segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Cooperação/Suzi Barbosa considera de positiva participação da Guiné-Bissau na 34ª sessão da UA realizada por videoconferência

Bissau, 08 Fev 21 (ANG) - A ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e das Comunidades Carla Suzi Barbosa considerou no último  fim-de-semana de positivo a participação da Guiné-Bissau na 34ª sessão da União Africana (UA), realizada por videoconferência, devido a situação de pandemia de Covid-19.

Barbosa falava em jeito de balanço da 34ª sessão da UA que teve como lema “a Cultura, o Património e Desenvolvimento”, em que a participação da Guiné-Bissau decorreu sob a presidência de  Umaro Sissoco Embaló.

“É importante referir que a Guiné-Bissau deu o seu contributo para os relatórios apresentados nomeadamente: relatório relativo a saúde e sobre as reformas que devem ser feita na União Africana”, revelou a governante.

A ministra dos Negócios Estrangeiros sublinhou que, de modo geral, a participação da Guiné-Bissau na referida videoconferência foi positiva e que pretendem dar os contributos para os países na base  dos relatórios apresentados, tendo acrescentado que abordaram também  assuntos sobre  a Agenda 2021.

“O relatório principal trata do impacto da Covid-19 no continente africano, quais as   medidas comuns  à tomar pelos 55 Estados membros da UA e também quais são as perspetivas para a aquisição das vacinas para o combate à pandemia da Covid-19”, explicou.

A ministra disse que  a Guiné-Bissau deu o seu ponto de vista, falou do que tem sido as estratégias utilizadas pela UA , e da situação específica do país.

Suzi Barbosa disse que a Guiné-Bissau deseja que as reformas estejam concluídas ao nível da UA e que o país consiga estar cada vez mais presente nestas reformas, com o objectivo de dar mais contribuições e de  fazer valer os seus direitos enquanto membro da referida organização. ANG/AALS/ÂC//SG

 

Justiça/Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau recusa-se a acatar ordem de despejo de edifício

 Bissau,08 Fev 21(ANG) - O bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, Basílio Sanca, afirmou sábado que a instituição se recusa a acatar o ultimato da Presidência da República no sentido de abandonar, até domingo (07.02), o edifício onde funciona a sede da Ordem, em Bissau.

Vista do Palácio da República

Numa nota enviada à direção da Ordem dos Advogados, na passada quarta-feira (03.02), a Presidência da República intimou a instituição liderada por Basílio Sanca a desocupar o edifício, situado a escassos metros do palácio presidencial.

A nota evoca um parecer nesse sentido dado pelo conselheiro de segurança do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Basílio Sanca disse ter reunido a direção para analisar o assunto e dada à sua importância convocou uma assembleia-geral extraordinária, este sábado, que concluiu que o ultimato não deve ser cumprido, "por não respeitar as condições de um Estado de direito democrático".

"A decisão da assembleia é no sentido de continuar a reivindicar a defesa do edifício porque é propriedade da Ordem (dos Advogados) - até que haja um procedimento legal compatível com a atuação de um estado de direito, que respeita a dignidade da instituição e dos seus membros", disse Basílio Sanca.

A Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau ocupa o edifício em causa desde 2011, quando o imóvel foi doado à organização pelo Estado guineense.

Basílio Sanca admitiu que a Ordem dos Advogados pode abandonar o edifício a partir do momento em que o Estado emite um decreto de expropriação e que, enquanto isso não acontecer, vão se manter no imóvel. ANG/DW África

 

Covid-19/OMS DIZ QUE DESCOBRIU "PISTAS INTERESSANTES" SOBRE ORIGEM DO VÍRUS

Bissau, 08 Fev 21 (ANG) - Uma equipa de investigadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou, no domingo, que juntaram "pistas interessantes" sobre a possível origem do vírus.

As conclusões da investigação, contudo, só serão reveladas no fim da semana.

O britânico Peter Daszak, um dos 10 investigadores independentes que estão em Wuhan, na China, afirmou à Bloomberg que foram recolhidas informações relevantes para a pesquisa e garantiu que as autoridades locais "colaboraram" com a investigação.

O mesmo responsável revelou que não se crê que o vírus tenha sido manipulado num laboratório, embora essa hipótese tenha estado em cima da mesa das suas investigações.

"Temos respostas muito boas, honestas, francas, e informativas, porque foram eles próprios a levantar esta questão (sobre) conspirações em torno de fugas de laboratório, sentem que elas têm fundamento", esclareceu.

As provas recolhidas, refere o responsável, poderão ajudar a "perceber como o vírus surgiu" e impedir que se volte a repetir.

Esta equipa de investigadores deslocou-se a Wuhan, cidade onde surgiu o primeiro caso da doença, para perceber como é que esta surgiu. Acredita-se que a contaminação tenha acontecido através da infecção de um animal para os humanos e na sequência disso gerou-se a pandemia que matou já mais de dois milhões de pessoas no mundo. ANG/Angop

 

 

      União Africana/Senegal vai assumir presidência rotativa  em 2022-2023

 

Bissau, 08 Fev 21(ANG) – O Senegal vai assumir a presidência rotativa da União Africana (UA) para o período 2022-2023, após uma escolha unânime dos 55 estados-membros da organização reunidos em cimeira sábado e domingo, segundo fonte oficial.

“Gostaria de agradecer aos meus colegas da União Africana pela escolha unânime do Senegal para exercer a presidência da União para o período 2022 – 2023”, anunciou o chefe de Estado senegalês, Macky Sall, na sua conta na rede social Twitter.

A candidatura do Senegal foi apresentada em bloco pelos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de que fazem parte os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau, após as desistências das candidaturas do Gana e do Togo.

A escolha para a presidência rotativa da União Africana é feita com um ano de antecedência, os países devem manifestar a sua vontade de assumir o cargo e a escolha, em regra, respeita critérios de representação geográfica.

O Senegal irá suceder na presidência à República Democrática do Congo (RDCongo), cujo Presidente Félix Tshisekedi assumiu sábado oficialmente a liderança da organização.

Félix Tshisekedi recebeu a passagem de testemunho do chefe de Estado da África do Sul, Cyril Ramaphosa, numa cerimónia que decorreu num formato misto presencial e virtual.

A diplomacia cabo-verdiana foi uma das principais entusiastas da candidatura do Senegal à presidência da União Africana, com o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, Rui Figueiredo Soares, a manifestar a expectativa de que a escolha do Senegal possa beneficiar a integração regional do arquipélago.

“O Senegal é um parceiro próximo de Cabo Verde, com quem temos relações excelentes, o Presidente Macky Sall tem dado muito apoio à política de integração de Cabo Verde e será uma boa experiência e uma boa notícia para Cabo Verde”, disse Figueiredo Soares, antes de conhecida a escolha.

A União Africana foi criada a 11 de Julho de 2000 para substituir a Organização da Unidade Africana (OUA), fundada a 25 de Maio de 1963, e reúne actualmente 55 estados-membros, incluindo os lusófonos Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

A presidência da organização é rotativa entre países pelo período de um ano e a gestão executiva é assegurada por uma comissão constituída por um presidente, um vice-presidente e seis comissários, eleita para mandatos de quatro anos.

Os chefes de Estado e de Governo dos 55 Estados-membros reúne-se anualmente em assembleia na sede da organização, em Adis Abeba, na Etiópia, mas este ano, devido à pandemia de covid-19, a cimeira decorre em formato virtual.

Moçambique foi o único país de língua portuguesa a assumir a presidência rotativa da organização em 2003-2004, quando o chefe de Estado era Joaquim Chissano.

Teodoro Obiang, da Guiné Equatorial, liderou a União Africana em 2011-2012, antes da adesão do país à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 2014. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Desporto/ Presidente da Federação de Andebol pede aos  associados para confiarem na sua  direção

Bissau, 08 Fev 21 (ANG) – O Presidente da Federação de Andebol pediu aos associados para confiarem na direção da Federação, para, segundo o próprio,  “atingir os objectivos preconizados”.

Quecuta Indjai que falava aos jornalistas no final dos trabalhos da XIª Assembleia Ordinária da Federação realizada no último fim de semana.

Quecuta disse que enfrentam  dificuldades relacionadas ao  atraso no início das atividades motivado pela não autorização atempada de aplicação dos planos de atividades competitivas por parte da Direção Geral dos Desportos.

Outros estrangulamentos apontados por Indjai  prendem-se com o  atraso no desbloqueamento de fundos, no âmbito do  Contrato Programado celebrado com o Comité Olímpico da Guiné-Bissau, em 2019 e situação sócioeconómico e política do país.

Disse que apesar das dificuldades, a sua direção conseguiu realizar várias atividades que vão, segundo as suas convicções, permitir  a Federação granjear mais credibilidade a nível nacional e internacional.

Durante os trabalhos da XIª Assembleia ordinária da Federação foram aprovados, por unanimidade, os Relatórios de Atividades, de Contas, Plano de Atividades e Previsão Orçamental para 2020/2021 pelos 22 delegados presentes.

A previsão orçamental para o ano 2020/2021 foi de   31.346.400 francos CFA.

Indjai explicou que esse montante orçamental  inclui  fundos de inscrições das equipas, quotas de membros da organização, contrato programado com o Comité Olímpico e apoio do governo.

Disse que vai procurar fundos para assegurar a realização de todas as actividades programadas.

Por sua vez, Júlio Mamadú Camará, Presidente de Fórum das Federações da Guiné-Bissau recomendou  aos delegados regionais que sejam  mais dinâmicos nas sua funções, a fim de obterem apoios locais de algumas entidades regionais para a  promoção da modalidade. ANG/DMG/ÂC//SG

EUA/JOE BIDEN SUSPENDE ACORDO QUE PERMITIA DEPORTAR MIGRANTES

Bissau, 08 Fev 21(ANG) - O Governo dos Estados Unidos suspendeu o Acordo de Cooperação de Asilo (ACA) com El Salvador, Guatemala e Honduras que tinha sido assinado com o anterior Presidente, Donald Trump.

De acordo com um comunicado do secretário de Estado Antony Blinken, desta forma, o Governo dos Estados Unidos, dá "os primeiros passos concretos" para atingir uma maior "associação e colaboração" na região, pondo fim ao acordo que ficou designado por "terceiro país seguro".

"Dando seguimento à visão do Presidente [Joe Biden], notificámos os governos de El Salvador, Guatemala e Honduras de que os Estados Unidos estão a tomar medidas que venham a estabelecer um enfoque cooperativo e mutuamente respeitoso para gerir a migração na região", disse Blinken.

As deportações sob este acordo, entre os Estados Unidos e a Guatemala estavam suspensas desde Março de 2020 devido à pandemia covid-19, e os acordos com El Salvador e as Honduras nunca chegaram a ser implementados.

"Para sermos claros, estas acções não significam que a fronteira dos Estados Unidos está aberta", ressalvou Blinken, acrescentando que o atual Governo norte-americano "acredita que existem formas mais adequadas de trabalhar" com estes países.

Numa ordem executiva assinada esta semana, Biden diz que pretende abordar as causas da migração, gerir as entradas na região, e "proporcionar um processamento seguro e ordenado" de quem solicita asilo na fronteira, assinala um comunicado divulgado no sábado.

Até Fevereiro de 2020, segundo dados oficiais da Guatemala, cerca de 700 migrantes foram deportados dos Estados Unidos sob este acordo definido por Trump.

O novo líder democrata também suspendeu a construção do muro fronteiriço com o México, e criou um grupo de trabalho para reunir os menores que foram separados dos pais quando atravessaram a fronteira. ANG/Angop

 

 

Diplomacia/Embaixada de Cabo Verde na Guiné-Bissau será inaugurada no dia 15 de Fevereiro – Governo

Bissau, 08 Fev 21 (ANG) – A Embaixada de Cabo Verde na Guiné-Bissau, que terá como o primeiro embaixador Extraordinário e Plenipotenciário, Camilo Leitão da Graça, será inaugurada no dia 15 deste mês.

A informação foi avançada sábado à imprensa pela ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, depois de um encontro que manteve com o presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, e com o seu homólogo, Rui Figueiredo.

A enviada especial que foi portadora de uma mensagem pessoal do Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, para o Chefe de Estado cabo-verdiano, disse que aproveitou esta oportunidade para preparar a inauguração da futura Embaixada de Cabo Verde no seu país.

A mesma aproveitou para endereçar um convite ao seu homólogo Rui Figueiredo para que no decurso desta semana possa se deslocar a Guiné-Bissau para a inauguração dessa embaixada, que, a seu ver, demonstra um “marco importante” nas relações históricas, políticas e diplomáticas dos dois países.

Ainda no âmbito desta visita, informou que os dois países vão analisar as áreas em que poderão intensificar as suas cooperações.

“Cabo Verde tem uma vasta experiência no turismo, podemos aprender muito com Cabo Verde e nós temos também outras áreas que consideramos que podemos ser bons para Cabo Verde na troca de impressões e de valores”, enfatizou.

Guiné-Bissau, segundo a ministra, espera ainda conseguir uma posição concertada com Cabo Verde para que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) seja presidida por um país lusófono.

“Não podemos estar lá como membros espectadores, temos todo o direito enquanto membros de presidir à nossa comunidade, e realmente é uma posição que vamos manter e esperamos de Cabo Verde, uma vez que somos os dois únicos países lusófonos que fazem parte dessa comunidade regional, estarmos com posição concertada para fazer valer os nossos direitos como estados membros”, sublinhou.

Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Rui Figueiredo Soares, considerou que esta delegação diplomata terá um “papel fundamental”, não só no fortalecimento das suas relações bilaterais, mas também na troca de experiências e na atracção de investimentos.

“Temos um mundo por explorar no fortalecimento das nossas relações e Cabo Verde, dentro das suas modestas possibilidades e com a experiência que acumulou ao nível do turismo, dos serviços e das tecnologias, de economia verde e azul, estará disponível para partilhar a experiência com a república irmã da Guiné Bissau e o povo da Guiné Bissau”, salientou.

O primeiro embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Cabo Verde residente na Guiné-Bissau, Camilo Leitão da Graça, foi empossado na sexta-feira, 05, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Rui Figueiredo Soares.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Figueiredo Soares, anunciou na ocasião que no final deste mês vai deslocar-se à Guiné-Bissau para preparar a visita do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que, segundo ele, está prevista para “breve”. ANG/Inforpress

 

 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

 

Covid-19/”A instauração  do  estado de calamidade piorou a situação dos operadores turísticos”, diz Presidente da Asopts-GB

Bissau,05 Fev 21(ANG) – O Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau(Asopts-GB), afirmou que o decreto presidencial que instituiu o estado de calamidade no país piorou a situação dos seus associados.

Jorge Paulo Cabral, em entrevista exclusiva à ANG, disse que os operadores turísticos já estavam a recuperar-se da situação de precaridade em que se encontravam com a reabertura paulatina dos seus estabelecimentos e que voltou a estaca zero com a declaração do estado de calamidade.

“Só tenho que lhes apelar a calma, porque vamos entabular contactos junto do Governo no sentido de minimizar os seus prejuízos, tendo em conta que desde o eclodir da pandemia os operadores turísticos não beneficiaram de nada da parte do Governo”, salientou.

Jorge Paulo Cabral disse que realizaram  vários contactos junto dos ministérios das Finanças, Turismo e da Câmara Municipal de Bissau, visando a obtenção de  isenções de taxas para os operadores turísticos, de forma a retomarem as suas actividades.

Adiantou contudo que existem promessas da parte destas instituições para isentar as referidas taxas durante o período entre os meses de Março e Setembro do ano passado e que ainda não está a ser implementado.

Jorge Cabral disse que a Asopts-GB foi recentemente eleita para as funções de secretário executivo e uma das vice presidência da Comissão Instaladora da Confederação das Associações do Sector Privado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) ,durante a cimeira realizada em Ouagadougou(Burkina Faso).

Disse que a integração da Asopts-GB na CEDEAO e  UEMOA irá permitir-lhes elaborar em parceria com o Governo, projectos que irão submeter às duas organizações sub-regionais para o bem dos operadores turísticos da Guiné-Bissau.

Perguntado sobre em que pé se encontra os preparativos para a realização do Fórum Internacional de Turismo e Cultura, no próximo mês de Março, em Bissau, Jorge Paulo Cabral disse que a iniciativa se enquadra numa parceria  entre Asopts-GB e a Câmara da cidade de Felgueiras, de Portugal.

“O evento é uma acção pioneira e que visa troca de experiências e intercâmbios culturais e turísticos entre os operadores turísticos da Guiné-Bissau e de Portugal e dos países da sub região”, explicou.

Disse que já foi criada uma Comissão organizadora do evento, e que integra os elementos das instituições abrangidas nomeadamente, operadores turísticos, culturais, Câmara Municipal
de Bissau, e que será alargada aos técnicos do Ministério do Comercio, Interior entre outros.ANG/ÂC//SG

 

Mianmar/Manifestantes desafiam militares e protestam contra golpe de Estado

Bissau, 05 Fev 21 (ANG) - Mianmar foi palco nesta sexta-feira (5) do maior protesto contra o golpe de Estado militar que derrubou na segunda-feira (1°) o governo de Aung San Suu Kyi, que está em prisão domiciliar em Naypyidaw. 

Centenas de professores e estudantes desafiaram os militares e se reuniram em frente de uma universidade de Yangon, enquanto o Exército continua detendo líderes políticos e ativistas birmaneses.

Os manifestantes fizeram a saudação com três dedos da mão, um gesto de resistência utilizado por vários movimentos pró-democracia asiáticos, como na Tailândia. Eles também cantaram uma música antiga que se tornou popular durante a revolta de 1988, violentamente reprimida pelo exército birmanês, e pediram "longa vida à mãe Suu" Kyi. A líder, presa em casa, está em "boa saúde", segundo um porta-voz de seu partido, a Liga Nacional para a Democracia.

"Enquanto os generais continuarem no poder, não voltaremos ao trabalho. Se todo mundo resisitr, o sistema não vai aguentar", declarou Win Win Maw, professor do departamento de História.

Funcionários públicos de vários ministérios também cruzaram os braços temporariamente na capital Naypyidaw. Todos ostentavam uma fita vermelha, cor do partido Liga Nacional para a Democracia (LND), de San Suu Kyi.

Desde o golpe de Estado em Mianmar na última segunda-feira, um movimento de desobediência civil começou no país. Os birmaneses fazem panelaço e buzinaços todas as noites, às 20h. Algumas lojas fecharam as portas e, na quarta-feira (3), os profissionais de saúde convocaram uma greve por tempo indeterminado em várias cidades. Advogados e médicos participaram de uma primeira manifestação, e vários manifestantes foram presos em Mandalay.

Em Yangon, o movimento de desobediência civil se intensifica no setor da saúde. Uma cirurgiã, entrevistada pela RFI, que preferiu não ser identificada, disse que a greve atinge mais de cem hospitais.

"Mais de mil médicos, enfermeiras e profissionais da saúde que trabalham em mais de cem hospitais públicos começaram uma campanha de desobediência civil aos militares. Alguns pararam de trabalhar, outros vão continuar a atender os pacientes, mas não vão obedecer às ordens do governo militar. Esse é apenas o início da campanha de desobediência civil. Muitos estrangeiros estão querendo lançar um fundo de emergência para ajudar os profissionais que cruzaram os braços. Este não é um conflito entre a LND e o exército, é um conflito entre a vontade do povo e os militares", declarou a médica birmanesa à jornalista Yelena Tomitch.

Apesar das reiteradas condenações internacionais, os generais, que interromperam brutalmente a frágil transição democrática no país, continuam a onda de repressão e detenções. Na madrugada desta sexta-feira, eles prenderam Win Htein, de 79 anos, um político veterano da LND, indicou o porta-voz do partido. Na quarta-feira, Htein, que passou vinte anos na prisão entre 1989 e 2010, quando a junta militar comandava o país, havia previsto que seria novamente detido, mas salientou que "não estava preocupado, pois está acostumado à luta pacífica".

Min Htin Ko Ko Gyi, um cineasta que já cumpriu pena de prisão por ter criticado o exército, também foi detido hoje, segundo informações de um sobrinho.

Quatro dias depois da queda de Aung San Suu Kyi, que está em prisão domiciliar na capital e foi indiciada por ter violado uma regra comercial, mais de 150 líderes políticos e ativistas já foram detidos no país, de acordo com dados da Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos, uma ONG baseada em Yango.

O presidente americano, Joe Biden, pediu aos generais birmaneses, que derrubaram o governo da Nobel da Paz, que "renunciassem ao poder" sem impor condições. Os Estados Unidos estudam sanções contra alguns militares de Mianmar.

Já as Nações Unidas adotaram um tom mais moderado com os golpistas. O Conselho de Segurança da ONU adotou uma declaração comum notificando a "profunda preocupação" do órgão com a situação em Mianmar e pedindo a libertação de todos os detidos. Mas o texto não condena o golpe de Estado, devido à oposição da China e da Rússia a essa condenação.

Pequim continua sendo o principal apoio de Mianmar nas Nações Unidas. Durante a crise de refugiados rohingyas, a minoria muçulmana massacrada e expulsa do país, a China impediu todas a iniciativas contra no Conselho de Segurança contra o exército birmanês e seu chefe, Min Aung Hlaing, que agora concentra a maior parte do poder em Mianmar.

ANG/RFI/AFP

 

 

Covid-19/Governo disponibiliza cerca de 750 milhões de francos CFA  para pagamento de subsídios aos técnicos de saúde

Bissau, 04 Fev 21 (ANG) – A Alta Comissária para covid-19 disse que o Ministério das Finanças já disponibilizou desde  03 de Fevereiro  746.936.667,00fcfa, destinado a liquidação da  divida referente ao pagamento de  técnicos de saúde implicados no combate a pandemia da coronavírus.

A informação vem expressa num comunicado à imprensa da Alta Comissária de Covid-19, datado de  04 de corrente mês,  à que a ANG teve acesso hoje.

Segundo o comunicado, o montante disponibilizado pelo Tesouro público corresponde ao pagamento de até Setembro de 2020.

Para a liquidação da dívida até Janeiro de 2021, com base na grelha salarial adoptada em Outubro de 2020, falta desembolsar um total de 480 milhões de fcfa.

Os referidos técnicos iniciaram esta sexta-feira uma greve de cinco dias reivindicando o pagamento desses subsídios.

O número de técnicos envolvidos no combate a pandemia, segundo o comunicado, aumentou de 312  em Marco de 2020  para 733 em Agosto do mesmo ano.

 "A semelhança de outras parte do mundo, a Guiné-Bissau vive a segunda vaga da pandemia de covid-19 tendo sido registado cerca de 200 novos  casos da doença durante Janeiro findo, pelo que o país regressou ao estado de calamidade desde dia 22 de Janeiro do ano em curso”, refere o comunicado da Alta Autoridade de Luta Contra a Covid-19, cuja comissária  reconhece o esforço consentido pelos técnicos envolvidos no combate a covid-19 e solicita a sua colaboração  e compreensão no sentido de continuar a luta contra a pandemia no país . ANG/MI/ÂC/SG

Covid-19/OMS pede a países africanos que acelerem preparativos para receber vacinas

Bissau, 05 Fev 21 (ANG) – A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu aos países africanos que acelerem os preparativos para receber as vacinas covid-19 depois de a Covax ter anunciado para fevereiro a chegada das primeiras doses ao continente.

“Este anúncio permite aos países afinar o seu planeamento para as campanhas de imunização covid-19. Exortamos as nações africanas a aumentarem a prontidão e a finalizarem os seus planos nacionais de vacinação”, disse a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, na conferência de imprensa semanal.

A Covax, iniciativa conjunta da OMS e da Aliança para o Acesso às Vacinas (GAVI) para fornecer vacinas contra a covid-19 a países de médio e baixo rendimento, divulgou, na quarta-feira, o mapa indicativo da primeira fase de distribuição de doses.

Nesta fase, está prevista a distribuição de cerca de 337 milhões de vacinas a 145 países, incluindo sete países lusófonos – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste – que no conjunto terão acesso a cerca de 14 milhões de doses.

A Covax estima começar a enviar os primeiros 90 milhões de vacinas em final de fevereiro, início de março.

Matshidiso Moeti sublinhou, por isso, a importância de os países estarem prontos para as receber.

“Processos de regulamentação, sistemas de cadeia de frio e planos de distribuição têm de estar em vigor para garantir que as vacinas sejam expedidas em segurança dos portos de chegada até aos locais de imunização. Não podemos permitir-nos desperdiçar uma única dose”, avisou.

Para aquela que será a maior campanha de vacinação em massa de sempre em África, serão usadas vacinas AstraZeneca/Oxford, que aguarda ainda autorização para uso de emergência pela OMS.

A organização está atualmente a rever a vacina e o resultado é esperado para breve.

Além destas, foram atribuídas cerca de 320 mil doses da vacina Pfizer-BioNTech a quatro países africanos – Cabo Verde, Ruanda, África do Sul e Tunísia.

Esta vacina já recebeu a aprovação para utilização de emergência da OMS, mas requer sistemas de ultra refrigeração (-70 graus Celsius) para o seu transporte, armazenamento e distribuição.

Para ter acesso a um volume inicial limitado de vacinas da Pfizer-BioNTech, 13 países africanos apresentaram propostas e foram avaliados por um comité com base nas taxas de mortalidade atuais, novos casos e tendências, e capacidade de lidar com as necessidades da cadeia de frio exigida pela vacina.

Os responsáveis da Covax alertaram que o mapa de distribuição de vacinas é indicativo e que as remessas finais terão por base a capacidade de produção dos fabricantes de vacinas e o nível de prontidão dos países para as receber.

As vacinas da fase inicial deverão permitir aos países imunizar 3% da população africana prioritária, incluindo trabalhadores da saúde e outros grupos vulneráveis, na primeira metade de 2021.

À medida que a capacidade de produção aumenta e mais vacinas se tornam disponíveis, o objetivo da Covax é vacinar pelo menos 20% dos africanos, fornecendo até 600 milhões de doses até ao final de 2021.

Para complementar os esforços da Covax, a União Africana anunciou ter assegurado para o continente 670 milhões de vacinas, que serão distribuídas em 2021 e 2022, à medida que os países conseguem financiamento, nomeadamente através do Banco Africano de Exportação-Importação (AfreximBank).

De acordo com o Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana (África CDC), 16 países do continente já aderiram à plataforma criada para a pré-reservas de vacinas, tendo encomendado 114 milhões de doses.

Os sete países lusófonos contemplados na lista de distribuição da Covax irão receber na primeira fase de distribuição um número global de 13.813.050 doses de vacinas contra a covid-19.

A maior parte vai para o Brasil, que irá receber 10.672.800 vacinas da AstraZeneca/Oxford, sendo, globalmente, o quinto país que mais doses receberá, a seguir à Índia, Nigéria, Paquistão e Indonésia.

Angola e Moçambique receberão, respetivamente, 2.544.000 e 2.424.000 doses da vacina da AstraZeneca/Oxford, sendo que as vacinas de Angola serão provenientes do Instituto Sérum da Índia tal como as 100.800 doses atribuídas a Timor-Leste.

A Guiné-Bissau receberá 144.000 doses, Cabo Verde 108.000 e São Tomé e Príncipe 96.000 doses da vacina da AstraZeneca/Oxford.

Além destas, Cabo Verde receberá 5.
850 doses da Pfizer-BioNTech.

“África viu durante demasiado tempo outras regiões iniciarem campanhas de vacinação covid-19. Este lançamento planeado é um primeiro passo fundamental para garantir que o continente tenha um acesso equitativo às vacinas”, considerou Matshidiso Moeti. ANG/Inforpress/Lusa

 

Caju/Governo aprova  Decretos referentes a campanha de comercialização 2021

Bissau, 05 fev 21 (ANG) – O governo  aprovou com alterações um conjunto de Decretos sobre a campanha de comercialização da castanha de cajú de 2021, nomeadamente o projecto de regulamento sobre o exercício da profissão de intermediário na compra e escoamento da castanha de cajú in natura.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, assinado pelo Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, à que a Agência de Notícias da Guiné teve acesso hoje, o colectivo governamental aprovou ainda o projecto de Decreto que aprova o regulamento sobre o exercício da profissão de exportador da castanha de cajú e  o projecto de Decreto relativo à industrialização da castanha de cajú, in natura e seus derivados.

O documento ainda refere  que o governo aprovou igualmente com  alterações o Projecto de Decreto que altera o Decreto nº3/ 2005, de 26 de abril, referentes à comercialização e exportação da castanha de cajú in natura, o projecto Decreto relativo à comercialização interna e externa da castanha de cajú, in natura.

 Indicou que o executivo aprovou também o projecto de Decreto que altera o regime de cobrança dos  testes da Covid-19.

Em decorrência da aprovação destes pacotes legislativo,  conforme o comunicado, o governo  considerou oportuno a criação, por despacho do Primeiro-ministro de um Task Force ou seja força de tarefa , compreendendo os ministros do Comércio e Industria, das Finanças, do Interior e o da Defesa e dos Combatentes da Liberdade de Pátria, com competência para acompanhar a evolução da campanha de comercialização da  castanha de cajú 2021.

Segundo o comunicado, antes de terminar a sessão, o plenario governamental pronunciou-se sobre a nota informativa, da autoria do ministro do Ambiente e Biodiversidade, que anuncia a emergência da  Gripe Aviária (HN51), na sub-região e das consequências que dai poderão advir para o nosso país.

“Nestes termos, o Conselho de Ministros deliberou instituir, por despacho do primeiro-ministro, uma Comissão interministerial, integrando os ministros do Ambiente e da Biodiversidade, de Agricultura e Desenvolvimento Rural e da Saúde Pública para com, a maior celeridade possível, estabelecer uma rede de vigilância e de alerta rápida, em toda a extensão do território nacional”,refere o comunicado.
ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

Cabo Verde/Embaixador Camilo Leitão da Graça promete “reforçar” as relações entre Cabo Verde e Guiné Bissau

Bissau,  05 Fev 21 (ANG) – O diplomata Camilo Leitão da Graça disse hoje que a sua nomeação como primeiro embaixador residente na Guiné Bissau é “uma responsabilidade, mas não acrescida” e prometeu “reforçar as relações” entre Cabo Verde e Guiné Bissau.

Instado sobre as suas prioridades, enquanto representante da Cidade da Praia em Bissau, o diplomata de carreira deixou entender que vão no sentido   de “reforçar as relações instituições”, sublinhando que tanto Cabo Verde como Guiné tem “alguma coisa a dar um ao outro”, sobretudo na parte comercial.

Apontou  a formação e as trocas comerciais como uma das suas prioridades, enquanto embaixador.

Entretanto, disse que o comércio entre dois países vai depender das linhas marítimas e aéreas directas entre os dois países.

Camilo Leitão da Graça fez essas considerações à imprensa, à margem do acto da sua tomada de posse, o qual foi presidido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades e da Integração Regional, Rui Figueiredo Soares.

Prometeu, por outro lado,  criar um “ambiente de esperança” à comunidade cabo-verdiana residente na Guiné-Bissau, para que se integre “cada vez melhor” na sociedade guineense.

O ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades deve visitar, no final deste mês, a Guiné-Bissau para preparar a visita do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que, segundo ele, está prevista para “breve”.

Anunciou que neste fim-de-semana Cabo Verde pode receber a visita da ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, portadora de uma “mensagem especial” do chefe de Estado bissau-guineense e que vai ser uma oportunidade para se acertar sobre qual será a “melhor oportunidade” para a visita de Ulisses Correia e Silva.

Guiné-Bissau é um país da África Ocidental que faz fronteira com o Senegal ao norte, Guiné ao sul e a leste, e com o Oceano Atlântico a oeste. O território guineense abrange 36.125 quilómetros quadrados de área, com uma população estimada de 1,6 milhão de pessoas.

O Produto Interno Bruto (PIB) ‘per capita’ do país é um dos mais baixos do mundo. É membro da União Africana, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Organização para a Cooperação Islâmica, União Latina, Comunidade de Países de Língua Portuguesa, Francofonia e da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul. ANG/Inforpress

 

 


Caso Catchura
/ Ordem dos Médicos lamenta detenção dos associados Lassana Intchasso e Arlindo Quadé

Bissau, 04 Fev 21 (ANG) - A Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau lamentou esta quinta-feira a forma como foram presos os seus associados, Lassana Intchasso e Arlindo Quade, segundo diz “sem observância de formalidades com perigo de fuga, encobrimento da investigação em curso e repetição do acto”.

Malogrado Catchurá

A reação da Ordem dos Médicos foi tornada pública através de um comunicado à imprensa à que a ANG teve hoje acesso .

“A Ordem dos Médicos está a seguir o desenrolar do caso da morte de Bernardo Mário Catchura através de uma Comissão do Ministério da Saúde Pública instituída para o efeito, de forma a apurar as circunstâncias em que se ocorreu a perda humana do referido malogrado”, referiu o documento.

No comunicado, a Ordem expressa a sua solidariedade com os profissionais de saúde e em particular com Lassana Intchasso e Arlindo Quadé, tendo encorajado os técnicos de saúde à continuarem a exercer as suas actividades na base de ética e deontologia profissional.

“Neste momento difícil da pandemia de Covid-19 e com condições precárias de trabalho, estamos sempre disponíveis para continuar a servir o povo da Guiné-Bissau”, diz  a Ordem no comunbicado que ainda refere que a organização da classe médica guinneense endereçou as suas condolências à família do malogrado Cactchura. ANG/AALS/ÂC//SG

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

             Região Africana/OMS Alerta para aumento de casos de cancro

Bissau,  04 Fev 21(ANG) – A directora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África, Matshidiso Moeti, alertou hoje para o aumento do número de casos de cancro, que duplicou na Região Africana.

O Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, que é assinalado hoje sob o tema “Eu sou e eu vou”, marca, de acordo com a OMS, o fim de uma campanha de três anos que tem procurado reduzir o medo em torno do cancro, melhorar a compreensão da doença e mudar comportamentos e atitudes em relação à mesma.

“Nos últimos 20 anos, o número de novos casos de cancro mais do que duplicou na Região Africana, passando de 338 000 casos notificados em 2002 para quase 846 000 casos em 2020 sendo as formas mais comuns o cancro da mama, do colo do útero, da próstata, do intestino, do cólon, do recto e do fígado”, realçou Matshidiso Moeti, sublinhado que os factores de risco associados ao cancro incluem a idade avançada e história familiar, o consumo de tabaco e álcool, entre outros.

A responsável, que revelou que a Região Africana tem o fardo mais elevado de cancro do colo do útero entre as regiões da OMS, realçou ainda que a adopção, em 2020, pela Assembleia Mundial da Saúde, da Estratégia Mundial para acelerar a eliminação do cancro do colo do útero foi de “grande relevância”.

“Na maioria dos países africanos, as comunidades têm acesso limitado aos serviços de rastreio, detecção precoce, diagnóstico e tratamento do cancro. Apenas cerca de 30% das crianças africanas diagnosticadas com cancro sobrevivem, em comparação com 80% das crianças em economias de rendimento elevado”, referiu, sublinhando que os desafios no acesso a cuidados oncológicos são ainda mais agravados em tempos de crise, como na actual pandemia da covid-19.

Segundo Matshidiso Moeti, a interferência da indústria, nomeadamente através da promoção e comercialização de produtos cancerígenos, constitui um desafio cada vez maior.

Assinalou que a introdução da vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) deve ser reforçada para a prevenção do cancro do colo do útero.

Até à data, observou, 17 países africanos alargaram a vacinação contra o HPV a todo o território nacional, incluindo o Ruanda e o Zimbabué, que estão ambos a alcançar uma elevada cobertura vacinal a nível nacional graças ao compromisso assumido pelos seus governos e parceiros.

“No futuro, o crescente fardo do cancro exercerá pressões adicionais sobre os sistemas de Saúde com recursos limitados e sobre os doentes e suas famílias que deverão suportar custos catastróficos para acederem aos serviços”, disse, afirmando que a prestação de serviços para o cancro, incluindo os cuidados paliativos, deverá ser integrada em pacotes de prestações e regimes de segurança social.

Para reforçar os serviços de oncologia, a OMS recomenda o desenvolvimento das capacidades dos profissionais de saúde a nível distrital, juntamente com a implementação de um sistema de vigilância abrangente e o investimento em inovações digitais que melhorem o acesso a cuidados oncológicos.

Finalmente, recorda que todos têm um papel a desempenhar na redução do estigma em torno do cancro, na melhoria da compreensão desta doença e na sensibilização das pessoas para a importância do rastreio e cuidados precoces.ANG/Inforpress

Atribuição de Carteira Profissional/SINJOTECS preocupado com “desinteresse” do Conselho Nacional de Comunicação Social

Bissau, 04 Fev 21 (ANG) – O Secretário Geral de Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS), disse hoje estar preocupado com o desinteresse do Conselho Nacional de Comunicação Social (CNCS) no processo de criação e de funcionamento da Comissão de Atribuição de Carteira Profissional aos Jornalistas.

Numa entrevista exclusiva à ANG, o Secretário Geral do SINJOTECS, mostrou-se confiante no processo final de adoção do referido documento, e disse ser pertinente partilhar os seus conteúdos para melhor concepção e cumprimento dos seus ditâmes no seio dos jornalistas, logo após a sua promulgação pelo Presidente República.

"Só terá acesso a Carteira Profissional, os jornalistas que reúnem condições exigidas na Lei de atribuição de Carteira profissional, que destaca o nível mínimo décimo segundo ano de escolaridade, com um histórico profissional de referência e uma conduta ético-moral aceitável" disse Diamantino Lopes.

Segundo Lopes, o problema não reside na atribuição da Carteira, mas sim na manutenção desta pelo Jornalista, que vai ser rigorosamente obrigado a prestar um nível de profissionalismo que respeitará todas as normas exigidas pela comissão que vai gerir a atribuição, fiscalização e cassação da Carteira Profissional.

Por outro lado, o Secretário Geral de SINJOTECS disse que o Sinjotecs está a observar de perto o processo de concurso interno nos órgãos públicos de comunicação social, e inclusive participou na elaboração do Termo de Referência e vai continuar a fiscalização do cumprimento deste documento que define o perfil dos concorrentes, a cronograma e as regras do concurso.

Questionado sobre o projeto de Estatuto Remuneratório dos Jornalistas e Técnicos de Orgãos Públicos, elaborado pelo sindicato de Base do mesmo, este responsável lamentou a falta de comunicação, mas disse concordar com esta proposta à que teve acesso através de terceiros.

Salientou  que o SINJOTECS já submeteu quase o mesmo documento ao Governo, desde 2018, mas que não teve uma resposta até então, e que espera que desta vez seja efetivamente aprovado.

O Secretário Geral de SINJOTECS anunciou para breve a entrega oficial do lote de terreno para a construção conjunta de futuras instalações de CNCS, SINJOTECS e da Ordem  dos Jornalistas. ANG/CP//SG