Presidente
do Supremo Tribunal defende democratização
dos direitos dos homens em África
Bissau, 16 Ago 17
(ANG) – O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça disse terça-feira ser imperativo a democratização
dos direitos dos homens nos Estados e nas comunidades africanas.
Paulo Sanhá que
falava no acto de enceramento do seminário de sensibilização e protecção dos
direitos humanos, organizado pelo Tribunal Africano em colaboração com o
governo e a Ordem dos Advogados, explicou que a democratização seria o garante dos direitos humanos, individuais ou
colectivos das pessoas e dos povos no continente.
Considerou que a
eventual ratificação do protocolo que criou o Tribunal Africano dos Direitos do
Homem e dos Povos e a submissão à respectiva declaração irá reforçar a tutela
jurisdicional internacional dos direitos dos guineenses, mas também alinhar-se
com o objectivo de consolidação da democracia e do estado de direito
democrático.
Por sua vez, em
representação do primeiro-ministro, o ministro da presidência e porta-voz do
governo afirmou que o país está empenhado na criação de condições necessárias para a garantia e efectivação de
mecanismos de protecção dos direitos humanos.
Soares Sambú garantiu
que, se a situação de bloqueio institucional for ultrapassada, a Guiné-Bissau
procederá a ratificação do protocolo da Carta Africana dos Direitos Humanos e
dos Povos .
O Bastonários de
Ordem dos advogados disse que o referido seminário tem um significado especial,
porque corresponde uma das suas preocupações, que é de assegurar maior acesso
dos cidadãos aos instrumentos internacionais relativo à justiça.
Basílio Sanca disse
que a Ordem pretende lançar um programa para a protecção dos direitos humanos,
através de comunicação telefónica de
rede fixa, a ser colocada em todas as esquadras de polícias de ordem pública e
judiciária.
A iniciativa deve permitir
que a Odem dos Advogados tenha, atempedamente, informações sobre as detenções,
e para que seja garantida a presença de um advogado para apuramento das razões
da detenção.
“O direito a justiça
gratuito será implantado pela primeira vez no país e estendida aos líderes
políticos e aos dirigentes das associações e organizações não-governamentais
que actuam no domínio da defesa e promoção dos direitos humanos, “revelou.
O seminário que se
organizou na sequência da visita duma delegação do Tribunal Africano dos
Direitos Humanos e dos Povos, que ainda se encontra no pais, visa encorajar as
autoridades do país a ratificarem o referido protocolo de adesão e submeter-se à
declaração prevista no artigo 6º e 34º dos seus estatutos que permite acesso
das ONG,s e dos indivíduos ao tribunal.
ANG/JD/JAM/SG
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