terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Saude pública/Nutrição


Relatório  revela desnutrição crónica em mais de 30 por cento de crianças  guineenses

Bissau, 18 Dez 18 (ANG) - O ministro da Presidência  do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares disse hoje  que  o balanço das consultas gratuitas revela prevalência nacional da desnutrição crónica em mais de 30 por cento nas crianças de 6 a 13 anos.

Agnelo Augusto Regala que falava na cerimonia de comemoração do segundo ano consecutivo do Dia Nacional da Nutrição sob o lema “Compromisso com Melhoria de Nutrição para todas e todos”, acrescentou  que a região de Oio conta com 44 por cento de crianças nessa situação, Bafatá 40%, Biombo 38%, Gabú 37% e Tombali 33%  de  taxa de desnutrição crónica.

Disse que o governo aprovou no dia 6 de Setembro do ano transato a proposta de estabelecimento de dia 18 de Dezembro como dia Nacional da Nutrição demostrando assim a vontade política e o compromisso perante a população guineense, de acabar com a desnutrição crónica e melhorar o sistema nutricional.

Agnelo Regala solicitou a comunicação social guineense para se empenhar na sensibilização e divulgação sobre a importância de alimentação adequada e saudável, bem como na promoção de rico património alimentar com enorme potencial.

Por sua vez, o presidente do parlamento infantil disse estar preocupado com a situação nutricional do país, apesar de haver, internamente, um grande potencial nutritivo.
 o que falta é a valorização dos produtos nacionais.

Para Júnior Sebastião Tambá , o que falta é a valorização dos produtos nacionais.
Tamba manifestou a sua indignação perante o que considera “ péssima inspeção” dos produtos alimentares  e a falta de conservação adequada dos mesmos. 

Disse que, enquanto parlamentarista, tudo  fará para que as leis sobre a nutrição sejam aprovadas e implementadas, a fim de extinguir consumos de produtos alimentares inapropriados.

A diretora do Serviço Nacional de Nutrição, Ivone Menezes lamentou as dificuldades que o serviço enfrenta.
 “ a Direção de nutrição depende dos parceiros, mas, infelizmente, neste momento muitos fecharam as suas portas. O país tem uma política e plano estratégico de nutrição e de sobrevivência da criança que até agora  não foram aprovados, “sublinhou.

Ivone de Menezes contestou  que a lei do aleitamento  materno não está a ser implementada, o que, a seu ver, está a agravar a situação nutricional de crianças na Guiné-Bissau, onde muitas mães dão  leites enlatados aos seus bebés, provocando-lhes diareias. 

ANG/JD//SG



Política


Governo determina termino do recenseamento eleitoral em 19 de dezembro 

 Bissau, 18 Dez 18 (ANG) - O governo fixou o dia 19 de Dezembro como  data de termino do  recenseamento eleitoral em todo o território nacional e na diáspora.

A informação consta num comunicado do Conselho dos ministros extraordinária distribuído aos órgãos de comunicação social

Na reunião, o chefe do executivo deu conta que o governo apresentou três datas para a realização das eleições legislativas que são: 17 e 24 de fevereiro e 10 de Março de 2019, datas essas que serão submetidas a consideração do Presidente da República, a fim de fixar a nova data de eleições legislativas.

Aristides Gomes informou ainda ao coletivo ministerial dos motivos que presidiram a sessão extraordinária, justificando que se prendem com a imperiosa de o governo, enquanto entidade competente em matéria de recenseamento eleitoral, determinar o fim do processo do registo dos eleitores no país assim como na diáspora.  

O Primeiro-ministro apelou aos brigadistas no sentido de redobrarem esforços no registos aos cidadãos que por diversos motivos ainda não se recensearem, particularmente nas zonas de maior dificuldade de  acesso.

O encontro contou com a presença dos partidos políticos, representantes da comunidade internacional e da sociedade civil.  
ANG/DMG/ÂC//SG

Greve de professores




Imagem Ilustrativo
Bissau,18 Dez 18(ANG) - Os sindicatos dos professores  recusaram segunda-feira assinar um acordo com o Governo para acabar com a greve que decorre desde outubro e que tem impedido milhares de jovens de frequentar as escolas.

A assinatura do memorando tinha ficado marcada para segunda-feira na Presidência da República, depois de na sexta-feira o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter estado reunido com os sindicatos dos professores, o Governo, associações de estudantes e representantes das associações de pais.

Na segunda-feira, os sindicatos recusaram assinar o acordo na presença do Presidente José Mário Vaz e depois de o primeiro-ministro, Aristides Gomes, e o ministro da Educação, Camilo Simões Pereira, já o terem assinado.

O Sindicato Nacional do Professores, o Sindicato Democrático dos Professores e o Sindicato Nacional dos Professores e Funcionários da Escola Superior de Educação tinham afirmado na sexta-feira que só levantavam a greve quando fosse aplicado o estatuto de carreira docente.

O estatuto da carreira docente foi aprovado pelo Governo guineense em 2011, a sua regulamentação foi recentemente aprovada pelo parlamento e aguarda-se pela sua promulgação pelo Presidente da República, após correções de grelhas detectadas pelo gabinete de assessoria jurídica da Presidência da República.

"Pura e simplesmente recusaram. Tínhamos chegado a um entendimento. O Presidente da República convidou-nos para uma reunião na presidência e nesse dia disseram-nos que os presidentes dos sindicatos não estavam e os delegados não podiam assinar e ficou combinado que vinham cá ter esta segunda-feira para assinar o memorando", afirmou o ministro da Educação, Camilo Simões Pereira.

Questionado pelos jornalistas sobre o que aconteceu, o ministro da Educação disse apenas que "há falta de vontade por parte dos sindicatos".

Os sindicatos saíram do encontro sem prestar declarações aos jornalistas.

O líder da Rede Nacional de Associações Juvenis da Guiné-Bissau (RENAJ), Gueri Gomes Lopes, afirmou aos jornalistas que a "situação é lamentável" e que "todos saíram desiludidos".

"O que podemos garantir é que esta situação tem de ser resolvida ou o país fica paralisado e alguém tem de ser responsabilizado por isto", salientou.

Na sexta-feira, os alunos guineenses, que já perderam o primeiro período do ano letivo devido à greve dos professores, ameaçaram paralisar o país em todos os setores se os professores continuassem em greve.
 ANG/Lusa


Venezuela


Rússia vai estabelecer base militar em Ilha venezuelana

Bissau, 18 dez 18 (ANG) -  A Rússia vai estabelecer uma base militar a longo prazo na ilha venezuelana de La Orchila, a 200 quilómetros a nordeste de Caracas, noticiou hoje a imprensa venezuelana.
A medida parece ser uma resposta à decisão dos Estados Unidos de se retirarem do Tratado das Forças Nucleares de Nível Intermédio (INF) e como medida de dissuasão perante as contínuas ameaças de Washington contra do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro", indicou o portal Aporrea.
O mesmo portal, que cita a agência de notícias estatal russa TASS, indicou que "as autoridades russas tomaram a decisão (e o Presidente venezuelano Nicolás Maduro não se opôs) de levar aviões estratégicos a uma das ilhas da Venezuela, no mar das Caraíbas, que tem uma base naval e um campo de aviação militar".
"Em 2009, peritos e comandos das Forças Armadas russas já tinham visitado a ilha de La Orchila. Após a visita, o então Presidente Hugo Chávez (1999-2013) pôs La Orchila à disposição do antigo Presidente russo Dimitri Medvedev, cada vez que a aviação russa necessite fazer uma paragem na Venezuela para cumprir planos estratégicos", explicou.
Segundo o Aporrea, a recente visita de dois bombardeiros nucleares russos, de longo alcance, Tu.160, um avião de transporte An-124 e um avião de longo alcance IL-62, integrou essa iniciativa.
"As leis venezuelanas proíbem o estabelecimento de bases militares estrangeiras no país, pelo que se desconhece como a presença russa seria justificada do ponto de vista jurídico", precisou o portal, considerado uma fonte de informação das forças políticas de esquerda da Venezuela.
Por outro lado, o Aporrea indicou que, de acordo com o coronel Chamil Gareyev, perito militar do jornal russo Novaya Gozeta, "a ideia é incluir a Venezuela em missões de aviação de longo alcance", o que trará "benefícios económicos para as operações russas na Américas", disse o militar.
"Os nossos bombardeiros estratégicos não só não terão que regressar à Rússia, no final de cada missão, como também não necessitarão de reabastecimento aéreo de combustível, nas missões de patrulha nas Américas. Os nossos aviões Tu-160 chegam à sua base na Venezuela, realizam os voos, executam missões e depois são substituídos de maneira rotativa", disse.ANG/Angop


Ensino público


Ministro da Educação admite recurso à “requisição civil” para salvar  ano lectivo 

Bissau, 18 Dez 18 (ANG) - O ministro de Educação Nacional prometeu tudo fazer para salvar o presente ano lectivo 2018/2019, não excluindo hipóteses da requisição civil se for necessário. 

A promessa foi feita hoje  por Camilo Simões Pereira numa conferência de imprensa destinada a prestação de informações  sobre os pormenores que estão por detrás da prolongada greve nas escolas públicas do país.

“No que concerne as dívidas em atraso com os professores contratados e de novos ingressos que é um dos pontos fortes da revindicação dos sindicatos do sector educativo, prometemos que vamos pagar essa divida paulatinamente ou seja quando um mês termina vamos pagá-lo e um em atraso mas  os sindicatos recusaram essa proposta”, explicou o ministro da Educação.

Acrescentou que, sobre o Estatuto de Carreira Docente, foi aprovado na Assembleia Nacional Popular e que só não foi promulgado pelo Presidente da República devido a um erro que o seu assessor jurídico detectou no documento e que obrigou o seu retorno à ANP para efeitos de correcção, sublinhando que se esses pormenores forem resolvidos o Presidente da República irá aprová-lo ainda esta semana.

Camilo Simões Pereira afirmou que são os sindicatos que estão a dificultar o início das aulas no país e que o Ministério da Educação não vai ficar de braços cruzados, uma vez que a situação  bloqueia a própria instituição.

 Aquele responsável garantiu que vão desbloquear o salário do mês de Novembro e que se no caso os professores não começarem as aulas, o governo não vai  pagar o mês de dezembro.

O ministro apela aos professores no sentido de retomarem as aulas no prazo de cinco dias para  salvar o ano lectivo e  garantir o futuro dos estudantes.

“Se por acaso tudo estes esforços vieram a não surtir efeitos, vamos simplesmente recrutar novos professores uma vez que existem pessoas capacitadas que possam dar aulas e que estão cheios de vontade para o fazer”, frisou o governante.

Camilo Simões Pereira manifestou a possibilidade de dialogar com os sindicatos sempre que necessário na busca de uma solução permanente para o sector educativo.

Explicou que o Ministério que dirige jamais recusou resolver os problemas dos professores e que apenas não pode o fazer da forma como os sindicatos querem, devido as capacidades limitadas do actual governo.

O ministro de Educação disse que vai ser criada uma Comissão de Seguimento da aplicação do memorando que visa promulgação da Carreira Docente e pagamento das dívidas do ano lectivo 2017/2018 aos professores contratados e novos ingressos, acrescentando que a referida Comissão vai integrar os líderes religiosos. 

ANG/AALS/ÂC//SG