Reunião da Comissão Permanente da Concertação
Social foi inconclusiva
Bissau,01 Ago 17
(ANG) – A reunião da Comissão Permanente de Concertação Social realizada
segunda-feira na qual se analisou entre outros o aumento de preço de arroz e
cumprimento do memorando de entendimento assinado entre o governo e a Central
Sindical (UNTG) relativamente aplicação da nova tabela salarial foi
inconclusiva.
Em declarações à
imprensa, o ministro da Função Pública, Reforma Administrativa e Trabalho,
Tumane Baldé disse acreditar num consenso nos próximos encontros sobre os
pontos em discussão, sobretudo no que diz respeito a um eventual reajuste
salarial.
Tumane Baldé disse
que o governo está ciente do baixo salário praticado na função pública e que se
agrava ainda mais com a subida de preço dos produtos no mercado e de outros
serviços.
Acrescentou que técnicos estão a trabalhar nas questões
jurídico/institucional e ético/deontológico e profissional para estabelecer as
categorias e responder a este problema.
Nesta óptica, Tumane
Baldé, que diz solidarizar-se com os princípios básicos da liberdade sindical e
de greve, pede tolerância aos sindicatos, que ameacam observar uma greve de 8 à
10 do mês em curso na administração publica, alegando que o processo é complexo.
O secretário-geral da
UNTG, Estevão Gomes Có contínua a exigir ao executivo o reajuste salarial ainda
no decurso deste ano, alegando que a distribuição equitativa que se pede não
depende da aprovação ou não do Programa de Governo e Orçamento Geral de Estado.
“O reajuste salarial
pode ser feito na actual massa salarial existente na função Pública, pois não é
justo, alguns estarem a ganhar milhões e outros vinte e nove mil francos CFA”,
criticou.
Em relação ao preço
de arroz, Estevão Gomes Có e o Presidente da Confederação dos Sindicatos
Independentes, Filomeno Cabral esperam que uma decisão saia quarta-feira da reunião do Conselho de ministros.
Os dois martelaram
sobre a necessidade do preço de arroz ser reduzido de 20 mil para 16 mil e quinhentos
francos CFA.
Em nome do sector
privado, Mamado Alfadjo Djaló relacionou a subida dos preços de arroz às taxas
cobradas aos operadores económicos nacionais.
Como forma de
minimizar a situação, disse que os operadores perspectivam mudar o método de exportação,
ou seja, passar a fazer a exportação
através de navios com capacidade de transportar 20 ou 30 toneladas de arroz e
desta maneira, ajudar na redução do preço do mesmo, no mercado nacional.
ANG/LPG/JAM/SG
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