terça-feira, 24 de maio de 2022

 Saúde pública/OMS estima que número de infectados com covid-19 seja muito superior aos notificados

 Bissau, 24 Mai 22(ANG) – A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que milhares de milhões de pessoas tenham sido infectadas com covid-19, apesar de terem sido notificados 522 milhões de casos durante a pandemia, disse uma representante daquela entidade.

“Neste momento sabemos que milhões foram infectados com o vírus”, disse a representante da OMS para a Covid-19, Maria Van Kerkhove, na assembleia anual da OMS. Da mesma forma, “o número real de mortes por covid em quase dois anos e meio de pandemia poderá duplicar os registados oficialmente pela OMS”, sublinhou Van Kerkhove.

Um relatório recente da organização que estudou o excesso de mortalidade global durante a pandemia estimou que a crise da saúde causou quase 15 milhões de mortes diretas e indirectas em todo o mundo.

Van Kekhove disse esta terça-feira aos especialistas em saúde dos 194 países membros da OMS que o objectivo para este ano deve ser acabar com a “situação de emergência” devido à pandemia em todos os países, embora por enquanto ainda se esteja longe devido aos números semanais de infecções e mortes ainda relativamente altos.

Para acabar com esta fase aguda, é preciso “confiança da opinião pública e compromisso social”, bem como melhor acesso a vacinas e tratamentos”, disse a especialista, que reconheceu que será difícil para todos os países sair da pandemia ao mesmo tempo.

Van Kerkhove indicou que, embora a variante Ómicron seja a dominante este ano, “as anteriores podem continuar a circular” e detalhou que a sublinhagem BA.2 da Ómicron é actualmente a mais detectada em laboratórios.

“As últimas sublinhagens detectadas, BA.4 e BA.5, também estão a aumentar em incidência, embora por enquanto moderadamente”, acrescentou.

ANG/Inforpress/Lusa

 Dia de África/PAIGC e parceiros celebram a data com realização de palestra e entrega de pémios

 Bissau, 24 Mai 22 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e seus Parceiros iniciam hoje,  24 de Maio, uma  jornada alusiva ao 25 de Maio, tido como dia da Libertação Africana.

A informação consta no comunicado à imprensa do PAIGC enviado à ANG, segundo o qual, o evento será assinalado sob o lema ″Preparando o salto rumo ao pan-africamisno mundial:O Neocolonialismo deve ser desmantelado”.

O evento que é celebrado todos os anos, em África e parte considerável de outros continentes, assinala o início das conquistas para a existência de uma África livre, unida e progressista, marcadas, essencialmente, pela independência de 2 terços dos países do continente africano.

Segundo o comunicado, a abertura da jornada será marcada  com a emissão de mensagens virtuais de solidariedade dos pan-africanistas e aliados, de seguida, a introdução do tema Movimento Pan-Africanista na Luta contra o Neocolonialismo.

Ainda no âmbito dessas celebrações  haverá sessão de entrega de prémios,nomeadamente, em homenagem a Kwame Turé, da Guiné Conakry e à União Nacional das Mulheres de Eritreia e  Teodora Inácia Gomes , em representação dos Combatentes.                                                                                                                                                                                                            Nessa jornada comemorativa do dia da Libertação da África deste está prevista realização de palestra sob o tema”Panafricanismo e Movimento Socialista Mundial”, cujos oradores são representantes de Cuba, Palestina, Aliança dos Negros para a Paz, que farão as suas comunicações chegarem aos participantes via Zoom. ANG / MI/LPG//SG

 
BAD
/Presidente Adesina confia que África vai evitar crise alimentar

Bissau, 24 Mai 22 (ANG)- O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, mostrou-se hoje (segunda-feira) confiante de que África vai conseguir evitar a crise alimentar iminente, com o apoio de um plano de emergência de 1,5 mil milhões de dólares.

Anunciado na sexta-feira à noite, o Plano Africano de Produção Alimentar de Emergência, promovido pelo BAD e pela Comissão da União Africana, no valor de 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) irá beneficiar 20 milhões de agricultores com sementes e fertilizantes, bem como outros insumos agrícolas para produzir 38 milhões de toneladas de alimentos, no valor de 12 mil milhões de dólares (11,2 mil milhões de euros).

Isto incluirá 11 milhões de toneladas de trigo, 18 milhões de toneladas de milho, seis milhões de toneladas de arroz e 2,5 milhões de toneladas de soja.

"Podem perguntar-me porque estou tão confiante de que conseguiremos evitar uma crise alimentar iminente? É porque o nosso plano se baseia no trabalho incrivelmente bem sucedido do BAD através do seu programa 'Prioridade Estratégica 'Alimentar África'", disse Adesina num encontro com jornalistas no primeiro dia dos Encontros Anuais do BAD, que decorrem em Accra até sexta-feira.

Este programa já beneficiou mais de 76 milhões de agricultores com acesso a tecnologias agrícolas, disse o presidente do BAD, acrescentando que o banco tem também em curso um programa de tecnologia agrícola "Tecnologias para a Transformação Agrícola de África" (TTAA).

Adesina elencou alguns exemplos de sucesso deste programa, que já distribuiu sementes resilientes ao clima a 12 milhões de agricultores em 27 países em apenas dois anos.

Exemplificou com o caso da Etiópia, onde o TTAA financiou o fornecimento de 61 mil toneladas de sementes de trigo tolerantes ao calor, permitindo aumentar a extensão de área cultivada de 5.000 hectares em 2018 para 167.000 hectares dois anos depois e para 400.000 hectares este ano.

"O Primeiro-ministro Abiy Ahmed da Etiópia disse-me na semana passada: 'A Etiópia não importou trigo este ano. No próximo ano vamos cultivar 2 milhões de hectares e esperamos exportar pelo menos 1,5 a 2 milhões de toneladas de trigo para o Quénia e o Djibuti no próximo ano'. Simplesmente incrível".

O Plano Africano de Produção Alimentar de Emergência visa responder aos desafios que a guerra na Ucrânia provocou em África, "especialmente em termos dos elevados preços da energia, elevados preços dos fertilizantes e perturbações nas importações de alimentos", explicou Adesina.

"Com 30 milhões de toneladas de importações de alimentos, especialmente trigo e milho, que não chegarão da Rússia e da Ucrânia, África enfrenta uma crise alimentar iminente", lembrou o banqueiro, para justificar a iniciativa do BAD.

Para Adesina, "África não precisa de tigelas nas mãos. África precisa de sementes na terra. África não deve implorar por alimentos, deve produzir os seus próprios alimentos. Não há dignidade em implorar por alimentos".

Referindo-se ao tema dos Encontros Anuais em curso, "Alcançar a Resiliência Climática e uma Transição Energética Justa para África", o Presidente do Banco lembrou que as alterações climáticas são uma ameaça sempre presente para África, com secas, inundações e ciclones a devastarem as economias africanas.

"Nove dos 10 países mais vulneráveis às alterações climáticas estão em África, (...) a segunda região mais vulnerável às alterações climáticas do mundo", disse.

Segundo Adesina, África precisa de entre 1,3 e 1,6 biliões de dólares (1,2 e 1,5 biliões de euros) para lidar com as alterações climáticas entre 2020 e 2030, mas só recebe 3% dos fundos globais para as alterações climáticas.

O financiamento climático mobilizado globalmente fica aquém das necessidades da África em entre 100 e 127 mil milhões de dólares (93 a 119 mil milhões de euros) por ano entre 2020 e 2030, sublinhou.

"O desafio que enfrentamos é mobilizar mais recursos para as alterações climáticas em África. Os países desenvolvidos devem cumprir a sua promessa de fornecer 100 mil milhões de dólares (93 mil milhões de euros) por ano em financiamento climático para apoiar os países desenvolvidos", apelou ainda.

ANG/Angop

 

 FAAPA/Secretàrio-geral da FAAPA propõe criaçao da Rede de Jornalistas Desportivos da organizaçao

Bissau,24 Mai 22(ANG) – O Secretàrio-geral da Federaçao Atlântica das Agências de Noticias Africanas(FAAPA), encorajou aos jornalistas  membros para criarem uma Rede de Jornalistas Desportivos assim como outras Plataformas profissionais no seio daquela organizaçao.

Mohammed Anis que falava segunda-feira na cerimónia de abertura do seminário   subordinado ao tema « Matrises e técnicas para uma boa pràtica de jornalismo despotivo », destinado aos   30 jornalistas desportivos das agências de notícias  membros da FAAPA e que decorre  entre os dias 23 e 27 do corrente mês, em Rabat(Marrocos).

Anis incentivou  aos participantes para criarem a Rede de Jornalistas Deportivos, a par de outras Plataformas já existentes na FAAPA, nomeadamente o Fórum de Directores de Informaçao e a Rede de Mulheres Líderes.

Segundo o Secretàrio-geral da FAAPA, a acçao de formaçao é a primeira do género inscrita no  plano de acçao da organizaçao para o presente ano e aprovada pelo seu Conselho Executivo, em Dakar, Senegal, em Novembro ûltimo.

 « O seminàrio visa  a troca de experiências e consolidação de  capacidades dos jornalistas na procura de conteúdos inovadores, em materia de informaçao desportiva », disse.

No final da formação, os jornalistas participantes estarao a altura de contribuir activamente no desenvolvimento de informaçoes desportivas africanas e internacionais.

Durante os cinco dias do seminàrio, os participantes serão facultados de  conhecimentos em matéria de escrita e especifidade do jornalismo desportivo, dèfice da cobertura dos eventos desportivos, mecanismos de acreditaçao dos jornalistas nos eventos desportivos, estratégia de redaçao desportiva na era digital, informaçoes desportivas(inquéritos, intrevistas e reportagens desportivos entre outros. 

De Ângelo da Costa, enviado da ANG à Rabat(Marrocos)

                 CPLP/Pesca ilegal reúne ministros  em Luanda 

Bissau, 24 Mai 22 (ANG) – O combate à pesca ilegal, “não declarada” e “não regulamentada”, vai marcar a 5ª Reunião de Ministros dos Assuntos do Mar (RMAM) da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que vai decorrer de 24 a 26 deste mês, na capital angolana, Luanda. 

Além de Angola, país anfitrião, o evento conta com a participação dos governantes de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Portugal e Brasil. 

O certame servirá, igualmente, para Cabo Verde passar a presidência da RMAM para Angola, que já preside de forma rotativa a CPLP, no biénio 2021-2023. 

Sob o lema “Mobilizar parcerias e investimentos para o desenvolvimento sustentável dos mares dos Estado-Membros da CPLP. Desafios e oportunidades”, a reunião vai também permitir os lusófonos analisarem a proposta de criação da Plataforma de Cooperação na Promoção da Pesca Sustentável. 

Segundo o programa do evento, a que a ANGOP teve acesso na segunda-feira, o evento visa, essencialmente, partilhar informação e trocar experiências, com foco na contribuição do oceano para o desenvolvimento sustentável dessa comunidade. 

A identificação de prioridades para a cooperação da CPLP no sector do oceano, no biénio 2022- 2024, bem como a avaliação do grau de execução do Plano de Acção da Reunião de Ministros dos Assuntos do Mar constam, igualmente, da agenda dos ministros. 

Durante três dias, os governantes vão também reflectir sobre a “Promoção e fortalecimento das economias sustentáveis baseadas no oceano”, assim como em torno da “Gestão, protecção, conservação e restauração de ecossistemas marinhos e costeiros dos países membros da CPLP. ANG/Angop

Desporto/ Guiné-Bissau sagrou-se bicampeão do torneio Savate (Boxe Francês) ao vencer senegal por 4 à 3

Bissau, 24 Mai 22 (ANG)-  A Guiné-Bissau sagrou-se Bicampeão do campeonato Áfricano Savate (Boxe Francês) ao vencer o  Senegal ,na segunda-feira,  por 4 à 3 .

Segundo a Rádio Bombolom FM,os atletas guineenses conquistaram 11 medalhas entre as quais seis de ouro e cinco de pratas.

Para além da Guiné-Bissau e do Senegal ainda participaram no torneio a Gâmbia e a Tunísia.

O ministro cessante de Juventude, Cultura e Desportos,  Augusto Gomes considerou o momento de uma “enorme satisfação.

 “Esta conquista é uma grande vitória para a Guiné-Bissau e para juventude em particular, uma vez que, é o tipo de desporto praticado mais para camada juvenil, e não é muito conhecido na Guiné-Bissau. O nosso país demonstrou logo na abertura   que vai entrar na elite mundial desta modalidade desportiva”, considerou o antigo governante.

Augusto Gomes felicitou a determinação dos atletas por trabalharem para a revalidação do título. ANG/AALS/LPG//SG

Angola/Os 59 anos da OUA-UA e a Agenda 2063

Por João Gomes Gonçalves, da ANGOP

Bissau, 24 Mai (ANG) – África comemora a 25 de Maio deste ano o 59.º aniversário da fundação da Organização de Unidade Africana (OUA), proclamada, em Addis Abeba (Etiópia) a 25 de Maio de 1963, por 32 chefes de Estado e de Governo.

O lançamento da OUA resultou de intensos debates contraditórios (de 22 a 25 de Maio de 1963) dos estadistas africanos, na altura fracturados em dois grupos, designadamente o de Monróvia ou “gradualistas”, liderados pelo Presidente Léopold Sédar Senghor (Senegal), e o de Casablanca ou “imediatistas”, conduzidos por Kwamé Nkrumah (Ghana).

Os primeiros eram pela criação de uma organização inter-estatal composta por Estados soberanos com as fronteiras herdadas do colonialismo (conferência de Berlim de 1884-1885), enquanto os outros pugnavam pelo surgimento dos Estados Unidos de África. 

Vingou a ideia dos gradualistas e, como consequência, a OUA tornou-se num instrumento de cooperação e não de integração estatal.

O consenso sobre o modelo de organização só foi conseguido graças ao discurso persuasivo do então Presidente da Argélia, Ben Bella, que acabava de conquistar a independência do país de França, a 03 de Julho de 1962, depois de uma guerra sangrenta de sete anos (1956-1962).

Na sua carta constitutiva, a OUA propunha-se cumprir cinco objectivos principais, tais como erradicar os vestígios do colonialismo e do regime do apartheid; promover a unidade e a solidariedade entre os Estados africanos; coordenar e intensificar a cooperação para o desenvolvimento; salvaguardar a soberania e a integridade dos Estados-membros e promover a cooperação internacional.

No mesmo ano, os chefes de Estado reuniram-se, em Dar Es Salaam (Tanzânia), para criar o Comité de Libertação da OUA, numa altura em que países como Angola, África do Sul, Guiné-Bissau, Cabo-Verde, Moçambique, Namíbia e São Tomé e Príncipe estavam em guerra contra as potências coloniais.

O novo Comité utilizou a Organização das Nações Unidas (ONU) como tribuna mundial para denunciar as injustiças contra os povos africanos ainda sob domínio estrangeiro.

Mas, o percurso foi duro, porque em muitas ocasiões os países africanos, por dependerem da influência da Guerra Fria, que opunha os blocos liderados pelas super-potências (Estados Unidos e União Soviética) e que vigorou entre 1949 e 1989, divergiam nos temas de interesse do continente que os “progressistas” e “moderados” abordavam.

As contradições entre os dois modelos de governação provocavam um certo imobilismo no seio da OUA, quando se tratasse de tomar decisões sobre o futuro de África.   

Apesar de tudo, no início da década de 90 do século XX, a maioria dos países africanos conquistou as suas independências, excepto o Sahara Ocidental, que até hoje continua sob ocupação de Marrocos, que luta para anexá-lo como parte do reino, com o apoio dos Estados Unidos, da Espanha e subrepticiamente de outros países ocidentais.

Algumas crises persistiram, todavia, motivadas pelas reivindicações mútuas das fronteiras legadas do colonialismo, como foi o caso que, nos primeiros dias do surgimento da OUA, opôs o Benin ao Níger.

Na segunda cimeira da OUA realizada, no Cairo (Egipto), a 21 de Julho de 1964, a Carta da OUA foi emendada, sob proposta do Presidente Julius Nyerere (Tanzânia),  com a introdução do princípio da intangibilidade das fronteiras coloniais.

Tal princípio foi uma declaração solene de que todos os Estados-membros se comprometiam a respeitar as fronteiras herdadas do colonialismo.

Mas novas crises fronteiriças surgiram, no continente, tais como a que opôs a Líbia ao Tchad, por causa da faixa de Aouzou (1973-1994), região setentrional do Tchad rica em petróleo, cobiçada por Tripoli; a invasão da região etíope de Ogaden pela Somália (1977-1978), o conflito entre a Argélia e Marrocos sobre o Sahara Ocidental (1976) e a secessão de Biafra da Nigéria (1966-1970) e da Eritreia (Etiópia-1990), entre outros.

Relativamente à integração económica, a OUA previa, num prazo de 30 anos, dotar-se de um mercado comum, um Parlamento e um banco central.

O Plano de Acção de Lagos, adoptado na cimeira de 1980, recomendou aos blocos regionais da altura impulsionarem o desenvolvimento económico de África e a sua auto-suficiência alimentar.

Porém, o Plano fracassou e, em Junho de 1991, foi substituído pelo Tratado de Abuja, que instituiu um Fundo Monetário Africano.

Hoje, o balanço feito pelos especialistas africanos da área indica que, em termos de integração económica, o continente girou mais em torno de grandes projectos irrealizáveis, comparados com os parcos meios alocados, resultando num insucesso total.

Embora tenha cumprido o seu papel de libertar África, durante a sua existência, a OUA teve resultados mitigados nos seus projectos económicos e monetários, por causa das incongruências e falta de unidade dos Estados-membros.

As razões dessa disfunção também podem buscar-se nas contínuas influências e dependências estrangeiras que pairavam ou que ainda pairam sobre muitos Estados africanos.

Para mudar esse quadro, os chefes de Estado e de Governo da OUA assinaram, a nove (09) de Setembro de 1999, na Líbia, a “Declaração de Sirtes”, que pediu a criação de uma União Africana, que visasse acelerar o processo de integração e permitisse ao continente jogar o seu papel na economia mundial, no âmbito da globalização.

A UA foi oficialmente proclamada, em Durban (África do Sul), a nove (09) de Julho de 2002, conforme as recomendações da cimeira dos chefes de Estado e de Governo de  Lomé (Togo), organizada a 11 de Julho de 2001.

No momento da sua criação, voltou à ribalta o confronto entre “imediatistas” e “gradualistas”.

Depois de reclamarem, mais uma vez, pela criação dos Estados Unidos de África, os imediatistas, desta vez liderados pelo malogrado Muammar El Kadafi, da Líbia, voltaram a curvar-se perante os “gradualistas” e decidiu-se apenas pela criação do Parlamento Panafricano, do Banco Central Africano e do Fundo Monetário Africano, que, no entanto, foram “sol de pouca dura”.

Enquanto o Parlamento ficou relegado a um mero fórum parlamentar, as outras instituições ou deixaram de existir pura e simplesmente ou foram transformados em outros moldes, à semelhança da Nova Parceria Económica para o Desenvolvimento de África (NEPAD).

Esta última foi uma fusão de dois outros Planos propostos, designadamente o Omega e o Plano Africano do Milénio (PAM), com o objectivo de cobrir o imenso atraso de África em termos de desenvolvimento.

Depois de a Comissão da UA lançar a sua visão sobre África, em Maio de 2013, na capital etíope, Addis Abeba, adoptou-se a Agenda 2063 na 24.ª cimeira dos chefes de Estado e de Governo da organização panafricana, realizada de 30 a 31 de Janeiro de 2015, na mesma cidade.

Segundo os seus mentores, combater a pobreza, as desigualdades e a fome; reforçar a segurança social e a protecção, incluindo para os deficientes físicos; construir habitações modernas e habitáveis, bem como criar serviços básicos de qualidade são os principais objectivos.

Para acelerar a sua execução, num período de 50 anos, elaborou-se na cimeira da UA de 07 a 15 de Junho de 2015, na África do Sul, o primeiro Plano Decenal (2014-2023), que criou as bases para o lançamento, a 21 Março de 2018, em Kigali (Rwanda), da  Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), instalada em Accra (Ghana), em Janeiro de 2021.

A ZCLCA tem como secretário-geral o sul-africano Wamkele Mene, eleito durante a 33.ª cimeira da União Africana, depois de derrotar a nigeriana Cecilia Akintomide e o congolês democrático Faustin Luanga.

O objectivo final ZCLCA é a integração económica e a criação de uma união em que se estabeleçam relações económicas reforçadas entre as várias regiões do mesmo país e reforçá-las no sentido de assegurarem o crescimento e o desenvolvimento económico de África.

Com este tratado, pretende-se criar no continente um mercado único de bens e serviços, facilitado pela livre circulação de pessoas, capitais, mercadorias e serviços, para promover o desenvolvimento agrícola, a segurança alimentar, a industrialização e as transformações económicas estruturais.

Pretende-se igualmente a redução ou eliminação progressiva das barreiras tarifárias, bem como das barreiras não tarifárias ao comércio e ao investimento e ainda estabelecer regras claras, transparentes, previsíveis e mutuamente vantajosas para reger o comércio de mercadorias e serviços, a política de concorrência, o investimento e a propriedade intelectual.

Mas, o projecto, considerado o maior mercado livre do Mundo, precisa de medidas susceptíveis de estimular a produtividade e aumentar as oportunidades económicas.

Em termos de segurança, a instabilidade política, nomeadamente, os golpes de Estado, as guerras inter-étnicas, o tráfico de drogas, o terrorismo e o radicalismo islâmico estão a obstaculizar a sua efectividade, acrescentando-se a isso o incumprimento por vários países-membros dos acordos regionais e os problemas que afectam a circulação de pessoas e bens.

Outro factor inibidor são as incertezas derivadas da ameaça que paira sobre o continente, por causa da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, com a perspectiva de conduzir a uma nova ordem mundial e, concomitantemente, a uma nova Guerra Fria mais rígida, ressurgindo, assim, uma maior dependência em relação às grandes potências.

De acordo com o relatório de 2021 da CNUCED (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento), o potencial de exportação ainda não explorado do continente eleva-se a 21,9 mil milhões de dólares americanos, ou 43% das exportações intra-africanas.

O documento diz também que um potencial de exportação suplementar de 9,2 mil milhões de dólares norte-americanos pode ser realizado graças a uma libertação tarifária parcial no quadro da ZCLCA, nos próximos cinco anos.

O mesmo relatório sublinha que, para libertar o referido potencial, devem ser anuladas várias barreiras tarifárias intra-africanas, incluindo medidas não tarifárias caras, lacunas em matérias de infra-estruturas e de informação, medidas essas que precisam de esforços conjuntos no quadro da ZCLCA.

Pouco depois do lançamento da UA, em 2002, o francês Antoine Glaser, director da “Carta do Continente”, dizia temer que na arena internacional a organização panafricana fosse utilizada para servir os interesses das grandes potências.

“Os encontros dos chefes de Estado são importantes, apesar do limite do exercício e a dificuldade de tomar decisões conjuntas”, afirmou, sublinhando o facto de não ver na UA uma verdadeira estratégia política e de defesa militar, continuando a ser ainda uma organização institucional.

O pessimismo de Glaser prende-se com o facto de África depender ainda da ajuda externa para desenvolver alguns sectores, atribuindo a falta de emergência política da UA à ausência de liderança no continente, embora existam grandes potências económicas e financeiras como a África do Sul, a Nigéria, a Argélia e o Egipto.

No seu entender, essas potências estão impossibilitadas de fazer algo em prol do colectivo, por causa da diversidade dos povos e das situações dos países em todo o continente. ANG/Angop

segunda-feira, 23 de maio de 2022

 
Comércio/Delegada regional  diz que falta de  meios de fiscalização está a facilitar a  saida da castanha de caju via  Senegal

Bissau, 23 Mai 22 (ANG) – A Delegada Regional de Comércio denunciou  que a falta de meios materiais para fiscalização da campanha de comercialização da castanha de caju está  a facilitar a fuga da castanha para o Senegal

Segundo a Rádio Sol Mansi , Cristina Queroz Coiaté fez esta denúncia, em São Domingos, no quadro da visita que o Ministro do Comércio e Industria cessante Tcherno Djaló efetuou à diferentes postos de controle de zona Norte do país na companhia do  Vice Primeiro-ministro, Soares Sambú e igualmente coodenador para a área económica.

ʺFalta de meios materiais de fiscalização nos dificultam no terreno, precisamos ter viaturas ou motos para poder fazer face à este problema. A  Região de Cacheu, dada a sua situação geográfica, tem muitos caminhos clandestinos. Havendo esses materiais vamos fazer face à  pirataria com a  nossa  castanha de caju,  disse.ʺ 

Tcherno Djaló garantiu, entretanto,  que nesta semana vão ser  disponibilizados todos os meios necessários para os trabalhos de fiscalização no terreno, e recomenda a colaboração de todos os   intervenientes na fiscalização da campanha de comercialização da castanha  para que   corra da melhor forma possível.

Neste ano, logo no começo da presente campamha de comercialização da castanha de caju registou-se um desentendimento entre as forças da ordem e  segurança e agentes do Ministério do  Comércio e Indústria, resultando no ferimento de um dos agentes, no setor de Ingoré. ANG/MI//SG  

  Saúde Pública/ “Acabar com a Fístula Obstétrica até 2030 requer investimento em qualidade e parcerias fortalecidas “,diz o Secretário

Bissau, 23 Mai 22 (ANG) – O Secretário-geral do Ministério da Mulher, Família e Coesão Social advertiu hoje que acabar com a Fístula Obstétrica até  2030 requer investimentos de qualidade e parcerias fortalecidas para atingir a meta global para erradicar a doença.

Carlos Tipote proferiu estas considerações na comemoração do Dia Internacional pelo fim da Fístula Obstétrica, que esta segunda-feira se assinala.  Disse que a  a doença é evitavél quando mulheres e meninas tiverem acesso opurtuno à serviços abrangentes de cuidados de saúde sexual e reprodutiva ,bem como cuidados obstétricos de qualidade .

“Também a doença pode ser evitada atrasando a idade da primeira gravidez ,cessando o casamento infantil ,empoderamento e educação de mulheres e meninas nas comunidades. É fundamental a abordar os determinantes sociais, culturais, politicos e económicos que sustentam a saúde,construir parcerias com outros sectores e contribuir para a reintegração bem sucedida de sobreviventes da fístula”, sustentou.

Tipote  enumerou ainda  as medidas de precaução da doença que podem ser adoptadas, nomeadamente gestações e partos seguros que dependem do funcionamento dos sistemas de saúde e da prestação dos cuidados de qualidade.

Disse  que a fístula pode ser evitada quando as mulheres recebem cuidados de maternidade opurtunos e de qualidade,incluindo assistência qualificada ao parto e serviços de planeamento familiar.

“É necessário uma escala sustentável de tratamento de qualidade e serviços de saúde ,incluíndo a disponibilidade de um número adequado de cirurgiões de fístula ,bem como parteiras competentes e treinadas para reduzir significativamente a mortalidade materna e neonatal e erradicar a fístula obstétrica e o progresso deve ser compartilhado por todos ,nenhuma mulher ou menina deve ser deixada para trás”,vincou.

Por sua vez, o representante do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) no país Athanase Nzokirishaka salientou a complexidade da doença, que  além  da questão da inadequação ou  da demora na atenção ao parto ,a fístula obstétrica e as suas consequências são um problema de direitos humanos, equidade e igualdade de gênero ,pobreza e cultura.

“O FUNUAP lidera o mundo na Campnha para acabar com a Fístula Obstétrica que se concentra em quatro pilares :a prevenção ,tratamento ,reitegração social e reabilitação e advogaçia ,guiadas pelos princípios de direitos humanos e não descriminação, de 2009 até ao momento e  apoiou mais de 300 reparos cirúrgicos que ajudaram a restaurar a dignidade e transformar a vida de inúmeras melheres e meninas “,disse.

Nzokirishaka salientou que embora tenham sido feitos progressos significativos ,existe uma grande necessidade não satisfeita de tratamento, pelo que é necessário fazer mais para consolidar os recursos para reforçar os sistemas de encaminhamento ,melhorar os mecanismos de coordenação e sustentar a perícia e as competências para a reparação da fístula.

Afirmaou que acabar com a doença exige compromissos politicos ,recuros adicionais e investimentos ,além de uma colaboração reforçada entre governos ,comunidades, perceiros de desenvolvimento e a sociedade civil, e uma mudança de paradigma na forma de pensar ,tendo reiterado a disponibilidade da sua instituição de apoiar qualquer iniciativa do Governo da Guiné-Bissau no sentido de melhorar a saúde materna no país .

A Fístula Obstétrica é uma lesão devastadora no parto causada por trabalho de parto prolongado e obstruído na ausência de cuidados médicos adequados e opurtunos. Ocorre desproporcionalmente entre meninas e mulheres empobrecidas ,vulneráveis e marginalizadas. Os doentes sofrem  incontinência crónica,vergonha ,isolamento social ,pobreza e problemas de saúde física ,mental e emocional. ANG/MSC/LPG//SG

 
Forças Armadas/72 Médicos e Enfermeiros militares recebem formação sobre Saúde Operacional  

Bissau, 23 Mai 22 (ANG)- Setenta e dois (72) médicos e enfermeiros  das Forças Armadas guineense  iniciaram, esta segunda-feira, uma formação de quatro dias sobre a  saúde operacional.

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné(ANG), à margem do siminário de capacitação dos referidos profissionais, o chefe de divisão de saúde militar Quinhin Na Ntoté afirmou que a formação permitirá maior aptidão aos beneficiários.

“Os médicos e enfermeiros das Forças Amada da Guiné-Bissau  vão receber  formação em matéria de saúde operacional , um assunto meramente militar e é muito diferente de assuntos que são abordados em saúde assistencial”, disse aquele responsável.

Quinhin Na Ntoté acrescentou  que estão no país seis técnicos de saúde militar português para o efeito, ou seja, para transmetir  conhecimentos e  suas experiências aos seus homólogos da Guiné-Bissau.

O chefe de divisão de saúde militar informou que a capacitação de quadros da medicina militar se realiza no quadro da cooperação  entre a Guiné-Bissau e Portugal.

Durante os quatro dias serão abordados os  temas: Suporte Básico de Vida, Emergência no Combate e Emergência Pré-hospitalar.

Quinhim Na Ntolé  não escondeu a sua satisfação em relação a  iniciativa de capacitação dos profissinais da  saúde militar, tendo desejado  sucessos aos formamdos para que no futuro possam fazer algo de bom para a Guiné-Bissau e para o povo em geral.

Segundo Quinhim trata-se da primeira etapa  de formação de profissionais de Saúde Militar guineense, “porque mais ações de género estão previstas para o futuro”.

 Maio Lopes, um dos formandos diz estar bastante satisfeito com a formação uma vez que  lhe ajudará, em termos de aumento de conhecimentos e de  experiência.

Lopes disse  que sobre Saúde Operacional,  Portugal está acima da Guiné-Bissau, pelo que vai aproveitar no máximo as experiências dos seus formadores. ANG/AALS/LPG//SG

 

 Dia mundial Fístula Obstétrica/ Secretário-geral do Ministério de Saúde defende  que único local para se dar à luz são hospitais e centros de saúde

Bissau, 23 Mai 22 (ANG) – O Secretário-Geral do Ministério da Saúde Pública defendeu  hoje que a população guineense deve ter a consciência de que os centros de saúde ou hospitais são os únicos locais para se dar à luz e não em casa.


Chetche Na Isna que discursava na cerimónia comemorativa  do Dia Internacional da Fístula Ostétrica, que hoje se assinala,  sob o lema ,”Acabar com a Fístula Agora :Investir em Cuidados de Saúde de Qualidade ,Empoderar Comunidade “,disse que ter uma maternidade de qualidade é uma abordagem que não se limita em ter técnicos qualificados .

“A mulher grávida deve chegar no serviço da saúde o mais rápido possível ,e para isso ,é necessário que a educação funcione  ,que as vias de acessos sejam adequadas, que haja electricidade nos serviços,  água potavél, é preciso que a comunidade colabore na protecção das infraestruturas ,em fim todos devem participar nessa luta”,frisou.

Para Na Insa, que representava o ministro da tutela no acto, é fundamental acabar com tabu a volta de partonas das comunidades rurais ,pensando que este assunto é da exclusiva competência das mulheres . “Os homens devem estar ao lado delas para facilitar na busca atempada de solução”, acrescentou Na Isna.

Ciuna Quadé, médico especialista na fístula obstétrica disse que a doença já era operada no país por médicos chineses,cubanos e joguslavos ,e que  só em Dezembro  de 1991 é que os médicos guineenses começaram a realizar intervenções cirurgicas para combater a  doença .

Ciuna Quadé disse que após nove campanhas de operações a Fístula chegou-se a conclusão de que o balanço da inciativa foi um êxito, “porque  muitas mulheres viram resolvidos os seus problemas”.

Para o técnico da saúde, as intervenções cirúrgicas são importantes mas não suficientes para resolver este problema .

Quadé diz que  a sensibilização continua sendo  a melhor arma  para a erradicação da doença, pelo que o  governo deve investir em campanhas de sensibilização sobre o assunto, e  se posível de porta à porta, e  contínuamente.

Falando sobre  dados, Ciuna refere que recebem pelo menos duas  ou três pacientes por mês com problemas de Fístula Obstétrica,apesar de ainda existirem doentes que não se apresentam nos hospitais por  vergonha  ou por falta de informação, o que dificulta, segundo diz, ter dados reais sobre a situação.

A Fístula Obstétrica  é uma doença que atinge os orgãos genitais das mulheres  obrigando-as a urinar sem querer, e a sua cura no país  é gratuita. ANG/MSC//SG

                         
                      OMS/ Confirmados  92 casos de Monkeypox em 12 países

Bissau, 23 Mai 22 (ANG) - São já 92 os casos de Mokeypox relatados à Organização Mundial de Saúde (OMS), refere a agência Reuters, sendo  expectável que este número continue a aumentar.  

Os 12 países onde foi detectado o vírus são: Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido, Espanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, Itália, Países Baixos, França  e Suécia. 

“A teoria que estou a construir, e há bastantes evidências disso na África Ocidental e Central, é que as viagens foram retomadas e é por isso que estamos a observar mais casos" de infecção, afirmou Jimmy Whitworth, professor de saúde pública internacional da London School of Hygiene and Tropical Medicine, em entrevista à Reuters.

Em Portugal, foram confirmados mais nove casos de infecção humana pelo vírus Monkeypox em Portugal, aumentando para 23 o número total de casos, segundo avançou,  sexta-feira, a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

O vírus pode afectar tanto homens como mulheres, independentemente da orientação sexual.

A doença manifesta-se em lesões que podem parecer idênticas à varicela. Os sintomas são lesões ulceractivas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço.

A Direcção-Geral de Saúde aconselha a quem possuir estes sintomas que procure aconselhamento clínico.

O  vírus Monkeypox é do género Ortopoxvírus (o mais conhecido deste género é o da varíola) e a doença é transmissível através de contacto com animais, contacto próximo com pessoas infectadas ou com materiais contaminados.

A infecção por vírus Monkeypox foi detectada pela primeira vez num ser humano em 1970 em países sobretudo da África Central e da África Ocidental.

ANG/Angop

 Cabo Verde/FAAPA organiza em Rabat  formação sobre jornalismo desportivo

 Bissau,  23 Mai ANG) – Jornalistas  das agências de notícias membros da Federação Atlântica das Agências de Notícias Africanas(FAAPA)participam a partir desta segiunda-feira  até sexta-feira(27) numa formação sobre “Jornalismo desportivo”, em Rabat, Marrocos.

Imagem Ilustrativo
Segundo a  Agência de Notícias de Cabo Verde(Inforpress), a formação, organizada pela FAAPA conta com a presença de 16 das 25 agências filiadas, e a Inforpress faz-se representar pelo jornalista Oldemiro Moreira.

Quatro agências de notícias de países de expressão oficial poprtuguesa, ou seja de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Principe fazem parte da FAAPA.

Na cerimónia de abertura, que aconteceu na sede da Agência de Notícias de Marrocos (MAP), o secretário-geral da FAAPA, Mohamed Anis, disse que o objectivo desta formação é  fortalecer as capacidades dos jornalistas desportivos para um melhor tratamento das questões relacionadas à cobertura dos grandes eventos desportivos nacionais, regionais e internacionais.

O responsável acrescentou  que pretende ainda promover o desempenho e a produtividade dos jornalistas desportivos na cobertura e tratamento da informação desportiva, e consolidar as capacidades dos jornalistas para produzir conteúdos inovadores na área da informação, respeitando os princípios da ética profissional .

A formação é  dirigida por jornalistas profissionais e formadores especialistas em imprensa desportiva, que, durante cinco dias, ministram diversas oficinas, falam suas experiências e reflexões sobre os desafios enfrentados por jornalistas.

Este seminário de formação, o primeiro do género, insere-se no plano de acção da FAAPA para o ano de 2022, aprovado pelo Conselho Executivo desta federação pan-africana, na reunião de Dakar, no Senegal, realizada em Novembro de 2021.

A Agência de Notícias da Guiné(ANG) é representada nessa formação pelo Jornalista Ângelo da Costa, Diretor de Informação do órgão estatal guineense.

ANG/Inforpress

 Ucrânia/Portugal reforça fronteira leste da NATO e apoia Kiev na sua luta pela paz

 Bissau, 23 Mai 22(ANG) – O primeiro-ministro português considera que a
s suas visitas à Roménia, Polónia e Ucrânia permitiram a Portugal reforçar o seu papel na NATO e no acolhimento de refugiados e apoiar Kiev na luta pela paz e reconstrução do país.

António Costa iniciou na quarta-feira à noite uma deslocação a três países da Europa de leste, que o levou Bucareste, Varsóvia e Kiev, tendo regressado domingo de manhã a Lisboa.

Na sua conta na rede social Twitter, o primeiro-ministro fez uma pequena síntese destas suas visitas: “Concluída a viagem de trabalho à Roménia, Polónia e Ucrânia. Portugal contribui para o reforço da fronteira Leste da NATO”.

Portugal, segundo António Costa, “é solidário com a Polónia no seu apoio aos refugiados; apoia a Ucrânia na sua luta pela paz e na preparação do seu esforço de reconstrução”.

Na quarta-feira à noite e na quinta-feira de manhã, o primeiro-ministro esteve em duas reuniões com o seu homólogo romeno, Nicolae Ciucă, tendo como principal resultado a assinatura de um acordo bilateral para a renovação e aprofundamento da cooperação militar iniciada em 1995.

Na quinta-feira à tarde, António Costa visitou ainda o contingente português de 221 militares em missão da NATO no sul da Roménia, antes de partir para Varsóvia, onde nessa mesma noite jantou com alguns dos principais investidores nacionais no mercado polaco.

Na sexta-feira, reuniu-se com o seu homólogo polaco, Mateusz Morawiecki, anunciou a transferência para a Polónia de 50 milhões de euros em bens para auxiliar este país no acolhimento de refugiados ucranianos e visitou um centro de encaminhamento de refugiados no Estádio Nacional de Varsóvia.

O primeiro-ministro partiu depois para uma longa viagem até Kiev, onde chegou de comboio na manhã de sábado, tendo logo a seguir feito uma deslocação a Irpin, uma cidade nos arredores de Kiev que ficou muito destruída pelos bombardeamentos do exército russo.

Em Kiev, foi recebido pelo Presidente Volodymyr Zelensky, encontro que durou cerca de uma hora, e na conferência de imprensa posterior a essa reunião António Costa anunciou que Portugal irá dar apoio técnico à Ucrânia para auxiliar o processo de candidatura deste país à União Europeia.

Na conferencia de imprensa conjunta com Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro manifestou disponibilidade de Portugal no sentido de apoiar o esforço de reconstrução de escolas e de jardins de infância da Ucrânia, ou, em alternativa, através do “patrocínio” para reconstrução de uma zona específica do território a indicar pelas autoridades de Kiev.

Já durante a tarde de sábado, após uma reunião com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, o líder do executivo português anunciou que Portugal irá conceder um apoio financeiro de 250 milhões de euros à Ucrânia.

Antes iniciar o caminho de regresso a Lisboa, na embaixada de Portugal em Kiev, António Costa disse aos jornalistas que era portador de um convite de Volodymyr Zelensky para que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visite a Ucrânia. ANG/Inforpress/Lusa

                      Angola/Polícia impediu conferência sobre paz em Cabinda

Bissau, 23 Mai 22 (ANG) -  As autoridades policiais inviabilizaram, no sábado, a realização de uma conferência sobre a paz na região de Cabinda, palco ainda de confrontos entre as forças governamentais e os independentistas da FLEC-FAC.

A falta de autorização das autoridades locais foi o motivo da proibição do evento que deveria reunir activistas, religiosos, políticos e personalidades da sociedade civil provenientes de outras regiões do país.

O encontro foi organizado Associação para Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos (ADCDH) e pela Omunga.

De acordo com as autoridades locais, a actividade foi proibida por não ter sido comunicada e porque a ADCDH não possui personalidade jurídica. A Omunga é uma associação legal de direitos humanos da região de Benguela.

As denúncias de violações dos direitos humanos são frequentes na região de Cabinda. As autoridades têm refutado as denúncias e consideram a região pacífica. Cabinda recebeu recentemente a visita do Presidente João Lourenço. ANG/RFI