sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Região/ Gabu regista 51.296 crianças vacinadas no âmbito da primeira ronda da 10ª campanha de Quimioprevenção contra Paludismo

Gabu, 15 Ago 25 (ANG) - A primeira ronda da 10ª campanha de Quimioprevenção contra Paludismo sazonal, na região de Gabu, Leste do país, conseguiu atingir  51.296 crianças das 55.666 previstas com idades de 3 a 59 meses, e que  corresponde a cerca de 92 por cento.

Segundo o Correspondente regional da ANG de Gabu, o Coordenador Nacional do Programa de luta Contra o Paludismo da região, Januário Biagué, apelou aos pais e encarregados da educação das crianças para esforçarem, para que as crianças possam completar as quatro doses de vacinação.

Biague disse que, devido as dificuldades de acesso aos sectores de Boé, Pitche e Pirada, por  avançado estado de  degradação das estradas, os agentes da saúde não conseguiram vacinar as crianças dessas três localidades.

“As tendas vão ser distribuídas só para as crianças vacinadas na primeira ronda, e  a distribuição para agregados familiares só será feita em 2026”, disse Januário Biague.

O Responsável  Regional de Programa da Direção Regional de Saúde de Gabu Diamantino Victor da Gama considerou de positiva a campanha que envolveu 77 supervisores e 832 agentes de saúde comunitária.

 Aquele responsável regional,disse que, a campanha deve ser realizada em quatro rondas no ano em curso, e que a segunda ronda vai se realizar no mês de Setembro. ANG/SS/MI//SG

 Regiões/Aberta em Bolama  2ª edição da escola nacional de jovens líderes   

Bolama, 15 Ago 25 (ANG)-A  2ª edição da escola nacional de jovens líderes foi aberta esta quinta-feira em Bolama para 50  jovens de diferentes regiões do país  sob o lema: “Papel da Juventude na Promoção de Liderança Servidora”,  face as Alterações Climáticas nas Zonas Insulares da Guiné-Bissau.

Durante oito dias os 50  jovens líderes  vão promover formações, palestras, envolvimento comunitário, roda de conversa, desporto e cultura, visitas aos lugares históricos e terão três oficinas de formação, a saber: Liderança comunitária e secretariado, liderança e autarquia local e liderança e alteração climáticas.

Na cerimónia de abertura da formação  que decorre de 13 à 20 de Agosto em curso, o representante do governador da região de Bolama, Sabino Úbana Cité reconheceu os esforços que as organizações juvenis estão a desenvolver no país e pediu aos jovens líderes para  sensibilizarem os seus colegas para não consumirem  drogas.

“Nos  últimos anos, o país se depara com vários casos de jovens com problemas mentais provocado pelo consumo de drogas. Por isso, é necessário que aproveitem esta capacitação para  continuar com ações de género no sentido de dar mais conhecimentos aos jovens na Guiné-Bissau”, disse Sabino Cité.

Sustentou que a liderança é muito importante na vida de qualquer pessoa, sobretudo de jovens, uma vez que  o país carece de líderes que possam contribuir para o processo de desenvolvimento e bem-estar do povo.

“É necessário que os jovens priorizem a escola, porque a educação constitui um alicerce para o desenvolvimento de qualquer país. Assim sendo, encorajo-vos a estudar tanto, para alcançar o título de um bom líder”, disse Sabino.

Por sua vez, o régulo e líder de opinião de Bolama  Rei João Nhaga disse que a Nação guineense é dos jovens e que, por isso, os jovens  devem se empenhar na promoção do bem comum.  

Nhaga considerou a 2ª edição da escola nacional de liderança de um encontro com bastante importância, porque, diz, “consiste em partilhar  conhecimentos científicos sobre a promoção da paz social no país”.  

“Ser líder exige muita responsabilidade porque vai lidar com todo o tipo de pessoas na sociedade, devido a isso,  um líder deve ser humilde, transparente, corajoso e com grande capacidade de poder tomar decisões corretas”, disse.

O Delegado Regional de Juventude e dos Desportos, Gregório Mcamna Carvalho de Melo da Costa pediu aos jovens  a maior atenção durante os oito dias da  formação, tendo em conta a  importância do lema desta da escola de liderança que tem a ver com liderança e alteração climática na zona insular da Guinè-Bissau.

 “O lema escolhido para esta 2ª edição demonstra que liderar consiste em comandar, mais sim em servir, ouvir e colocar o interesse comum acima de tudo”, considerou Finda Barbosa Silva, presidente de Jovens Líderes da Guiné-Bissau.  

Finda acrescentou que, atualmente, o mundo enfrenta desafios que exigem uma nova liderança corajosa e consciente e que  não deixa de lado as ilhas dos Bijagós, porque os efeitos das alterações climáticas já são visíveis.

“As erosões das praias, ameaça à pesca e subsistência por isso, estes problemas exigem uma ação rápida”, referiu.

A escola nacional de jovens líderes foi criada no dia 21 de Junho de  2021 numa das escolas públicas do país e  atualmente conta com mais de 160 membros.

ANG/LC/AALS//SG 

 

 

 

Qualificação Mundial 2026/ Seleção nacional defronta a de Serra-Leoa no dia  4 de setembro em Bissau

Bissau, 15 Ago 25 (ANG) - A seleção nacional de futebol da Guiné-Bissau vai defrontar a Serra Leoa, no dia 4 de Setembro, no Estádio Nacional 24 de Setembro, em Bissau, em jogo da 7ª jornada do Grupo A, da fase de qualificação africana para o Mundial 2026, que será disputado no Canadá, México e Estados Unidos.


A revelação foi feita pela Federação de Futebol da Guiné-Bissau da Guiné-Bissau, na rede social Facebook, consultada hoje pela ANG.

Para esse jogo, conforme a publicação da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, a  FIFA  nomeou o quarteto de arbitragem de  Costa de Marfim, para dirigir a partida entre a Guiné-Bissau e a Serra-Leoa, que terá início pelas 16 horas.

“O encontro entre Guiné-Bissau e Serra Leoa marcará a estreia da nova equipa técnica da seleção nacional, liderada por Emiliano Té”, lê-se na  publicação.

A Guiné-Bissau vai voltar a receber, no Estádio Nacional 24 de Setembro, a seleção de Djibuti, no dia 8 de Setembro, no jogo da oitava jornada do grupo A da qualificação da zona africana  para o Mundial.

A partida entre as duas seleções, Guiné-Bissau e Djibuti, vai iniciar pelas 16 horas, em Bissau, e será dirigida por árbitros togoleses. ANG/LPG//SG

 Eleições  gerais /Primeiro-ministro cria comissão Interministerial para acompanhamento do processo eleitoral

Bissau, 15 Ago 25 (ANG) - O Primeiro-ministro, Braima Camará criou uma comissão interministerial para acompanhamento do processo eleitoral, e que integra o  Ministro de Administração Territorial e Poder local, que preside,  da Economia, Plano e Integração Regional, da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, das Finanças , da Comunicação Social e o Gabinete do Primeiro-ministro.


A Comissão foi criada, através do Despacho número 032 /2025 do Primeiro Ministro, à que a ANG teve acesso hoje.

De acordo com o Despacho, compete a Comissão designadamente: acompanhar as diversas etapas do processo eleitoral;  estabelecer maior colaboração possível com o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral

 e a CNE; manter o Primeiro-ministro informado sobre o andamento do processo eleitoral  e submeter-lhe propostas de solução para ultrapassar eventuais obstáculos.

Braima Camará justificou a criação da Comissão com o que diz ser  “imperiosa necessidade de se dispensar  maior atenção do Executivo quanto à execução, em tempo útil, da calendarização eleitoral, definido como prioridade”.

ANG/LPG//SG

 Paquistão/ Número de mortes  sobe para 120 em 24 horas

Bissau, 15 Ago 25 (ANG) - Cerca de 120 pessoas morreram na sequência das chuvas torrenciais no norte do Paquistão nas últimas 24 horas, de acordo os mais recentes dados divulgados hoje pelas autoridades locais.


Os números anunciados pela Autoridade Nacional de Gestão de Desastres, divulgados pela Agência France-Presse (AFP), aumentam para quase 120 mortos nas últimas 24 horas.

Segundo as autoridades, pelo menos 110 mortes foram registadas apenas na província montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa, que faz fronteira com o Afeganistão,

Esta atualização eleva o número de mortes desde o início da temporada de monções no final de junho para mais de 400.

Desde o dia 26 de junho as chuvas intensas provocaram enchentes repentinas e deslizamentos de terra, de acordo com a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres. ANG/Lusa

Moçambique/Líder da Frelimo diz que estabilizou Moçambique ao fim de seis meses

Bissau, 15 Ago 25 (ANG) - O presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, afirma que conseguiu estabilizar o país em seis meses, após os protestos pós-eleitorais, embora reconheça que há ainda muito por reconstruir.


"Graças à visão e ao trabalho do nosso partido, o engajamento dos membros dos órgãos do partido e do Governo a todos os níveis, conseguimos estabilizar a situação do nosso país. Estamos neste momento a viver uma paz, estabilidade social, económica e política. Estamos a reconstruir o que foi destruído pelas manifestações violentas, criminosas e ilegais, embora ainda exista muita coisa por reconstruir no nosso país", disse o líder da Frelimo.

Daniel Chapo falava na quinta-feira, em Maputo, para assinalar os seis meses desde que assumiu a presidência do partido no poder, em 14 de fevereiro, pedindo o envolvimento de todos os membros da sua formação e de todos os moçambicanos no desenvolvimento do país.

"A estabilização do país é um processo contínuo que exige um esforço permanente de todos os moçambicanos, independentemente da sua origem étnica, filiação religiosa, política e nós a Frelimo vamos continuar a dirigir este processo de estabilizar o país", disse Daniel Chapo.

Nas mesmas declarações, o líder da Frelimo prometeu avançar com ações para travar ataques terroristas em Cabo Delgado, província que é alvo de ataques desde 2017, indicando que é uma condição indispensável para o desenvolvimento do país: "Não há nenhum país no mundo que cresce e se desenvolve sem a paz".

Pediu ainda aos servidores públicos para se focarem no combate à corrupção, burocracia, favoritismo, 'amiguismo' e ao nepotismo que enfermam as instituições públicas, referindo que é o caminho para a independência económica.

Com seis meses na liderança do partido Frelimo, Daniel Chapo, que é também Presidente de Moçambique - empossado no cargo em janeiro - disse que enquanto chefe do executivo vai continuar a implementar medidas que melhorem a vida dos moçambicanos na cidade e nas zonas rurais, apontando a título ilustrativo o Fundo de Desenvolvimento Local a arrancar em setembro financiando iniciativas empreendedoras juvenis como um dos avanços do seu Governo.

Chapo lembrou também  que nestes primeiros seis meses enquanto líder do partido que governa e chefe do executivo lançou um projeto habitacional para seis mil casas, o projeto de terra infraestruturada, a cidade petroquímica, incluindo a suspensão de emissão de licenças para a produção de bebidas de alto teor alcoólico com graves consequências na juventude.

"Estamos a trabalhar para tomar medidas mais duras porque estas [bebidas] estão a estragar a nossa juventude", prometeu o líder da Frelimo.

Na mesma cerimónia, Chapo anunciou a realização da 12.ª conferencia nacional de quadros do partido a ter lugar entre 21 e 23 de agosto de 2026 na cidade de Chimoio, província de Manica, evento que prepara o 13.º congresso da Frelimo em 2027.

"A conferência nacional de quadros será o culminar de um amplo movimento de reflexões profundas e debates abrangentes a escala nacional", disse o líder da Frelimo.

Moçambique viveu desde as eleições um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.

A pior crise pós-eleitoral foi marcada também por confrontos violentos entre a polícia e os manifestantes, além de vandalizações e saques.

Segundo organizações não-governamentais que acompanham o processo eleitoral, morreram cerca de 400 pessoas em confrontos com a polícia, conflitos que cessaram após dois encontros entre Mondlane e Chapo, com vista à pacificação do país. ANG/Lusa

 

Gaza/ Diariamente são recolhidas “evidências que suportam a acusação de genocídio”

Bissau, 15 Ago 25 (ANG) -  O psicólogo e trabalhador humanitário da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF),Raul Manarte, acabado de regressar de uma missão de duas semanas no território palestinianodisse que “Gaza é um cenário apocalíptico”.


Em entrevista à RFI, confirma que diariamente são recolhidas “evidências que suportam a acusação de genocídio: há matança em massa de civis, deslocações forçadas e um comprometimento total das condições básicas de vida”. Apesar do horror, questionado sobre o que mais o marcou nestas duas semanas, Raul Manarte sublinha a “generosidade dos colegas palestinianos”.

RFI: Que descrição é que pode fazer de Gaza neste momento?

Raul Manarte, MSF: Gaza é um cenário apocalíptico. Há certas zonas em que está tudo completamente destruído. Só há restos de estruturas, destroços. Não se vê verde. Não se vêem árvores.

Neste momento, não há acesso a comida suficiente, nem água suficiente, nem medicação suficiente. Portanto, as pessoas na rua, quando nos vêem passar, pedem comida.

Os hospitais públicos estão completamente sobrelotados. As pessoas estão no chão. Não há condições de higiene. Estão constantemente sobrelotados por incidentes com vítimas múltiplas devido à distribuição de comida da Gaza Humanitarian Foundation.

A organização liderada por Israel e pelos Estados Unidos.

Exactamente. Só em sete semanas, só nas nossas instalações, vindos desses sítios de distribuição de comida, nós registámos 1.300 feridos, 28 mortos, 70 crianças baleadas.

No meu último dia estive com duas crianças paralisadas, que vieram desses locais e os tanques abriram fogo sobre a multidão.

Há efectivamente a abertura de fogo, ou seja, tiros contra pessoas que vão buscar comida?

Exactamente, como lhe disse, atendemos 1300 pessoas feridas e 28 mortas em sete em sete semanas. Temos muito mais do que isso. Mas, este estudo refere-se a sete semanas. E 70 crianças baleadas.

Como é que se curam estas pessoas? Que tratamento é dado? Esse tratamento é suficiente para que uma grande parte não acabe por falecer?

Não, não é suficiente. Não há medicação suficiente. Nós estamos envolvidos na cirurgia ortopédica e no tratamento de queimaduras. Mas, por exemplo, a evacuação médica é uma coisa que é extremamente difícil. Há pessoas que estão na lista de espera há seis meses para sair de Gaza, que precisam de tratamentos que não estão disponíveis lá dentro e isso não acontece.

Depois, nestes hospitais públicos, as altas são muitíssimo antecipadas porque estão sempre pessoas a entrar. Portanto, as pessoas saem do hospital sem estarem em condições para ter alta e com risco altíssimo de terem infecções. Porque cá fora, toda a gente a viver em tendas, está toda a gente aglomerada num pequeníssimo espaço que não é de evacuação obrigatória.

Mesmo este espaço é atacado e bombardeado e não há comida. Portanto, nós no norte, nas nossas instalações, temos mais de 300 crianças, mais de 500 grávidas com malnutrição moderada a severa.

A questão da fome é uma questão que tem sido muitas vezes defendida por Israel, que diz ser propaganda por parte do Hamas. Você esteve no terreno. A fome é uma realidade em Gaza?

Sim, sim. E não é uma opinião, uma visão. Acabei de dar evidências. Nós temos mais de 300 crianças, mais de 500 mulheres grávidas em malnutrição moderada a severa, só nas nossas instalações em Gaza City. E já havia em Novembro.

Já agora, um aparte enquanto cidadão, [Benjamin] Netanyahu [primeiro-ministro de Israel] tem um mandado de captura pelo ICC [Tribunal Penal Internacional] por causa de usar a fome como arma de guerra.

As leis da guerra não são respeitadas.

Não, não são. Nós coleccionamos evidências que suportam a acusação de genocídio todos os dias: matança em massa de civis, deslocações forçadas, um comprometimento total das condições básicas da manutenção da vida, como é a falta da entrada de alimentos ou de água, de medicação ou de combustível.

Aqui também há a guerra das palavras. Acaba por ser, muitas vezes, criticada a utilização da palavra genocídio por ser demasiado forte e apontam-se, muitas vezes, o dedo a quem utiliza este vocábulo por não saber o que é verdadeiramente um genocídio. Você acaba de a utilizar. É isso que efectivamente se passa em Gaza?

Eu acabei de dizer que nós testemunhamos todos os dias evidências que suportam essa afirmação.

Onde é que os humanitários estão no meio disto tudo? Há comida que chega aos humanitários? De alguma forma são protegidos quando há bombardeamentos?

Já morreram mais de 500 trabalhadores humanitários, mais de 1.300 profissionais de saúde. Só dos Médicos Sem Fronteiras morreram 12 colegas. A comida do staff internacional também é muito mais reduzida. Temos de ser nós a levá-la para dentro, nossas malas, porque não há. Os corredores humanitários não estão abertos para ninguém.

Mas há comida fora da fronteira, pronta para ser entregue.

Há toneladas e toneladas de comida e a organizações capazes e experientes para fazê-lo, como a WFP [Programa Alimentar Mundial] das Nações Unidas, que sabem que são precisos 500 ou 600 camiões diários, para entrar, e isso é perfeitamente possível. É só preciso que as forças israelitas o permitam.

Quanto tempo é que esteve em Gaza?

Da primeira vez, estive um mês e meio. Desta vez, estive só duas semanas.

Quando foi a primeira vez?

Novembro e Dezembro.

Notou uma degradação no terreno?

Completamente. A destruição é cada vez maior. A moral das pessoas é cada vez menor. E a questão das condições básicas - da comida, da água e da medicação - está muitíssimo pior.

O seu trabalho tem a ver com a saúde mental. Depreendo que os traumatismos vão ficar para o resto da vida destas pessoas e não são tratáveis em duas semanas. Quais são as grandes questões que lhes chegam e como é que se responde a essa procura?

Antes de dar minha resposta, só quero dizer que a nossa resposta - de saúde mental, e saúde física - nunca vai ser eficaz neste contexto. As pessoas se não tiverem o comer, se não tiverem protecção, se estiverem constantemente a ser deslocadas e (re)traumatizadas, nunca, nunca vão recuperar. Vão continuar a piorar. 

Os casos que nós temos têm muita sintomatologia traumática: crianças que chegam e não falam, pessoas que estão em choque psicológico ou que estão completamente isoladas, que não conseguem funcionar, têm flashbacks, estão a reviver o que aconteceu no dia em que perderam a perna ou que perderam a mãe ou que perderam o filho, que não interagem… 

A intervenção psicológica tenta melhorar um pouco estes sintomas, aumentar o funcionamento das pessoas, voltar a conectá-las, um bocado, com a vida e com os outros. É isso que tentamos fazer. Vai ser sempre insuficiente e vai ser sempre limitado, porque as pessoas não estão em segurança, não têm o que comer, não têm acesso a medicação suficiente e não sabem se vão estar cá amanhã ou se os familiares vão cá estar amanhã ou não.

Todos os dias nós temos elementos do staff que faltam, porque foram ao funeral de um familiar. Como disse, 12 dos nossos colegas nunca mais voltaram e é sempre um medo que temos ao chegar ao hospital de manhã é se alguém vai faltar, faltar para sempre.

O facto de os jornalistas também não serem poupados nesta guerra acaba por fomentar a guerra de palavras e a guerra de imagens, de um lado e do outro. Ainda estava em Gaza quando os jornalistas da Al-Jazeera foram mortos. Como é que recebeu essa notícia? O que é que sentiu? O que é que a população disse?

Teve um impacto muito maior para a população do que para mim, pessoalmente. Porque para a população, aquele jornalista [Anas al-Sharif] era um símbolo, era uma voz muito importante.

Para mim, há tanta barbaridade há tanto tempo… Nós tivemos de sair do nosso hospital em Nasser, em Março, porque foi repetidamente atacado. As instalações da ONU foram atacadas, instalações da Cruz Vermelha foram atacadas, colegas nossos foram mortos, Colegas internacionais da World Central Kitchen foram mortos. Nós atendemos miúdos baleados na cabeça, nas costas, todos os dias. Portanto, ninguém está seguro dentro de Gaza e não há nenhum sítio seguro.

Mas uma guerra sem jornalistas acaba por ser uma guerra onde cada um faz o que quer, sem o olhar do mundo.

Sim, exactamente. Acho que os jornalistas deveriam entrar. Já há evidência recolhida por organizações neutras e humanitárias, mas precisamos de jornalistas lá dentro. 

Precisamos do máximo de olhos lá dentro para perceber o que se passa, para que possa haver um cessar-fogo, o mais rapidamente possível, e para mudar a narrativa. Porque esta narrativa de que ‘ou és a favor dos reféns israelitas, ou a favor dos palestinianos’ está a matar pessoas. Não é assim que nós pensamos. Nós somos a favor do cessar-fogo e a favor de salvar todas estas vidas, seja qual for o lado da fronteira de onde vêm.

Até porque o seu trabalho é o mesmo, independentemente do local.

Estou a fazer este trabalho na Palestina, mas podia estar a fazer em Israel, fiz na Ucrânia, mas podia ter feito na Rússia. Fiz com os Dinka e os Nuer no Sudão do Sul, mas podia ter feito com outra etnia. É igual! E sinceramente, até é fácil quando se está cara a cara. É difícil quando se está longe, porque há narrativas que envenenam.

Nestas duas semanas há algum caso que o tenha marcado mais?

O que me marca mais - isto pode ser estranho - é a gentileza e a bondade dos meus colegas. Como é possível estarem nas condições em que estão - perder a família todos os dias, não poderem sair de Gaza, estarem todos muito mais magros, é extremamente difícil arranjar comida, depois há o calor calor absurdo - e têm a maior paciência e bondade com os miúdos ou com os pacientes que estão aos berros com as dores ou que estão em choque porque perderam a mãe. E isso para mim é impressionante, porque eu acho que não conseguia.

Como é que consegue arrumar todo o horror que vê nestas missões para que esteja mentalmente saudável?

Acho que a experiência ajuda muito. São várias missões e a experiência vai calibrando as expectativas, não só do que é que vamos ver, mas do real impacto que conseguimos ter. E isso vai ajudando. Depois, cada pessoa tem os seus métodos para gerir isso com o seu autocuidado. E às vezes não sabemos lidar e ficamos mal. E depois ficamos bem outra vez.

Pensa voltar a Gaza?

Acho provável que me chamem novamente. Portanto, é provável que aconteça.ANG/RFI

 

 Angola/Moscovo informado por Luanda da detenção de cidadãos russos

Bissau, 15 Ago 25 (ANG) - Angola diz ter comunicado à Rússia informações sobre a detenção de Ígor Racthin, 38 anos, e de Lev Lakshtanov, 64 anos, dois cidadãos russos, que, supostamente pretendiam financiar “acções criminosas” em território angolano.

Diante da gravidade dos factos, a justiça angolana ordenou a prisão preventiva dos cidadãos russos, bem como de dois angolanos, tendo, porém, restituído à liberdade um quinto elemento que ficou sob termo de identidade e de residência.

O Serviço de Investigação Criminal apresentou  quarta-feira(13) à imprensa, os dois russos e três angolanos, detidos há semana, suspeitos de tentativa de orquestrarem actos subversivos em Angola.

Manuel Halaiwa, porta-voz da organização, explica que as investigações determinaram que os russos são membros do grupo África Politology, que tem como missão espalhar o caos e a desinformação, financiando jornalistas, políticos e ONGs.

Realçar que as nossas Investigações determinaram que os cidadãos russos são operacionais da organização África Politology, que, de entre as várias missões à sua actividade, visa promover campanhas de desinformação, manipulação da mídia local e infiltração em processos políticos, sobretudo, no fomento da agitação”, disse o responsável.

O oficial de investigação revela que Luanda já informou Moscovo sobre a detenção dos russos.

Referir que após a detenção dos cidadãos estrangeiros, o Ministério do Interior levou ao conhecimento do Ministério das Relações Exteriores para comunicar à respectiva Missão Diplomática”, disse Manuel Halaiwa.

Manuel Halaiwa sinalizou que, cumpridas todas as formalidades, o juiz de garantias aplicou a prisão preventiva aos cidadãos de nacionalidade russa e aos dois angolanos, por factos de crimes de Associação Criminosa, Falsificação de Documentos, Introdução ilícita de moeda estrangeira no país, Terrorismo e Financiamento ao Terrorismo.

Dos três angolanos, um foi posto em liberdade sob termo de identidade e residência.

Segundo o SIC, os russos entregaram avultadas somas de dinheiro, em moeda nacional e estrangeira, a jornalistas, políticos, associações profissionais e produtores de conteúdos digitais para dar suporte à sua acção.

O Serviço de Investigação Criminal apurou ainda que a África Politology não actua apenas com propaganda digital e notícias falsas, sendo que também financia manifestações encenadas, corrompe jornalistas locais e molda narrativas públicas a favor dos seus interesses estratégicos.

Por último, o porta-voz Manuel Halaiwa revelou que o SIC frustrou várias manifestações que já estavam agendadas para as províncias de Luanda e Benguela, adiantando que decorrem investigações visando a detenção de outros suspeitos e o esclarecimento total destes crimes.ANG/RFI

 

 

 EUA/Donald Trump recebe Vladimir Putin no Alasca para discutir guerra na Ucrânia

Bissau, 15 Ago 25 (ANG) -  Donald Trump e Vladimir Putin reúnem-se esta sexta-feira,  em Anchorage, no Alasca, para discutir a guerra na Ucrânia.

O local, com forte simbolismo histórico, recebe pela primeira vez um líder russo. Kiev rejeita trocas territoriais, enquanto Washington tenta convencer aliados a aceitar um acordo parcial.

Vladimir Putin, visado pelo TPI, evita países que poderiam detê-lo, mas não corre risco nos EUA.

Donald Trump e Vladimir Putin encontram-se esta sexta-feira, 15 de Agosto, em Anchorage, no Alasca, para uma reunião bilateral centrada na guerra na Ucrânia. O encontro acontece na Base Militar Conjunta Elmendorf-Richardson, a maior instalação militar do estado e um ponto estratégico para a defesa norte-americana no Ártico. As autoridades norte-americanas confirmaram que a base norte-americana cumpre todos os requisitos de segurança para receber a reunião de mais alto nível.

O Alasca, comprado pelos EUA à Rússia em 1867, tem ligações históricas ao antigo império czarista, desde a colonização por comerciantes siberianos no século XVIII. Vizinho da Rússia através do estreito de Bering, foi palco da única batalha em território norte-americano na Segunda Guerra Mundial. Este passado, aliado à proximidade geográfica, levou Moscovo a considerar “lógica” a escolha do local para a cimeira, tornando Vladimir Putin o primeiro líder russo a visitar o estado.

Esta vai ser a primeira vez que os dois líderes se encontram desde que Donald Trump fixou, sem sucesso, um prazo até 8 de Agosto para que Moscovo aceitasse um cessar-fogo imediato na guerra na Ucrânia, sob pena de novas sanções. A reunião surge depois das conversações “muito produtivas” em Moscovo entre o enviado especial norte-americano, Steve Witkoff, e Vladimir Putin.

A Casa Branca classificou a cimeira como um “exercício de escuta” e uma “reunião exploratória”, procurando reduzir as expectativas de um acordo imediato. Donald Trump afirmou que vai “pressionar” Vladimir Putin para terminar o conflito, mas admitiu que podem ser necessários “ajustes territoriais”, uma hipótese já rejeitada por Kiev.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não vai estar presente, a pedido de Vladimir Putin, mas teve reuniões virtuais com Donald Trump e líderes europeus esta semana, antes do encontro. Volodymyr Zelensky rejeitou a troca de territórios ocupados.

Segundo a CBS News, Washington tenta persuadir os aliados europeus a aceitar um acordo que reconheça o controlo russo sobre a Crimeia e o Donbass, em troca da retirada de Moscovo de Kherson e Zaporíjia.

Desde o início da invasão russa, em 2022, as duas partes manifestaram interesse em negociar, mas mantêm posições incompatíveis. Vladimir Putin insiste na neutralidade da Ucrânia e na manutenção de parte dos territórios ocupados, enquanto Kiev exige a restituição total das áreas sob controlo russo.

O encontro acontece num momento de relações complexas entre os dois países, marcado por décadas de contactos, interesses económicos e acusações de ingerência política. Donald Trump e Vladimir Putin mantêm contactos antes da eleição de Donald Trump à presidência em 2016. O primeiro encontro conhecido data de 1986, quando Donald Trump participou num jantar em Nova Iorque com o embaixador soviético. No ano seguinte, deslocou-se a Moscovo para discutir a construção de um hotel de luxo.

Nos anos 2000, os negócios de Donald Trump receberam investimentos de origem russa. Em 2013, Donald Trump visitou Moscovo no âmbito do concurso Miss Universo, do qual era proprietário. Nos anos seguintes, o multimilionário fez declarações públicas e elogiou Vladimir Putin.

Durante a campanha presidencial de 2016, os serviços de informações norte-americanos detectaram ingerência russa. A investigação conduzida pelo procurador especial Robert Mueller confirmou a ingerência, mas não provou uma conspiração entre a equipa de Trump e as autoridades russas.

O Senado dos Estados Unidos publicou, em 2020, um relatório a confirmar que Vladimir Putin autorizou operações de pirataria informática contra o Partido Democrata, com o objectivo de prejudicar Hillary Clinton e favorecer Donald Trump.

No primeiro mandato (2017-2021), a Casa Branca aplicou sanções à Rússia relacionadas com ingerências eleitorais e outros incidentes, como o caso Skripal. Donald Trump manteve encontros bilaterais com Vladimir Putin em cimeiras internacionais, incluindo Hamburgo, em 2017, e Helsínquia, em 2018.

Com a invasão russa da Ucrânia, em Fevereiro de 2022, Donald Trump criticou a política de apoio a Kiev e defendeu uma reavaliação da ajuda militar. Em 2022, o Congresso norte-americano aprovou o envio de armas à Ucrânia. Desde 2023, Donald Trump condiciona nova assistência a investigações sobre alegados casos de corrupção envolvendo a família do antigo Presidente Joe Biden.

Desde março de 2023, Vladimir Putin é alvo de um mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), que o acusa de deportação ilegal de crianças ucranianas, um crime de guerra. Nem os Estados Unidos, nem a Rússia ratificaram o Estatuto de Roma, que criou o TPI, e, por isso, não reconhecem a jurisdição nem têm obrigação legal de executar o mandado.

Para evitar riscos, o líder russo recusou convites para cimeiras dos BRICS na África do Sul e no Brasil, optando por viajar apenas para países como a China e a Coreia do Norte, fora da alçada do TPI. Desta forma, Vladimir Putin não corre perigo de ser detido ao visitar os EUA, onde Donald Trump, no seu regresso à presidência, chegou mesmo a sancionar o TPI por emitir mandados contra líderes israelitas. ANG/RFI

 

 

Diplomacia/ Presidentes Umaro Sissoco Embaló e Julius Maada Bio  reiteram vontade política de aprofundar relações de cooperação bilateral

Bissau, 15 Ago 25 (ANG) – O Presidente da República Umaro Sissoco Embaló e o seu homólogo da Serra Leoa, Julius Maada Bio reiteraram, em comunicado conjunto, a vontade política de aprofundar as relações de cooperação bilateral em vários sectores , nomeadamente, energia, saúde pública, infraestruturas e reformas do sector público

O Presidente de Serra Leoa e em exercício da CEDEAO, Julius Maada Bio  efetuou quinta-feira uma visita de algumas horas à  Guiné Bissau.

Segundo o Comunicado Conjunto produzido no fim da visita, os dois Presidentes analisaram o estado das relações de cooperação existentes entre os respetivos países e expressaram a necessidade do seu reforço e manifestaram a vontade de promover relações económica e comerciais mais fortes entre os sectores privados dos dois países.

Os dois líderes analisaram a situação na sub-região Oeste africana e no conjunto do continente e expressaram a sua vontade de trabalhar, em conjunto, para a resolução das crises e conflitos que assolam o continente, de forma a promover e consolidar a paz e a estabilidade, tidas como “indispensáveis para o desenvolvimento sustentável” do  continente africano. 

Com este propósito, Umaro Sissoco Embaló e Julius Maada Bio reafirmaram o seu compromisso para aprofundar a cooperação ao nível da CEDEAO, da União Africana e das Nações Unidas e para o reforço dos valores partilhados da democracia, boa governação e respeito pelos Direitos Humanos.

No domínio da segurança, os dois Chefes de Estado desafiaram os demais países a juntarem esforços no combate contra o terrorismo,  crime transnacional organizado e todos os tráficos ilícitos.

De acordo com o Comunicado Conjunto, o Presidente Umaro Sissoco Embaló felicitou  o Presidente Julius Maada Bio pela sua eleição para a presidência rotativa da CEDEAO e renovou o seu compromisso de trabalhar com ele para assegurar o cumprimento do seu mandato com sucesso. 

Os dois Presidentes sublinharam a necessidade de promover o multilateralismo e a cooperação Sul-Sul.

Reiteraram o apelo dos Estados africanos para a reforma da Governação Global, em particular do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para ser mais equitativo e representativo de todos os países do mundo, bem como para melhorar os mecanismos de reforma institucional da União Africana.

O Presidente Embaló elogiou  o Presidente Bio pelo papel de liderança da Serra Leoa no Conselho de Segurança das Nações Unidas e no Comité dos Dez (C10) para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.   ANG/LPG//SG  

Israel/ Governo aprova projecto que visa "enterrar" criação do Estado da Palestina

Bissau, 15 Ago 25 (ANG) - O ministro israelita das Finanças, Bezalel Smotrich, aprovou na quinta-feira,  um plano para a construção de milhares de novas habitações entre Jerusalém e o colonato israelita de Ma`ale Adumim.

O projecto visa "enterrar" a criação de um Estado palestiniano.


O plano de Bezalel Smotrich prevê a construção de mais de três mil casas na zona e inclui também o desenvolvimento de uma nova estrada para separar o tráfego palestiniano e israelita e ligar a cidade de Belém, na Cisjordânia, ao sul de Jerusalém, com Ramallah, a norte.

O responsável pela pasta das Finanças explicou que qualquer pessoa --no mundo de hoje-- que tente reconhecer um Estado palestiniano receberá a nossa resposta no terreno. Não com documentos, decisões ou declarações, mas com factos. Factos concretos, como casas e bairros".

O ministro israelita de extrema-direita acrescentou que este plano enterra finalmente a ideia de um Estado palestiniano, porque não há nada a ser reconhecido e ninguém para ser reconhecido".

O grupo Peace Now, organização israelita contrária ao estabelecimento de colonatos, criticou as posições do Governo de Benjamin Netahyahu, incluindo o anúncio de Bezalel Smotrich e do gabinete militar responsável pela gestão dos novos colonatos.

"Estamos à beira de um abismo, e o Governo está a avançar a todo o vapor", denunciou.

O porta-voz da Autoridade Palestiniana, Nabil Abu Rudeineh, pediu aos Estados Unidos que pressionem Israel para que interrompa a construção de colonatos.

O Hamas classificou o plano como "colonialista e extremista" e pediu aos palestinianos que se opusessem a ele.

O Qatar, que actuou como mediador entre o Hamas e Israel nos esforços para garantir um cessar-fogo em Gaza, condenou as acções de Bezalel Smotrich, considerando-as como uma "flagrante violação do direito internacional".

O Egipto já veio exigiu explicações sobre uma ideologia defendida pelo executivo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, do "Grande Israel", que contempla a ocupação de territórios destinados ao Estado Palestiniano e, potencialmente, da Jordânia e do Egipto.

A porta-voz da Comissão Europeia, Anitta Hipper, afirmou que a União Europeia rejeita qualquer alteração territorial que não faça parte de um acordo político entre as partes envolvidas. A anexação de território é, portanto, ilegal segundo o direito internacional".

Durante vários anos, as autoridades israelitas evitaram a implementação do projecto de construção, conhecido como E1, devido à pressão da comunidade internacional, que teme que a expansão dos colonatos impeça o estabelecimento de um Estado palestiniano contíguo a Jerusalém Oriental.

O ministro das Finanças agradeceu o apoio do Presidente norte-americano, Donald Trump, e apelou a Netanyahu para "fazer cumprir a soberania israelita" na Cisjordânia para garantir que "os líderes hipócritas da Europa não tenham nada para reconhecer".

No próximo mês de Setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, vários países, como França, Canadá, Austrália e Portugal, devem reconhecer oficialmente o Estado palestiniano. ANG/RFI