terça-feira, 22 de setembro de 2020

ONU/Comemoração dos 75 anos marcada com nova declaração de compromissos

 Bissau, 22 Set 20 (ANG) – A Organização das Nações Unidas (ONU) iniciou segunda-feira a comemoração do 75.º aniversário, com uma declaração e lista de 18 objectivos adoptada pelos Estados-membros, com vista à mobilização de recursos e reforço de parcerias.

A “Declaração sobre a comemoração do septuagésimo quinto aniversário das Nações Unidas” foi adoptada segunda-feira por unanimidade, na semana de alto nível da 


Assembleia Geral, com presenças muito restritas na sede da ONU, em Nova Iorque e com discursos gravados anteriormente pelos chefes de Estado, devido à pandemia.

“Não estamos aqui para comemorar. Estamos aqui para agir”, refere a declaração  adoptada pelos Estados-membros da ONU, em que se destaca que a pandemia de covid-19 é “o maior desafio global” da história da organização, criada para manter a paz internacional depois da Segunda Guerra Mundial.

“Ao longo dos anos, mais de um milhão de mulheres e homens serviram sob a bandeira das Nações Unidas em mais de 70 operações de manutenção da paz”, lê-se na declaração que pede novas medidas e novas abordagens aos problemas atuais, numa altura em que se defende que a ONU é o principal palco mundial de acordos multilaterais, cooperação e solidariedade.

“Não deixaremos ninguém para trás” é o primeiro compromisso do documento, explicando-se que atenção especial deve ser dada às pessoas em situações vulneráveis e que “assistência humanitária deve ser concedida sem obstáculos ou atrasos e de acordo com os princípios humanitários”.

Medidas “transformadoras” são também pedidas no objectivo de “proteger o planeta”.

“Temos de reduzir imediatamente as emissões de gases com efeito de estufa e alcançar padrões de consumo e produção sustentáveis em linha com os compromissos nacionais aplicáveis ao Acordo de Paris e em linha com a Agenda 2030”, lê-se no documento.

Com vista a proteger a população contra o terrorismo e extremismo violento, os Estados-membros declaram também “promover a paz e prevenir conflitos”. Este objectivo defende o uso da diplomacia preventiva e da mediação, com um pedido ao secretário-geral para “aprimorar o conjunto de ferramentas para prevenir a eclosão, escalada e recorrência de hostilidades em terra, no mar, no espaço e no ciberespaço”.

“Apoiamos e promovemos totalmente a iniciativa do secretário-geral por um cessar-fogo global. O Direito Internacional Humanitário deve ser totalmente respeitado”, continua a declaração.

“Cumpriremos o direito internacional e garantiremos a justiça”, com respeito à democracia, direitos humanos, Estado de direito, “fortalecendo uma governança transparente e responsável e instituições judiciais independentes”, lê-se.

A declaração adoptada no 75.º aniversário da ONU destaca também o compromisso de “colocar mulheres e meninas no centro”, porque sem a participação igual de mulheres não se chega à resolução de conflitos e os direitos humanos não podem ser garantidos. A promessa é de “acelerar ações para chegar a igualdade, participação de mulheres e empoderamento de mulheres e meninas em todos os domínios”.

Também para “construir confiança”, os Estados-membros garantem que vão ser condenados ataques, discriminação xenofóbica, racista, ou baseada em género ou sexualidade.

“Abordaremos as causas profundas das desigualdades, incluindo violência, abusos dos direitos humanos, corrupção, marginalização, discriminação em todas as suas formas, pobreza e exclusão, bem como falta de educação e emprego”, declaram os assinantes.

“Melhorar a cooperação digital”, “aprimorar as Nações Unidas” e “impulsionar parcerias” são outros três objectivos descritos na declaração.

Os países prometem também “garantir financiamento sustentável”, com compromissos de pagamentos atempados e do total valor das contribuições nacionais acordadas com a ONU e com reforço de projetos e parcerias público-privados.

Os Estados-membros comprometem-se ainda a “ouvir e trabalhar com jovens”, sendo que “a juventude é a peça que falta para a paz e o desenvolvimento”.

Por último, o 18.º objectivo é de os países estarem “preparados”: “A pandemia de covid-19 apanhou-nos desprevenidos”, lê-se, o que “destaca a necessidade de mais cooperação e partilha de informações”.

O documento sublinha que há “uma necessidade urgente de acelerar o desenvolvimento, a produção, bem como o acesso global equitativo e acessível a novas vacinas, medicamentos e equipamentos médicos”.

Com base nos três pilares das Nações Unidas – Direitos humanos, paz e segurança, e desenvolvimento – os Estados-membros comprometem-se a seguir o “roteiro” da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. ANG/Inforpress/Lusa

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

   Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Especial 24 de Setembro/Administrador do sector  Komo diz   que a ilha se depara com grandes dificuldades

Bissau, 21 Set 20 (ANG) – O Administrador do sector de Komo, região de Tombali, sul do país afirmou  que a ilha se debate actualmente com grandes dificuldades desde as infraestruturas, meios de transportes, saúde e educação.

Em entrevista concedida aos repórteres da ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN no âmbito das celebrações dos 47 anos da independência, que se assinala no próximo dia 24 de Setembro, Sadjá Sambú disse que nenhuma instituição do Estado na ilha tem transporte para fazer seu trabalho, inclusive  na área de  saúde, com um centro hospitalar sem ambulância, bote ou canoa.

 “Se tivemos um doente que precisa de ser evacuado para Hospital de Catió é levado ao colo numa distância de 7 quilómetros


para chegar ao porto de Katchil para depois ser transportado através de piroga para o porto de Catió,” contou.

Aquele responsável informou que todos as pirogas que transportam passageiros do Porto de Gouveia de Catió à ilha de Komo são  privados.

Sadjá Sambú declarou que mais de 180 casas na ilha de Komo estão inundadas devido a fortes  chuvas e que as estradas são intransitáveis durante esta época de chuva.

Disse estar esperançoso que haverá mudanças porque neste momento a ilha está a ser dirigido por jovens.

 Segundo Sambú, o sector de Komo não tem nem luz elétrica que fará água potável para a população .

Questionado sobre os 70 combatentes oficialmente recenseados, dos quais só 10  recebem suas pensões respondeu que a administração local está empenhada em resolver o assunto mas que estão a espera da visita do ministro da área para em conjunto  buscarem soluções.

Afirmou que muitos dos combatentes da zona sul  são  desconhecidos porque muitos  não tiveram a oportunidade de serem recenseados, e que não beneficiam de nada e resolveram  viver  de pesca  artesanal  ou agricultura.

Disse que tem boas  perpectivas para a região mas que tudo depende do empenho do  governo central.ANG/JD/ÂC//SG

 

Especial 24 de Setembro/Sobrevivente de Komo pede intervenção do Governo central na resolução do problema de pensões

Bissau, 21 Set 20(ANG) – O combatente da Liberdade da Pátria, Abubacar Camará pede ao governo central para intervir na resolução dos problemas dos 70 antigos combatentes existentes na ilha  de Komo dos quais somente 10  recebem pensões, mas com muita dificuldade. 

Camará falava em  entrevista concedida aos repórteres da ANG, Jornal Nô P

intcha e RDN no âmbito das celebrações dos 47 anos da independência, que se assinala no próximo dia 24 de Setembro.

Abubacar Camará   diz estar triste com a atual situação de vida  que os verdadeiros combatentes enfrentam , desde a falta de reconhecimento, não  pagamentos das pensões , falta de infraestruturas  e isolamento da  ilha de Komo que foi um dos lugares mais histórico da  luta de libertação.

Precisou que a batalha de Komo iniciou a 04 de Fevereiro de 1964 e teve uma duração de 72 dias e noites.

“Os portugueses quando atacaram a barraca dos guerrilheiros do PAIGC em  Komo, havia somente sete pessoas e os restantes eram população residente que tinha como meios de defesa,  catanas e algumas armas de fogo para se defenderam dos agressores,” lembrou.

Aquele antigo combatente afirmou que a batalha de Komo foi a mais intensa e violenta durante a luta de libertação e que durou 72 dias e noites de troteiro intenso.

Os  homens mais destacados  naquela grande batalha, segundo Camará foram  Quedelé  Na Ritch  que desempenhava  o papel de informante perante guerrelheiros,  Pansau Na Isna, Abdú Mané, Buota Nambatcha, Augusto Gomes Tavares vulgo (Augusto Duanhe) e outros tendomorrido nesa históriac batalha 38 homens do PAIGC. 

Aquele sobrevivente da grande batalha de Komo explicou que, quando foi recrutado para ingressar na luta  de libertação, na altura havia um barco que fazia trânsito de Catabane para ilha de Komo, frisando que os colonialistas portugueses chegaram e assaltaram o aquartelamento da ilha e assassinaram o comandante Ndinh na Barna.

 

Por sua vez, o grande colaborador clandestino dos guerrilheiros da luta  N`sumba Na Quidum lembrou que levava alimentos e transportava armas  de fogo de Candjafra, na Guiné Conocri, para os combatentes do PAIGC durante a batalha de Komo.

Revelou que fizeram uma reunião secreta  na casa do senhor Bacar Biai, para mobilização dos jovens e das populações da zona sul para ingressarem na luta armada.

Disse também que está triste porque os que libertaram a Guiné-Bissau foram esquecidos, apesar de estar ele a receber todos os  meses a sua   pensão como antigo combatente.

Lamenta no entanto as dificuldades que enfrenta para se deslocar à Bissau para receber a sua pensão.

Os repórteres dos
três órgãos públicos de comunicação social constataram durante a viagem para aquela zona sul do país a falta de transportes mistos  para os populares residentes devido  as más condições das estradas que ligam a capital  Bissau à cidade de  Buba. ANG/JD/ÂC//SG

 


Especial 24 de Setembro/”Morés foi relegado  ao esquecimento depois da independência”, diz comité local

Bissau,21 Set 20(ANG) – O Comité(responsável popular) da Secção de Morés, sector de Mansabá na região de Oio, norte do país, afirmou que aquela localidade foi relegada ao esquecimento total depois da proclamação da independência da Guiné-Bissau em 1973.

Em entrevista concedida aos repórteres da ANG, Jornal Nô Pintc

Vista do antigo Armazéns de Povo em Morés
ha e RDN no âmbito das celebrações dos 47 anos da independência, que se assinala à 24 de Setembro,  Yaia Bodjam disse que os populares de Morés estão a depara-se com dificuldades de vária ordem, nomeadamente a falta de tudo, desde estradas, energia elétrica, escolas e a degradação de todas as infraestruturas do Estado.

“Pelas informações que recebemos dos nossos pais, Amilcar Cabral afirmava que depois da independência do país uma das prioridades seria a criação de infraestruturas indispensáveis para a vida da população de Morés tendo em conta que foi das localidades da zona norte mais fustigada pelos bombardeamentos dos colonialistas portugueses”, disse.

Por sua vez, o chefe administrativo da secção de Morés salientou que nos primeiros anos da independência, o primeiro Presidente da Guiné-Bissau Luís Cabral tentou fazer alguns esforços em termos de criação de condições mínimas para o desenvolvimento daquela localidade, em cumprimento das recomendações deixadas pelo fundador da nacionalidade guineense, Amilcar Cabral.

Mussa Djancó disse que durante o mandato de Luís Cabral era notória a criação de algumas infraestruturas na secção de Morés nomeadamente os Armazéns do Povo, Internato Osvaldo Vieira, abastecimento da luz electrica, água, escolas, centros de saúde equipado com ambulância de evacuação de doentes entre outras.

“Com o golpe de Estado de 1980, que culminou no derrube de Luís Cabral, começou-se a notar a degradação das referidas infraestruturas ”, frisou, acrescentando que o ex-Presidente Luís Cabral tinha uma visão e muita sensibilidade para com os populares de Morés.

Aquele responsável sublinhou que, tinha a plena consciência  de que, se o mandato de Luís Cabral perdurasse muitos anos, a vida dos populares 

Vista do Internato de Morés

da secção de Morés e da Guiné-Bissau no geral seria diferente.

Perguntado sobre se com as dificuldades com os populares da secção de Morés  enfrentam actualmente e tendo em conta o sofrimentos durante a lura armada, se valeu a pena a independência da Guiné-Bissau, Mussa Bodjam disse que a independência não faz sentido se as populações continuassem a viver na miséria.

“Morés era a Base Central do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), na frente norte, e isso justificava as frequentes incursões e ataques perpetrados pelas tropas coloniais portugueses na cidade”, explicou.

Aquele responsável disse contudo que, não estão arrependidos porque conseguiram alcançar o objectivo da luta armada que é a independência total do Povo guineense e cabo-verdiano do jugo colonial, adiantando contudo que as promessas da criação de uma vida melhor e da reconstrução nacional não foram cumpridas ao logo dos cerca de 47 anos da Independência
ANG/ÂC//SG

 

 

 

 

 

 

 

 

Solidariedade/Movimento social, cultural e humanista em memória a Bruno Candé


Bissau, 21 Set 20 (ANG) - O actor luso-guineense Bruno Candé, assassinado a 25 de Julho, em Moscavide, teria feito na sexta-feira, 18 de Setembro, 40 anos, e num movimento de solidariedade, as receitas de oito salas e companhias de teatro portuguesas vão reverter para a família do actor.

Ao movimento junta-se o artista plástico Francisco Vidal, que durante a performance MAKA - Movimento de Arte e Kultura Africana de Lisboa criou noventa e nove t-shirts em serigrafia, à venda por 100 euros. 

"As t-shirts têm esses valores para conseguir fazer com que os filhos do actor Bruno Candé tenham aceso à educação, para perceberem que têm mesmo que trabalhar o legado daquilo que o pai deixou", descreveu o pintor, escultor e artista visual.

"Estou a desenvolver cartazes, flyers, t-shirts para que a imagem deste actor seja construtiva. Para que deixe de ser uma morte violenta, por motivos raciais, e que se torne uma luz para nós construirmos salas de teatro, escolas, museus, centros arte e mais do que tudo pontes de união e de trocas entre todos os seres humanos", lembra Francisco Vidal.

Em Kimbundo MAKA significa "conversa, argumentação entre diversas pessoas", explica o artista plástico, que não só presta homenagem a Bruno Candé Marques, como é um dos promotores de "momento" artístico e humanista.

Em Portugal, desde o passado 25 de Julho, voltou a surgir uma onda de repúdio com inúmeras homenagens e manifestações de protesto contra discriminações. 

"Já comecei a falar com várias pessoas que fizeram as manifestações, que fizeram t-shirts e que se estão a organizar para conseguirmos compor um momento contemporâneo que seja edificante", descreveu ainda o artista plástico.ANG/RFI

 

 

 Especial 24 de Setembro/”A independência é um retrocesso para o país”, dizem  combatentes de Morés

Bissau,21 Set 20(ANG) – Os combatentes da liberdade da Pátria da secção de Morés, sector de Mansabá, região de Oio no norte do país, foram unânimes em afirmar que a independência da Guiné-Bissau proclamada em 1973, constitui um retrocesso no desenvolvimento do país.

Em entrevista concedida aos repórteres da ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN no âmbito das celebrações dos 47 anos da independência, que se assinala à 24

de Setembro, Mama Seide, antiga enfermeira durante a luta armada, disse que, cada vez que abre a boca para falar da luta, o seu coração bate de dor e amargura devido ao sofrimento consentidos e dos colegas e familiares mortos no combate.

“Para nós, hoje em dia, transmitir para a nova geração a história da luta armada de libertação nacional, seria uma honra se todos os veteranos de guerra tivessem uma vida condigna”, disse.

Mama Seide afirmou que os populares de Morés não mereciam  as dificuldades com que estão a passar actualmente pelo sofrimento que consentiram durante a luta armada.

A titulo de exemplo, prosseguiu, disse que  todas as crianças que nasceram no período da luta podem ser consideradas de combatentes, porque as vezes permanecem nas costas das mães, durante uma semana, sem tempo para serem amamentadas, debaixo de bombardeamentos das tropas coloniais.

Mama aderiu a luta armada com 15 anos, e frequentou o curso de enfermagem na antiga União Soviética a mando de Amílcar Cabral, em 1966.

Para Mamadi Danfa, outro veterano de luta de libertação nacional,  os ideais  de Amilcar Cabral foram defraudados pelos sucessivos dirigentes do país, desde a independência até hoje.

Declarou que  durante a luta armada, os combatentes não tinham sapatos, calças e camisas e nem alimentação,  mas que graças a Amílcar Cabral, a população deu todos os apoios aos guerrilheiros até a proclamação da independência do país.

Disse  que, no período colonial, os colonialistas portugueses submetiam aos populares de Morés ao trabalho forçado de reabilitação das estradas, carregando com as suas próprias cabeças as pedras que seriam utilizadas para o efeito.

Acrescentou que, no período de mobilização das massas para a luta, Amílcar Cabral sempre lhes prometia que um dia acabaria com os referidos trabalhos forçado, salientando que foi por isso que decidiram abraçar a causa da luta de libertação nacional.

Aquele veterano de luta revelou que Amílcar Cabral prometia que, depois da independência, Morés seria reconstruído e seria baptizada de “Cidade da Independência”.

Disse que, com todos os sacrifícios consentidos durante a luta armada, actualmente somente três pessoas da vila de Morés recebem seus pensões de combatentes de liberdade da pátria.

Por sua vez, Talibó Seide disse que hoje em dia, o grosso número de combatentes da liberdade da pátria está arrependido por ter participado na luta armada de libertação nacional.

“Perdemos as nossas famílias, amigos e companheiros de armas para depois da independência  sermos esquecidos pelos sucessivos governos do PAIGC. Para nós é uma tristeza e arrependimento”, lamentou.

Perguntado sobre se com a idade que tem ainda dispõe de esperança num futuro melhor, respondeu que foi com base nesse desiderato que votaram contra o PAIGC nas últimas eleições presidenciais, não obstante ser o seu partido, para ver se algo mude em prol do bem estar dos combatentes.ANG/ÂC//SG

 

 

 

   
EUA
/ Detida suspeita de enviar pacote com ricina para presidente Trump

 

Bissau, 21 Set 20 (ANG) - Uma mulher foi detida no domingo por supostamente ter enviado um pacote contendo ricina ao Presidente norte-americano, Donald Trump, quando tentava entrar nos Estados Unidos vinda do Canadá, segundo os 'media'.

Segundo a agência de notícias Associated Press e uma fonte dos serviços de segurança citada pela televisão CNN, a mulher esta

va na posse de uma arma de fogo e foi detida pelas autoridades norte-americanas.

Sábado, foi noticiado que um pacote contendo ricina dirigido a Donald Trump foi interceptado no início da semana pelos serviços de segurança da Casa Branca.

O pacote endereçado à Casa Branca terá tido origem no Canadá, de acordo com a polícia do Canadá.

Esta não é a primeira vez que ricina é enviada pelo correio para a Casa Branca.

Um veterano da Marinha foi detido em 2018 e confessou ter enviado envelopes para Trump e membros de sua administração que continham a substância da qual a ricina é derivada.

Em 2014, um homem do Mississipi foi condenado a 25 anos de prisão após enviar correspondência com ricina ao então Presidente Barack Obama e a outros responsáveis da Casa Branca.

A ricina, de origem vegetal, é uma das toxinas mais poderosas conhecidas e é extraída da mamona.

Se ingerida, pode causar náuseas, vómitos e hemorragias internas, seguindo-se insuficiência hepática, baço e renal, e morte por colapso do sistema circulatório.ANG/Angop

 

 


Especial 24 Setembro
/”Falta trabalhar para o desenvolvimento do país, diz Mama Sambo Traoré

Bissau, 21 Set 20 (ANG) - O antigo combatente português, Mama Sambo Traoré disse em entrevista à ANG, NÔ Pintcha e RDN que o que falta ao país é o “trabalho de desenvolvimento”.

“O que falta agora é o trabalho para desenvolvemos o país”, disse Traoré que participou na luta armada mas no lado colonial. “Mesmo estando doutro lado eu sempre acompanhava as declarações de Amílcar Cabral”,acrescentou.


 “Ele dizia aos combatentes que tudo o que estavam a passar  um dia vai acabar. Sentimos isso logo nos  primeiros anos da independência porque  havia um pouco de alegria, o país caminhava-se para o desenvolvimento. Mas seis anos depois as coisas começaram a retrocer-se até hoje em dia”, lamentou.

Disse que está confiante de que, um dia, “Deus” vai fazer reaparecer uma pessoa a semelhante à  Cabral para acabar, de uma vez por todas, com o sofrimento do Povo.  

Instado se sentiu arrependido por  ter participado na luta no lado colonial respondeu que não, “porque o primeiro objectivo da luta armada foi alcançado”.

Sustentou que  Povo nunca mais foi submetido ao trabalho forçado ou à  prisão arbitrária.

 Mama Sambo Traoré, referiu que foi levado para Bolama para cumprimento de serviço militar obrigatório a 1 de Janeiro de 1959, juntamente com o ex-presidente Nino Vieira, Pansau Na Isna, Domingos Ramos, Malam Cassamá, Fodé Cassamá, Calilo Sidibé e Mamadu Siara, entre outros.

Acrescentou que passado algum tempo alguns fugiram do serviço militar em Bolama para as fileiras do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) sob a influência de Amilcar Cabral.

Disse que depois  dessa fuga ele e mais alguns colegas  foram transferidos para Bissau e impedidos de sair  do quartel.

Por seu lado o combatente Aruna Culubali  lamentou o  estado actual dos lugares históricos da luta armada, desde Morès que era base Central até  Guiledje.

Revelou que alguns dos seus colegas não recebem de acordo com os seus pantentas, como é caso dele e de Sadjo Seide entre outros porque foram promovidos a capitão, mas continuam a receber como tenente.

Criticou que as promessas feitas por Cabral sobre assistência médica e medicamentosa para os combatentes  não estão a ser cumpridas. mas disse acreditar  nos melhores dias para os combatentes da Liberdade da Pátria.

O combatente pede para os actuais dirigentes  prestarem atenção aos antigos Combatentes no sentido de melhorar as suas condições de  vidas, “porque actualmente, a maioria deles trabalha na agricultura para sustentar  as suas famílias”. ANG/LPG/ÂC//SG

 

Índia/ Homem corta barriga da mulher para conformar que vai ser pai de um menino

Bisau, 21 Set 20 (ANG) - Um homem, prestes a ser pai, terá cortado a barriga da mulher grávida, para confirmar que o bebé que esta carregava se tratava de um menino.

Segundo o site Notícias ao Minuto, o homem, que foi identificado como Pannalal, era já pai de cinco meninas e estaria desesperado para ter um filho.

O suspeito foi detido após o ataque, que deixou a vítima com ferimentos graves. A polícia está a investigar o caso, sendo ainda incerto com que objecto é que Pannalal cortou a mulher.


O incidente aconteceu sábado, na cidade de Nekpur, pertencente ao estado indiano de Uttar Pradesh.

A vítima, de 35 anos, estava grávida de sete meses e encontra-se hospitalizada no Hospital de Bareily, em estado considerado grave. Não se sabe qual o estado de saúde do bebé.

O crime em causa demonstra que continua a existir um estigma, em certas regiões do país, em relação às meninas. ANG/Angop

Especial 24 Setembro/Combatentes qualificam de “lamentável”  celebração dos  47 anos da independência com falta de quase tudo

Bissau, 21 Set 20 (ANG) – Alguns Combatentes da Liberdade da Pátria, da secção de Guiledje, sector de Bedanda, região de Tombali, qualificam  de “lamentável” o país celebrar os 47 anos da independência com a falta de quase tudo e as infraestruturas em estado avançado da degradação.


Em entrevista concedida aos repórteres da ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN no âmbito das celebrações dos 47 anos da independência, que se assinala no próximo dia 24 de Setembro,  os combatentes Sadjo Seide, Mama Sambo Traoré, Aladje Mama Baldé, Mamadu Djaló e Aruna Coulubali  relacionaram as suas afirmações com o sofrimento e dificuldades que o povo guineense continua a enfrentar, nomeadamente a falta de escolas e hospitais nas regiões do país.

 O incumprimento das promessas que Amílcar Cabral no que toca a criação de melhores condições de vida para os veteranos de guerra, foi outro desagrado  manifestado pelos referidos combatentes.

O combatente Sadjo Seide de 73 anos, indicou a tortura, roubo de vacas entre  outros maus tratos à que os militares coloniais submetiam os guineenses em represália pela participação na luta armada para libertar a Povo do jugo colonial.

“Deus” fez aparecer uma pessoa chamado Amílcar Cabral para enfrentar o regime colonial e as populações vitimas assumiram o compromisso de a acompanhar na luta para se defenderem ou se libertar dos maus tratos dos portugueses” salientou Seide que acrescentou: Volvidos  47 anos da independência, para além de não sermos reconhecidos pelo Estado, o Povo continua a sofrer, e o objectivo da luta era  acabar com o sofrimento do Povo”.

Contudo, Sadjo Seidi reconhece  que valeu a  pena a luta armada.

 “Porque conquistamos a nossa liberdade  e agora cabe aos actuais dirigentes trabalhar para desenvolvimento do país”, afirmou  Sadjo Seide.

Disse que os combatentes sonhavam com um  um país desenvolvido, com infraestruturas rodoviárias, água potável e energia elétrica em todas as localidades da Guiné-Bissau mas que “até hoje o Povo continua a pedir estes bens ao governo”.

“Para nós é muito difícil, e até leva-nos a dizer que a luta pela conquista da independência foi em vão, mas não é, porque libertamos o Povo do jugo colonial e isso orgulha-nos muito”, salientou.

Mamadu Djaló, disse que, apesar do seu estatu
to de antigo combatente português, aos 47 anos da
independência, o país não merece estar na situação em que se encontra.

“Pela  minha experiência de vida, se compararmos a situação actual com a da época colonial digo que antes da independência a situação parece um pouco melhor, sem pôr em causa os esforços que estão sendo feito para bem do Povo, mas é que nessa época havia postos sanitários em quase todos sectores, e em funcionamento pleno, com assistência médica e medicamentosa, o que não se verifica hoje em dia”, lamentou Mamadu Djaló.ANG/LPG/AC//SG

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Covid-19
/Timor Leste livre de casos da doença, com centenas em quarentena

 

Bissau, 21 Set 20 (ANG) - Timor-Leste está novamente livre de casos da covid-19 depois do único paciente ainda infectado, confirmado a 26 de Agosto, ter sido dado como recuperado, anunciaram as autoridades de saúde.

"As equipas de laboratório realizaram os dois testes que confirmaram o resultado negativo. O paciente que estava positivo já teve alta e saiu do centro de isolamento de Vera Cruz", anunciou a directora dos serviços de Saúde, Odete da Silva.


Saudando o facto de Timor-Leste continuar sem transmissão comunitária da doença - os 27 doentes infectados detectados desde o início da pandemia, já recuperaram - a responsável manifestou no entanto preocupação com as entradas ilegais nas fronteiras do país.

Odete da Silva explicou que só na última semana entraram quase 300 pessoas ilegalmente no país, dos quais 224 na zona fronteiriça de Batugadé, 50 na zona sul da fronteira (Salele) e os restantes em Oecusse-Ambeno.

"Todos foram canalizados para as quarentenas", explicou.

A estes casos ilegais somam-se, na última semana, a entrada legal no país de um total de 414 pessoas, das quais 220 por via aérea, 188 pela fronteira terrestre de Batugadé, três pela zona de Salele, no sul da fronteira com a Indonésia, e três outros pelo enclave de Oecusse-Ambeno.

Estes números fizeram aumentar o total de pessoas em quarentena em instalações do Governo para 609, a que se somam 88 em auto quarentena, em casa.

Desde o início da pandemia, as autoridades realizaram já testes a 6720 pessoas, com 27 casos confirmados, todos já recuperados, e cerca de 150 ainda à espera de conhecer os resultados.

A estes números somam-se os mais de 200 passageiros - maioritariamente portugueses e timorenses - que chegaram a Díli num voo proveniente de Lisboa e que iniciam hoje o período de 14 dias de quarentena.ANG/Angop

 

 

Especial 24 de Setembro/Populares de Guiledje queixam-se de más condições de estradas da região

Bissau, 21 set 20 (ANG) – Os populares da povoação de Guiledje, região de Tombali, sul do país, queixam-se das más condições das estradas, da falta do centros de saúde, de estabelecimentos de ensino, bem como falta de professores em alguns casos.

Ouvidos pela imprensa no âmbito das reportagens sobre os 47 anos da independência do país que se assinala no dia 24 de Setembro, os comerciantes Mansa Djaló, Sona Bangura, Malam Seidi e Mussa Djaló foram unânimes em lamentar o estado avançado de degradação em que se encontra a estrada que liga a secção de Guiledje à sede  da região de Tombali e para Bissau.

Situação que o comerciante  Mansa Djaló disse dificultar-lhes muito no transporte das suas mercadorias de Bissau para a Região.

“É muito difícil trabalhar ou desenvolver qualquer actividade nestas condições. Com esta situação não há viatura de transporte. Mesmo que queremos deslocar só para Catió, sede da região já é um problema quanto mais para Bissau. As vezes para se deslocar a pessoa pode levar dois ou mais dias a espera de transporte”, revelou o comerciante.

O agricultor,  Malam Seidi pede ao governo para melhorar as condições das estradas no interior do país, sobretudo as da região de Tombali para que possam escoar os seus produtos agrícolas para Bissau com facilidade, por forma a diversificar a dieta alimentar da população.

“Se não fosse os senegaleses, os nossos produtos acabariam por se estragar, porque actualmente não temos meios de transporte. Imagine... para chegar a Bissau leva quase um dia e meio e isso é injusto, parece que estamos num outro país”, lamentou.

Disse que não se pode continuar nessa  situação, pelo que apela ao governo no sentido de fazer de tudo para reduzir o sofrimento do povo, no que se refere a melhoria das vais rodoviárias nas regiões.

As mesmas preocupações foram levantadas  por Mussa Djaló que disse  que não se sentem satisfeito por estarem a vender os seus produtos aos senegaleses e ainda mais à um  preço fixado pelos próprias senegaleses.

“Eles vêm até aqui com os seus próprios meios para comprar os nossos produtos, imaginem só um saco de 50 ou mais de quilograma de mandioca custa nove mil francos cfas, é quase uma oferta, não é da nossa vontade, mas sim devido a  degradação de estradas”, lamentou.

Por sua vez, Sona Bangura revelou as dificuldades com que as mulheres e crianças se confrontam na secção de Quiledje, acrescentando que, as crianças são obrigadas a percorrer cerca de um ou dois quilómetros para chegar as escolas, frisando que as mulheres grávidas  sofrem com as mesmas dificuldades.

Por isso, exorta o governo a construir mais estabelecimentos de ensino e postos sanitários para  minimizar
 o sacrifício da população daquela área.

“Nós aqui em Guiledje temos um estabelecimento de ensino, mas não temos professores, razão pela qual apelo ao governo através do Ministério da Educação no sentido de colocar professores em todas os sectores do país, incluindo Guiledje, porque queremos ver os nossos filhos a frequentar escolas”, concluiu Sona Bangura.

Acrescentou ainda que a estrada que liga Guiledje à  Mampata Foreá está em degradação progressiva, bem como a de Bissau/ Tombali , pelo que urge serem reabilitadas para facilitar a circulação de pessoas e bens.

ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

                     São Tomé e Príncipe/Remodelação governamental

Bissau, 21 Set 20 (ANG) - Em São Tomé e Príncipe, o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, anunciou,  sábado, a substituição das ministras dos Negócios Estrangeiros e do Turismo e da Cultura. 

A pasta da diplomacia deixa de ser de Elsa Pinto e passa para Edite dos Ramos Ten Juá, que era até agora juíza do Tribunal Constitucional.

O Turismo e Cultura passa de Graça Lavres para Aerton do Rosário Crisóstomo.

Wando Castro, o número dois do exe

cutivo com o pelouro da presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, passa a exercer as funções de Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Comunicação Social e Novas Tecnologias.

Cílcio Pires dos Santos foi nomeado ministro dos Assuntos Parlamentares, Reforma do Estado e Descentralização. O até entao deputado tinha dirigido o inquérito parlamentar sobre o golpe de estado de 2003 onde Patrice Trovoada é alegadamente acusado de ter mandado assassinar dois ex-presidentes da República e alguns membros do governo.

O antigo ministério das Obras Públicas, Infraestruturas e Recursos Naturais passa a ter um novo nome, passando a ser apenas das Infraestruturas e Recursos Naturais. 

Nas alterações anunciadas, foi criada uma Secretaria de Estado das Obras Públicas, Ambiente e Ordenamento do Território que será ocupada por Eugénio Vaz do Nascimento, actual presidente da Assembleia Distrital da autarquia de Água Grande.

Vários   assuntos estão  na origem da remodelação, nomeadamente a nomeação  do cônsul  honorário de São Tomé e Príncipe em Marrocos e o conflito entre  o Ministério Público  e a Polícia  Judiciária  devido ao desaparecimento de drogas nesta instituição. 

De acordo com o decreto presidencial, a nova composição do governo integra 13 ministérios e três secretarias de estado:

Ministros das Infraestruturas e Recursos Naturais: Osvaldo Abreu

Ministro do Planeamento, Finanças e Economia Azul: Osvaldo Vaz

Ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidade: Edite dos Ramos Ten Jua

Ministra da Justiça, Administração Publica e Direitos Humanos: Ivete Lima

Ministro da Defesa e Ordem Interna: Óscar Sousa

Ministro dos Assuntos Parlamentares, Reforma do Estado e Descentralização: Cílcio Pires dos Santos

Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Comunicação Social e Novas Tecnologias: Wando Castro de Andrade

Ministra da Educação e Ensino Superior: Julieta Rodrigues

Ministro do Turismo e Cultura: Aerton do Rosário Crisóstomo

Ministro da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural: Francisco Ramos

Ministro da Saúde: Edgar Neves

Ministro do Trabalho, Solidariedade, Família e Formação Profissional: Adlander Costa Matos

Ministro da Juventude, Desporto e Empreendedorismo: Vinício de Pina

Lista de secretários de Estado:

Obras Publicas, Ambiente e Ordenamento do Território: Eugénio Vaz do Nascimento

Comércio e Indústria: Eugénio Graça

Comunicação Social - Adelino Lucas Vila Nova dos Santos ANG/RFI