segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Ano lectivo 2017/18



Professores de Oio ameaçam boicotar  início das aulas

Bissau, 28 Ago 17 (ANG) – Os professores contratados da Região de Oio, ameaçam paralisar o início de novo ano lectivo, caso não lhes forem pagos os quase 5 meses de salários em atraso .

Citado pelo jornal Nô Pintcha na sua última edição, o porta-voz dos professores, Cabiro Camará considerou injusta o que disse estar a acontecer, “o não pagamento dos seus salários enquanto que colegas seus de outras regiões  e recém-contratados já recebem os seus salários.

O porta-voz questionou sobre os trabalhos dos inspectores a nível da região, principalmente do seu sector os quais acusa de, até agora não conseguiram fazer nada para resolver a situação.

“Se de facto os inspectores colocados na região cumprirem o papel que lhes cabe, este problema há muito que seria resolvido”, disse Cabiro Camará.

Ao nível de Bissorá são 85 professores que não recebem os seus  ordenados desde Janeiro, disse acrescentando  que, a persistir o problema, os docentes afectados irão promover uma marcha pacífica de protesto no itinerário Rotunda do Aeroporto/ Palácio de Governo/Ministério da Educação.

“E só na Guiné-Bissau que isso acontece. Para mim, os professores contratados devem merecer uma atenção especial, porque trabalham em regime de contrato, e podem a qualquer momento inviabilizar o ano lectivo”, disse o porta-voz que adverte que se não fossem os contratados, a maioria das tabancas do interior ficariam sem professores. 

 ANG/LLA/JAM/SG
  

       

  
 

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

PRS

Mendes Pereira recandidata-se ao cargo de Secretário-geral

Bissau, 25 Ago 17 (ANG) – O Secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS) Florentino Mendes Pereira depositou hoje a sua candidatura para a renovação do seu mandato, no âmbito do Vº congresso do partido, a ter lugar em Setembro.

Em declarações aos jornalistas o seu mandatário , Faustino Fudut Imbali disse que a razão de recandidatura se deve aos trabalhos feitos durante os quatros anos, sem os indicar.

Fudut Imbali disse estar convicto de que Mendes Pereira será eleito de novo para o cargo.

“Juntamente com o presidente cumpriram 85 por cento das promessas que fizeram aos militantes e deu a conhecer o partido, tanto no âmbito nacional como internacional”, disse.
Faustino Imbali referiu que a actual direcção do PRS, nos quatro anos de mandato, assumiu posições que até ao momento não houve conflitos maiores no país.

Por sua vez, o primeiro vice-presidente da Comissão Organizador do Vº Congresso, Nicolau Dos Santos disse que a única candidatura à secretário-geral para o partido, depositada até ao momento é a de Florentino Mendes Pereira.

Confirmou  que a Comissão Organizadora já recebeu algumas candidaturas para a presidência do partido, nomeadamente a de Artur Sanhá, Issuf Djaló, Fernando Correia Landim, Aladje Sonco e Alberto Nambeia, actual Presidente do partido. 

Questionado sobre os requisitos para se candidatar respondeu que tem de ser cidadão guineense, militante com três anos, e apresentar um manifesto de candidatura. 

O prazo para a entrega das candidaturas termina  amanhã, sexta-feira.

O Vº congresso ordinário do PRS vai decorrer sob o lema:”Consolidação de Estado de Direito Democrático para melhor servir o país”. 

ANG/JD/SG




  

SINAMAR


Quarto congresso marcado para os dias 30 e 31 de  Agosto

Bissau, 25 Ago 17 (ANG) – O Presidente da Comissão Organizadora do 4º Congresso do Sindicato Nacional dos Marinheiros da Guiné-Bissau (SINAMAR), anunciou hoje que a quarta reunião magna da organização sob lema “Ajudar
a Nós Mesmos”, terá lugar entre 30 e 31 do mês curso, em Bissau

Em entrevista à ANG, Mário António Nanque disse que o prazo de deposição de candidaturas termina as zero horas de hoje e informou que até agora apenas o candidato cessante  apresentou o seu dossier para a própria sucessão.

“Houve manifestações de interesse de outros associados, mas até agora não entregaram os documentos exigidos junto à comissão organizadora. Advertiu que terminado o prazo a comissão não vai aceitar nenhum documento.

São cerca de 300, os delegados que tomam parte no congresso vindos de todo o país.
Nanque fezx questão de referir que só tomarão parte no evento delegados que cumprirem o que manda os estatutos  do sindicato ou seja os que cumpriram as suas obrigações sindicais.

Sobre as divergências internas que levaram a um  processo judicial entre os membros do sindicato, António Nanque disse que foram ultrapassadas através de um acordo interno feito entre as partes em litígio.

“O referido acordo disse, entre outros, o seguinte: não intervenção das partes em litígio na organização da eleição no 4º congresso;as partes em litígio não podem candidatar-se ao conselho nacional e o cngresso deve ser realizado oa mais tardar até 30 de Agosto de 2017”,disse. 

ANG/MSC/JAM/SG


Desporto


Federação de Futebol promete  renovar contrato com empresa desportiva “Quelmes”

Bissau, 25 Ago 17 (ANG) – A Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), manifestou o interesse em renovar o contrato com a marca desportiva “Qelmes”, apesar de incumprimentos do contrato em vigor por parte da referida empresa.

O interesse foi manifestado pelo presidente da Federação de Futebol, Manuel Irério Nascimento Lopes,no decurso de um encontro que manteve recentemente com o representante da Quelmes.

Na ocasiao,  Nascimento Lopes disse que o encontro serviu para concertar alguns lapsos que a empresa tinha cometido em relação ao acordo entre as partes, que ainda esta em vigor.

Relativamente a renovação do contrato, o presidente da FFGB destacou que apesar desta sua vontade em renovar o acordo, que  termina em Outubro próximo, a sua decisão final só é tomada após ter pareceres dos  responsáveis de clubes de futebol e de  membros da comité executivo da FFGB. 

Aquele responsável disse que o  representante da Quelmes garantiu que tudo faria  para corrigir as falhas cometidas.

Manuel Irénio Nascimento Lopes revelou que numa das cláusulas do contrato  consta a produção de todos os leques de equipamentos desportivos de que necessita uma selecção de futebol.

“Mas não aconteceu assim, porque os primeiros lotes de equipamentos que recebemos da Quelmes chegou incompleto,  não continha bonés, chinelas e outros elementos”, referiu o presidente da FFGB.

Por seu turno o representante da marca “Quelme” Leopold Kanfoudy, confirmou  que analisou com o presidente da FFGB, a forma de encontrarem uma solução a fim de porem de lado os problemas que afectam as duas entidades, já que o contrato estabelecido só terminara em Outubro deste ano.

Aquele representante reconheceu perante à imprensa, que de facto houve falha na entrega dos equipamentos à FFGB no momento da participação da selecção nacional no CAN-2017 ,no Gabão.

No entanto, justificou que tudo se deve ao  atraso da solicitação ao  centro de produção da empresa na China.

“Mas se tudo correr bem, até o próximo ano queremos instalar a nossa Fábrica na Guiné-Bissau ou então no Ziguinchor para evitar mais atrasos do genero”, justificou.


Leopold Kanfoudy assegurou que enquanto a FFGB achar conveniente a sua relação com a Quelmes, a empresa desportiva vai prosseguir as acções de projecção da imagem dos Djurtos.  

ANG/LLA/JAM/SG

Angola/Eleições


Ex-Presidentes observadores consideram eleições "livres, justas e transparentes"
    
Bissau, 25 Ago 17 (ANG) -  Os ex-Presidentes de Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, na qualidade de observadores internacionais, consideraram hoje "pacíficas, livres, justas e transparentes" as eleições gerais em Angola, realizadas quarta-feira.

Numa declaração conjunta, Joaquim Chissano, Pedro Pires, Manuel Pinto da Costa e José Ramos Horta, exortaram os angolanos a aguardarem "com calma e serenidade pelos resultados finais das eleições".

A declaração, lida por Pedro Pires, felicita o povo angolano pela sua participação "ativa, ordeira e pacífica" no escrutínio, salientando que, "o eleitorado demonstrou civismo e determinação de ir às urnas para exercer o direito democrático de eleger os seus dirigentes políticos".

Os quatro ex-chefes de Estado convidados pelo Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, a observar as eleições, testemunharam em diferentes locais de Luanda, a abertura das urnas, o processo de votação, o fecho das urnas, a contagem dos votos e o apuramento dos resultados em algumas assembleias de voto".

Na declaração realçam que o mesmo ato foi igualmente cumprido por observadores internacionais da Comunidade de Desenvolvimento de Países da África Austral (SADC), da União Africana (UA), da Comunidade Económica da África Central, da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) entre outros, bem como por observadores nacionais.

Acrescentam que durante a observação constataram que as eleições gerais em Angola decorreram "de forma ordeira e pacífica, aparentemente sem incidentes ou irregularidades relevantes".

Para os quatro antigos Presidentes destes Estados-membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o comportamento "com elevação" dos eleitores, tendo votado de forma ordeira e pacífica, demonstrou a "maturidade do eleitorado angolano.

"Constatamos com satisfação uma taxa de participação acima da média e a existência de muito poucos votos nulos e a em branco, certamente, fruto de uma campanha de educação cívica bem-sucedida", referem.

Relativamente ao trabalho da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), manifestaram a sua "satisfação na condução competente do processo eleitoral".

"Ficamos impressionados com a fluidez da votação, sem grandes demoras desde a identificação do eleitor ao ato de voto. Observamos que a votação e a contagem de votos foram conduzidas com competência e numa atmosfera pacífica", sublinham.

Angola realizou quarta-feira as suas quartas eleições, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

ANG/Lusa





Angola/Eleições


MPLA na frente mas ainda sem garantir maioria qualificada
    
Bissau, 25 Ago 17 (ANG) -  O MPLA está na frente da contagem das eleições gerais angolanas, com 64,57 por cento dos votos, abaixo da maioria qualificada, ainda com um terço das mesas de voto por escrutinar, indicam números provisórios divulgados quinta-feira pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
De acordo com os totais nacionais provisórios anunciados  em Luanda pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, com 16.692 mesas escrutinadas (65,53 por cento do total) até ao momento, e 5.938.853 (63,74 por cento), o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) lidera a contagem com 2.802.806 votos (64,57 por cento).

Este resultado está para já ligeiramente abaixo do objetivo da maioria qualificada traçada pelo MPLA, partido no poder em Angola desde 1975.

Na segunda posição surge para já a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 1.043.255 votos (24,04 por cento) e depois a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), com 371.724 votos (8,56 por cento).


 ANG/Lusa

Angola/Eleições


Comissários dos partidos da oposição na CNE demarcam-se dos resultados provisórios

Bissau,  25 Ago 17(ANG) - Os comissários nacionais eleitorais representantes dos partidos UNITA e CASA-CE demarcaram-se quinta-feira dos resultados apresentados h pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que dá vitória ao MPLA, nos primeiros resultados provisórios divulgados em Luanda.

Em conferência de imprensa, os comissários da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), que fazem parte do grupo técnico, referem que a posição é tomada devido ao procedimento como foi feito e avaliado o documento que reportou  os resultados provisórios.

O grupo de comissários sublinharam que "não se reveem" na comunicação da CNE, porque "não foi feita com base nos termos legais".

Segundo os comissários, a lei estabelece que é à CNE que cabe congregar os resultados eleitorais, apurar cada uma das candidaturas nas mesas de voto, com base nas informações produzidas pelas comissões municipais e provinciais.

"Nenhuma comissão provincial eleitoral, de Cabinda ao Cunene, reuniu-se para produzir-se os resultados que foram anunciados. Aqui estão membros que fazem parte da coordenação técnica do centro de escrutínio, igualmente eles não participaram na produção daqueles resultados", disse o comissário da UNITA, Cláudio da Silva.

Por sua vez, o comissário da CASA-CE, Miguel Francisco, referiu que a condução de "lisura e transparência" na produção desses resultados não foi observada, respeitando-se "escrupulosamente a lei", pelo facto os comissários não se vinculam ao documento que, alegou, "foi produzido por pessoas que a gente não conhece".

"É os resultados provisórios tornados públicos hoje, por isso, volto a reiterar, não compete aos comissários aqui presentes contestar resultados, o que nós viemos aqui fazer é (dizer) não nos revemos na forma como foi produzido o documento, porque nós não fomos tidos nem achados e tivemos a oportunidade de reiterá-lo ainda mesmo hoje na reunião plenária", disse.

Já o comissário da UNITA, Isaías Chitombe, referiu que o objetivo é manifestar o seu "distanciamento" dos resultados anunciados hoje pela CNE, já que não foram produzidos pelos presentes, enquanto membros do grupo de coordenação técnica nem pelo plenário.
"Não posso assumir nem posso subscrever, um documento cuja origem eu desconheço", disse.

Isaías Chitombe lembrou que ao início do processo eleitoral, um grupo de comissários nacionais eleitorais deu conta de irregularidades, através de uma petição que enviou à Assembleia Nacional.

"Porque já nessa altura tínhamos entendido que o processo não estava a andar bem, infelizmente até aqui não obtivemos nenhuma resposta do presidente da Assembleia Nacional. E a partir daí temos estado a acompanhar os atropelos que se fazem à lei, temos estado a reclamar e a denunciar em fórum próprio da CNE", salientou.

Segundo Isaías Chitombe, o que está a ocorrer hoje é sequência de determinadas irregularidades que sempre ocorreram.

Também a comissária da CASA-CE, Maria Pascoal, manifestou indignação por terem sido apenas informados, numa plenária com o ponto único "informação sobre a divulgação dos resultados provisórios sobre as eleições gerais", sem ter feito parte da produção dos resultados, salientando que os comissários presentes, que fazem parte do grupo técnico "não observaram em momento algum a chegada a receção de atas vindas das diversas províncias de Angola".


ANG/Lusa

ONU


PAM precisa de 850 milhões de euros para impedir fome em quatro países

Bissau, 25 Ago 17 (ANG) -  O Programa Alimentar Mundial precisa de 850 milhões de euros para impedir a fome em quatro países até ao final do ano, disse à Lusa o diretor do Programa Alimentar Mundial.

“Precisamos de quase 850 mil milhão de dólares para combater a fome nestes países nos próximos seis meses. Quando estamos com poucos fundos, o programa é obrigado a cortar nas rações de comida, deixando as pessoas com menos do precisam para ter uma vida normal e saudades. Quanto mais dramáticos os cortes, maior o número de pessoas que pode morrer por falta de comida”, disse David Beasley em entrevista à Lusa.

“Falta de fundos significa que pessoas podem morrer. É tão simples quanto isso”, acrescenta o responsável.

Segundo Beasley, o mundo enfrenta a maior crise humanitária em 70 anos com mais de 20 milhões de pessoas no Iémen, na Somália, no Sudão do Sul e Nigéria em risco de fome.

“As boas noticias é que estamos a tentar a conseguir resultados na nossa luta contra a fome, e todas as pessoas podem ajudar. O Programa Alimentar Mundial e outras agências têm estado na linha da frente, mas não conseguirmos trabalhar a 100 por cento devido a recursos insuficientes e conflitos que nos impedem de chegar às pessoas que mais precisam de ajuda”, explica Beasley.

A proposta de orçamento do Estado dos EUA, apresentada por Donald Trump em março, inclui cortes nas contribuições para as Nações Unidas e os seus programas de ajuda humanitário, mas o orçamento final será elaborado pelo Congresso e Beasley acredita que se vai manter o apoio do país à organização que dirige.

“O programa Alimentar Mundial tem forte apoio bipartidário em Washington. Sei isso devido à minha experiência pessoal a lidar com ambos os lados, no Senado, na Câmara dos Representantes e na administração Trump. Este apoio ficou demonstrado em meses recentes, com votos do orçamento e, mais importante, com o anuncio do presidente Trump na cimeira do G20, em Hamburgo, de que os EUA vão dar mais 639 milhões de dólares para combater a fome", explica o responsável.

David Beasley, que foi nomeado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, em março, é um político republicano que serviu como governador da Carolina do Sul entre 1995 e 1999.

“Acredito que este apoio bipartidário vai continuar porque estes líderes sabem que é interesse estratégico dos EUA ajudar-nos a combater a fome. O povo americano percebe que apoiar os nossos irmãos e irmãs a volta do mundo não é apenas um ato de coração, é também de cabeça, e acredito firmemente que vão continuar a apoiar de forma generosa o nosso trabalho”, conclui o diretor.  

ANG/Lusa


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Angola/Eleições

MPLA anuncia vitória por maioria qualificada 

Bissau, 24 Ago 17 (ANG) -  O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) anunciou hoje que, com cinco milhões de votos escrutinados em todo o país, tem a "maioria qualificada assegurada" e a eleição de João Lourenço para Presidente da República.

A informação foi transmitida hoje, cerca das 11:50, na sede nacional do MPLA, em Luanda, pelo secretário do Bureau Político, para as questões políticas e eleitorais, João Martins, em declarações aos jornalistas.

"Temos vindo a fazer a compilação dos dados que os nossos delegados de lista nos têm remetido, das atas síntese que obtiveram das assembleias de voto a nível de todo o país. E, numa altura em que temos escrutinado acima de cinco milhões de eleitores, o MPLA pode garantir que tem a maioria qualificada assegurada", disse.

"Por isso, é com tranquilidade que podemos assegurar que o futuro Presidente da República será o camarada João Manuel Gonçalves Lourenço e o futuro vice-Presidente da República será o camarada Bornito de Sousa Baltazar Diogo", disse o mesmo responsável do partido.

Este anúncio é feito numa altura em que decorre o escrutínio das 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, e quando a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), no seu último pronunciamento, durante a madrugada, não avançou resultados provisórios nem prazos para o efeito.

Na sede do MPLA, no centro de Luanda, está reunido desde quarta-feira à noite o chamado "estado maior" da campanha eleitoral do partido que governa Angola desde 1975, tendo João Martins reconhecido a necessidade de passar uma mensagem de tranquilidade aos apoiantes.

"Nós constatamos essa necessidade. É por demais a pressão, quer da comunicação social, quer da nossa massa militante, de todos os que apostaram no nosso projeto, na proposta do MPLA, no nosso candidato, e tínhamos necessidade de os tranquilizar de que o MPLA tem assegurada a maioria qualificada", assegurou, recordando que os "dados oficiais serão aqueles que serão publicados pela CNE, quando anunciar os resultados definitivos" das eleições.

Mais de 9,3 milhões de angolanos estavam inscritos para escolherem quarta-feira, entre seis candidatos, o sucessor de José Eduardo dos Santos - que não integrou qualquer lista candidata -, com a votação a decorrer até às 18:00.

Esta votação envolve a eleição direta do parlamento (220 deputados) e indireta do Presidente da República, que será o cabeça-de-lista do partido mais votado.

 ANG/Lusa