PAM precisa de 850 milhões de euros para impedir
fome em quatro países
Bissau, 25 Ago 17 (ANG) - O
Programa Alimentar Mundial precisa de 850 milhões de euros para impedir a fome
em quatro países até ao final do ano, disse à Lusa o diretor do Programa
Alimentar Mundial.
“Precisamos de
quase 850 mil milhão de dólares para combater a fome nestes países nos próximos
seis meses. Quando estamos com poucos fundos, o programa é obrigado a cortar
nas rações de comida, deixando as pessoas com menos do precisam para ter uma
vida normal e saudades. Quanto mais dramáticos os cortes, maior o número de
pessoas que pode morrer por falta de comida”, disse David Beasley em entrevista
à Lusa.
“Falta de fundos
significa que pessoas podem morrer. É tão simples quanto isso”, acrescenta o
responsável.
Segundo Beasley, o
mundo enfrenta a maior crise humanitária em 70 anos com mais de 20 milhões de
pessoas no Iémen, na Somália, no Sudão do Sul e Nigéria em risco de fome.
“As boas noticias
é que estamos a tentar a conseguir resultados na nossa luta contra a fome, e
todas as pessoas podem ajudar. O Programa Alimentar Mundial e outras agências
têm estado na linha da frente, mas não conseguirmos trabalhar a 100 por cento
devido a recursos insuficientes e conflitos que nos impedem de chegar às
pessoas que mais precisam de ajuda”, explica Beasley.
A proposta de
orçamento do Estado dos EUA, apresentada por Donald Trump em março, inclui
cortes nas contribuições para as Nações Unidas e os seus programas de ajuda
humanitário, mas o orçamento final será elaborado pelo Congresso e Beasley
acredita que se vai manter o apoio do país à organização que dirige.
“O programa
Alimentar Mundial tem forte apoio bipartidário em Washington. Sei isso devido à
minha experiência pessoal a lidar com ambos os lados, no Senado, na Câmara dos
Representantes e na administração Trump. Este apoio ficou demonstrado em meses
recentes, com votos do orçamento e, mais importante, com o anuncio do
presidente Trump na cimeira do G20, em Hamburgo, de que os EUA vão dar mais 639
milhões de dólares para combater a fome", explica o responsável.
David Beasley, que
foi nomeado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, em março, é um político
republicano que serviu como governador da Carolina do Sul entre 1995 e 1999.
“Acredito que este
apoio bipartidário vai continuar porque estes líderes sabem que é interesse
estratégico dos EUA ajudar-nos a combater a fome. O povo americano percebe que
apoiar os nossos irmãos e irmãs a volta do mundo não é apenas um ato de
coração, é também de cabeça, e acredito firmemente que vão continuar a apoiar
de forma generosa o nosso trabalho”, conclui o diretor.
ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário