terça-feira, 28 de maio de 2024

         África de Sul/Eleições gerais prometem transição histórica no país

Bissau,28 Mai 24(ANG) - Ao fim de 30 anos de democracia plurirracial, a África do Sul prepara-se para iniciar a mais importante transição da sua história pós-apartheid, a confirmar-se a perda da maioria parlamentar do ANC nas eleições gerais de quarta-feira.

Pela primeira vez na sua história, o Congresso Nacional Africano (ANC) deverá obter um resultado abaixo dos 50% dos votos e ser forçado a concertar-se no parlamento sul-africano para reeleger o seu candidato à Presidência, Cyril Ramaphosa, para um segundo mandato de cinco anos, e isso marcará o início de uma mudança fundamental no quadro político, consagrando o "virar da esquina" da ainda maior economia do continente africano.

A forma como se entenderão os 400 membros da Assembleia Nacional na Cidade do Cabo para escolher o chefe de Estado e do Governo, que dirigirá o país a cerca de 400 quilómetros, em Pretória, dependerá da expressão eleitoral do ANC nas eleições de quarta-feira.

Quanto mais cair da barreira dos 50% o partido que elegeu Nelson Mandela há trinta anos, como apontam todas as sondagens das últimas semanas, mais interessantes se perspectivam as negociações para uma eventual futura coligação.

"As coligações baseiam-se em compromissos e penso que vai ser muito interessante ver como os vários partidos políticos lidam com um conceito que é relativamente novo para eles", sublinhou, em declarações à Lusa, Nicolas Delauney, diretor do Crisis Group International (CGI) para a África Austral.

Certo é que, na "viagem" que o país iniciou há trinta anos, esta quarta-feira marcará o "início de uma transição, que só acontecerá realmente em 2029, nas próximas eleições, porque, embora o ANC fique abaixo dos 50%, Ramaphosa continuará a governar e o ANC será o partido maioritário", sublinhou, pelo seu lado, o fundador do Institute for Security Studies (ISS) em Pretória, Jakkie Cilliers, em declarações à Lusa.

Desemprego, fornecimento de electricidade e água e corrupção são os principais problemas que um inquérito do Afrobarometer, divulgado na semana passada, identificou como justificadores do descontentamento de 85% da população sul-africana com o rumo do país. Em 2011, recordou o instituto de sondagens africano, cerca de 46% de um universo então inquirido indicavam que a África do Sul estava a "ir na direcção errada", com uma percentagem igual a dizer que estava a ir na "direcção certa".

Em primeiro lugar, o desemprego, logo seguido dos cortes de energia e os efeitos em cadeia provocados na sociedade sul-africana; a questão da corrupção; o custo de vida; pobreza; desigualdade; e recentemente a questão do abastecimento de água potável são considerados problemas "intratáveis" pelos respondentes ao inquérito do Afrobarometer e os afastam dos partidos políticos: quase metade (47%) dos inquiridos não se sente próximo de nenhum partido político e o número de indecisos a uma semana das eleições ascendia a cerca de um terço.

Com maior ou menor vantagem, no entanto - todas as sondagens apontam, incluindo a do Afrobarometer - o ANC continuará a ser o maior partido da África do Sul, a nível nacional, por uma margem substancial.

Com o ANC de fora, nenhuma coligação de partidos alternativa conseguirá obter no parlamento os votos necessários para apontar outro Presidente que não Ciryl Ramaphosa.

Dependendo dos resultados eleitorais, Jakkie Cilliers antecipa um período de discussões intensas, que deverão levar à formação de diferentes alianças a nível nacional e a nível provincial.

"A nível nacional, penso que o ANC tentará evitar qualquer um dos maiores partidos, seja o EFF (Combatentes da Liberdade Económica, na sigla em inglês, actual terceiro partido parlamentar, dissidente do ANC), o DA (Aliança Democrática, também na sigla inglesa, o segundo maior partido sul-africano, liberal, cujos dirigentes são na maioria brancos) ou até o Inkhata Freedom Party (IFP, aliado histórico do ANC, com que governou até 2004, mas em queda nos últimos anos)", considerou o investigador do ISS.

Caso, porém, o ANC tenha que escolher um "partido maior", Cilliers prevê que "será provavelmente o IFP ou o DA, mas não o EFF", de extrema-esquerda marxista, cujo líder, Julius Malema, de 42 anos, é caracterizado por um discurso de ódio, pelo qual chegou a ser condenado, e defende, por exemplo, a expropriação de terras de pessoas brancas, sem compensação.

Delauney não menospreza a capacidade de recuperação do ANC nos últimos dias de campanha, até pelas suas raízes históricas, mas se o partido de Ramaphosa perder por uma pequena margem, poderá então vir a "assinar uma coligação com um pequeno partido que desempenhará o papel de 'kingmaker'".

Já "se perder por muito e obtiver um resultado na ordem dos 40% dos votos, ou algo do género, então terá de se aliar a vários partidos ou a um partido maior e é aqui que as coisas se tornam interessantes", acrescentou, sublinhando não ser claro "o tipo de compromissos que o ANC estará disposto a assumir neste caso".

A experiência, segundo o analista do CGI, mostra que a África do Sul não tem produzido coligações duradouras nos níveis inferiores de governação, pelo que "há uma curva de aprendizagem" que o país tem pela frente.

Cilliers antecipa que, a nível provincial, o ANC possa vir a ter que escolher um ou dois dos maiores partidos, sobretudo nas maiores províncias, Gauteng e Kwazulu Natal.

 Na primeira, diz o analista do ISS, "o parceiro lógico é a DA"; em Kwazulu Natal talvez possa emergir "uma aliança do tipo ANC -- IFP--EFF -- MK (uMkhonto we Sizwe -- nome da ala militar do ANC durante a luta contra o apartheid, partido fundado no início deste ano por Jacob Zuma, entretanto impedido na semana passada pelo Tribunal Constitucional sul-africano de se candidatar)", afirmou.ANG/Lusa

Após a sua libertação/ Líder da Frente Popular afirma que a luta desencadeada é para resgatar a Guiné-Bissau

Bissau,28 Mai 24(ANG) - O líder da Frente Popular, Armando Lona, afirmou esta segunda-feira, que a luta levada a cabo pela sua organização visa essencialmente resgatar a República da Guiné-Bissau para o bem de todos os seus filhos.

“Aos guineenses que vivem em diferentes aldeias da Guiné-Bissau e que estão a ouvir-nos, neste momento, queremos reafirmar-lhes que a nossa luta pacífica visa essencialmente o resgate da Guiné-Bissau. Vamos fazer uma luta pacífica, nem vamos pugnar pela violência e queremos dizer aos nossos irmãos que estão noutros lados e obrigados a viver noutros cantos do mundo com muita dor  pelo país, para terem a esperança que a Guiné-Bissau será libertada pelos seus próprios filhos”, disse o ativista, na sua primeira declaração aos jornalistas na porta do Ministério Público.  

O último grupo de nove ativistas e dirigentes da Frente Popular foram libertados segunda-feira, depois de terem passado uma semana e dois dias nas celas da Segunda Esquadra, em Bissau. 

O Democrata soube que os detidos foram indiciados pelo crime de desobediência com base nas alegações do Ministério do Interior e da Ordem Pública. Depois da audição dos ativistas, o Ministério Público decidiu aplicar-lhes à medida de coação do termo de identidade e residência.  

Na sexta-feira passada, um juiz de instrução criminal do Tribunal Regional de Bissau ordenou a “libertação imediata” dos nove ativistas detidos desde sábado, 18 do mês em curso, após se manifestarem contra o regime.  

O ativista confirmou aos jornalistas que foram maltratados física e psicologicamente na prisão pelos agentes das forças de segurança, contudo asseguraram  estarem convictos que os agentes envolvidos no espancamento de ativistas tomaram consciência que não existe espaço para esta prática.

Acrescentou, neste particular, que o desafio da Guiné-Bissau é construir uma República forte com o ensino de qualidade, melhores serviços de saúde e de utilização racional dos seus recursos no sentido de ajudar os povos de ou
tros países.ANG/O Democrata

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Saúde e Educação/Terceira vaga da  greve na origem de dois óbitos no HNSM

Bissau, 27 Mai 24(ANG) – A terceira vaga da  greve convocada pela Frente Social já terá estado na origem de  dois  óbitos registados nos  Serviços de Urgência, do Hospital Nacional Simão Mendes(HNSM), disse o Enfermeiro Chefe da instituição.

Avelino Manuel Pereira, em declações à ANG, disse que as duas vítimas , uma é  seraleonesa e  outra é compatriota guineense.

A Frente Social  iniciou hoje e vai prolongar até 31 do corrente mês, a terceira vaga de greve nos sectores da Educação e Saúde, exigindo do governo o pagamento de cinco meses de salário atrasado aos novos ingressos e melhoria das condições de trabalho.

Avelino Pereira disse que, neste momento,  a Urgência só dispõe de dois médicos, um para cirurgia e outro de medicina interna, e três enfermeiros  para atender pacientes .

Em dias normais a Urgência funciona com  6 médicos, dois para urgência de medicina interna, dois para cirurgia e dois para ortopedia.   

Avelino Pereira afirmou entretanto haver pouca afluência da população nos serviços porque todo o mundo está ao corrente da greve em vigor no setor da saúde.

O  Director serviço da Pediatria, Macílio Baptista disse que felizmente não têm nenhum óbito, mas que nos seis  serviços que compõe a Pediatria cinco estão a funcionar.

Batista afirmou que só têm um médico para cada serviço e um turno neste momento em greve, acrescentando que, nos momentos normais trabalham com dois e até três médicos por cada turno.

A Pediatria está a atender casos urgentes e graves   e o serviço de consulta externa não está a funcionar.

Na Maternidade, segundo a enfermeira Chefe de Serviço,Mirei Djagra, até a altura em que falava à ANG não se registou  nenhum óbito relacionado a falta de assistência devido a greve em curso.

“Estamos a prestar o serviço mínimo com dois médicos e três parteiras, disse Djagra. Em dias normais a Maternidade funciona com 11/12 parteiras em cada turno.

“Sabendo da greve, famílas que têm condições procuram clínicas e hospitais privados. Só as mais carenciadas recorrem aos hospitais públicos, disse Mirei Djagra.

 O porta-voz da Frente Social, Yoyo João Correia disse que a adesão à greve se situa na ordem dos 80 por cento, até ao momento. ANG/JD/ÂC//SG

Justiça/PR defende  implementação de politicas públicas para prevenir e combater ameaças à estabilidade das instituições

Bissau,27 Mai 24 (ANG) – O Presidente da República defendeu hoje a implementação de politicas públicas para se prevenir e combater as ameças à estabilidade das instituições e  paz social.

Umaro Sissoco Embaló  falava na abertura da primeira Conferência Internacional sobre a Justiça que decorre sob o lema: “ Justiça e os Desafios Contemporâneos”, que decorre de hoje até 29 do mês em curso, em Bissau.

Durante  três dias, de acordo com programa ,  os conferencistas vão debater a Cooperção Juridica Internacional no Combate à Criminalidade e Recuperação dos Activos – experiência Cabo-Verdiana, a Constituição e as Instituições Democráticas, Justiça Criminal e os Desafios Contemporâneos.

 A cooperação Jurídica Internacional no Combate à Criminalidade e Recuperação de Activos- a experiência são-tomense, o patrocínio judiciário e as Garantias Constitucionais, A justiça e o Estado de Dirieto – experiência –angolana, serão  outros temas a debater.

O Chefe de Estado apontou a realização da justiça como um dos pilares do Estado de dirieto democratica.

Reconheceu que os desafios que a justiça guineense enfrenta são cada mais tecnicamente complexos

O chefe de Estado alertou que os agentes do crime organizado renovam sempre as suas capacidade no dominio de crime económico e financeiro, sobretudo por vias de  branqueamento de capitais, da corrupção e cibercrime.

Face à esta realidade, que considerou de desafiante e complexa, o Presidente da República disse que o Estado tem de aplicar politicas públicas para prevenir e combater as ameaças que possam pôr em risco a estabilidade das instituições e a paz social.

Para o Presidente da República o sistema judicial só pode ser considerado democrático se for capaz de dar resposta  atempada e acompanhar a evolução dos problemas sociais emergentes.

“Dada a natureza dos desafios que a justiça enfrenta é imperativo reforçar todos os instrumentos disponíveis da cooperação bilateral e multilateral”, disse.   

Segundo a  ministra da Justiça e dos Direitos humanos,  Maria do Cêu Silva  Monteiro é fundamental que a justiça não seja apenas uma instituição estática, mas um organismo dinámico, capaz de se adaptar e evoluir para enfrentar as novas demandas da sociedade.

A governante disse que a globalização, a revolução digital, as crises ambientais, os conflitos armados, as migrações em massa e as pandemias, são apenas alguns dos fenómenos que moldam o nosso presente e influenciam directamente o sistema da justiça.

“O tema central desta conferência, sob o lema: "A Justiça e os Desafios Contemporâneos", não poderia ser mais pertinente. Estamos reunidos aqui para reflectir, discutir e encontrar soluções para as questões que afectam a justiça, a escala global. A troca de experiências, conhecimentos e melhores práticas entre diferentes nações é essencial para construirmos um sistema de justiça mais eficaz, inclusivo e equitativo”, referiu a governante.

Afirmou que a  corrupção, continua a ser um dos maiores obstáculos à justiça em numerosos países e sustenta que este fenómeno retira a confiança pública nas instituições, desvia recursos necessários ao desenvolvimento e perpetua a desigualdade.

Para combater a corrupção de forma eficaz, segundo Maria de Cêu Monteiro, é preciso fortalecer os mecanismos de controle e fiscalização, promover a transparência e garantir que todos, independentemente de sua posição ou influência, sejam responsabilizados por suas ações.

“A luta contra a corrupção deve ser abrangente e envolver todos os sectores da sociedade. Isso inclui o fortalecimento das instituições judiciais, a promoção da ética e da integridade entre os servidores públicos e a implementação de politicas de transparência e prestação de contas”, assegurou.

Disse  que, para além  disso,  é crucial envolver a sociedade civil e os meios de comunicação na luta contra a corrupção, garantindo que haja uma vigilância constante e um debate público vigoroso sobre a temática.

Maria do Cêu Silva Monteiro disse que a justiça é indessociàvel dos direitos humanos, e que atua como a guardião desses direitos, assegurando que todas as pessoas, independentermente de sua raça, género, religião ou estatuto social, possam viver com dignidade e segurança.

Por isso, a ministra defenedeu a colocação da proteção dos diretos humanos no centro da politica e práticas judiciais.

A governante disse que a colaboração internacional é essencial para enfrentar esses fenóminos, de maneira eficaz e que o tráfico de drogas continua a ser uma das principais fontes de receitas para as organizações criminosas transnacionais.ANG/LPG/ÂC//SG

Justiça/Representante da ONUDC no país diz que   corrupção mina confianção pública nas instituições

Bissau, 27 Mai 24 (ANG) – A  representante da Organização das Nações Unidas para Combate a Droga (ONUDC) na Guiné-Bissau disse que a corrupção mina a confiança pública nas instituições e compromete a eficacia do sistema da justiça

Cristina Andrade falava na abertura dos trabalhos da primeira Conferência Internacional sobre a justiça que decorre sob o lema: “Justiça e os Desafios Contemporâneos”, que decorre em Bissau e durante três dias, destinado aos operadores judiciais.

Andrade admite que  a justiça, em todo mundo, enfrenta  obstáculos sem precedentes, por isso, diz  ser pertinente tornar o sistema de justiça “robusto e eficaz”.

Para a representante da ONUDC na Guiné-Bissau a conferência representa   um passo  em direção ao fortalecimento das instituições e à promoção e o reforço do Estado de Direito na Guiné-Bissau.

“A parceria da ONUDC neste evento, acontece no quadro de combate a droga e criminalidade. Com esta parceria, reafirmamos o compromisso de longa data com a Guiné-Bissau, na promoção e reforço do sistema de justiça criminal”, disse Cristina Andrade.

Destacou que  na Conferência serão abordados temas que considerou cruciais e que efectam a justiça criminal no contexto atual.

Afirmou que a corrupção, o tráfico de drogas, o crime organizado e o impacto de novas tecnologias na criminalidade são desafios que não respeitam fronteiras e que requerem uma abordagem coordenada e multifacetada, e que  exigem cada vez mais sinergia e cordenação entre os parceiros de desenvolvimento.

 “Um sistema de justiça eficaz e transparente promove a igualidade, protege os direitos humanos e fomente  confiança pública”, afirmou.

Cristina Andrade convidou a todos para refletirem sobre como se pode fortalecer as instituições de justiça na Guiné-Bissau, garantido que continuassem a servir como pilar de integridade, imparcialidade e esperança para todos os cidadãos.

A responsável reiterou o compromisso da ONUDC de continuar a apoiar os esforços da Guiné-Bissau na implementação da Agenda 2023  que reconhece que o Estado de Direito, os sistema de segurança e justiça eficaz, promoção de saúde e a prevenção do uso de drogas, são pilares fundamentais para o desenvolvimento sustentável.

A  Representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Alessandra Casazza  destacou os três temas que serão debatidos na Conferência, nomeadamente, a justiça e igualidade de género, as crianças e os sistemas de justiça e o acesso à justiça pelos cidadãos.

Disse que, a justiça e igualidade de género para a mulher é vista como caminho de aceleração da Agenda 2030.

.Em relação às crianças e o sistema de justiça, sustentou que há  países onde as crianças e jovens representam a maioria da população, em alguns casos até 50 por cento pelo que os seus direitos devem ser salvaguardados, sobretudo o direito a proteção.

Por isso, anunciou para próximos meses, o lançamento de um  novo projecto de Estado de direito e acesso à justiça, com  enfoque no acesso a justiça pelas comunidades, numa parceria com o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, apoiada pela  União Europeia.ANG/LPG/ÂC//SG

Obras públicas/Nova direção de AE-GB promete disciplinar as construções na cidade de Bissau

Bissau, 27 Mai 24 (ANG) – O presidente da  Associação dos Empreiteiros da Guiné-Bissau(AE-GB) promete   disciplinar as construções na cidade de Bissau.

Boaventura Gomes falava após a sua eleição no 2º Congresso Ordinário da organização, realizado no Domingo, em Bissau.

Aquele responsável criticou  que, hoje em dia, as construções não estão a seguir as regras, porque até os alfaiates estão a fazer construções sem o respeito as normas de urbanização.

Acrescentou  que, atualmente,   as obras são executadas sem inspeção, nem fiscalização na construção, porque “cada um faz o que entender”.

″Quando se faz obras de grande envergadura é uma obrigação  cumprir o que está no Caderno de Encargo, o que significa que quando se vai tocar na estrutura que é de betão  armado tens que classificar materiais com os quais  vais trabalhar e isentos de impurezas, limpos e bem tratados”, salientou.

Boaventura Gomes disse que a sua equipe vai trabalhar com o Governo como parceiro, através da Câmara Municipal de Bissau, na execução de obras públicas.  

A Associação de Empreiteiros da Guiné-Bissau(AE-GB) foi criada em 2006.

ANG/MI/ÂC//SG

Desporto/Federação de Luta realiza torneios nos setores de Mansoa e Bissorã para identificar novos talentos

Bissau, 27 Mai 24 (ANG) - A Federação de Luta da Guiné-Bissau (FLGB), realizou torneios para identificação de novos talentos em dois sectores da região de Oio, norte do país, concretamente em Mansoa e Bissorã.

A informação foi avançada pelo site Golo GB que cita a  agenda da Federação de Luta.

De acordo com o Golo GB, um especialista do departamento de Desenvolvimento da Luta para África está no país, à convite da FLGB, para realizar sessões de formação à técnicos da Federação e Professores da Educação Física de algumas escolas de Bissau que vão participar na última fase do torneio.

Segundo a agenda citada pelo Golo GB, a povoação de Sucuto, arredores da cidade de Mansoa, terra natal do “líder da medalha nacional”, Augusto Midana foi o palco ,no sábado(25), do primeiro evento que  juntou lutadores de  diferentes tabancas de Mansôa e  no domingo, os lutadores das tabancas de Bissorã concentraram-se em Laté, onde  igualmente, revelarem os seus talentos.

“Os trabalhos em curso visam encontrar talentos para os futuros compromissos, incluindo os Jogos Olímpicos da Juventude Dakar’2026, que vai juntar jovens com idade máxima de 17 anos”, refere o documento.

A FLGB tem dois atletas com presença garantida nos Jogos Olímpicos Paris’2024, neste caso, os campeões africanos (Diamantino Iuna Fafé de 57kg e Bacar Ndum de 74kg).

Desde os Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996 a esta parte, os atletas guineenses da modalidade de Luta Livre, sempre conseguiram apuramento direto às olimpíadas e é a Federação com mais troféus em representação da Guiné-Bissau.

ANG/AALS/ÂC//SG

Economia/Preços das moedas para segunda-feira, 27 de maio de 2024

MOEDA

COMPRAR

OFERTA

Euro

655.957

655.957

dólares americanos

601.000

608.000

Yen japonês

3.820

3.880

Libra esterlina

766.750

773.750

Franco suíço

657.750

663.750

Dólar canadense

439.000

446.000

Yuan chinês

82.500

84.250

Dirham dos Emirados Árabes Unidos

163.250

166.000

Fonte: BCEAO

Papua Nova Guiné/Mais de duas mil pessoas soterradas em deslizamento de terras

Bissau,, 27 mai 24 (ANG) - O governo de Papua Nova Guiné informou hoje que um deslizamento de terra soterrou mais de duas mil pessoas na sexta-feira e pediu formalmente ajuda internacional.


O número do governo é cerca de três vezes superior à estimativa das Nações Unidas, que era 670.

Numa carta ao coordenador residente das Nações Unidas, datada de domingo, o diretor interino do Centro Nacional de Desastres da nação insular do Pacífico Sul disse que o deslizamento de terra “enterrou mais de 2.000 pessoas vivas” e causou “grande destruição”.

As estimativas sobre o número de vítimas variaram muito desde a ocorrência do desastre e não ficou imediatamente claro como as autoridades chegaram ao número de pessoas afetadas.

O deslizamento de terra ocorreu na madrugada de sexta-feira, por volta das 03:00 (15:00 de quinta-feira em Lisboa), na província da Enga, no centro do país, apanhando os moradores da aldeia de Kaokalam de surpresa, segundo as autoridades locais.

Chuvas fortes caíram durante duas horas durante a noite na capital da província de Wabag, a 60 quilómetros da aldeia devastada.

O ministro da Defesa da Papua Nova Guiné, Billy Joseph, e o diretor do Centro Nacional de Desastres do governo, Laso Mana, voaram no domingo num helicóptero militar australiano da capital Port Moresby para Yambali, 600 quilómetros a noroeste, para fazer um levantamento das necessidades.

A Papua Nova Guiné é uma nação em desenvolvimento, composta sobretudo por agricultores de subsistência, com 800 idiomas. Existem poucas estradas fora das principais cidades.

Com 10 milhões de habitantes, é também a nação mais populosa do Pacífico Sul, depois da Austrália, que tem cerca de 27 milhões de habitantes.

ANG/Lusa

China/Seul, Tóquio e Pequim em concordância sobre "desnuclearização da península coreana"

Bissau, 27 Mai 24 (ANG) – Seul, Tóquio e Pequim concordaram hoje que a desnuclearização da Coreia do Norte e a manutenção da estabilidade na península coreana são do seu "interesse comum", afirmou hoje o primeiro-ministro japonês, durante uma cimeira trilateral em Seul.

"Mais uma vez, foi confirmado que a desnuclearização da Coreia do Norte e a estabilidade na península coreana são do interesse comum dos três países", afirmou Fumio Kishida.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, acrescentou que a questão é "uma responsabilidade e um interesse partilhado" pelos três países.

As declarações foram feitas após a nona Cimeira Trilateral entre China, Japão e Coreia do Sul. O primeiro encontro trilateral em mais de quatro anos é visto como um sinal positivo para aliviar as tensões no nordeste asiático.

Antes da reunião, Pyongyang informou a guarda costeira japonesa de que vai lançar o seu segundo satélite espião a partir do próximo domingo, o que viola as sanções da ONU.

De acordo com Seul, a Coreia do Norte está a receber ajuda de Moscovo na indústria espacial, em troca do fornecimento de armas às tropas russas na Ucrânia. Em novembro, Pyongyang colocou pela primeira vez em órbita um satélite espião.

Yoon e Kishida instaram Pyongyang a cancelar o lançamento, que, segundo Yoon, prejudicaria "a paz e a estabilidade regionais e mundiais" e exigiria uma reação "decisiva" da comunidade internacional.

"Reiteramos as nossas posições sobre a paz e a estabilidade na região e a desnuclearização da península coreana", escreveram os líderes numa declaração conjunta, afirmando que pretendem "prosseguir os esforços positivos para uma resolução política" da questão.

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, apelou "às partes envolvidas para que usem de contenção e evitem complicar ainda mais a situação", segundo a agência noticiosa oficial China News Agency.

A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Norte e um importante aliado diplomático. No passado, recusou-se a condenar os testes de armas de Pyongyang e criticou as manobras conjuntas de Washington e Seul. ANG/Lusa

Luanda/Angola sucede ao Ruanda no Comité da ONU para questões de segurança

Bissau, 27 Mai 24 (ANG) - Angola assumiu desde sexta-feira, em Luanda, a presidência do Comité Consultivo Permanente da Organização das Nações Unidas (ONU), órgão responsável pelas questões de Segurança na África Central.

Luanda já traçou metas e fala dos desafios que vão nortear os seis meses afrente da organização.

 A mudança da presidência da organização de Ruanda para Angola operou-se no âmbito da  57.ª Reunião Ministerial do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas de Segurança na África Central (UNSAC), encerrada, sexta-feira. em Luanda.

O ministro angolano das Relações Exteriores e o novo presidente do órgão, Téte António, falou dos esforços de Angola na promoção da paz e da reconciliação na região dos Grandes Lagos, sobretudo no leste da República Democrática do Congo (RDC).

O diplomata descreveu, também, os passos que o Presidente angolano, João Lourenço, tem dado no sentido de mediar as relações entre Kinshasa e Kigali, no âmbito do processo de Luanda, assegurando o compromisso de Angola continuar a contribuir para a paz e a estabilidade na África Central.

A República de Angola tem envidado esforço para procura de soluções pacíficas na região, em particular para pacificação no leste da RDC e o melhoramento das relações entre o Ruanda e a República Democrática do Congo. A República de Angola defende à coordenação entre actores e instituições engajadas. A advocacia é a favor da coordenação entre processo de Luanda e de Nairobi, no que diz respeito a República Democrática do Congo se inscreve neste âmbito”, disse ministro angolano das Relações Exteriores”, disse o ministro Téte António.

Durante cinco dias, a 57.ª Reunião Ministerial do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas de Segurança na África Central, numa das unidades hoteleiras de Luanda, sob o lema "Iniciativas de Mediação ao Nível Regional: Desafios e Oportunidades".

Constituem o Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas Encarregue pelas Questões de Segurança na África Central (UNSAC), Angola, Burundi, Gabão, Camarões, República do Congo, República Democrática do Congo (RDC), São Tomé e Príncipe, Ruanda, Chade, República Centro-Africana (RCA) e Guiné Equatorial.ANG/RFI

Rússia/Putin diz estar pronto para reatar conversações de paz com Ucrânia

Bissau, 27 Mai 24 (ANG) - O chefe de Estado russo, Vladimir Putin, declarou-se pronto a reatar as conversações de paz, mas baseadas no que considera ser o bom senso.

Em visita de Estado à BielorrússiaVladimir Putin declarou-se pronto a reatar as conversações de pazmas baseadas no que considera ser o bom senso. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Kiev, Dmitri Kuleba, considerou que estas declarações são uma manobra de diversão, com o objetivo deperturbar a Conferência Internacional de Paz sobre a Ucrâniamarcada para junho, na Suíça,

O exército russo que reivindicou  sábado,(25), a captura de uma nova aldeia no leste da Ucrânia, localizada perto da cidade de Ocheretyne, onde fez rápidos progressos nas últimas semanas. O Ministério russo da Defesa avançou que as Unidades do Grupo Central de Tropas libertaram a aldeia de Arkhangelské, como resultado de operações de combate bem-sucedidas.

A Rússia tem vindo a ganhar terreno no leste da Ucrânia há vários meses, após o fracasso da contra-ofensiva ucraniana no verão passado e a captura da cidade-fortaleza de Avdiivka, em Fevereiro.

Por seu lado, a Ucrânia diz que já conseguiu travar a ofensiva russa contra a região de Kharkiv e garantiu que está em curso um contra-ataque às tropas de Moscovo. Em visita a um dos locais bombardeados, Volodymyr Zelenskyy fez duras acusações à Rússia.

O Kremlin denuncia o uso de armas provenientes dos Estados Unidos e acrescenta que já há ataques constantes a solo russo. O chefe da diplomacia acusa Kiev de actuar fora da área de conflito.ANG/RFI

Cabo Verde/Senegal quer trabalhar com Cabo Verde no reforço da CEDEAO

Bissau, 27 Mai 24 (ANG) - O Presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, diz estar disponível para trabalhar com o homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves, para que juntos impeçam a fragilização da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.


O Presidente senegalês afirmou, numa breve visita à cidade da Praia, que o Senegal e Cabo Verde devem reforçar  relações bilaterais, sublimando que ambos os países sairão a ganhar.

Bassirou Diomaye Faye falou, nomeadamente, do sector dos transportes marítimos, turismo, energia e trocas comerciais.  

No plano diplomático destacou a importância da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental na integração africana.

O chefe de Estado do Senegal disse estar disponível para trabalhar com o homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves, no fortalecimento da CEDEAO.

“A CEDEAO não será forte se certos países deixarem a organização. É por isso que é importante instaurar o diálogo. E eu gostaria de dizer que estou disponível para trabalhar convosco para que, dentro da CEDEAO, possamos renovar o diálogo com os irmãos dos países da Aliança dos Estados do Sahel que tensionam deixar a CEDEAO. Estou muito feliz por ouvir o seu engajamento para trabalhar nessa perspectiva. Também estou muito feliz de ver que nós temos o mesmo ponto de vista sobre a necessidade de preservar a instituição, a comunidade, sobretudo de trabalharmos juntos para fazer da CEDEAO uma verdadeira comunidade dos povos”, disse.

Por seu lado, o Presidente de Cabo Verde, referiu-se à deslocação de Bassirou Diomaye Faye como “histórica e estratégica face à “possibilidade de reforço das relações entre os dois países, designadamente através de ligações marítimas”, depois dos avanços feitos através do transporte aéreo.

José Maria Neves disse ainda que existe da parte de Cabo Verde a vontade de “cooperarem e articularem” posições “tanto no quadro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental como da União Africana”, acrescentou.ANG/RFI

sexta-feira, 24 de maio de 2024


Justiça
/ Advogado de ativistas detidos diz acreditar que Juíz de Instrução criminal vai ordenar libertação imediata dos seus constituintes

Bissau, 24 Mai 24 (ANG) – O advogado dos nove ativistas detidos nas selas da segunda-esquadra em Bissau, Luís Vaz Martins diz acreditar que o Juíz de Instrução Criminal(JIC) vai ordenar a  libertação imediata dos seus constituintes, através de um Despacho que  será  emitido ainda hoje.

Vaz Martins falava à imprensa após uma audiência com o JIC ,sem os detidos,  e que envolveu o  representante do Ministério Público.

Lamentou o incumprimento da ordem do juiz por parte do Ministério do Interior, de apresentar os presos para audição no Tribunal Regional.

 “Como se constatou, o Ministério do Interior  voltou a não apresentar os detidos ao Tribunal para primeira audição, à pedido do JIC”, disse, acrescentando que  na audiência todos os intervenientes concordaram de que o JIC deve produzir um despacho que ordena a libertação imediata dos nove detidos.

Perguntado se o juíz  vai produzir o despacho ainda hoje, disse que sim, “até às 16 horas, o juíz vai emitir o despacho que ordena a libertação destes cidadãos”.

Questionado se acredita que o Ministério do Interior vai obdecer a decisão do JIC, Luís Vaz Martins  disse que sim e  sustentou que o juiz e os tribunais são soberanos, não têm superior hierarquico, e que decidem com base nas leis e  na consciência.

Acrescentou que caso contrário, será uma acumulação  de crime de desobediência qualificada, mas mesmo assim diz acreditar  que o juíz vai produzir o despacho para libertação, com carater de urgência, dos presos.

Em relação a  recusa do Ministério do Interior, disse que haverá consequências, porque o Ministério do Interior está perante um crime de desobediência qualificada, previsto no art, 191 do processo de Código Penal.

Para além disso, prometeu, após libertação dos detidos,requerer a responsabilização criminal do Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo  e  do ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé.

Luís Vaz Martins pondera  acionar mecanismos junto de instâncias internacionais para criminalização de todos os envolvidos no processo de “tortura” contra os detidos.

Momentos antes da audiência no Tribunal Regional de Bissau, as forças da ordem, para além de dispersar as pessoas que queriam assistir a chegada dos detidos tentaram impedir a continuidade dos protestos na Casa dos Direitos, sede da Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Na sequência  de uma marcha de protestos contra a atual situação social e politica  guineense, as forças da ordem prenderam cerca de 100 ativistas no sábado passado, tendo posto em liberdade a maioria na madrugada de segunda-feira, mantendo nove deles nas selas de Segunda Esquadra, em Bissau.

Por determinação do JIC, os nove deveriam ser presentes ao Tribunal na quinta-feira mas o Ministério do Interior adiou essa apresentação para esta sexta-feira,o que, sem explicações, segundo o advogado Luis Vaz Martins ,acabou, mais uma vez, por não acontecer .ANG/LPG//SG

 

               Sociedade/Fome severa ameaça população de  Guirondje

Por Salvador Gomes, da ANG

Bissau, 24 Mai 24 (ANG) -  A povoação de Guirondje, uma secção do sector de Mansabá, região de Oio, no Norte da Guiné-Bissau pode enfrentar fome severa, se nada for feito.


Alterações climáticas estão a ser sentidas nas produções  de arroz e nas   de caju. Muitas bolanhas onde se produziam arroz,já não rendem o que rendiam e a solução para essa insuficiência de alimento base das população guineenese tem sido o caju. Acontece que este ano, os pomares de caju se atrasaram na produção, para além de outras anomalias que apresentam: muitos pomares apresentam cajueiros a secar.

“No ano passado, à esta altura muitos de nós já tinham duas toneladas de caju. Este ano, até agora ninguém conseguiu mais de dois sacos(200 quilos)”, contou Braima Mané, um dos agricultores da comunidade de Guirondje.

No âmbito de uma formação de jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social nacional sobre “Abordagem das Questões Relativas às Mudanças Climáticas pela Midia”, os formandos realizaram, no passado dia  18 de Abril , uma visita de campo à população de Guirondje.                                                                                                                                           

Eram quase 11H00 mas as temperaturas ja rondavam os 38ºC. Respirava-se ar quente. Temperaturas que não se registavam tempos atrás, e  os camponeses de Guirondje dizem estar a secar as flores de caju. Quem diz caju diz manga. Via-se que alguns mangueiros não apresentam flores, quer dizer que não vão produzir este ano.

Com os pomares de caju a não renderem, impõe-se o problema de adaptação. Os camponeses de Guirondje falam em voltar a lavoura das bolanhas. A comunidade dispõe de bolanha de água doce onde tem sido praticada a agricultura tradicional, que depende de força física.

“A solução é voltar a lavoura nas bolanhas, mas utilizando máquinas, adubos e fertilizantes. As nossas mãos não são capazes de produzir o suficiente para a nossa subsistência”, disse Braima Mané reiterando que necessitam de apoios  em máquinas agrícolas, meios para irrigação das suas bolanhas, para assim poderem produzir nas épochas seca e chuvosa. Quer dizer que a capacidade de se criar resiliências depende de apoios externos.

Pessoas abordadas no âmbito dessa visita foram unânimes no reconhecimento de que muito mudou em termos de quantidade de chuva, nível de temperatura e áreas de cultivo.

Pouco falaram sobre a desmatação que tem sido prática corrente nas diferentes tabancas de agricultores.  Parte de responsabilidades pelas mudanças climáticas que ocorrem atualmente tem sido atribuída à desmatação de florestas, um rudi glope à capacidade de absorção de dióxido de carbono, e de oxigenação do meio ambiente.

A secção de Guirondje conta com mais de dois mil habitantes e a sua população tem a agricultura como principal meio de subssitência. O Imame local, Inussa Turé diz que a comunidade enfrenta muita dificuldade alimentar. Conta que   muitas bolanhas secaram e os pomares de caju que têm sido o recurso para o sustento familiar jão não rendem como dantes, ora por problemas de preço ora pela quantidade de produção.

O Governo fixou o preço mínimo de compra  de caju junto ao produtor em 300fcfa, o quilo,mas  em Abril o caju era comprado no local a 200fcfa, o quilo.

A época chuvosa inicia normalmente em Maio. Se o tempo cumprir o que tem sido o habitual – começar a chover em Maio, receia-se que muitos pomares em florestação ficarão distruídas, e por conseguinte, não terão qualquer produção. Au longo do trajeto Mansoa-Farim vê-se que muitos pomares ainda se encontravam na fase de florestação, portanto sem caju.

A Guiné-Bissau se situa nas zonas de maiores  prejuízos económicos resultantes de mudanças climáticas,  em África.

Em Guirondje são as mulheres que estão na linha de frente quanto as atividades de mitigação ou tentativas de mitigação dos efeitos das alterações climáticas. Mudaram das bolanhas para campos de hortaliças, mas a produção deixa muito a desejar, devido à dificuldades de falta de água para regar as plantações de couve, cenoura, pepino, quiabo e outras. SG