois anos estabeleceu contactos com outras
estruturas internacionais para obter orientações sobre as modalidades de adopção
destes primatas noutros países com melhores condições.
Segundo a Aliança Pan
Africana do Santuário, os únicos disponíveis para receber os referidos animais
são o da Zâmbia e do Quénia,e IBAP entrou
em contacto com eles e forneceram informações sobre os procedimentos
necessários para a transferência dos chimpanzés.
ANG/JD/JAM/SG
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