quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Especial 24 de Setembro/Presidente da República reitera que o objectivo comum  dos guineenses é  “ o desenvolvimento do país”

Bissau,24 Set.20(ANG) – O Presidente da República reiterou  que o objectivo comum dos guineenses é o desenvolvimento do país, e pede para se colocar as diferenças de lado e se unir para o bem maior da população.

Em mensagem à Nação por ocasião da comemoração dos 47 anos d

a independência, Úmaro Sissoco Embaló, cuja cerimónia decorreu no Estádio nacional 24 de Setembro ,em Bissau, Sissoco Embaló sustentou que as eleições acabaram, pelo que  cada guineense deve superar as linhas dos partidos políticos e questionar o que é que eu posso fazer para o país e não o que o pais pode fazer para mim.

 “A reconciliação nacional só pode ser significativa se a população tiver acesso as necessidades básicas, tais como a educação adequada, cuidados de saúde e segurança alimentar. A minha presidência será dedicada à isso”, prometeu .

Umaro Sissoco Embalo disse que, para que isso aconteça, todos têm que trabalhar juntos, salientando estar confiante que cada guineense tem algo a oferecer e que juntos pode-se  mudar, radicalmente, o rumo do país.

“O grande desafio que temos agora pela frente é o de desenvolvimento e de diversificação da nossa economia para  melhorar a distribuição da renda per capita nacional”, sublinhou.

O Presidente da República reconheceu que esse desiderato será  uma luta árdua e que necessita de muita persistência, perseverança, dedicação, disciplina  e sobretudo a coragem e capacidade de tomar decisões e medidas conducentes à reformas imperiosas e indispensáveis, em todos os sectores da vida nacional.

O chefe de Estado guineense afirmou que é imprescindível pautar pela diversificação da economia do país sem se abdicar de reservar um espaço importante para a castanha de caju, enquanto  principal produto de exportação do país.

“É imprescindível contar com todos os quadros nacionais, atendendo assim ao seu desejo de servir o país com honra e competência, assim como estimular o espírito dinâmico  e a iniciativa de todas as forças vivas da Nação para contribuírem para a produção da riqueza nacional.

Sissoco Embaló disse que o país necessita de combater o nepotismo e outros males que afectam a sociedade, através de fortificação das instituições da República, sobretudo os tribunais, enquanto administradores da justiça em nome do Povo.

“É verdade que o nosso país, nos últimos cinco anos, passou por  uma crise institucional que afectou directamente as instituições da República e teve repercussões directas  na vida dos nossos cidadãos, agravando ainda mais o nível da pobreza do país”, salientou.

O chefe de Estado frisou que tem nesse âmbito um importante papel na criação de emprego e riqueza, oferta de bens e serviços, e deve contribuir até para a resolução de problemas sociais e garantir a formação e desenvolvimento de mercados inclusivos.

“Em relação a sociedade civil quero aproveitar essa ocasião singular para reiterar o importante papel que tem tido, sobretudo os jovens em todo o processo de reconstrução e estabilização que ocorre no país, com vista a contribuírem ativamente no crescimento socioeconómico e do bem-estar das populações guineenses”, referiu.

Salientou  que o slogan da sua campanha eleitoral foi a “Geração do Concreto”, e que este passa a ser o seu lema de mandato presidencial.

E indica  que esse lema  traduz a necessidade de se priorizar a acção ao invés de palavras, de  todos serem mais pragmáticos, proativos e ousados.

O Presidente da República pede  para se pautar  pela promoção da boa imagem da Guiné-Bissau na arena internacional, através de uma diplomacia agressiva e proativa , com resultados visíveis na economia nacional.

“Somos todos embaixadores  da Guiné-Bissau e é a nossa responsabilidade colectiva e individual, mudar a imagem da Guiné-Bissau para o mundo exterior”, aconselhou.

 Exortou que as mudanças exigem convicção e dedicação e convida à todos para se juntar a ele nessa jornada.

“ Vamos tornar a Guiné-Bissau grande novamente”, vincou o Presidente da República.

Referindo-se ao actual momento de pandemia, disse que a comemoração dos 47 aniversário da independência, ocorre num momento singular e desafiador nas vidas dos guineenses em que o risco de contágio do novo coronavirus exige de todos a  adopção de medidas urgentes, harmonizadas e conducentes
que possam reforçar a capacidade de resposta do país à pandemia do Covid-19. ANG/ÂC//SG

 

Especial 24 de Setembro/Presidente senegalês declara que almeja partilhar tudo com a Guiné-Bissau

Bissau, 24 set 20 ANG) – O Presidente senegalês, Macky Sall declarou esta quinta-feira que deseja partilhar tudo com a Guiné-Bissau desde meios financeiros e técnicos, acompanhando o pais no seu processo de desenvolvimento na medida do possível.

O chede de Estado senegalês fez estas declarações aos jornalistas esta quinta feira, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira à sua chegada à Bissau para participar nas comemorações d

os 47 anos da independência da Guiné-Bissau.

Macky Sall promete ainda  na medida de possível,  apoiar o seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló durante o seu mandato.

´A Guiné-Bissau e o Senegal são países com ligações históricas e geográficas e  Senegal sempre acompanhou a Guiné-Bissau desde a luta da independência até hoje. Viemos festejar juntamente convosco esta conquista vossa e nossa e partilhar este momento único com o Povo guineense”, declarou o chefe de Estado senegalês.

Os Presidentes da Nigéria Muhammadu Bhuari e de Burkina Faso, Rock Marc. Christiam Kaboré chegaram igualmente ao país para participar nas comemorações do Dia da Independência.ANG/MI/ÂC//SG

   

 Especial 24 de Setembro/Guiné-Bissau celebra hoje 47 anos da independência

Bissau,24 Set 20(ANG) – A Guiné-Bissau comemora hoje os 47 anos da proclamação unilateral da independência numa cerimónia que se realiza no Estádio Nacional 24 de Setembro em Bissau  com a presença de cinco chefes de Estado africanos.

Dentre os chefes de Estados convidados para o evento, dest

acam-se Muhammadu Buhari da Nigéria e Macky Sall do Senegal , cujas duas Avenidas da capital Bissau serão baptizadas com os seus nomes.

Os outros chefes de Estados hóspedes de Umaro Sissoco Embaló  são os presidentes do Togo, Burkina Faso e da Mauritânia. Este último está em em Bissau desde  quarta-feira.

As  cerimónias comemorativas do Dia da Independência que devia iniciar  às 11 horas registou um atraso de cerca de uma hora e dentre os convidados estrangeiros está o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva que chegou à Bissau na quarta-feira.

De acordo com o programa comemorativa do evento à
que a ANG teve acesso, o acto vai iniciar com a entoação do hino nacional da Guiné-Bissau, seguida de condecorações de diversas personalidades, uma parada militar e finalizar-se-á com a leitura de uma mensagem à Nação do Presidente da República Umaro Sissoco Embaló e Parada Militar.

Posteriormente, âs 13,30 horas terão lugar a inuaguração das Avenidas Presidente Macky Sall, do Senegal e de Muhammadu Buhari, da Nigéria, seguido de um almoço oficial oferecido pelo chefe de Estado guineense aos seus homólogos, no salão do Palácio da República.

A Guiné-Bissau proclamou unilateralmente a sua independência no dia 24 de Setembro de 1973 nas Colinas de Boé, leste do país e Portugal viria a reconhê-la à 10 de Setembro de 1974. ANG/ÂC//SG

 

     Nigéria/Acidente com camião com combustível faz pelo menos 23 mortos

 

Bissau, 24 Set 20 (ANG) - Pelo menos 23 pessoas morreram quarta-feira na sequência de um acidente com um camião carregado com gasolina, que explodiu no centro da Nigéria, de acordo com a polícia de trânsito.

O camião perdeu o controlo e atingiu vários veículos antes de explodir e matar várias pessoas, incluindo crianças em idade escolar e pessoas que esperavam, numa paragem, pelo autocarro, disse o comandante do Corpo de Segu

rança Rodoviária (FRSC), Idris Fika Ali, à agência noticiosa nigeriana (NAN).

O incidente ocorreu às 08h00 locais (07h00 GMT), hora de ponta para estudantes do ensino primário e também para os universitários, que foram afectados pelo incidente.

Os bombeiros levaram mais de uma hora a chegar ao local do acidente, apesar de Lokoja, a capital do Kogi, a cidade onde ocorreu o acidente, ter mais de 250 mil habitantes, noticiou o jornal local 'Premium Times'.

"É muito triste esta perda trágica de vidas, muitos veículos, propriedades e outros bens na explosão", disse o porta-voz do governador de Kogi, Onogwu Muhammed, num comunicado.

A falta de manutenção de estradas muito más e um comportamento de condução imprudente causam um grande número de acidentes nas vias rodoviárias nigerianas, por onde os hidrocarbonetos são mais frequentemente transportados dos estados produtores de petróleo, do sul, para o resto do país.

Lokoja é também uma rota de trânsito, na estrada que liga a capital federal, Abuja, e a cidade do sul do Benim, capital do estado produtor de petróleo de Edo.ANG/Angop

Especial 24 Setembro/Presidente da Mauritânia promete reativar cooperação com a Guiné-Bissau

Bissau,24 Set 20 (ANG) – O Presidente da Mauritânia, Moahmed Ould Ghazouni, declarou quarta-feira à  sua chegada ao aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau que o seu país vai retomar a cooperação bilateral com a Guiné-Bissau.


O Chefe de estado mauritaniano  veio participar na cerimônia de comemoração do dia da Independência Nacional da Guiné-Bissau, que esta quinta-feira se assinala.

 General Ghazouni como é chamado no seu país disse que chegou antes da cerimônia principal para puder participar também no festejo do aniversário do Presidente da República guineense, Umaro Sissoco Embaló, que chamou de irmão.

O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló celebrou mais um aniversário na quarta-feira.

Ghazouni acrescentou que sua estada em Bissau é um prazer e que vai lhe permitir debater assuntos de interesse dos dois países irmãos que têm uma história de relações que não pode ser esquecida.

"Muitos dos meus compatriotas vivem na Guiné-Bissau há muitos anos e outros participaram na luta de Libertação, ao lado do povo guineense para conseguir a independência" , destacou o Ghazouni que deixa Bissau esta quinta-feira.

Por seu turno, o chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, realçou que a relação entre os dois países não é de hoje, mas  sim de desde o período colonial.

"Mauritânia  contribuiu muito para a libertação da nosso país do jugo colonial", afirmou Sissoco Embaló referindo que há 30 anos que um chefe de estado da Mauritânia não visita a Guiné, pelo que a presença do General Ghazouni representa um marco marco histórico nas relações entre os dois povos.

Segundo Embalo, este gesto fraterno do General Ghazouni lhe comoveu muito e sentiu honrado com a presença dele.

"Este ato demonstra que o nível da relação
entre a Guiné-Bissau e a República irmã da Mauritânia ultrapassa qualquer barreira" realçou o Presidente guineense. ANG/CP//SG

 

Covid-19/ Apenas menos de 10% da população desenvolve anticorpos contra doença

Bissau, 24 Set 20 (ANG) – Uma percentagem média inferior a 10% da população desenvolveu anticorpos contra a covid-19, segundo estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) hoje divulgados, que concluem que “a maior parte da humanidade ainda é suscetível à doença”.


A directora técnica da OMS para a organização do estudo da covid-19, Maria Van Kerkhove, esclareceu , citada pela agência noticiosa Efe, que existem centenas de estudos de soroprevalência com resultados muito diferentes e que, “por isso, é difícil chegar a conclusões categóricas, mas em princípio mostram que mais de 90% dos indivíduos permanecem livres de anticorpos”.

“Analisando estes casos colectivamente, parece que menos de 10% das pessoas mostram evidências de terem sido infectadas. Então a maioria do mundo ainda é suscetível e todos os tipos de acções continuam a ser aplicadas para prevenir o contágio”, respondeu a especialista, numa ronda de perguntas de internautas nas redes sociais.

A especialista norte-americana esclareceu que em alguns estudos com trabalhadores da saúde foram detectados percentuais mais elevados de pessoas com anticorpos, entre 20% e 25%, e em algumas áreas específicas, como por exemplo nos subúrbios de alguns países, foram obtidas soroprevalências superiores a 40%.

Van Kerkhove também indicou que existem resultados diferentes nos testes de medição da resistência desses anticorpos, uma vez que algumas investigações mostram que sua eficácia contra o vírus diminui após um certo tempo, enquanto outras indicam que não varia.

“Em qualquer caso, com outros coronavírus que causam constipações, SARS ou MERS, está provado que os anticorpos não são permanentes, então isso também pode ocorrer com a covid-19”, concluiu a especialista.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 971.677 mortos e mais de 31,6 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.928 pessoas dos 70.465 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Covid-19/ Namíbia será primeiro país africano a utilizar cães na detecção da doença

 

Bissau, 24 Set 20 (ANG) - Uma universidade da Namíbia iniciou um projecto para tornar a nação da África Austral a primeira do continente com cães treinados para detectar a Covid-19, uma ideia que já está a ser testada em França e na Colômbia.

A Universidade da Namíbia, a principal do país, está a apoiar, através da sua Faculdade de Medicina Veterinária, este projecto, que começou no início da pandemia e poderá ter os seus primeiros cães totalmente treinados dentro de duas ou três semanas.

“Os cães não sentem o c

heiro do vírus, mas sentem o cheiro do que o corpo produz em resposta ao vírus. Chamamos-lhe orgânico volátil (compostos), diferentes doenças têm diferentes processos e diferentes respostas e os cães são extremamente sensíveis a elas”, explicou o veterinário Conrad Brain, em declarações pelo telefone à agência EFE.

“Para a Covid-19, ninguém no mundo sabe exactamente quais as moléculas específicas que estão a cheirar (...) Talvez seja um composto de enxofre”, disse o especialista.

O veterinário, que faz investigação no sector privado mas colabora com a Universidade da Namíbia, é o investigador principal do programa, que também envolve peritos jurídicos, enfermeiros, médicos, outros veterinários, estudantes de medicina e veterinária e, claro, cães.

Os animais escolhidos para este projecto são pastores e beagles alemães, duas raças particularmente dotadas de olfacto.

A capacidade dos cães na detecção de doenças é bem conhecida, por exemplo, na detecção de pessoas com cancro e outras patologias e tudo aponta para que estes animais venham também a ser úteis no combate à Covid-19.

“Os cães são, em muitos casos, mais competentes do que os testes PCR”, disse Brain.

Segundo o especialista, os cães são capazes de detectar pessoas sem sintomas e mesmo, por vezes, pacientes que já têm o vírus, mas em quem o teste é inicialmente negativo, e que depois se mostram positivos com um segundo teste, como verificado por investigadores franceses.

Os investigadores namibianos estão em contacto com especialistas de outros países, que trabalham no mesmo campo na Europa e na América.

Esta colaboração tem sido muito útil na determinação das melhores formas de obter amostras, o que constitui um desafio tanto do ponto de vista médico como legal.

Os cães estão a ser treinados na região de Windhoek, a capital namibiana, com a utilização de amostras de suor das axilas de pessoas infectadas, com as quais aprendem a identificar os odores provenientes de humanos contaminados.

O suor não transporta o vírus, pelo que torna o treino menos perigoso, tanto para os animais como para os especialistas.

“Outra vantagem é que os cães não mentem, não há falsos negativos e as pessoas com quem temos estado a falar nunca tiveram um caso em que os cães estivessem errados sobre alguém que fosse negativo”, revelou o veterinário.

Um programa como este poderia ser aplicado em zonas de trânsito intenso de pessoas, como aeroportos ou estações ferroviárias, mas também em bairros vulneráveis e sobrelotados, onde a doença é mais difícil de controlar.

É também uma solução relativamente fácil e barata de aplicar em países com menor capacidade de teste, como as nações africanas.

“Penso que é bastante avançado por parte da Namíbia, porque o nosso Governo e o Ministério da Saúde apoiaram plenamente o projecto”, considerou Conrad Brain.

Até à data, a Namíbia registou 10.663 casos de Covid-19, dos quais 8.431 são pacientes recuperados e 117 terminaram em mortes, segundo dados de hoje do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).

Este país desértico da África Austral, com uma população de cerca de 2,5 milhões de habitantes, está a desenvolver grandes esforços para reanimar a sua economia, na qual o turismo tem um peso importante.ANG/Angop

 

 

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

 

Especial 24 de Setembro/Ministro dos Negócios Estrangeiros português em Bissau para aniversário da independência

 

Bissau,23 Set. 20(ANG) - O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português iniciou esta tarde  uma visita de dois dias à Guiné-Bissau,  com destaque para a participação nas comemorações do aniversário da independência do país.

Segundo a agência Lusa, Augusto Santos Silva  "participará nas cerimónias de comemoração da independência da Guiné-Bissau, 


manterá um encontro de trabalho com a ministra dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e Comunidades, Suzi Barbosa, e visitará um projeto de cooperação do Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materna e Infantil na Guiné-Bissau (PIMI II)".

No âmbito desta visita  está prevista uma visita de Augusto Santos Silva ao centro de saúde do Bairro Militar, em Bissau, onde irá inaugurar uma sala de ecografias e consultas de alto risco obstétrico, integrada no PIMI II, um programa da União Europeia, confinanciado pela Cooperação Portuguesa, através do Camões -- Instituto da Cooperação e da Língua, e implementado pelo Instituto Marquês de Valle Flôr, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela organização não-governamental francesa EMI (Entraide Médicale Internationale).

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português deverá encontrar-se na quarta-feira  com Suzi Barbosa, sendo o encontro seguido por uma conferência de imprensa.

Na quinta-feira, Augusto Santos Silva participará nas cerimónias do Dia Nacional da Independência da República da Guiné-Bissau.

Na segunda-feira, fonte da Presidência guineense anunciou que também estarão presentes nas comemorações os presidentes da Mauritânia, Senegal, Nigéria, Burkina Faso e Togo.

As celebrações do Dia da Independência, proclamada em 24 de setembro de 1973, vão decorrer no estádio nacional, em Bissau, e, segundo o programa, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, fará um discurso e entregará condecorações.

O programa inclui também a inauguração das avenidas com os nomes do Presidente do Senegal, Macky Sall, e do Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, e um almoço oficial para os chefes de Estado convidados, que devem deixar Bissau durante a tarde.

 Umaro Sissoco Embaló termina as celebrações com um cocktail na Presidência guineense.

 
A Guiné-Bissau declarou unilateralmente em 24 de setembro de 1973. A declaração foi feita pelo antigo Presidente João Bernardo "Nino" Vieira.

ANG/Lusa

 

Especial 24 de Setembro/Diretor Interino do Liceu Gino Ambrose de Tite diz que  Estado “esquece professores” do interior do pais

Bissau, 23 set 20 (ANG) – O Diretor Interino do Liceu Gino Ambrose do sector  Tite, região de Quinara, sul do país, lamentou o que considera ser “esquecimento dos professores” que laboram as escolas do interior do país por parte do Estado.

Euclides Sanca Oficial que falava aos microfones dos repórteres da ANG, 

Jornal Nô Pintcha e RDN, no quadro da celebração de mais uma data da Independência da Guiné-Bissau, pediu ao Estado para cumprir o seu dever  de pagar incentivos aos professores que estão nas zonas longínquas, dando-lhes subsídios   correspondentes as suas necessidades.

“O governo deve cumprir com o seu papel porque não deve mandar professores para o interior sem subsídio, com um salário baixo e sem  reciclagem. Ficar parado num lugar desmotiva um professor, uma vez que tem colegas em Bissau que estão a autoformar-se ”, disse.

Oficial afirmou que a situação do ensino naquele setor está a evoluir  apesar de muitas dificuldades, destacando  que regista-se  grande afluência dos alunos porque é o único liceu do setor.

“Houve grande afluência dos estudantes porque o liceu é o único e as tabanca são distantes. Os alunos costumam vir morar nas tabancas mais próximas para poderem ter acesso fácil à escola. E o número de alunos está a aumentar cada vez mais,  no ano letivo 2018/2019 tivemos que pedir emprestado alguns  pavilhões do ensino básico para podermos aumentar as turmas”, explicou.

Euclides Oficial criticou que a colaboração dos pais e encarregados da educação não é tão positiva  porque ainda existem pais que valorizam mais os trabalhos de campo em relação à escola dos filhos.

“A escola é de auto-gestão, as propinas são pagas. Imagine um aluno a assumir o pagamento das suas propinas, mas tem os seus pais em casa!”, lamentou.

Aquele professor disse que essa situação é compreensível,  porque nas tabancas não há emprego, vive-se apenas do rendimento do campo , os meninos têm que labutar para poder pagar a sua escola e que poucos pais se preocupam em ter seus  educandos na escola.

Sanca Oficial afirmou que é muito difícil viver naquele setor só com o salário do fim de mês,para  pagar a renda da casa, arranjar a comida e outras necessidades. ANG/DMG/ÂC//SG

Especial 24 de Setembro/“Houve erros e falta da experiência governativa por parte do partido libertador”, diz Pedro Ussumane Bari

Bissau, 23 Set 20 (ANG) - Pedro Ussumane Bari, uma testemunha do primeiro tiro  que assinalou o início da luta armada de libertação nacional, em Tite diz que o problema que o país está a enfrentar se deve aos erros cometidos após a independência, por falta da experiência de governação do partido libertador.

Este veterano, em declarações à ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN no quadro da celebração dos 47 anos da independência do país, que se assinala no dia 24 de Setembro, afirmou que no período em que o Luís Cabral era Presidente da República havia muitas fábricas que empregavam muitos jovens, e que o golpe de Estado de 14 de novembro interrompeu tudo.

Pedro Bari disse ainda que os guineenses têm que unir para desenvolver o país, justificando que sem a união a Guiné-Bissau não vai dar passo nenhum.

“Devemos unir e abraçar uns aos outros porque sem a unidade não vamos à lugar nenhum. Independentemente de gostar de uma pessoa ou não, se dissermos que iremos lembrar tudo o que passou nesse país não haverá a união porque há pessoas que foram maltratadas durante os 47 anos da independência”, sustentou.


Disse que a reconciliação nacional de que se fala neste momento deve ser de verdade e não de pecado, tendo pedido
 à Deus para que dê orientações  aos governantes a fim de terem boas visões para o desenvolvimento do país.

Por sua vez, Indjai Camará, ex-esposa do  ex-dirigente do PAIGC, Iafai Camará contou que entrou na luta com 10 anos de idade após o primeiro tiro, em Tite, na barraca de Gã-Tonghó .

“Quando foi dado o primeiro tiro no quartel de Tite, os nossos guerrilheiros retiraram e foram para Gã-Tonghó e quando os tropas portugueses souberam que estávamos naquela localidade foram nos atacar, saímos dali  e fomos para o mato de Gã-Jabel e aí  decidimos sair para Madina. Como eu era inteligente, Guerra Mendes me levou para Forea, mas quando ele morreu, voltei para para Quinará.

Indjai Camará contou que os aviões dos colonialistas portugueses bombordeavam  Quinará de manhã e à noite. Disse que os guerrilheiros enfrentaram  muitos sacrifícios e fome.


 
“Passamos muitos sacrifícios, a
s vezes para comer temos que receber comidas que a população nos ofereciam e era arriscado para a população porque não podia ser vista pelos colonialistas. Comíamos no cesto, para pilar o arroz temos que fazer buracos no chão bem profundo para não fazer tanto barulho e fazíamos todo o jeito para  que os fumos não fossem vistos”, explicou.

Indjai disse la
mentar o fato de alguns combatentes estarem  a beneficiar de certos privilégios e outros não.

Bidan Matcha, outro  combatente da liberdade da pátria disse que, o que mais lhe marcou foi a forma como foram mobilizados com a estratégia de que as armas dos portugueses não matavam porque nelas só saiam água e que a dos nacionais é que matam porque tinham balas de verdade.

Reiterou  que passaram fome durante o período da luta e que tiveram que, uma vez, a situação obrigou a ele e um grupo de guerrilheiros  irem trabalhar na colheita de arroz na Guiné-Conacri e como pagamento receberam
 arroz.

A guerra da Independência da Guiné  e Cabo Verde começou em 23 de janeiro de 1963, com o início das ações de guerrilha em Tite, Sul, e culminou com a proclamação unilateral da independência, em 24 de setembro de 1973, nas Colinas de Boé, Leste da Guiné-Bissau.

 Portugal só veria a  reconhecer a Guiné-Bissau como país independente um ano depois, ou seja a 10 de setembro de 1974. ANG/DMG/ÂC//SG

 


                       Burkina Faso
/ Quarenta e um mortos em inundações

Bissau, 23 Set 20 (ANG)- Quarenta e uma pessoas morreram e 112 outras ficaram feridas, devido a uma vaga de inundações e ventos violentos que afectaram todas as suas 13 regiões, desde Abril de 2020, anunciou,  terça-feira, o Ministério burkinabe da Acção Humanitária.

Estas inundações sinistraram 106 mil 228 pessoas, ou seja, 17 mil 705 famílias, incluindo 50 mil 52 pessoas muito vulneráveis a necessitarem de uma assistência emergente, de acord

o com a fonte.

Doze mil 378 casas destruídas, perda de animais, como gado, cabras, ovelhas e aves, mais de 500 toneladas de alimentos destruídas e vários hectares de campos inundados, indicou num comunicado de imprensa, Hélène Marie Laurence Ilboudo Marchal, ministra da Mulher, Solidariedade Nacional, Família e Acção Humanitária.

As 13 regiões que compõe o país, 36 províncias e 116 distritos foram danificados por estas inundações.

Diante desta situação desastrosa, o Governo e seus actores humanitários realizaram igualmente acções a fim de dar primeiros socorros e assistência aos sinistrados.

O comunicado de imprensa garantiu que um apoio alimentar contínuo às vítimas do desastre e mais de 400 toneladas de arroz, milho, feijão já foram distribuídas a 18 mil 750  pessoas vítimas destas intempéries, com 36 por cento de cobertura das pessoas mais vulneráveis.

Anunciou igualmente o desdobramento em curso dos estoques em diferentes localidades, que permitirão reforçar a assistência do Governo.

Preocupado em dar uma resposta proporcional aos sectores prioritários, o Governo declarou o estado de desastre natural, e decidiu desembolsar cinco biliões de francos CFA, cerca de nove milhões de dólares americanos. ANG/Angop

 

Especial 24 de Setembro/Administrador de Tite espera reconhecimento pelo Governo daquela cidade histórica

Bissau, 23 Set 20 (ANG) – O administrador do sector de Tite, região de Quinará, sul do país, disse esperar que o Governo venha a  reconhecer aquela cidade como um local histórico do país.

Miguel Bigna Sambú que falava numa entrevista conjunta

à Agência de Notícias da Guiné (ANG), Jornal Nô Pintcha e Radiodifusão Nacional (RDN) no quadro da celebração dos 47 anos da Independência do país, que se assinala no dia 24 de Setembro, enumerou entre outras, a falta de meios que a sua instituição enfrenta para fazer o seu trabalho.

“Como estão a ver esta casa, queríamos fazer reforma total nela, mas não temos meios e nem temos como trabalhar aqui condignamente. As vezes para produzir um documento tenho que o escrever a mão e levar à Bissau a fim de digitalizar no computador e depois voltar para cá”, disse.

Disse que as instituições públicas naquela cidade histórica estão em péssimas condições sobretudo a instalação do Comando da Polícia, acrescentando que as residências do administrador e dos funcionários públicos e salão polivalente da juventude já estão em ruínas.

Miguel Sambú prometeu fazer face à esses problemas em 2021 com a ccolaboração do Governo central e dos parceiros.

Aquele responsável afirmou ainda que o maior problema que o setor enfrenta é a falta da estrada, lamentando também a fome que a população pode enfrentar nos próximos tempos.

“Neste momento nenhuma viatura pode circular de Tite para Buba porque as estradas estão em péssimas condições. Falando na situação das bolanhas que neste momento estão cheias, para mim se não houve apoio por parte Governo este ano, em termos de produtos alimentícios, a população desta zona vai passar muita fome porque não conseguiram cultivar devido ao excesso da água nas bolanhas. Também a chuva deste ano arruinou muitas casas e os donos não têm condições de as refazer”, lamentou.

Sambú prometeu tudo fazer junto do Governo central para colmatar essas situações que a população está a passar, acrescentando que antes vai fazer o levantamento a nível do setor.

Disse  ainda que outros problemas do sector são roubo de gado e casamento forçado, e garante que não vai ser tolerado a nenhum pessoa responsável
por qualquer roubo no sector.

Tite foi a localidade onde se deram os primeiros tiros  de início da luta armada para a independência da Guiné e Cabo Verde, a 23 de janeiro de 1963. ANG/DMG/ÂC//SG  

 

   União Europeia/Comissão apresenta novo Pacto para as Migrações e Asilo

Bissau, 23 Set 20 (ANG) - A proposta de novo P

acto para as Migrações e Asilo vai ser apresentada na Comissão Europeia em Bruxelas, na Bélgica, depois de sido adiada várias vezes devido à pandemia de Covid-19.

O novo Pacto tem por objetivo criar um quadro abrangente, sustentável e resistente às crises para a gestão da política de asilo e de migração na União Europeia, isto para evitar problemas como os que aconteceram na Grécia.

Recorde-se que o campo de refugiados de Moria na ilha de Lesbos, na Grécia, ficou praticamente destruído depois de vários incêndios terem deflagrado.

O  novo Pacto cobrirá a totalidade das rotas migratórias, desde os países de origem e de trânsito até aos países de acolhimento na União Europeia, isto vai permitir colmatar lacunas no Sistema Europeu Comum de Asilo. 

Este novo Pacto, que deve substituir a Convenção de Dublin, prevê que os requerentes de asilo sejam acolhidos no primeiro país da UE a que cheguem.

No entanto há quem já esteja contra esse novo Pacto. Em declarações à AFP, Agência de notícias francesa, o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, afirmou que «a distribuição na Europa» de requerentes de asilo «fracassou e que vários Estados a rejeitam», acrescentando que essa política «não vai funcionar».

Para Sebastian Kurz, é necessário «proteger melhor as fronteiras externas da União Europeia, uma luta conjunta contra os traficantes e enviar ajuda para os locais».

Enquanto uns estão contra o projecto, outros estão a favor como a presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen.

Para Ursula von der Leyen «a migração sempre foi uma realidade do continente europeu», ela que esperar agora que se chegue a um «compromisso».

O debate promete ser intenso visto que, para além da Áustria, Hungria, Polónia e países do norte da Europa opõem-se ao projecto, enquanto França e Alemanha estão a favor, isto para ajudar as nações que estão na linha da frente na questão migratória, como a Itália, a Grécia, Malta ou ainda a Espanha. ANG/RFI

 

 

 

Especial 24 de Setembro/Director regional de Educação de Bafatá promete elevar a taxa de participação escolar

Bissau, 23 Set 20 (ANG) – O Director de Educação da região de Bafatá prometeu elevar o nível de participação escolar  daquele localidade , através do processo de sensibilização aos pais e encarregados de educação no sentido de deixarem as crianças irem á escola.

Adama Seide, em declaração aos repórteres da ANG, Jorn

al Nô Pintcha e RDN no âmbito das celebrações dos 47 anos da independência, que se assinala no próximo dia 24 de Setembro, afirmou que em comparação com o período pós colonial, o sistema educativo evoluiu bastante naquela zona Leste do país.

“Na época após a independência, a existência das escolas comunitárias superava as públicas, mas hoje  as escolas públicas aumentaram significativamente e isso é de louvar. Esperemos que no futuro vamos ter maior número de escolas públicas ,uma vez que há muitos interessados em se inscrever ”, disse.

A região de Bafatá conta actualmente com 303 escolas e 859 professores.

“No momento, estamos a deparar-se com problemas sérios provocados por inundações e ventos fortes. Temos 30 escolas com  problemas das quais  57 salas de aulas sofreram danificações. Mas estamos a trabalhar no sentido de encontrar  soluções", referiu Adama Seide.

Acrescentou que conseguiram fechar o ano lectivo 2019/2020 e que já estão a fazer matrícula para o próximo ano lectivo. Tendo sublinhado que acima de 90 por cento das escolas da região já limparam  os seus recintos escolares.

Questionado se estão preparados para iniciar o próximo ano lectivo no dia 05 de Outubro, tendo em conta a pandemia de Covid-19, respondeu que sim, porque vão receber apoio do Ministério de Educação Nacional no que concerne os produtos de prevenção da referida doença.

Prometeu que vão respeitar todas as medidas preventivas recomendadas pelos profissionais de saúde e que respeitarão igualmente as recomendações do Ministério da Educação Nacional para evitar  que o pior aconteça.

“Temos 58.990 alunos à nível da região de Bafatá, entre os quais  30.02  do sexo masculino e 28.988 do sexo feminino . Isso mostra que as meninas estão a frequentar as aulas cada vez mais, graças aos trabalhos feitos nesse sentido”, revelou Seide.

Perguntado o que terá motivado o fracasso do ensino no país, uma vez que no período pós colonial, cada aluno que concluir a quarta-classe tem que saber  ler, escrever e transmitir o seu conhecimento, enquanto que actualmente a maioria dos que já têm o 12º ano feito escrevem mal e lêm mal, respondeu que o processo de globalização influenciou negativamente  a classe estudantil, que muitas vezes nem tempo para estudar têm  por causa de ver televisão(filmes ou novelas) ou passar tempo nas redes sociais.

Acrescentou que anteriormente existia a aprendizagem obrigatória na base de castigos(palmatórias), práticas excluídas
do ensino.  ANG/AALS/ÂC//SG