terça-feira, 2 de abril de 2019

Aviação


 Boeing e FAA dizem que é preciso mais tempo para corrigir sistema dos aviões 737 MAX

Bissau, 02 Abr 19 (ANG) – A Boeing e o organismo que regula a aviação nos EUA dizem que a empresa precisa de mais tempo para corrigir o sistema de controlo de voo que se suspeita ser responsável por dois acidentes que mataram 346 pessoas.
A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) anunciou na segunda-feira que prevê as melhorias finais no ‘software’ da Boeing para os aviões 737 Max “nas próximas semanas”.
A Boeing deveria ter concluído essa tarefa na semana passada, mas o porta-voz da FAA, Greg Martin, esclareceu que a empresa precisa de mais tempo para se certificar de que identificou e respondeu a todos os problemas.
A norte-americana Boeing, sediada em Chicago, ofereceu o mesmo cronograma de tempo para convencer os reguladores de que pode corrigir o ‘software’.
“A segurança é nossa primeira prioridade, e vamos adoptar uma abordagem metódica e completa para o desenvolvimento e teste da atualização”, disse o porta-voz da Boeing, Charles Bickers.
A Boeing precisa de aprovação não apenas da FAA, mas em outros países, incluindo Europa e China, onde as autoridades de segurança que regulam a aviação já indicaram que vão conduzir os seus próprios testes.
Os aviões deixaram de voar um pouco por todo o mundo desde meados de Março.
A informação da FAA sugere que as companhias aéreas podem ser forçadas a deixar em terra os seus aviões 737 Max por mais tempo do que esperavam.
As companhias aéreas que possuem jactos Max estão a recorrer outros aviões para preencher alguns voos que deveriam ser garantidos por aquelas aeronaves, enquanto cancelam outros.
“Estamos cientes de que o regresso ao serviço da nossa aeronave 737 Max pode ser adiada, e a nossa equipa trabalhará com todos os clientes afectados por cancelamentos”, disse Ross Feinstein, porta-voz da American Airlines.
A American Airlines apontava para um regresso no final de Abril dos seus 24 Max 8s. No fim-de-semana, a Southwest Airlines anunciou que seus 34 Max 8s serão removidos do cronograma até Maio, em vez de meados de Abril. A United Airlines desactivou os seus 14 Max 9s até 05 de Junho.
Entretanto, o regulador da aviação dos EUA e a Boeing aguardam por um relatório preliminar de investigadores etíopes sobre o acidente de 10 de Março de um avião MAX 8 da Ethiopian Airlines, que se despenhou logo após a descolagem.
A expectativa é que o relatório consiga determinar se existem semelhanças entre o que aconteceu naquele voo e o acidente de 29 de Outubro com o Boeing 737 MAX 8 da Lion Air, no Mar de Java, ao largo da Indonésia. Os dois acidentes mataram 346 pessoas.
Dados do avião indonésio indicam que os pilotos lutaram sem sucesso contra o sistema automatizado de controlo do avião, que caiu no mar logo após a descolagem. De acordo com relatórios publicados, o mesmo sistema foi activado no voo da Ethiopian Airlines.
A Boeing está a proceder a alterações no sistema automatizado que serve para evitar que o nariz do avião suba.
As mudanças incluem contar com leituras de mais de um sensor antes que o sistema seja activado e empurre o nariz para baixo, tornando as acções do sistema mais fáceis de gerir pelos pilotos.
Dois pilotos da American Airlines que participaram numa sessão com especialistas da Boeing na semana passada expressaram a sua satisfação com as mudanças efectuadas pelo fabricante.
O piloto chefe da American 737, Roddy Guthrie, disse que a Boeing acrescentou “alguns controlos e equilíbrios que tornarão o sistema muito melhor”.
Enquanto isso, o Congresso norte-americano está a averiguar a relação entre a Boeing e a FAA. A Comissão de Transportes e Infra-estruturas da Câmara dos Representantes disse na segunda-feira que solicitou registos da comunicação entre a Boeing e a FAA relacionados com a certificação do 737 Max.
ANG/Inforpress/Lusa

Tempo


Meteorológica aponta baixo nível das nuvens como motivo da queda prematura de chuvas no país

Bissau, 02 Abr 19 (ANG) – A Directora de Serviço de Previsão de Tempo do Instituto  da Meteorológica da Guiné-Bissau apontou hoje  o baixo nível das nuvens, que facilita a deslocação da corrente “rajada subtropical”, associado às nuvens de tipo alta cru, alta estática e comum limpa, como motivo da queda prematura das chuvas, registada esta manhã um pouco por toda parte do país.

foto arquivo
Feliciana Mendonça que falava esta manhã em exclusivo à Agência de Noticias da Guiné (ANG) em termos de esclarecimento dos motivos da queda da chuva, acrescenta que, a caída da chuva é provocada pela corrente “rajada subtropical” que se formou na zona oeste da República Islâmica da Mauritânia.

Feliciana Mendonça disse ser uma situação que se verifica quando o nível das nuvens está abaixo do normal.

“Apesar desta queda, ainda não estamos na época da chuva, mas sim num período de transição da estação da seca para o início da chuva”, esclareceu a Directora de Serviço de Previsão de Tempo do Instituto da Meteorológica Nacional, em entrevista a ANG.

Perguntado se não existe nenhuma relação entre a  queda das chuvas registada e as altas temperaturas que, actualmente, se fazem sentir no pais , disse que normalmente este é o tempo em que se regista alta temperatura que  varia entre 35 e 40 graus, sobretudo na zona leste do país onde se registam ventos  fortes.

Por isso, Feliciana Mendonça aconselha a sociedade em geral, principalmente aos praticantes de desporto, para  não ficarem debaixo de sol por muito tempo, por ser prejudicial a saúde.

Chuvas sem vento nem trovoadas caíram hoje de manhã no país fazendo prever que a estação das chuvas, que normalmente inicia em Maio, vai, este ano,começar mais cedo, com todos os prejuízos que poderiam dar a colheita da castanha de caju, cuja campanha foi aberta no sábado. 

ANG/LPG/AC//SG

ONU


Apelo a recuo  na adopção de pena de morte para gays e adúlteras em Brunei

Bissau, 02 abr 19  (ANG) – A ONU classificou segunda-feira como cruel e desumana a nova legislação que instaura a pena de morte para homossexualidade ou adultério no Brunei, pequeno Estado do sudeste asiático muito rico em petróleo.
“Apelo ao governo [do Brunei] para que não deixe entrar em vigor o novo código penal draconiano que, se for aplicado, representará um sério recuo da protecção dos direitos humanos”, apelou a Alta Comissária dos Direitos Humanos, Michele Bachelet, em comunicado hoje divulgado.
A partir de quarta-feira, o Brunei vai juntar-se ao grupo de países que penaliza o adultério e a homossexualidade com a pena de morte, neste caso por apedrejamento e chicotadas.
O actor norte-americano George Clooney e o cantor inglês Elton John já apelaram a um boicote aos nove hotéis de luxo detidos pelo sultão do Brunei.
O Brunei, que adoptou uma interpretação mais conservadora do Islão nos últimos anos, anunciou pela primeira vez em 2013 a sua intenção de introduzir a lei da sharia, o sistema legal islâmico que impõe violentas penas físicas.
A decisão resulta de uma directiva do sultão do Brunei, Hassanal Bolkiah, um dos chefes de Estado mais ricos do mundo – com uma fortuna pessoal que ronda os 20 mil milhões de dólares (cerca de 18 mil milhões de euros) – e que se mantém no trono desde 1967.
Hassanal Bolkiah descreveu a implementação do novo código penal como “uma óptima conquista”.
O anúncio de que a lei da sharia passará a ser completamente implementada a partir de quarta-feira, sobretudo em relação à comunidade gay, foi acolhida com horror pelos grupos de defesa dos direitos humanos.
A Amnistia Internacional instou o Brunei a “suspender imediatamente” a implementação destas sanções.
“Além de serem penas cruéis, desumanas e degradantes, [a nova lei] restringe a liberdade de expressão, de religião e de fé e põe no papel a discriminação contra mulheres e raparigas. Legalizar penas tão cruéis e desumanas é pavoroso só por si”, afirmou a responsável da Amnistia Internacional no Brunei, Rachel Chhoa-Howard. 
ANG/Inforpress/Lusa

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Saneamento urbano





Bissau,01 Abr 19(ANG) - O jovem guineense Juviano Landim, emigrante na Noruega, iniciou o desafio de colocar mil caixotes de lixo pelas ruas de Bissau, para ficar mais limpa através do projeto "Homens Novos"para inspirar os cidadãos a terem um comportamento melhor.

Desde dia 26, Juviano e um grupo de 30 jovens do projeto "Homens Novos" começaram a colocar recipientes em alguns cantos da capital guineense, contando iniciar uma campanha de sensibilização para que as pessoas passem a deitar lixo naqueles bidões metálicos.

A meta de Juviano Landim, jovem guineense crescido em Portugal, mas emigrante na Noruega desde 2008, é colocar nas ruas mil bidões.

"Queremos ter uma cidade limpa. Somos homens novos, uma mentalidade nova. Basta uma Guiné diferente, uma Guiné melhor, um Bissau limpo, uma cidade limpa é o que nos pretendemos, é o nosso ganho neste projeto", disse á Lusa para justificar a iniciativa.

Juviano Landim afirmou que faz o que pode enquanto cidadão para ajudar a mudar as mentalidades num país, numa cidade "que deixa muito a desejar" em termos de saneamento, onde, disse, a população não tem o hábito de deitar o lixo para algum recipiente, que "nem existe".

Os promotores do projeto "Homens Novos" compram os bidões de 200 litros às gasolineiras, nomeadamente à subsidiaria da Galp na Guiné-Bissau, a Petromar, cortam-nos ao meio, pintam-nos, perfuram-nos, para evitar tentação de roubo para outros fins, e a seguir colocam-nos em lugares de passagem para que as pessoas deixem aí o lixo.

A ideia, acrescentou Juviano Landim, é que a Câmara Municipal retire as caixas do lixo diariamente e que nunca falte meios para a compra dos bidões.

Através da amostra nas redes sociais das ações, o projeto "Homens Novos" tem recebido apoios financeiros sobretudo de guineenses no estrangeiro, mais do que no próprio país, destaca o promotor da iniciativa que visa "mudar o rosto de Bissau".

Juviano Landim considera-se patriota daí ter trabalhado sempre no sentido de apreender na emigração, voltar e ajudar a Guiné-Bissau, incutindo nos cidadãos o respeito pelo ser humano.

"Saí daqui muito novo, cresci em Portugal, fui para Noruega em 2008. Vi na Noruega o respeito pelo ser humano, aprendi isso e como guineense, gosto da minha terra, considero-me um patriota, sempre foi meu objetivo voltar para trabalhar para minha terra", frisou Landim.

Por querer trabalhar "de forma honesta", Juviano vai vivendo entre Bissau e a Noruega, para onde volta sempre que lhe faltam recursos para desenvolver o projeto que traz da emigração.ANG/Lusa

Violência Doméstica


Presidente da ANAPROMED culpa Ministério Público de não detenção da suspeita Terezinha Gomes Pereira

Bissau, 01 Abr 19 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional de Promoção das Mulheres e Empregadas Domesticas (ANAPROMED), responsabilizou o Ministério Público por não decretar a prisão preventiva da cidadã Terezinha Gomes Correia por alegado despejo de água quente na sua empregada doméstica adolescente de nome Ivandra Agostinho Longa desde o mês de Outubro de 2018.
Colectivo da ANAPROMED

Em declarações hoje à imprensa após a saída do encontro com Diretor Adjunto da Polícia Judiciária (PJ), Sene Bacai Cassamá disse que, este lhe informou que não podem executar a detenção da suspeita sem mandato do Ministério Público.

Acrescentou que o Diretor Adjunto da PJ manifestou a sua insatisfação com a situação, tendo confirmado que desde o mês de Março que receberam a ordem do Tribunal Regional para executar a prisão da suspeita e encaminha-la ao julgamento.

Aquele responsável garantiu contudo que o documento já foi despachado e a suspeita será encaminhada ao julgamento no próximo dia 11 de Abril.

“Depois da Polícia Judiciária ter investigado o caso, o processo foi entregue ao Ministério Público que devia decretar a prisão preventiva da suspeita até o dia de julgamento, mas não foi o caso”, explicou. ANG/JD/AC

Campanha caju/2019




Bissau,01 Abr 19(ANG) - O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, defendeu este fim de semana que é necessário investir na promoção da fileira do caju do país e que os exportadores já têm uma "ideia clara" da nova taxa de promoção daquele produto.

"Todos os exportadores já têm uma ideia clara do objetivo taxa de promoção do caju. É uma taxa de 15 francos cfa (cerca de dois cêntimos de euro) por quilograma de caju, que vai permitir fazer funcionar a estrutura de regulação do setor do caju, que é a Anca (Agência Nacional do Caju), e ao Governo constituir o fundo de promoção", afirmou Aristides Gomes.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas no final da cerimónia de lançamento oficial da campanha de comercialização e exportação do caju, que decorreu no centro de transformação daquele produto, na zona industrial de Brá, em Bissau.

A nova taxa de sobrevalorização do caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau, tem sido contestada pelos exportadores, que são contra parte do dinheiro ser entregue à Anca, que, segundo o presidente da Associação de Exportadores do país, Mamadu Jamanca, não tem prestado contas.

Segundo o primeiro-ministro, a nova taxa vai permitir tratar os pomares e a criação de fundo para facilitar a obtenção de crédito junto dos bancos aos empresários que participam na campanha.

"Todos os países sub-região estão a investir no caju, apesar de termos melhor qualidade, estamos em concorrência e é preciso uma promoção da fileira do caju e por isso é uma necessidade", salientou.

A campanha de caju arrancou hoje com um preço de referência de 500 francos cfa (0,76 cêntimos) por quilograma ao agricultor.

Nas declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro sublinhou também que é necessário explicar aos agricultores o que é um preço de referência.

"Quando o Governo fixa um preço de referência, indicativo, o agricultor pensa normalmente que o Estado fixou um preço obrigatório e que tem a obrigação de impor esse preço aos intervenientes do mercado. É preciso fazer um trabalho para explicar", afirmou, acrescentando que o preço não é fixo e pode ser reduzido ou aumentado. ANG/Lusa



Cultura


Filhos de Djolmet realizam segunda edição de Jornada Cultural de 04 à 07 de Abril

Bissau, 01 Abr 19 (ANG) - Os filhos de sessão de Djolmet, região de Cacheu no norte do país, vão realizar a segunda edição de Jornada Cultural nos dias 04 à 07 de Abril sob o lema “Nó Djunta Mon” com o objectivo de demonstrar a cultura da etnia manjaca.

A informação é do responsável da organização da referida jornada à nível de capital Bissau, Sanha Ianca, este fim-de-semana na conferência de imprensa realizada para informar a opinião pública sobre a vantagem da realização do referido evento.

“No evento, vão tomar parte diferentes pessoas inclusive os filhos de Djolmet que vivem no estrangeiro e vão ser apresentados diferentes pratos tradicionais da etnia manjaca, assim como outras práticas culturais da mesma”, informou aquele responsável.

Sanha Ianca informou que no primeiro dia do evento vão apresentar o ritual de fanado, no segundo irão realizar a conferência sobre actos de “mandjidura” e no terceiro, serão apresentados peça teatral e no quarto e último dia será a vez da gastronomia.

“Depois da realização de primeira edição da Jornada Cultural em 2016, surgiu a ideia de construção de uma sede de União de Associação dos Filhos de Djolmet, cuja obra já está na fase final”, informou, acrescentando que, assim que a sede acabar vão ter uma biblioteca para enriquecer o conhecimento dos filhos local.

Por outro lado, Sanha Ianca contou que os filhos de Djolmet não preocupam apenas com a divulgação das suas culturais, mas também com a questão de segurança e que por isso, conseguiram com apoio das autoridades locais, criar um posto de Guarda Nacional que lhes ajudam em controlar a zona e igualmente na questão de roubo de gados.

Aquele responsável garantiu que vão trabalhar ainda mais no sentido de ter mais forças de segurança de forma a garantir a tranquilidade à população da área uma vez que situações de roubo são frequentes naquela zona.
ANG/AALS/AC

Sociedade

Inquérito sobre condições de vida de agregados familiares arranca amanhã em todo território nacional

Bissau, 01 Abr. 19 (ANG) – O Director Geral de Instituto Nacional de Estatística e Senso (INEC), anunciou em conferência de imprensa no último fim de semana, que o dia 02 de Abril será a data do início de inquérito harmonizado sobre as condições de vida dos agregados familiares ao nível nacional.

Segundo Carlos Mendes da Costa, a operação com a duração de 90 dias no terreno, vai decorrer em todo o território nacional mobilizando uma equipa de 76 agentes, composta de 19 supervisores e 57 agentes inquiridores, acompanhados de uma forte logística para deslocação e materiais de recolha de dados.

Ainda explicou que esta operação de recolha de dados foi dividida em duas vagas, sendo a primeira que decorreu de 23 de Setembro à 22 de Dezembro de 2018, e a segunda vaga que vai iniciar nesta terça-feira, dia 2 de Abril, em todo território nacional.

Reforçou ainda que, para o efeito, os questionários serão aplicados no terreno de seguinte forma, um para colectar informações sobre os agregados familiares e é endereçado aos chefes e membros da família e o outro será aplicado para recolher informações sobre o local de residência das famílias, suas estruturas e serviços sociais de base.

"Os inquéritos serão feitos em grupo de pessoas numa determinada localidade ou tabanca, composta pela base sociocultural da aldeia, dentre as quais homens, mulheres, jovens, líderes de opiniões e responsáveis religiosas", explicou.

De acordo com este responsável, o sucesso deste inquérito que se inicia amanhã, dependerá em grande parte da qualidade dos dados recolhidos durante o trabalho de recolha, o que por sua vez, depende também da colaboração dos agregados seleccionados à inquirir.

Carlos Mendes da Costa, exortou ainda os órgãos de comunicação social no sentido de ajudar na divulgação dos objectivos do inquérito, por forma de conseguir a colaboração massiva dos chefes da família e os seus representantes para o sucesso do processo.

Director Geral do INEC, informou que estes inquéritos estão sendo executados em todos os países membros da União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA).

Disse também que foi financiado pelo Banco Mundial e Comissão da UEMOA e acordado pelos Estados membros no seu todo, na qual, a Guiné-Bissau faz parte, com objectivo de reforçar as capacidades dos Estados sobre condições de vida das famílias, respeitando as normas harmonizadas ao nível da sub-região e tornar disponíveis os micro-dados colectados ao público.ANG/CP/AC

Solidariedade


              Milionário doa um milhão de dólares para vítimas em Moçambique

Bissau,01 Abr 19(ANG) - O milionário sul-africano Patrice Motsepe entregou ao Presidente da República de Moçambique, Filipe Nuysi, uma doação de mais de um milhão de dólares para apoio às vítimas do ciclone, noticiou no domingo, o jornal moçambicano O País.4

Patrice Motsepe
"Esta humilde doação é para contribuir para fazer face à crise e aos desafios com que estão confrontados dentro do país. É uma singela contribuição", disse Patrice Motsepe.

O empresário visitou, na quinta-feira, a zona da Beira, a mais afetada pelo ciclone Idai, integrado na comitiva da ministra das Relações Exteriores sul-africana, Lindiwe Sisulu, que entregou também ao Presidente moçambicano uma doação de 60 milhões de rands (cerca de 3,6 milhões de euros).

Lindiwe Sisulu sobrevoou as zonas afetadas e esteve reunida com as equipas sul-africanas que, desde o primeiro momento, prestam assistência às vítimas.

"Fizemos o melhor para salvar vidas e queremos que o povo deste país saiba que, para além da fronteira, há um país chamado África do Sul, que fez muito para apoiá-los. Temos uma fronteira entre nós, mas somos o mesmo povo. A África do Sul fará tudo o que for possível" para apoiar Moçambique, disse Sisulu.

As equipas sul-africanas foram as primeiras a chegar ao terreno para ajudar nas operações de resgate, após a passagem do ciclone Idai no país.

Patrice Motsepe, que fez fortuna no setor mineiro, tornou-se milionário em 2008, sendo o primeiro africano negro a entrar para a lista dos mais ricos da Forbes.

Com uma fortuna avaliada em 2,3 mil milhões de dólares ocupa atualmente o lugar 962 da referida lista.

Pelo menos 493 pessoas morreram em Moçambique após a passagem do ciclone Idai e das cheias que se seguiram.

O último balanço, apresentado pelas autoridades, aponta ainda para 1.523 feridos e 839.748 pessoas afetadas pelo desastre natural de 14 de março.
ANG/Lusa

Cultura


Colectivo “artistas ka murri” homenageia a título “póstumo” actores teatrais falecidos

Bissau, 01 Abr 19 (ANG) – O colectivo “artistas ka murri” homenageou este fim de semana à título póstumo, os actores teatrais falecidos, nomeadamente Venâncio Cabral (Vi), Seco Seide, Martin Malam Biai (Manisinhu), Samore da Costa (Totó), Dirceu Francisco G. Costa, Malam Seide (Mundu ka bedju), Liu Nanque, Lionel Osíris Afonso (Piba) e Kennedy pelos seus contributos na cultura guineense.

Moisés João Aleluia Lopes, responsável do grupo teatral “Blife”, disse na ocasião que o objectivo do evento é para chamar atenção às instituições responsáveis da área da cultura no sentido de fazer algo para os actores guineense, assim como demonstrar as famílias dos mesmos os trabalhos feitos para o desenvolvimento da cultura do país.

Afirmou ainda que esses homens de cultura merecem ser homenageados por parte do Estado guineense a fim de fazer as suas famílias entenderem que eles deixaram obras que ficarão para sempre.

“Não podemos ficar a chorar os grandes homens, como Cabral e os outros combatentes da luta de libertação nacional. Esses actores merecem e têm valores na sociedade guineense porque lutaram para levar a cultura da Guiné-Bissau ao mais alto nível”, revelou Moisés Aleluia Lopes.

Para Jorge Queta, da Fundação UBUNTU, deve ser explorada a melhor parte que os guineenses têm que é o valor da solidariedade e irmandade.

“Há outros valores que nos faz esquecer essa nossa solidariedade. E uma das nossas funções é de fazer as pessoas relembrar que temos valores de irmandade que nos mostra que somos iguais e que devem ser explorados melhor. Portanto UBUNTU vai continuar a trabalhar nesse espírito”, disse.

Disse ainda que devem ser reconhecidas as pessoas que contribuíram de forma extraordinária para a cultura do país, como caso dos embaixadores de UBUNTU, Carlos Schwartz (Pipito), Adelino Mano Queta, Ideraldo Pires (Tony Bana), Aguinaldo Embaló que segundo ele, de uma regra geral não são recordados na sociedade.

Em nome dos familiares dos homenageados falaram Leocádia Batista Lopes e Mónica Sia, na qual agradeceram o gesto que segundo elas, é um reconhecimento aos falecidos e isso demonstra que fazem parte da cultura, acrescentando que seria melhor homenagear as pessoas vivas.

Esta é a 2ª Edição de homenagem aos actores culturais que desapareceram fisicamente.  Na 1ª edição foi homenageado o músico Fernando da Góia (Bidinte). ANG/DMG/AC

Cooperação





Bissau,01 Abr 19(ANG) - João Lourenço começa hoje, segunda-feira uma visita oficial de quatro dias à Rússia, estando previsto um "intenso programa". Putin será condecorado na quarta-feira, no próprio Kremlin.

O Presidente angolano parte na segunda-feira para Moscovo para uma visita oficial de quatro dias à Rússia, a convite do homólogo russo, que será condecorado quarta-feira, no próprio Kremlin, com a Ordem Agostinho Neto, indica este domingo uma nota oficial.

Em comunicado, a Casa Civil do Presidente de Angola adianta que João Lourenço irá cumprir um “intenso programa”, que inclui um encontro com Vladimir Putin e conversações ao mais alto nível entre delegações dos dois países, com o objetivo de alargar a cooperação bilateral

Segundo o documento, que não adianta as áreas e setores em discussão, João Lourenço, que visita a Rússia pela primeira vez enquanto chefe de Estado, irá também discursar perante os deputados no parlamento russo e participará num fórum com empresários dos dois países.

Há a expectativa da ampliação dos horizontes de investimento num e noutro mercado”, lê-se no comunicado, que indica ainda que no programa oficial consta uma vertente cultural, com a delegação oficial angolana a assistir a um espetáculo no teatro Bolshoi, em Moscovo.

Na capital russa está já, desde sábado, o chefe da diplomacia angolana, Manuel Augusto, a preparar a visita de João Lourenço, tal como indicou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores (MIREX) de Angola.

No documento é salientado que as “relações privilegiadas” entre Angola e Rússia conheceram o seu “ponto alto” em 1976, altura em que Moscovo (então capital da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas Socialistas – URSS – entretanto extinta) e Luanda assinaram o Tratado de Amizade e Cooperação.

De 1976 até aos dias que correm, as relações entre os dois países passaram por diferentes etapas de cooperação, sendo atualmente mais significativas nos setores da Energia, Geologia e Minas, Ensino Superior, Formação de Quadros, Defesa, Interior, Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Pescas, Transportes, Finanças e Banca”, lê-se no comunicado.

O MIREX estima que cerca de 1.000 cidadãos russos residem em Angola, dando indicações de pelo menos 1.500 angolanos a viver na Rússia.

No comunicado é recordado que, a 05 de março de 2018, esteve em Luanda o ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, Serguei Lavrov, altura em que “foram reforçados os laços de amizade e cooperação”.

Já este mês, o MIREX angolano esteve em Moscovo, depois de participar numa reunião sobre direitos humanos em Genebra. ANG/Lusa


sexta-feira, 29 de março de 2019

Cultura/ Música


   “Estado falhou ao não construir um Palácio da Cultura”, diz Justino Delgado

Bissau, 29 mar 19 (ANG) - O cantor nacional Justino Gomes Delgado disse que o Estado guineense falhou porque se há palácio de justiça devia haver o palácio da cultura.

Em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, véspera do espetáculo marcado para sábado (30), o cantor disse que cada guineense deve contribuir para fazer que o país tenha uma imagem positiva a nível mundial.

Apelou aos jovens cantores para continuarem a autoformar-se na área da música, pedindo mais civismo para os seus fãs que irão assistir ao espetáculo para que os hóspedes levem boa imagem da Guiné.~

O Diretor-geral da cultura, João Cornélio Correia salientou que a música é um veículo que transmite tudo o que tem a ver com o património cultural e material, considerando o músico Justino Delgado de um dos grandes mensageiros guineenses.

“Desde os trajes, gastronomia e tudo, portanto a maior mensagem que passa na Guiné é da música e o Justino foi o grande mensageiro do país, portanto devemos saber valorizar alguém vivo”, frisou.

Disse ainda que os 40 anos de carreira do Justino são anos de trabalhos e de investimentos feitos para a Guiné-Bissau porque deixou as obras que vão ser um legado para muita gente.

Cornélio Correia disse que espera que  espetáculo  de “Jujú Delgado” fique na história, “porque é um orgulho manifestar a vitória do artista”.

Para  o cantor angolano Maya Cool, é importante que os políticos africanos invistam mais na cultura “porque é a identidade de um povo”.

 “ Prefiro englobar a cultura toda, temos grandes talentos em África, aliás como um berço da humanidade sai tudo aqui. Os grandes artistas mundiais têm sangue africano, deve haver mais casas de cultura”, disse o cantor angolano, sustentando que o  crescimento da cultura expande uma nação.

Maya Cool lamentou a falta de políticas próprias que incentivem o crescimento da cultura africana a nível internacional. ANG/DMG//SG

Religião


         Papa visita Marrocos para falar de migração e diálogo com Islão

Bissau, 29 mar 19 (ANG) -  O papa Francisco vai realizar no sábado e no domingo (30 e 31), uma visita ao Marrocos, país de maioria muçulmana, para falar do diálogo com o Islão, assim como de migração, dois temas - chave do seu pontificado.
"Cristãos e muçulmanos, irmãos no mundo que precisam de paz", disse o pontífice numa mensagem por vídeo divulgada na véspera da sua 28ª viagem internacional.
O sumo pontífice quer manter laços de amizade com o mundo muçulmano e, ao mesmo tempo, está empenhado em visitar as menores comunidades católicas do mundo, que costumam ser esquecidas pela cimeira da Igreja.
Mais de 30.000 católicos vivem no Marrocos. A maioria é composta de estrangeiros procedentes da África subsaariana, estudantes, ou migrantes a caminho da Europa.
No domingo, muitos deles assistirão a uma missa num complexo desportivo, algo que não se via desde a visita de João Paulo II em 1985, já que 99% da população é muçulmana sunita.
Como aconteceu durante a sua viagem em Janeiro aos Emirados Árabes Unidos, o papa irá reunir-se com o rei do Marrocos Mohamed VI, assim como com os principais líderes religiosos muçulmanos, e visitará o mausoléu de Mohamed V - gestos a favor da tolerância religiosa.
Nesse mesmo dia, vai reunir-se com migrantes na sede da Caritas de Rabat, onde pronunciará um importante discurso.
Com essa viagem, segundo o Vaticano, o papa deseja dar esperança às minorias cristãs e aos muçulmanos convertidos, que pedem para desfrutar plenamente da liberdade de religião consagrada na Constituição marroquina.
"Sonhamos com um Marrocos livre que assuma a sua diversidade religiosa", pediu, numa nota, a Coordenadoria dos Cristãos Marroquinos.
A organização espera que a visita seja "uma oportunidade histórica" para que o Marrocos se comprometa a fundo com a questão.
Segundo a Constituição marroquina, "o Islão é a religião do Estado, o qual garante a todos o livre exercício dos cultos".
Diferentemente dos Emirados Árabes, o código penal marroquino não prevê pena de morte para os apóstatas do Islão e a regra em geral "é a discrição", explicou um religioso de Rabat. ANG/Angop

Violência de género


Coordenadora de Luta Contra Prática defende  atendimento médico de qualidade às vítimas

Bissau, 29 Mar 19 (ANG) - A Coordenadora do Gabinete de Luta Contra Violência de Género defendeu   quinta-feira o atendimento médico de qualidade às vítimas de “crueldade” no país.

 Patrícia Na Tambá falava no âmbito de um ateliê que promovido para o reforço de  capacidade das pessoas na área de atendimento de qualidade às vítimas de violência de género.

“Existe necessidade de um bom atendimento médico às vítimas de violência de género com o objectivo de evitar com que as mesmas sentem desprezadas, isoladas e traumatizadas”, explicou a coordenadora.

Patrícia Tambá explicou que a violência de género não significa apenas agressão física, tendo acrescentado que desconsiderar a capacidade de uma pessoa significa igualmente uma violência.

“As vezes, as palavras de um médico acaba por traumatizar a vítima.Por exemplo, no caso das vítimas de mutilação genital feminina, é necessário ainda mais cuidados para não ferir as suas sensibilidades”, considerou Patrícia Na Tambá.

Sublinhou que as organizações da sociedade civil assim como as forças de Defesa e Segurança têm também um papel importante a desempenhar no processo de lidar com  situações de bom atendimento às vítimas de violência.  

No referido ateliê, tomaram parte técnicos de saúde, organizações da Sociedade Civil e forças da defesa e segurança.

A violência de género é um tipo de violência física ou psicológica exercida contra qualquer pessoa ou grupo de pessoas sobre a base do seu sexo e que pode ter um impacto negativo sobre o bem-estar social de qualquer que seja individuo. ANG/AALS/AC