sexta-feira, 8 de agosto de 2025

 Angola/ Um grupo de cidadãos  exige “destituição imediata” do Presidente da República

Bissau, 08 Ago 25 (ANG) - Um grupo de cidadãos angolanos exige, em petição pública, a “destituição imediata” do Presidente da República, João Lourenço.

Acusa o chefe de Estado de “repressão, autoritarismo, violações sistemáticas dos direitos humanos e execuções sumárias”.

A iniciativa é coordenada pelo Movimento Cívico Mudei e visa exigir a destituição imediata do Presidente angolano, justificando a exigência com os princípios constitucionais que asseguram o direito à vida, dignidade da pessoa, liberdade de manifestação, reunião, expressão, informação e protecção contra a tortura e tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

Consideram os signatários do documento que cidadãos como Juliana Cafrique, vendedora ambulante morta a tiro por um agente da polícia em 2019, o médico Sílvio Dala, que morreu em 2020 numa esquadra policial onde estava detido por não usar máscara facial, o estudante Inocêncio de Matos, morto em 2020 durante uma manifestação reprimida pela polícia, e outros anónimos que perderam a vida em circunstâncias que “revelam o uso abusivo da força e a banalização da vida humana”.

Apontam igualmente os protestos dos dias 28, 29 e 30 de Julho, na sequência da greve convocada pelos taxistas em Luanda e no interior de Angola. Os protestos resultaram em “repressões violentas, assassínios e actos de tortura cometidos por agentes do Estado”.

De acordo com o relatório policial, pelo menos 30 pessoas morreram, incluindo um agente da polícia, mais de 200 ficaram feridas e mais de 1.200 foram detidas, na sequência dos últimos tumultos.

Em declarações registadas pela agência Lusa, Luaty Beirão, membro do Movimento Cívico Mudei e um dos subscritores da petição, fala no recurso a uma ferramenta democrática num país “profundamente antidemocrático” que visa exigira demissão do ocupante do cargo de titular de Presidente da República, que nunca foi (...) e que falhou e falha todos os dias e viola Constituição.” ANG/RFI

    Médio Oriente/ Plano de Israel de ocupar Gaza gera rejeição

Bissau, 08 Ago 25 (ANG) - Uma grande maioria de países ocidentais, sobretudo europeus, a União Europeia (UE) e as Nações Unidas expressaram hoje rejeição ao plano de Israel de ocupar a cidade de Gaza e deslocar os seus habitantes.

Entre esses Estados e organizações figuram Portugal, Alemanha, Bélgica, Espanha, Reino Unido, Países Baixos, Turquia, Austrália, a Comissão Europeia e a ONU, bem como a Arábia Saudita.

O Governo português afirmou-se hoje "profundamente preocupado" com a decisão israelita e pediu a suspensão desse plano e a aplicação de um cessar-fogo.

"O Governo português está profundamente preocupado com o novo plano do Governo de Israel de ocupação de Gaza", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), num comunicado divulgado na rede social X.

 

O chanceler alemão, Friedrich Merz, afirmou que esse plano não esclarece como Israel pretende alcançar os objetivos de desarmar o Hamas, conseguir a libertação dos reféns e iniciar rapidamente negociações para um cessar-fogo.

Merz acrescentou que, "nestas circunstâncias, o governo federal não aprovará, até novo aviso, qualquer exportação de material militar que possa ser utilizado na Faixa de Gaza", o que constitui uma decisão sem precedentes para a Alemanha, um dos parceiros europeus mais reticentes em criticar o governo israelita.

 

A Alemanha anunciou que vai suspender a exportação de armas para as forças militares de Israel, sob o risco de estas serem utilizadas na Faixa de Gaza.

Em linha com esta posição, o governo neerlandês também classificou como "um passo errado" o plano militar israelita, considerando que "não contribui de forma alguma" para melhorar a tragédia humanitária no enclave e advertiu que "Gaza pertence aos palestinianos".

Os Países Baixos, tal como a Alemanha, também cancelaram hoje as entregas navais a Israel devido ao "risco de utilização" contra Gaza.

 

O governo dos Países Baixos revogou três licenças que tinha concedido para a exportação de peças de navios militares para Israel devido ao "risco de utilização final não intencional" em bombardeamentos israelitas de Gaza, foi hoje anunciado.

Outro dos países que se mostrou mais contundente na resposta foi a Bélgica, cujo ministro dos Negócios Estrangeiros, Maxime Prévot, convocou hoje a embaixadora de Israel em Bruxelas, Idit Rosenzweig-Abu, para defender "energicamente que se recue nestas intenções".

 

O governo belga convocou hoje a embaixadora israelita em Bruxelas para exigir que Israel "volte atrás" no plano de ocupar a cidade de Gaza, acusando Telavive de "continuar a colonização".

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, por sua vez, condenou "firmemente" a decisão de Israel que "só provocaria mais destruição e sofrimento" em Gaza e sublinhou que insta a um cessar-fogo permanente, à entrada maciça de ajuda humanitária no enclave e à libertação de todos os reféns que o Hamas mantém em seu poder.

O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, condenou hoje firmemente a decisão do governo israelita de ocupar a cidade de Gaza, sublinhando que a medida só irá causar "mais destruição e sofrimento".

Por sua vez, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que em julho anunciou que o Reino Unido reconhecerá o Estado da Palestina na ONU se Israel não avançar na ampliação do cessar-fogo, considerou hoje "errada" a decisão e instou o executivo israelita a "reconsiderar imediatamente" a medida.

"Esta ação não contribuirá em nada para pôr fim a este conflito nem para garantir a libertação dos reféns. Apenas provocará mais derramamento de sangue", advertiu Starmer, num comunicado.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, considerou "errada" a decisão de Israel ocupar a Cidade de Gaza e instou o governo israelita a "reconsiderar imediatamente" a medida aprovada esta manhã.

Na mesma linha, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu ao governo israelita que "reconsidere" o plano militar e insistiu na libertação de todos os reféns e no "acesso imediato e sem obstáculos" à ajuda humanitária.

 

O Governo turco condenou hoje sem reservas a operação anunciada na quinta-feira à noite pelo primeiro-ministro israelita de ocupar a cidade de Gaza.

O governo da Austrália, num comunicado, também alertou que a decisão de Israel agravará a "catástrofe humanitária", com a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Penny Wong, a reiterar que "uma solução de dois Estados é a única maneira de garantir uma paz duradoura".

Também a Arábia Saudita criticou hoje o plano israelita de tomar o controlo da cidade de Gaza e acusou Israel de provocar "fome e uma limpeza étnica" no território palestiniano.

 

De acordo com o plano do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a operação para tomar o controlo de Gaza contempla várias fases, a primeira das quais inclui a retirada da população da capital do enclave antes de 07 de outubro, dois anos após o ataque do Hamas.

Israel pretende, depois, estender o controlo militar a toda a Faixa de Gaza e impor um governo de transição árabe onde nem o Hamas nem a Autoridade Nacional Palestina (ANP) estejam representados.ANG/Lusa

 

 Bélgica/Costa alerta Israel para consequências com a UE de ocupar cidade de Gaza

Bissau, 08 Ago  25 (ANG) - O presidente do Conselho Europeu, António Costa, exortou hoje Israel a voltar atrás na decisão de ocupar a cidade de Gaza, advertindo que "tem de haver consequências" nas relações com a União Europeia se Telavive o fizer.

"Tem de haver consequências para as relações entre a União Europeia e Israel se avançar esta decisão", escreveu António Costa nas redes sociais.

O presidente do Conselho Europeu e ex-primeiro-ministro de Portugal pediu a Israel para "reconsiderar a decisão de apoderar-se" a cidade de Gaza.

"Esta operação - em simultâneo com a anexação ilegal e expansão dos colonatos na Cisjordânia, a destruição de Gaza, o bloqueio à ajuda humanitária e o alastramento da fome - não só viola o acordo estabelecido em 19 de julho com a União Europeia [...], como também subverte os princípios fundamentais da lei internacional e dos valores universais", acrescentou.

O gabinete de segurança de Israel aprovou uma proposta do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para a ocupação militar da cidade de Gaza, no norte do enclave.

O plano foi de imediato criticado por familiares de reféns israelitas, pela Autoridade Nacional Palestiniana e por vários governos.

Trata-se de uma nova fase da guerra em curso na Faixa de Gaza desencadeada pelo ataque em Israel do grupo extremista Hamas de 07 de outubro de 2023, com um balanço de dezenas de milhares de mortos e acusações de genocídio contra o Governo de Benjamin Netanyahu.ANG/Lusa

 China/Xi Jinping encoraja Putin a melhorar relações com Estados Unidos

Bissau, 08 Ago 25 (ANG) - O presidente chinês, Xi Jinping, encorajou hoje ao telefone o homólogo russo, Vladimir Putin, a melhorar as relações com Washington para solucionar a crise na Ucrânia, noticiou a televisão estatal chinesa CCTV.

"China gostaria que a Rússia e os Estados Unidos mantivessem contactos, melhorassem as relações e promovessem uma solução política para a crise na Ucrânia", disse Xi a Putin, segundo a CCTV, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A televisão chinesa referiu que a conversa telefónica partiu da iniciativa de Putin, segundo a agência russa Ria Novosti.

As agências russas noticiaram o contacto telefónico entre os dois líderes, mas sem qualquer informação por parte de Moscovo, usando como fonte a CCTV.

"Os líderes dos dois países apreciaram muito o elevado nível de confiança política e de cooperação estratégica entre a China e a Rússia", escreveu a agência TASS.

Xi e Putin concordaram "em fazer avançar conjuntamente as relações entre os dois países para um maior desenvolvimento", acrescentou, citando a CCTV.

Em relação à Ucrânia, Xi afirmou que não existem soluções simples para questões complexas e que a China continuará a promover a paz e as negociações, de acordo com a mesma fonte citada pela Ria Novosti.

Putin também manteve hoje conversações telefónicas com os presidentes do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, e do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev, com quem falou sobre a reunião com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, acrescentou a Ria Novosti.

Após a reunião com Witkoff na quarta-feira, a Rússia anunciou que Moscovo e Washington tinham concordado na realização de um encontro nos próximos dias entre Putin e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Putin admitiu mais tarde que a reunião poderá realizar-se nos Emirados Árabes Unidos.

A audiência a Witkoff ocorreu dois dias antes de terminar um ultimato que Trump tinha dado a Putin para suspender os ataques contra a Ucrânia, sob pena de enfrentar sanções duras dos Estados Unidos.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, mergulhando a Europa naquela que é considerada a mais grave crise de segurança desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

O conflito causou dezenas de milhares de mortos, segundo várias fontes, mas o número exato de vítimas é desconhecido. ANG/Lusa

 

 Diplomacia/Brasil convoca diplomata dos EUA após "clara ingerência"

Bissau, 08 Ago 25 (ANG) - Um diplomata norte-americano foi hoje convocado pelo Brasil após textos considerados "inaceitáveis" e de "clara ingerência" na sequência de ataques ao juiz Alexandre de Moraes e restantes membros do Supremo Tribunal Federal, disse à Lusa fonte diplomática.


"embaixador Goldman, secretário interino de Europa e América do Norte, recebeu hoje o encarregado de negócios dos EUA", detalhou à Lusa a mesma fonte.

Nesta ocasião, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil "manifestou a profunda indignação do Governo brasileiro com o tom e com o conteúdo" das mensagens partilhadas nas redes sociais "do Departamento de Estado e da embaixada, com clara ingerência em assuntos internos e ameaças inaceitáveis a autoridades brasileiras".

Em causa está a partilha de uma mensagem, no qual a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília ataca o juiz Alexandre de Moraes, relator contra ex-Presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado.

"Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Suas flagrantes violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo Presidente Trump", lê-se.

O Governo norte-americano vai mais longe e atacou todo o judiciário brasileiro.

"Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorizando a situação de perto", ameaçaram as autoridades norte-americanas.

Alexandre de Moraes decretou na segunda-feira prisão domiciliária a Jair Bolsonaro por incumprimento de medidas cautelares impostas no processo de tentativa de golpe de Estado, como a utilização de redes sociais, e já garantiu que vai "ignorar as sanções" impostas pelos Estados Unidos.

Na semana passada, no mesmo dia em que foram anunciadas as tarifas, os Estados Unidos impuseram mais sanções ao juiz do Supremo Tribunal Federal do Brasil Alexandre de Moraes.ANG/Lusa

 

 Regiões/Presidente da Cruz Vermelha recomenda aplicação de novas técnicas de prevenção de catástrofes naturais aos voluntários de Gabu

Gabu, 08 Ago 25 (ANG)- O Presidente da Cruz Vermelha Nacional recomendou quinta-feira aos seus voluntários da região de Gabu  a aplicação de  novas técnicas de sensibilização sobre prevenção de riscos à catástrofes naturais naquela zona Leste do país.

Daniel Vieira falava  no enceramento do seminário de capacitação de 20 voluntários da Cruz Vermelha na região de Gabu, sobre  riscos, primeiro socorro e ventos fortes.

Daniel Vieira lembrou da assistência técnica e apoio financeiro que Cruz Vermelha Nacional deu às vítimas da recente trovoada verificada em Gabu.

Disse que  a Região de Gabu  é uma zona de riscos, uma vez que no decorrer deste ano foi abalada por três catástrofes e todos tiveram uma intervenção de apoio da sua organização .

“ Gabu é uma região de riscos por ter se deparado recentemente com situações de  trovoadas que destruiram  mais de 100 casas,para além de  inundações e incêndios. Perante  todas essas situações a Cruz Vermelha  esteve presente  com apoios do Fundo Monetário de Emergência”, disse Daniel..

A Cruz vermelha da Guine-Bissau foi criada em Dezembro de 1977, com a missão de aliviar o sofrimento humano, tem presença  em todas as regiões administrativas e 54  Comités locais de todo o país. ANG/SS/AALS//SG

                                                                                                                             

   Regiões/RENAJ organiza 19ª Edição da Escola Nacional de Voluntariado

Cacheu, 08 Ago 25 (ANG) - A Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), vai organizar de 10 á 25 do mês em curso, em Canchungo, região de Cacheu, norte da Guiné-Bissau, a 19ª Edição da Escola Nacional de Voluntariado de juventude sob o lema " Juventude Participação Cívica e Democrática, que País Almejamos no Horizonte 2025 à 2030".

A informação foi avançada esta sexta-feira ao Correspondente da ANG na região de Cacheu pelo Presidente da Comissão Organizadora deste evento para o setor de Canchungo,  Braima Baldé .

Acrescentou  que estão a divulgar  informações e a sensebilizar  os citadinos da cidade sobre a realização do que diz ser o maior evento da juventude guineense em Canchungo, nos lugares públicos.

Baldé explicou que a participação é paga no valor de 12 mil fcfa, mas que os jovens locais pagam apenas seis mil fcfa, e têm o direitoa 20 vagas. ANG/AG/MSC//SG

 

 Politica/ Umaro Sissoco Embaló anuncia recandidatura independente ao cargo de Presidente da República

Bissau, 08 Ago 25 (ANG) – O chefe de Estado,Umaro Sissoco Embaló declarou hoje que vai concorrer como candidato independente as presidenciais de 23 de Novembro próximo.


A declaração foi feita  na cerimónia de posse do novo primeiro-ministro, Braima Camará.

Sissoco Embaló admite possibilidades de receber apoio de todos os partidos políticos, associações e movimentos juvenis.

O novo primeiro-ministro, segundo o PR , deve presidir o primeiro Conselho de Ministros já na segunda-feira, e empenhar-se na organização das eleições Presidenciais e Legislativas de 23  de Novembro.

Umaro Sissoco afirmou que Rui Duarte Barros, primeiro-ministro demitido,  deixa muitas saudades, porque conseguiu separar os poderes, interpretando muito bem a função de primeiro- ministro, o que, diz Sissoco Embaló, terá contribuído  para que haja uma boa relação entre o Governo e a Presidência  da República.

“Distinguir o ex-primeiro-ministro com medalha Nacional de Colinas de Boé é a forma de recompensá-lo pelo seu desempenho, e acreditando que o atual vai trabalhar para conquistar a mesma distinção”, disse o Presidente da República.

Umaro Sissoco Embalo lamentou o posicionamento de alguns políticos, relativamente a certas medidas que tomou, ao apelar ao chefe de Estado-maior General das Forças Armadas para assumir as suas responsabilidades nas questões que são do Forúm político.

Por outro lado, o Presidente da República prometeu apoiar a Engenharia militar com meios materiais para que possam participar nos concursos de construção e de requalificação das estradas nacionais.

Em declarações à imprensa, o novo Primeiro-ministro,  Braima Camará, após ter assinado o termo de posse, disse que assumiu a função com uma  missão clara de  organizar as eleições gerais.

Acrescentou  cintando as informações recebidas do ex- primeiro-ministro, que as condições para o efeito estão criadas em quase 99 por cento, por isso prometeu trabalhar para cumprir o calendário estabelecido, através do Decreto Presidencial.

Camará sublinhou  que, para além das eleições constituírem a prioridade do Presidente da República, enquanto primeiro-ministro, vai assumir os sectores sociais como sua prioridade para os próximos tempos .

“Estarei próximo do povo, sobretudo no sector de educação, juntamente com os professores e alunos para que novo ano letivo possa iniciar com normalidade. Assim como no sector da saúde”, prometeu  Camará.

Perguntado sobre as suas afirmações públicas, segundo as quais não  assumiria as funções de primeiro-ministro se o seu partido não ganhar as eleições, disse que vai desempenhar o cargo com consciência tranquila porque o país precisa dele.

“ O presidente da República confiou em mim, estamos aqui como patriotas. Hoje temos um país diferente, com novos atores e circunstâncias diferentes, qualquer homem deve adaptar-se às mudanças, quer elas estrutural quere conjuntural”, defendeu. ANG/LPG//SG

 

                                       

 

 

Regiões /Jovem encapuzado viola sexualmente menina de 14 anos em Fulacunda Sul da Guiné-Bissau

Fulacunda 08 Ago 25 (ANG) – Uma criança de 14 anos de idade foi violada sexualmente por um jovem  “encapuzado” de aparentemente 25 anos, na Tabanca de N’Bam, seção de Braia, setor de Fulacunda, região de Quinara, sul do país.

A informação foi avançada pelo Capital News esta quinta-feira, consultada hoje pela ANG,  que cita o irmão mais velho da vítima.

De acordo com informações apuradas junto das autoridades locais, a vítima está fora de perigo neste momento, após ter sido assistida no centro de saúde de Fulacunda. O caso é de conhecimento da Guarda Nacional do Setor, que está a realizar  buscas ao  suspeito.

Uma testemunha que não se identificou confirmou que atos de género são  frequentes naquela seção.

A mesma testemunha apela as autoridades policiais para porem cobro à essa prática naquela localidade.

O suspeito ainda esta à monte , segundo a Capital News .e  a Direção da Liga Guineense dos Direitos Humanos de Quinara prometeu pronunciar-se sobre o assunto nos próximos dias. ANG/MSC//SG

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Direitos Humanos /University Network for Human Rights considera de ilegal a exploração da Areia Pesada em Varela

Bissau, 07 Ago 25 (ANG) – A rede das universidades dos Direitos Humanos University Network for Human Rights(UNHR) sigla em inglés, entidade que engloba ativistas da Guiné-Bissau,Brasil e Estados Unidos de América considera que existem violações de procedimentos no caso de exploração da Areia Pesada de Varela, norte da Guiné-Bissau.


A organização admite, inclusive, que a ação pode ser considerada uma “violação dos direitos humanos”.

A informação foi avançada esta quinta-feira,pelo  representante UNHR no país, Carlos Pereira, na  apresentação do Relatório intitulado  “O Desenrolar de uma Crise de Direitos Humanos: a Extração de Areias Pesadas e o Impacto nos Direitos Humanos e Ambientais em Varela,Guiné-Bissau”,.

Pereira referiu que a situação teve implicações maiores quando um grupo de pessoas invadiu o local de extração da areia  incendiando as máquinas e outros materias de trabalho, o que culminou na detenção de pessoas, inclusive elementos da população  alheios àquela ação .

O ativista salientou que o relatório será entregue às entidades nacionais e internacionais com o objectivo de fazer o Estado guineense voltar  atrás e cumprir  todos os procedimentos normais , respeitando  o direito das comunidades locais .

Carlos Pereira disse que os trabalhos no terreno que possibilitaram a produção do relatório apresentado foram feitos por ativistas das  Redes das Universidades dos Direitos Humanos (UNHR)de Estados Unidos ,da Justiça Global do Brasil e Ativistas dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau .

O relatório salienta  que, no passado, foram prometidos às populações  de Varela que a extração traria benefícios para as comunidades locais ,o que não veio a acontecer, e os habitantes de Varela se queixam da falta de postos de saúde ,farmácias ,escolas,água potável ,,eletricidade ,saneamento ,estradas e transportes suficientes e adequadas. ANG/MSC//SG

 Saúde/Plan Internacional oferece gerador de 50 KVA  ao Hospital Regional de Bafatá

Bissau, 07 Ago 25 (ANG)- O Hospital Regional de Bafatá conta, a partir desta quarta-feira, com um novo gerador de 50 KVA, doado pela Plan International  Guiné-Bissau.

Segundo a  Rádio Sol Mansi, a entrega do referido equipamento satisfaz  um pedido urgente da Direção Regional de Saúde de Bafatá feito a organização.

Na cerimónia de entrega do gerador, o Diretor do Hospital Regional de Bafatá, N'dafa Binalo manifestou a sua satisfação  por beneficiar deste equipamento graças ao pedido que fizeram na sequência das dificuldades que  enfrentaram desde que o incêndio destruiu o  gerador que garantia luz elétrica ao hospital, há cerca de quatro meses.

"Tivemos de operar durante esse período sem uma fonte própria de energia, o que comprometeu seriamente o funcionamento de equipamentos essenciais, especialmente os bioquímicos. Este novo gerador vai permitir-nos restaurar a normalidade e garantir melhores condições para os nossos serviços”, disse aquele responsável.

N'dafa Binalo sublinhou que a manutenção do gerador obedecerá às recomendações técnicas, assegurando a sua durabilidade e bom funcionamento.

“Devido à crise energética, o hospital era forçado a recorrer ao fornecimento externo, pagando mensalmente cerca de dois milhões e quinhentos mil francos CFA à empresa privada responsável pela distribuição de energia na cidade de Bafatá”, informou.  ANG/AALS//SG

China /Embaixada em Bissau assinala  80º aniversário da vitória na guerra de resistência  contra  agressão japonesa

Bissau, 07 Ago 25 (ANG) - O Embaixador da China na Guiné-Bissau, Yang Renhuo, presidiu, quarta-feira, as celebrações  do 80º aniversário da vitória na guerra de resistência do povo chinês contra a agressão japonesa e a “guerra antifascista mundial”.

Yang Renhuo destacou o papel do Partido Comunista da China nesta guerra, criticando as ações  de algumas forças internacionais que acusa de  distorção da história da guerra de resistência contra a agressão japonesa e os danos causados pelas forças separatistas da "independência de Taiwan" à ordem internacional pós-guerra.

Renhuo declarou que a China irá trabalhar com todos os países para defender firmemente os resultados da vitória da II Guerra Mundial e a justiça , a imparcialidade internacional, seguir o caminho de desenvolvimento pacífico, promover a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, de paz e  desenvolvimento mundial.

O Ministro dos Combatentes da Liberdade da Pátria da Guiné-Bissau, Aly Hijazi afirmou que a vitória na guera de resistència do povo chinês contra a agressão japonesa e na Guerra Mundial Antifacista foi marcada por intensa violência e atrocidades e terminou com a rendição do Japão aos Aliados em 1945.

Acrescentou que  essa vitoria permitiu a  recuperação dos territórios ocupados pelos japoneses. Por isso, disse que é justo a lembrança desses 80 anos da guerra nacional contra Japão.

Aly Hijazi afirmou que a revolução chinesa foi um sucesso revolucionário que culminou com a vitória do Partido Comunista Chinês e na proclamação da República Popular da China, em 1949, marcando o fim de um longo período de conflitos internos e externos.

“A diplomácia da China hoje em dia tem a marca de paz , ao promover o Diálogo Global entre as Civilizações, um processo continuo e fundamental para a construção de um mundo mais justo, pacífico, próspero. Ao promover a compreensão mútua e cooperação, podemos superar divisões, construir pontes e criar um futuro melhor para todos”,disse o ministro dos Combatentes.

A iniciativa Cinturão e Rota, proposto pelo Secretário Geral do Comité Central do Partido Comunista da China desde do seu 18, segundo Aly Hijazi,  serve como  plataforma para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

“A China representa a esperança para a humanidade, pelo facto de os seus dirigentes estarem empenhados na construção de uma cidade plena, onde podemos caber todos, permitindo evitar muros de desconfiança e construir pontes de entendimento e cooperação com todos os povos”, disse o governante.

Cerca de 150 convidados marcaram presença no evento, incluindo  o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, General Biaguê Na N’Tan, e representantes do corpo diplomático.ANG/LPG//SG

 

Suíça/Negociações para tratado sobre plásticos bloqueadas: "Diálogo de surdos"

Bissau, 07 Ago 25 (ANG) - As negociações em Genebra para estabelecer o primeiro tratado mundial de combate à poluição plástica estão bloqueadas por países petrolíferos, que se recusam a aceitar qualquer restrição à produção de plástico virgem, segundo fontes ouvidas pela AFP.


"Estamos num diálogo de surdos, com muito poucas pistas para chegar a um acordo" ou fazer progressos nas negociações, disse uma fonte diplomática de um país da chamada "coligação ambiciosa", que deseja impor no texto objetivos de redução da produção.

Do outro lado, um grupo de países essencialmente petrolíferos opõe-se firmemente a tal.

Este projeto de tratado "juridicamente vinculativo" destina-se a permitir a regulação a nível mundial da produção, do consumo e do fim de vida do plástico, numa altura em que, todos os anos, 22 milhões de toneladas de resíduos plásticos são lançados no ambiente, envenenando os solos, os oceanos e a biodiversidade, e penetrando até nos tecidos humanos.

Cerca de 184 dos 193 países da ONU participam nesta nova ronda de negociações, decidida após o fracasso da última sessão no final de 2024 em Busan, na Coreia do Sul.

"As posições estão a cristalizar-se", confirmou à AFP outra fonte, observador da sociedade civil que assistiu a várias sessões de negociação à porta fechada.

Os documentos apresentados pelas delegações mostram que a Arábia Saudita, os países árabes, a Rússia e o Irão, que dizem "partilhar as mesmas ideias" num grupo denominado "like minded", recusam qualquer medida vinculativa sobre a produção.

Uma posição que é defendida com veemência desde Busan. Estes países desejam que o tratado não abranja a origem petrolífera do plástico, para se concentrar apenas na fase a jusante, quando se torna resíduo (financiamento da recolha, triagem e reciclagem, nomeadamente, nos países em desenvolvimento), enquanto a resolução inicial para começar as negociações incide sobre "todo o ciclo de vida" do plástico.

Se o texto deve refletir apenas uma ajuda aos países em desenvolvimento para que eles gerenciem melhor seus resíduos, "não precisamos de um tratado internacional para fazer isso", avaliou uma fonte diplomática, acrescentando: "estamos num impasse com países dispostos a não ter nenhum tratado".

Também não há consenso sobre outro ponto delicado, o artigo 3.º do futuro tratado: o estabelecimento de uma lista de substâncias químicas consideradas potencialmente perigosas para o ambiente ou a saúde humana: aditivos, corantes, poluentes ditos "eternos" (PFAS), ou ftalatos, à qual os industriais da química também declararam a sua oposição.

"Alguns não querem nenhuma lista, ou então que cada país possa fazer a sua própria lista de produtos perigosos, o que já pode ser feito sem necessidade de um tratado internacional", observou a mesma fonte, que se disse surpreendida "com a falta de abertura da China".

A China é o maior produtor mundial de plástico, fabricando sozinha 34% dos quatro polímeros mais comuns. Sete países, liderados pela China, Estados Unidos e Arábia Saudita, produziram dois terços (66%) dos quatro tipos de plásticos mais comuns no mundo: polietileno (PE), polipropileno (PP), tereftalato de polietileno (PET), das garrafas de água, e poliestireno (PS).

Depois dos 34% da produção da China seguem-se os 13% dos Estados Unidos e Arábia Saudita. O único país europeu no ranking dos dez principais produtores, a Alemanha, produz 2% desses quatro plásticos.ANG/Lusa

  

Bélgica/Legislação para liberdade dos media na UE entra em vigor na 6.ª-feira

Bissau, 07 Ago 25 (ANG) - A legislação europeia para a Liberdade dos Meios de Comunicação Social entra plenamente em vigor na sexta-feira, com novas regras para melhor proteger os jornalistas, as suas fontes e a liberdade de imprensa na era digital.


Em fevereiro de 2024, o Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia (UE) adotaram a proposta do executivo comunitário, estabelecendo novas regras para proteger a liberdade dos meios de comunicação social, bem como a independência dos jornalistas nos 27 Estados-membros.

O regulamento entrou progressivamente em vigor nos países da UE desde maio de 2024, enquanto as suas principais disposições começam a ser aplicadas a partir desta sexta-feira, 08 de agosto.

A legislação da UE aumenta a transparência da propriedade dos meios de comunicação social e da atribuição de publicidade estatal, reforça a independência dos meios de comunicação social públicos e garante uma proteção sólida aos jornalistas e às suas fontes.

A legislação da UE aumenta a transparência da propriedade dos meios de comunicação social e da atribuição de publicidade estatal, reforça a independência dos meios de comunicação social públicos e garante uma proteção sólida aos jornalistas e às suas fontes.

Para garantir a visibilidade e o pluralismo, as plataformas digitais devem abster-se de eliminar ou restringir arbitrariamente os conteúdos dos meios de comunicação social independentes.

As autoridades estão proibidas de pressionar jornalistas e editores a revelar as suas fontes, nomeadamente através da sua detenção, de sanções, de buscas nos escritórios ou da instalação de 'software' de vigilância intrusivo nos seus dispositivos eletrónicos.

Para impedir que os meios de comunicação social públicos sejam utilizados para fins políticos, os seus dirigentes e membros do Conselho de Administração devem ser selecionados através de procedimentos transparentes e não discriminatórios, para mandatos suficientemente longos, não sendo possível demiti-los antes do termo do seu contrato, a menos que deixem de satisfazer os critérios profissionais.

Os meios de comunicação social públicos terão de ser financiados através de procedimentos claros e objetivos e o financiamento deve ser sustentável e previsível.

Para que o público possa saber quem controla os media e que interesses podem influenciar a informação, todos os órgãos noticiosos e de atualidade, independentemente da sua dimensão, terão de publicar informações sobre os seus proprietários numa base de dados nacional, incluindo se forem propriedade direta ou indireta do Estado.

Para garantir a visibilidade e o pluralismo, as plataformas digitais devem abster-se de eliminar ou restringir arbitrariamente os conteúdos dos meios de comunicação social independentes, tendo sido criado um mecanismo para evitar que as plataformas 'online' de muito grande dimensão, como o Facebook, o X ou o Instagram, restrinjam ou eliminem arbitrariamente conteúdos independentes dos meios de comunicação social.

As plataformas terão, em primeiro lugar, de distinguir os media independentes de fontes não independentes.

Os meios de comunicação social serão notificados da intenção da plataforma de eliminar ou restringir o seu conteúdo e terão 24 horas para responder.

Só após a resposta, ou a ausência dela, é que a plataforma pode eliminar ou restringir o conteúdo, se este continuar a não cumprir as suas condições.ANG/Lusa

 

Rússia/Encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin agendado para os próximos dias

 

Bissau, 07 Ago 25 (ANG) - A Rússia anunciou, esta quinta-feira,  que está previsto um encontro bilateral entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente russo, Vladimir Putin, para os próximos dias.


O Kremlin afirmou que os preparativos para a cimeira estão em curso.

O encontro entre os Presidentes norte-americano e russo deve realizar-se na próxima semana, anunciou o Kremlin. Moscovo não deu resposta à proposta dos Estados Unidos para realizar um encontro tripartido, envolvendo, além de Donald Trump e Vladimir Putin, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. A Rússia não considerou esta opção de forma concreta.

O último encontro formal entre líderes russos e americanos aconteceu em Junho de 2021, quando o Presidente Joe Biden se reuniu com Vladimir Putin em Genebra, na Suíça. Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em Fevereiro de 2022, os canais diplomáticos entre os dois países ficaram fragilizados. No entanto, com o regresso de Donald Trump ao palco político em Janeiro, o diálogo com Moscovo foi retomado, através de várias conversas telefónicas entre os dois líderes.

Esta iniciativa diplomática acontece depois de a visita do enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, a Moscovo. O emissário norte-americano teve encontros com representantes do Kremlin, o que levou Trump a afirmar que existia uma "boa oportunidade" de que um encontro entre ele e Putin se realizasse em breve, sem especificar a data ou o local.

Por outro lado, Volodymyr Zelensky tem manifestado, várias vezes, o desejo de se reunir pessoalmente com Vladimir Putin. O Presidente ucraniano considera que um encontro presencial é crucial para alcançar uma paz duradoura e já comunicou esta vontade com várias lideranças europeias, reforçando a necessidade de um entendimento directo com o Presidente russo. Para Moscovo, esse tipo de reunião só seria possível numa fase final do processo de negociação de paz.

A agenda internacional continua a ser marcada pela guerra na Ucrânia, com os Estados Unidos a pressionar a Rússia com sanções.  Numa tentativa de aumentar a pressão sobre Moscovo, Donald Trump ameaçou esta semana impor taxas elevadas sobre produtos de países que continuem a fazer comércio com a Rússia, nomeadamente o petróleo. Apesar das tentativas diplomáticas, as condições exigidas pela Rússia para pôr fim ao conflito, como a cedência de territórios ocupados pela Ucrânia, continuam a ser inaceitáveis para Kiev.ANG/RFI