quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Mar


“Acidentes marítimos provocaram 33 mortos em 2018”, diz capitão dos Portos

Bissau, 10 Jan 19 (ANG) – Acidentes marítimos provocaram 33 mortos em 2018, revelou terça-feira o  Capitão dos Portos da Guiné-Bissau, em declarações a Rádio Sol Mansi. 

Siga Batista disse  que o maior número de vitima(oito) ocorreu na região de Bolama Bijagos, seguida de Biombo(sete mortos), e de Bissau, Cacheu e Bafata cujo número não revelou.

Sublinhou que a instituição que dirige tentou fazer o seu trabalho da “melhor forma possível” e que, contudo, não  conseguiu controlar “certas  situações”, por motivo de falta de meios materiais e financeiro.

Siga Batista explicou igualmente que 80 por cento dos casos de acidentes apurados em 2018 estão relacionados à acidentes nas praias.

Disse que não houve nenhum acidente no mar no decurso do ano passado.
 “Só existe duas embarcações na instituição portuária, o que acaba por dificultar a capacidade de resposta  aos casos de acidentes, por isso, é necessário a colaboração dos cidadãos para uma viagem seguro no mar, de modo a evitar as consequências”, apelou o Capitão dos Portos.

ANG/AALS/ÂC//SG







terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Legislativas 2019

Diretor Geral da ANG considera difícil cobertura da campanha eleitoral sem meios

Bissau, 08  Jan 19 (ANG) – O Diretor-geral da Agência de Notícias da Guine (ANG) considerou hoje de “muito difícil” fazer a cobertura jornalística da campanha eleitoral que se avizinha sem meios materiais para o efeito.

Salvador Gomes, numa entrevista à imprensa em que falou  das dificuldades com que se depara este órgão de comunicação social público para fazer a cobertura da campanha eleitoral relacionada as legislativas de 10 de Março, reconheceu  que as atividades dos partidos políticos nas campanhas devem ser cobertas pela imprensa mas questiona como fazê-las  sem condições mínimas.

“Vamos para um momento muito dinâmico em termos políticos, mas também em termos de comunicação social, porque há necessidade de trazer ao público informações diárias sobre as atividades de campanha eleitoral, momento  de maior utilidade das mídias, que devem transmitir o que os partidos têm como projetos para o desenvolvimento do país e a vida das  populações em geral”, explicou.

O Diretor-geral da ANG disse que tudo isso são trabalhos reservados aos profissionais da comunicação social, tendo questionado como fazê-lo sem meios.

Referindo-se ao caso da ANG começou por indicar que este órgão nunca teve uma viatura para reportagem, e que  o momento obriga que haja meios próprios  para os jornalistas se deslocar , em vez de se recorrer à viaturas de partidos políticos, que eventualmente estarão dispostos  a pagar refeições e outros subsídios, que podem pôr em causa a independência desejada para os jornalistas.

Disse que o órgão está sem internet, o que impede a publicação das suas produções no sitio(www.ang.gw) e no blogue(www.angnoticiasblogspot.com), suas duas plataformas de publicação ou seja de estabelecimento da ligação do pais, em termos de fornecimento de informações de caráter nacional, ao exterior.

Salvador Gomes disse que em termos de recursos humanos, seria desejável que houvesse mais gente, mas que a ANG vai assegurar a campanha com o pessoal que tem na redação: oito jornalistas.
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“Os jornalistas da ANG têm-se deslocado a pé para fazer reportagens e, as vezes, os custos de deslocações saem do bolso do Diretor-geral”, contou.

Aquele responsável frisou que seria importante neste momento particular que o Governo crie condições aos órgãos para que a cobertura seja para todos os partidos sem exceção.

“Temos ainda um problema de desmotivação ao nível dos recursos humanos, porque a redação só tem uma pessoa com vínculo na função pública e as restantes são os chamados estagiários, que têm estado a receber um subsídio que entretanto deixou de ser  pago em Dezembro.

“Sem esse pagamento, quem garante que estarão dispostos a sacrificar durante a campanha eleitoral”, período de muito trabalho”, interroga.

Gomes reconheceu as diligências que estão a ser feitas pelo Ministério da Comunicação Social para ultrapassar a situação mas adverte que ,em caso de impossibilidade, a cobertura da campanha pela ANG poderá ficar comprometida.

Referiu ainda que  a ANG possui uma viatura para o transporte do pessoal mas que não anda por falta de combustível .

Lamentou que sem internet própria a ANG tem funcionado com uma linha da rede wifi do jornal Nô Pintcha. Há dias em que não se consegue publicar nenhuma peça, por dificuldades de acesso à internet.

“ As vezes, em oito notícias, se consegue apenas a publicação de dois ou três peças, o que é bastante desmotivador  para quem se empenha para conseguir uma notícia e chega a redação essa peça não sai por falta de internet. É desencorajador para além do descrédito que cria junta das fontes de informação”, disse.

Numa comparação do estado da ANG hoje em relação ao passado, Salvador Gomes disse que não tem comparação, uma vez que anteriormente, com oito correspondentes regionais se conseguia, diariamente, o mínimo de 16 peças, a razão de duas peças diárias para cada Correspondentes.
“Imagina, logo de manhã uma rádio tiver na mesa oito ou mesmo 16 notícias sobre a vida nas regiões”, disse acrescentando, “ concordo com o decano dos fotógrafos, Pedro Fernandes do Nô Pintcha que uma vez me disse: “agora a população guineense é menos informada  em relação ao período em que a ANG tinha oito Correspondentes regionais, não obstante as novas tecnologias de comunicação”..

Afirmou que a ANG vive um permanente momento de relançamento com a esperança de um dia a situação mudar para melhor, o que, na sua opinião, justifica o  consentimento de todos esses sacrifícios pelos seus profissionais.


“A força de uma Agência de Notícias são os seus correspondentes espalhados pelo país e no exterior. Uma agência de notícia integra a estratégia nacional para a promoção externa do pais. Foi esta a principal razão da criação da ANG em 1975. Ainda que por motivos adicionais, esta imperatividade continua válida nos dias de hoje”, afirmou o DG da ANG.

Salvador Gomes, iniciou a carreira profissional de jornalismo na ANG em 1986 e é DG no órgão desde janeiro de 2002, formado em Jornalismo e Comunicação Empresarial, na Universidade Lusófona da Guiné. ANG/MSC/ÂC//SG



Comunicação social


Director Geral do Jornal Nô Pintcha apela resolução do problema dos estagiários

Bissau,08 Jan 19 (ANG) – O Director-geral do jornal Nô Pintcha apela o governo no sentido de resolver com maior brevidade possível o problema dos funcionários estagiários afectos a este órgão de informação estatal.

O apelo foi feito hoje por Simão Abina numa entrevista conjunta que concedeu aos órgãos de informação públicos na qual enumerou várias dificuldades que o jornal Nô Pintcha enfrenta, nomeadamente a falta de materiais, de matérias -primas e sobretudo de recursos humanos.

Nesta entrevista Simão Abina afirmou que se o problema dos estagiários não for resolvido o Nó Pintcha não estará em condições de acompanhar a campanha eleitoral de todos os partidos políticos concorrentes nas próximas eleições legislativas marcadas para o dia 10 de março deste ano.

Simão Abina justifica a sua afirmação com facto de o referido semanário estatal dispor actualmente apenas de quatro jornalistas efectivos e que a maior parte das informações publicadas no jornal é assegurada pelos estagiários que neste momento não estão a auferir do subsídio que  recebiam.

Abina reconheceu o esforço que o Ministério da Comunicação Social está a fazer junto do chefe do executivo para ultrapassar essa situação.

Por isso, apela a resolução do problema dos estagiários para que o seu órgão possa acompanhar de forma geral a campanha eleitoral, e a implementação do orçamento apresentado pelos órgãos de comunicação públicos, ems agosto do ano passado e destinado a cobertura eleitoral inicialmente previstas para 18 de Novembro de 2018.

 “O jornal Nô Pintcha e depara com falta de câmara fotográfica, insuficiência de gravadores de som”, disse o Director geral.

Simão Abina disse que a independência dos jornalistas durante a campanha eleitoral só será  possível se o governo afectar aos órgãos de comunicação social meios materiais, principalmente  viaturas para acompanhar os partidos políticos durante a campanha eleitoral, caso contrário não será possível exigir aos jornalistas o cumprimento das regras que regem a profissão relativamente a isenção.  

ANG/LPG/ÂC//SG




 

Saúde pública


Presidente do INASA disse que o país precisa de um laboratório sofisticado de análises 

Bissau, 08 Jan 18 (ANG) – O Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública(INASA), disse hoje que o país precisa de um laboratório sofisticado de análises dos produtos de consumo, para o bem da saúde da população.

Imagem Ilustrativo
Dionísio Cumba falava aos jornalistas, num Ateliê Nacional de Restituição do Projeto Regional para o Reforço dos Sistemas de Vigilância das Doenças (REDISSE), financiado pelo Banco Mundial no valor de 46 milhões de dólares americanos.

Afirmou ainda que o referido projeto será  implementado pelo Centro de Cooperação Internacional em Saúde e Desenvolvimento(CCISD) e a Fundação Mérieux, ao nível dos países da sub-região, nomeadamente, a Guiné-Bissau, Guiné Conacri, Libéria, Serra Leoa e Togo, com duração de cinco anos.

O Presidente do INASA informou ainda que o projeto REDISSE tem como objetivo apresentar às autoridades nacionais as recomendações e avaliar a viabilidade operacional, pois tinham identificado 47 distritos para abrigar centros epidemiológicos de vigilância selecionados, baseados em critérios de elegibilidade.

Explicou que   o projeto REDISSE vai implementar 10 centros e laboratórios epidemiológicos de vigilância em 11 regiões sanitários na Guiné-Bissau com excepção da região de Tombali, Sul do país.

Dionísio Cumba explicou que os dez centros já estão prontos para dar resposta à qualquer epidemia. Acrescentou que o INASA pretende construir de raiz um novo laboratório de saúde, e que  os estudos estão a ser feitos para o efeito.

Aquele responsável sugeriu que depois da construção do laboratório  haja um regulamento para o controlo dos produtos alimentares importados.

“ Nos últimos anos, o país conheceu vários problemas de saúde relacionados à origens desconhecidas de alimentos. É preciso reforçar as capacidades de vigilâncias para combater  doenças nomeadamente, diabetes, hipertensão e outras, “disse .ANG/JD/ÂC//SG


Gabão


Abortada tentativa de golpe
Bissau, 08 jan 19 (ANG) - O porta-voz do governo gabonês, Guy Bertrand Mapangou, anunciou a detenção dos militares que se tinham apoderado da rádio nacional, na tentatva de implementação de  um Conselho nacional de restauração denunciando o facto de o presidente continuar em convalescença em Marrocos.
A tentativa de golpe de Estado em Libreville ocorreu na manhã de segunda-feira, 7 de Janeiro.
Um tenente leu um discurso na rádio que um grupo de militares conseguira ocupar.
Kelly Ondo Obiang, comandante adjunto da guarda republicana, denunciou a mensagem de Ano novo do chefe de Estado Ali Bongo, difundida a 31 de Dezembro a partir de Marrocos.
É aí que ele se encontra em convalescença, após ter sofrido em Outubro passado um acidente vascular cerebral.
Uma mensagem que, segundo eles, "reforçou a dúvida sobre a sua capacidade em assegurar as funções de presidente da república".
Os militares amotinados prometeram uma transição democrática e convidaram personalidades políticas a vir à assembleia.
O grupo seria constituído de militares da Guarda de honra, estes contestaram a cumplicidade "da alta hierarquia militar" em manter Ali Bongo no poder.
O governo gabonês confirmou a detenção de quatro militares, um quinto acabaria também por ser detido posteriormente.
A União Africana condenou já, com firmeza, a tentativa de golpe de Estado no Gabão.
Ali Bongo sucedeu ao pai na presidência do Gabão, Omar Bongo, em 2009.
Ele foi reeleito em 2016 com menos de 6 000 votos a mais do que o opositor Jean Ping, antigo presidente da Comissão da União Africana, num escrutínio marcado por acusações de fraude e manifestações violenta.
Ali Bongo de 59 anos, recompõe-se em Marrocos de um acidente vascular cerebral sofrido a 24 de Outubro aquando de uma conferência económica na Arábia Saudita.
Na sua mensagem de Ano novo o chefe de Estado admitiu ter problemas de saúde, mas afirmou estar a recompor-se. ANG/RFI