quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Médio Oriente/ Guterres pede investigação rápida e imparcial a novo ataque a hospital em Gaza

 

Bissau, 27 Ago 25 (ANG) - O secretário-geral da ONU, António Guterres, exigiu hoje uma investigação rápida e imparcial ao novo ataque israelita a um hospital em Gaza que matou pelo menos 20 pessoas, incluindo jornalistas e profissionais de saúde.

 

"O secretário-geral condena hoje veementemente a morte de palestinianos nos ataques israelitas que atingiram o Hospital Nasser em Khan Yunis. Além de civis, os mortos incluíam profissionais de saúde e jornalistas", afirmou hoje o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, na sua conferência de imprensa diária.

 

Ao exigir uma investigação ao caso, Guterres advogou que as mortes em causa realçam os riscos extremos que os profissionais de saúde e os jornalistas enfrentam ao realizarem o "seu trabalho vital no meio deste conflito brutal".

 

O secretário-geral lembrou ainda que os civis, incluindo os trabalhadores do ramo da saúde e da comunicação, devem ser respeitados e protegidos e reiterou que esses profissionais devem poder desempenhar as suas funções essenciais "sem interferência, intimidação ou danos", em plena conformidade com o Direito Internacional Humanitário.

 

O líder das Nações Unidas reiterou igualmente o seu apelo a um cessar-fogo imediato e permanente, ao acesso humanitário irrestrito a toda a Faixa de Gaza e à libertação imediata e incondicional de todos os reféns.

 

Antes das declarações de Guterres, várias agências das Nações Unidas já haviam condenado a mais recente ofensiva do exército israelita ao Hospital Nasser, o principal centro médico no sul da Faixa de Gaza.

Uma das reações veio o chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), Philippe Lazzarini, que denunciou a "chocante" inação da comunidade internacional diante da situação em Gaza.

 

Este novo ataque israelita equivale a "silenciar as últimas vozes que denunciam a morte silenciosa de crianças vítimas da fome", denunciou Philippe Lazzarini na rede social X, acrescentando: "A indiferença e a inação do mundo são chocantes".

 

Pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas, morreram em dois ataques realizados pelas forças israelitas ao hospital Nasser, no sul da Faixa de Gaza, segundo a Defesa Civil palestiniana.

 

A estação qatariana Al-Jazeera, as agências de notícias Reuters e Associated Press (AP) lamentaram a morte dos seus colaboradores, manifestando choque e tristeza.

 

O exército israelita reconheceu ter realizado "um ataque na zona do hospital Nasser" e anunciou uma "investigação", lamentando "qualquer dano causado a indivíduos não envolvidos" e que "não teve como alvo jornalistas propriamente ditos".

 

Segundo o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Bassal, o hospital Nasser em Khan Yunis foi atingido duas vezes pelo exército israelita, primeiro por um ‘drone’ explosivo e depois por um bombardeamento aéreo enquanto os feridos eram retirados do local.

O hospital Nasser é uma das últimas unidades de saúde parcialmente funcionais na Faixa de Gaza, enclave palestiniano devastado por quase dois anos de guerra, que fizeram dezenas de milhares de mortos e provocaram um desastre humanitário.

 

Este complexo hospitalar foi alvo de ataques por parte de Israel por diversas vezes desde o início da guerra.

ANG/Inforpress/Lusa

 

               Marrocos/ "Betty" Lachgar acusada de "ofensa ao islão"

Bissau, 27 Ago 25 (ANG) - A justiça marroquina julga esta quarta-feira a activista "Betty" Lachgar, acusada de "ofensa ao islão", a pena pode ir até dois anos de prisão efectiva.

Psicóloga clínica, Ibtissame Lachgar, conhecida por "Betty", de 50 anos, com amplo trabalho a favor das liberdades individuais, publicou no final de Julho uma fotografia em que aparecia vestida com uma t-shirt onde na qual se podia ler "Allah" ("Deus") seguida da frase "is lesbian" ("é lésbica").

A imagem vinha acompanhada de um texto que qualificava o islão, "como toda a ideologia religiosa", de "fascista e misógina". A publicação suscitou fortes reacções nas redes sociais, desde apelos à detenção até ameaças de violação e lapidação.

A defesa da activista contesta este julgamento imediato, diz-se sem tempo para  preparar a defesa, descreve Betty  como uma "sobrevivente de um cancro que necessita de tratamento", além da ausência de "ameaça directa para a segurança de outrem" em caso de libertação provisória. O pedido da defesa foi rejeitado pelo tribunal.

O artigo 267-5 do Código Penal marroquino, ao abrigo do qual a activista é processada, pune com seis meses a dois anos de prisão efectiva "quem ofender a religião muçulmana". A pena pode ser agravada até cinco anos de prisão se a infracção for cometida em público, "inclusive por via electrónica".

Em declarações à rádio France Info, a irmã da activista denuncia "uma injustiça".  Siam Lachgar lembra que a irmã é uma defensora das “liberdades individuais e dos direitos das mulheres".

Até agora, Betty Lachgar nunca tinha sido detida, apesar de ter estado à frente de acções como a distribuição de pílulas abortivas proibidas em Marrocos.ANG/RFI

 

Educação/Ministério anuncia falta de 3.663 professores nas escolas públicas do país

Bissau, 27 Ago 25 (ANG) – A Direção-geral dos Recursos Humanos do Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica anunciou na terça-feira a existência de 3.663 vagas para professores nas escolas públicas do país.

O anúncio consta no Relatório da Direção-Geral dos Recursos Humanos do Ministério da Educação apresentado pelo seu Diretor-geral, Moisés da Silva, na abertura do ano Letivo Escolar 2025/2026.

Aquele responsável disse que o Governo, através do Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, pretende estabelecer parcerias estratégicas que, a curto e médio prazo, resultem no apoio necessário por parte do Ministério das Finanças ao processo de recolha de dados dos recursos humanos para concluir a aplicação do Estatuto da Carreira Docente, reclassificação e atualização de campos em falta e subsídios de isolamento e giz


Disse que, na semana passada, no encerramento do ano letivo transato, a representação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revelou que mais de 160 mil crianças estão fora do sistema do ensino na Guiné-Bissau.

Estes dados, segundo Moisés, foram criticados pelos especialistas do setor da Educação.

Não obstante a Agência da ONU encarregada de assuntos da infância ter reiterado sua determinação para com a educação dos menores, o relatório da Direção-Geral dos Recursos Humanos garante o recrutamento de professores.

O relatório recomenda a abertura urgente de um concurso público para contratação de docentes e não docentes, para o preenchimento de 3.663 vagas nas escolas públicas, devido as altas taxas de absentismo de funcionários.

O Diretor-geral dos Recursos Humanos do Ministério da Educação Nacional disse na ocasião que pretendem ainda "analisar e validar todos os funcionários não ativos ou em situação de doença, licença ou ausência prolongada até 25 de Setembro de 2025".

O relatório revela que, entre Outubro de 2024 e Janeiro de 2025, o número total de funcionários efetivos do Ministério da Educação foi de 12.775, e disse que essa quantidade tem vindo a decrescer conforme os resultados do controlo realizado em 2025. ANG/MI/ÂC//SG

 

Literatura/Jovem escritor Mateus Viera  Có  lança livro intitulado “A Injustiça na Terra de  Ninguêm ”

Bissau, 27 Ago 25 (ANG)- O  jovem licenciado em Letras, Português e Literaturas de Língua Portuguesa, pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) na República do Brasil, Mateus Vieira Có  lança esta, quarta-feira, no Brasil, o seu  primeiro livro de poesia, intitulado “A Injustiça na Terra de Ninguém”.

Segundo  informações  publicadas na página de Facebook denominada “Nô Sta Djunto”, consultada hoje pela ANG, o evento  vai decorrer no Auditório do Campus Jaguarão da UNIPAMPA ,no Brasil.

De acordo com Nô Sta Djutu, a  obra será apresentada pelo Doutor em Ciências Políticas, Luizinho Jorge Cá, e contará com a  moderação da Professora de Literatura da UNIPAMPA Marcela Wanlon Richter.

“Nô Sta Djuntu” informa que a obra é prefaciado pelo Doutor em Estudos de Literatura pela UFF Eusébio Djú.  

“A Injustiça na Terra de Ninguém” , reflete  a opressão estrutural e  mutilação cultural deixadas pelo colonialismo  e as  raízes das injustiças sociais ainda presentes na Guiné-Bissau.

Eusébio Djú diz que o jovem escritor Mateus Vieira Có partiu de uma experiência familiar e transformou a poesia em um poderoso instrumento de mudança social, conduzindo o leitor da dor à esperança, da incerteza à resistência e das adversidades à superação.

Mateus Vieira Có é autor de diversos artigos científicos, é membro da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) desde Fevereiro de 2023 e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI-MOCINHA).

Atualmente exerce a função de representante docente do curso de Letras - Português e Literaturas de Língua Portuguesa da UNIPAMPA e é bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET). ANG/AALS//SG

Educação/“O País ainda não consegue assegurar um ensino de qualidade, gratuito e inclusivo”, diz  CONAEGUIB 

Bissau, 27 Ago 25 (ANG) – O porta-voz da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) criticou que  a  Guiné-Bissau não conseguiu ,até então, garantir um  ensino de qualidade, gratuito, inclusivo e eficaz, devido a “má  gestão da política educativa”.

Mohamadu Djamanca falava à imprensa, à margem da cerimónia de abertura do novo ano letivo 2025/26 subordinado ao tema: “Todos por Uma Educação de Qualidade”.

Acrescentou que o país se depara com a falta  de uma visão de longo prazo e  de compromissos  que façam do  ensino a prioridade nacional.

Disse que  estes fatores têm implicações negativas  no futuro dos jovens guineenses, que têm sido acusados injustamente de desinteresse ou falta de ambição.

“O que se vê é o reflexo de um sistema educacional fragilizado, negligenciado e incapaz de oferecer as condições mínimas para o florescimento intelectual, social e profissional dos  alunos", disse.

Djamanca frisou que não se pode exigir bons resultados de um sistema educacional abandonado, salientando que a educação é a base de todo o progresso, e que sem ela, não há saúde, justiça, nem o desenvolvimento, uma vez que tudo começa na sala da aulas.

Por isso, diz,  “é essencial investir com seriedade e responsabilidade no sector para garantir um ensino capaz de preparar os cidadãos  para os desafios do futuro” .

Mohamadu Djamanca disse que  o CONAIGUIB saúda com esperança o compromisso assumido pelo Primeiro-ministro Braima Camará no ato do seu empossamento, ao declarar a educação como uma das prioridades do Governo.

 Encoraja a iniciativa e apela para que seja transformada  em ações concretas e sustentáveis, evitando paralisações  que tanto prejudicam o percurso escolar dos alunos.

“Os problemas do sistema educativo são crónicos  e complexas, mas também acreditamos que com a vontade política e diálogo aberto com todo os intervenientes do sector, associado ao investimento é possível trilhar um novo caminho", disse.

A CONAEGUIB, de acordo com o seu porta-voz, reafirma
o seu compromisso em continuar a defender os direitos dos estudantes e a lutar por um ensino que seja motivo de orgulho para  toda a nação e que o ano letivo 2025/26 seja um marco de mudança e renovação de esperança. ANG/MSC//SG

Educação/Presidente do SINAPROF diz esperar  que presente ano letivo 2025/26  seja  diferente dos  anteriores

Bissau, 27 Ago 25 (ANG) – O Presidente do Sindicato Nacional dos Professores(SINAPROF) disse esperar  que o ano letivo 2025/26 declarado aberto pelo governo, terça-feira, seja diferente  dos anos letivos anteriores, quanto ao pagamento atempado de novos ingressos e contratados.

Domingos de Carvalho falava na cerimónia de abertura do novo ano letivo, 2025/2026, e sustentou que estes docentes  trabalharam desde o ensino básico até nas escolas de formações profissionais, mas que no entanto não recebem salários atempadamente.

O líder do SINAPROF frisou que no ano letivo 2024/25 cerca de 5.494 professores estavam em falta desde o nível pré-escolar ao 12º ano.

Disse que, para o novo ano lectivo declarado aberto terça-feira haverá necessidade de colocação de 4.367 professores de pré-escolar a 12ºano.

“Os sindicatos dos professores preocupados com os problemas que o setor educativo guineense enfrenta ,propõe ao Governo que assuma  desafios e obrigações de participar na refundação e reconstrução do sistema educativo para o bem do pais”, disse.

Domingos de Carvalho defendeu que é imperativo prosseguir  o diálogo com o patronado, e que por isso apela ao Governo para resolver os problemas supracitados com condições básicas para o sucesso do novo ano letivo, cujo o início das aulas está previsto para o próximo dia 08 de Outubro. ANG/MSC//SG

Turismo/Ministro refirma engajamento do Governo contra promoção turística sexual no país

Bissau, 27 Ago 25(ANG) – , O ministro do Turismo e Artesanato reafirmou que o Governo não permitirá que fragilidades das crianças sejam exploradas para a promoção do turismo sexual no país.

Secuna Baldé reagia às  críticas de alguns operadores turísticos, que alegam elevados custos de instalação de câmaras de vigilâncias, em bares, restaurantes, discotecas e espaços turísticos do país, para cumprimento de uma medida do Governo nesse sentido.

O ministro do Turismo e Artesanato alega existirem casos de aliciamento de menores em hotéis e apart-hotéis do país, tendo defendido a obrigatoriedade de instalação de câmaras de vigilância nos espaços turísticos do país, para o combate dessas práticas.

A declaração do governante foi feita durante uma visita às instalações da Direção Geral do Artesanato, em Bissau, onde alertou para a vulnerabilidade dos adolescentes guineenses e a necessidade de prevenir práticas ilícitas, sobretudo ligadas à exploração sexual.

“Os nossos adolescentes são vulneráveis por isso o governo é pessoa de boa-fé e queremos chamar  a atenção pelas informações que nos chegam que dão conta de aliciamento das crianças nos hotéis e apart-hotéis do país”, disse o ministro do Turismo e Artesanato.

““Não podemos permitir que pessoas se aproveitem das fragilidades das nossas crianças para desenvolver turismo sexual no país”, disse Secuna Baldé.

Segundo Baldé, a medida está prevista num despacho do Ministério que determina que todas as unidades de alojamento, casas noturnas e outros espaços de lazer passem a instalar câmaras de segurança nos seus estabelecimentos. ANG/RSM

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Politica/Presidente da República empossa novos membros do Conselho de Estado 

Bissau, 26 Ago 25 (ANG) – O Presidente da República conferiu posse aos novos membros do Conselho de Estado, nomeadamente a Presidente em Exercício da Assembleia Nacional Popular ,Adja Satu Camará, o Primeiro-ministro, Braima Camará e o Presidente de Supremo Tribunal de Justiça, Arafam Mané.

A cerimonia decorreu hoje no palácio da República em Bissau.

Na ocasião, Umaro Sissoco Embaló lembrou que o Conselho de Estado é um órgão consultivo do Presidente da República, sendo ele o único a falar dos assuntos abordados nas suas reuniões.

Os três novos membros do Conselho de Estado vão juntar-se aos outros nomeados pelo Presidente da República em 2023, dentre os quais o atual Secretário de Estado da Juventude, Lesmes Mutna Monteiro, a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Maria de Céu Silva Monteiro, os antigos Presidentes da República José Mário Vaz e Raimundo Pereira e o ancião Tcherno Aladje  Culibali Bá, de Bafatá.

Esta cerimónia ficou marcada pela queda do Primeiro-ministro, Braima Camará, devido a uma indisposição repentina, em plena cerimónia.

As causas do mal-estar do PM ainda não foram divulgadas mas a ANG sabe que deixou Bissau esta tarde rumo a Dacar, no Senegal  para tratamento médico.

ANG/LPG/ÂC//SG

Abertura do novo ano lectivo/Conselheiro do Primeiro-ministro aponta áreas sociais como prioridade do Governo

Bissau, 26 Ago 25 (ANG) – O Conselheiro do Primeiro-ministro, António Óscar Barbosa reafirmou hoje que os sectores sociais, nomeadamente educação e a saúde são áreas prioritárias para o Governo dirigido por Braima Camará, apesar de ter a missão específica de organizar as eleições gerais de 23 de Novembro próximo.

António  Barbosa discursava  em representação do Chefe do Governo, no ato de abertura oficial do ano letivo 2025/26, que  decorreu num dos hotéis de Bissau.

Óscar Barbosa  disse que Braima Camara concentrou seus esforços na resolução de imensos problemas que existem na educação e na saúde do país.

“Por isso, podem crer que até o próximo mês de Dezembro deste ano, o Chefe de Governo fará tudo o que for possível para resolver os problemas que já conhece nesse setor”, disse

Acrescentou que, mais  que um simples regresso as aulas, à abertura do ano letivo representa uma reafirmação do  compromisso nacional com a educação, enquanto  motor do progresso e pilar da soberania.

Barbosa salientou que o Governo vê os sindicatos e os docentes como aliados estratégicos. não como opositores, e que, por isso, o dialogo social inclusivo, permanente será sempre a via de preferência, frisando que vai ser reforçada as comissões de concertações permanentes e criado um Fórum Nacional para Educação, aberto à todos os atores do setor.

Segundo ele, a juventude guineense merece um ensino que estimula o pensamento crítico, a criatividade e a cidadania ativa, pelo que a  inspeção escolar será fortalecida com mais meios técnicos, formação de inspetores e um plano nacional de visitas pedagógicas.

“Este ano, está prevista a reabilitação de 120 escolas nas regiões de Bafatá, Gabu, Oio e Tombali, a construção de novas escolas comunitárias nas zonas rurais com difícil acesso e a disponibilização à todas as escolas do ensino básico de kits de materiais pedagógicos até  Dezembro . Estas ações serão coordenadas com outras instituições do Estado e parceiros, e as instituições escolares guineenses devem ser um espaço de inclusão e oportunidades”, vincou.

Para o  ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Queba Djaite, a  abertura do ano escolar não significa que as aulas irão começar amanhã, tendo em conta que há todo um calendário a seguir e isso significa que as direções regionais e diretores das escolas devem fazer as previdências necessárias para saber se as escolas estão ou não em condições de funcionar neste ano, em termos de  edifício, materiais e recursos humanos.

“No ano lectivo findo, o Ministério da Educação teve um total de 12.075 funcionários efetivos, sendo cerca de 11 mil docentes e os outros são pessoal afecto  a administração, e contratou cerca de três mil professores para colmatar as vagas e a sua massa salarial é de mais de 02 biliões de francos CFA”, sublinhou o governante.

Djaite disse  que a massa salarial do Ministério consome quase 40 por cento de toda a função Pública.

Queba Djaite advertiu que o ano lectivo que iniciará no próximo dia 8 de Outubro vai ser diferente em termos de rigor, tendo avisado que não vão temer em tocar nos interesses que considera obscuros, que prejudicam a vida das crianças, realçando a sua total abertura para colaborar como os sindicatos, pais e encarregados de educação e os alunos, para o bem do ensino guineense.

O lectivo 2025/26 hoje oficialmente aberto vai decorrer sob o lema: "Todos
para uma Educação de Qualidade” .

Presentes na cerimónia estiveram os embaixadores acreditados no país, parceiros sociais, Confederação Nacional das Associações  Estudantis da Guiné-Bissau (CONAIGUIB),e a Associação Nacional dos Pais e Encarregados de Educação.ANG/MSC/ÂC//SG

 

Ensino/ Diretor-Geral do INDE anuncia conclusão do processo de harmonização do currículo escolar guineense

Bissau, 26 ago 25 (ANG) – O Diretor-geral do Instituto Nacional para o Desenvolvimento  do Ensino (INDE) revelou que a instituição concluiu o processo de harmonização  do currículo escolar guineense.

Lívio António da Silva, em declarações exclusivas à ANG, à margem da cerimónia de abertura do novo ano escolar, disse que neste momento o Instituto está a trabalhar na segunda fase da reforma curricular do ensino básico, financiado pelo Banco Mundial, no âmbito do projeto  “Educação de Qualidade para todos”.

“O INDE é uma entidade responsável pela elaboração do currículo escolar, para diferentes áreas e disciplinas”, afirmou.

Lívio António da Silva acrescentou que a primeira fase desse processo foi financiada pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), com distribuição  de manuais didáticos para professores.

Disse que a reforma curricular é feita na sequência das críticas proferidas, não só pelos professores, diretores dos diferentes estabelecimentos do ensino, mas também pelas observações da população sobre a necessidade de harmonização dos conteúdos escolares no país, que deve ser adotado para o ensino público, assim como para o ensino privado.

Neste âmbito informou que concluíram os trabalhos de harmonização dos currículos escolares para o sistema nacional do ensino, desde primeiro ciclo até o ensino secundário.

“Quando digo primeiro ciclo, isto é, da 1ª à 4ª classe. Segundo ciclo de 5º ao 6º  ano. Terceiro ciclo de 7º ao 9º  ano e o ensino secundário de 10º  ao 12º  ano de escolaridade”, explicou.

Lívio Silva acrescentou que os manuais, programas e guias pedagógicos dos professores para primeiro ciclo já foram produzidos.

Para além disso, de acordo com Lívio António da Silva, todos os professores que vão trabalhar no primeiro ciclo têm direito à um Tablet.

O Diretor-geral do Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Ensino (INDE) disse que  os primeiros manuais vão ser distribuídos aos alunos de 1º ao 4 º  ano de escolaridade e diz que os professores também vão receber os guias pedagógicos com os materiais necessários.ANG/MSC/ÂC//SG

França/ "o cenário mais provável vai ser a dissolução do parlamento e novas eleições"

Bissau, 26 Ago 25 (ANG) -  Primeiro-Ministro francês, François Bayrou, anunciou , segunda-feira,a intenção de se submeter à votação de uma moção de confiança no Parlamento a 8 de Setembro, no âmbito da discussão do seu plano de rigor prevendo poupanças de 44 mil milhões de Euros.

Este plano cujo intuito declarado é lutar contra o défice Record do Estado francês tem levantado objecções não só por parte da oposição, como dos sindicatos que apelam a uma greve geral a 10 de Setembro.

Com um défice de 5,8% do seu Produto Interno Bruto, ou seja praticamente o dobro dos 3% autorizados ao nível da União Europeia, a França tem actualmente a terceira dívida pública mais importante, a seguir à Itália e à Grécia, ao nível da Zona Euro.

Para remediar a esta situação, no seu projecto de lei de finanças para 2026, Bayrou propôs nomeadamente congelar as prestações sociais, bem como os escalões dos impostos, sem ajustamento à inflação, ou ainda suprimir dois dias feriados, o que desde logo encontrou uma forte oposição.

Perante uma quase inevitável moção de censura e uma sanção da rua, com sondagens a indicar que 84% da população é contra o seu plano, Bayrou apostou ontem numa moção através da qual pretende que fique assente a necessidade de uma reforma ao nível da gestão das contas públicas.

Mas a aposta, para já, fracassou, com os partidos de esquerda e também a extrema-direita a dizerem de antemão que vão rejeitar a moção de confiança.

Todos os cenários estão, por conseguinte em aberto, diz o professor de economia na universidade de Paris Dauphine, Carlos Vinhas Pereira, ao dar conta de um contexto económico difícil.

RFI: Como está a economia da França neste momento?

Carlos Vinhas Pereira: Em termos de endividamento não pode haver pior. Ou seja, estamos com quase 6% do PIB. Em termos de endividamento, houve um aumento enorme por vários factores, o covid e as medidas sociais que foram tomadas pela França. E hoje em dia estamos com 3.300 mil milhões Euros de endividamento e estamos neste momento simplesmente a pagar os juros. Estamos com 50 mil milhões, que é o segundo orçamento do Estado francês. Ou seja, em termos de pagamento da dívida, só unicamente os juros. Portanto, podemos dizer que esta situação, efectivamente, começa a ser alarmante. Mesmo em termos de poder continuar a pedir créditos, porque os actores internacionais, claro, que vêem esta situação e que os dados económicos, o crescimento da economia francesa e o orçamento não estão em adequação. Ou seja, continuamos a ter défices orçamentais. O Governo exprimiu o facto de que precisa de 40 bilhões e o objecto do próximo orçamento que ele queria apresentar e que afinal já sabia que seria com certeza chumbado, porque não tem a maioria, simplesmente por isso. E antes de ter um voto negativo durante o orçamento, decidiu pedir a confiança dos deputados numa audiência extraordinária. E assim seria "ou fazem confiança e continua, ou não fazem confiança e nem vai apresentar o orçamento."

RFI: As opções que ele apresentou nestas últimas semanas de, por exemplo, congelar as prestações sociais, de desistir de dois dias feriados e de eventualmente também haver a possibilidade de "comprar" a quinta semana de férias anuais, isto suscita a oposição não só dos sindicatos como da própria população. Isto era uma opção acertada para combater este défice orçamental? Ou havia outras hipóteses?

Carlos Vinhas Pereira: Havia outras hipóteses, claro. A opção que ele tomou, foi uma opção para ver se conseguia ir recuperar dinheiro, tentar reformar o Orçamento do Estado. Ou seja, neste tipo de orçamento não há nenhuma poupança. Não há poupança no funcionamento do Estado. Não há poupanças em termos sociais. Só podemos dizer impostos. Ou seja, de uma certa maneira, quando se faz este tipo de propostas é simplesmente para não estar a fazer as reformas que são necessárias ao nível do governo francês, porque senão não resolvemos a situação da França, ou seja, o facto de ter um défice estrutural. Não haverá maneira de resolver nem o problema do endividamento, nem o problema da economia francesa. Portanto, podemos dizer que são medidas que não têm uma certa lógica, que são tomadas para não ferir tanta gente. Mas mesmo assim, consegue ferir, por exemplo, as pessoas que vão dar dois dias de férias. Obviamente, os franceses, dar dois dias sem ter a remuneração, ele podia já prever o descontentamento da maioria das pessoas. Agora ele não tem também soluções que lhe permitem poder avançar sem estar a pôr em causa toda a estrutura do orçamento e, sobretudo, o orçamento social. O Orçamento, em termos de impostos, já não pode ir mais longe porque já estamos a atingir níveis completamente fora. A França é o país que tem a taxa de imposição mais elevada do mundo. Portanto, nem pode subir os impostos. Não quer ou não pode? Difícil responder a esta pergunta. Há medidas de poupança a nível do custo da gestão do Estado e do custo social que o Estado francês tem neste momento. Portanto, podemos dizer que estamos num impasse e que se não houver uma maioria na Assembleia que lhe dê as possibilidades de poder realmente fazer uma reforma de fundo do orçamento francês, não haverá soluções ou haverá remendos que ele vai pôr de vez em quando, ou outro, pode ser outro também que faça a mesma coisa. Mas que venha outro, será a mesma coisa. A Assembleia da República Francesa está dividida de uma tal forma, que não há possibilidade de haver um consenso sobre uma verdadeira reforma do Estado francês.

RFI: Relativamente ao anúncio que ele fez ontem de se submeter a um voto de confiança a 8 de Setembro, isto pode ser interpretado de alguma forma como uma espécie de "suicídio político", porque ele com certeza calculou que nem o Partido Socialista, que até agora o tem apoiado implicitamente, iria votar a moção de confiança.

Carlos Vinhas Pereira: Sim, há dois dados que ele sabe. Portanto, ele viu quando ele anunciou as medidas que toda a esquerda estava à espera. Mas agora, já houve oficialmente a resposta. Toda a esquerda vai dizer "não". A extrema-direita também não concordava pelo facto de haver mais impostos. Portanto, ele já sabia que o orçamento seria chumbado. Também sabia que no dia 10 de Setembro há a preparação de uma manifestação, uma greve geral em França que também não o vai ajudar a poder depois validar o orçamento. Eu não vou chamar a isto um "suicídio", mas é uma maneira de sair mais nobre. Ele é que perde a confiança, não a tem. Portanto, vai-se embora em vez de ser chumbado numa proposta que ele fez ao Parlamento.

RFI: Relativamente aos cenários possíveis, até no próprio governo há vozes que já pensam no pós-Bayrou. Quais são os cenários possíveis? Uma dissolução do Parlamento ou a nomeação de um novo Primeiro-Ministro?

Carlos Vinhas Pereira: Há três soluções, a dissolução. Só o Presidente pode decidir fazer esta dissolução. O Presidente também pode nomear outra pessoa. Depois estão a pensar no Sébastien Lecornu (actual ministro da defesa) que estava também citado ao mesmo tempo que Bayrou quando foi nomeado Primeiro-Ministro. Será a mesma coisa, porque vão ter que se pronunciar sobre o orçamento e o orçamento, se não houver medidas estruturais, também será difícil de passar. E também não vão ter mais maioria do que se tinha. Portanto, vamos nos encontrar também no mesmo impasse. Terceira solução também está nas mãos do Presidente, que é de sair e de passarmos directamente às eleições presidenciais para resolver uma vez por todas este impasse. Agora tudo depende do Presidente Macron nas três possibilidades, nos três cenários. Só ele é que vai decidir. E ele aparentemente anunciou que não queria sair, que queria ir até 2027. Portanto, eu acho que pronunciando a dissolução, vai ter o risco de ter outra maioria que não seja a dele, porque neste momento está a pôr Primeiros-Ministros que são mais da família dele do que outra. Portanto, aí é que ele vai ter que tomar uma decisão difícil. Mas só ele é que vai poder resolver este problema. E a partir do dia 9 de Setembro, vai ter que tomar esta decisão.

RFI: E relativamente às consequências imediatas de seja qual for o cenário, governo de gestão ou dissolução do Parlamento ou eleições antecipadas? Todos os cenários estão em aberto. Mas isto, em termos de 'timing' para a adopção desse famoso orçamento, é muito complicado.

Carlos Vinhas Pereira: Isto é muito complicado. Agora, a Constituição prevê soluções, ou seja, enquanto se fazem eleições ou enquanto se encontra soluções, pode ser adoptado o orçamento do ano anterior, para continuar a pagar os professores, para continuar a pagar as reformas. Portanto, isto está previsto, mas depois, a partir do prazo máximo do mês de Fevereiro, tem que haver um novo orçamento para o ano de 2026 e este novo orçamento será feito ou com um novo governo que será nomeado pelo Presidente Macron, ou um novo governo que será o resultado de novas eleições legislativas em França. Também vai ter como consequência do adiamento das eleições autárquicas que estavam previstas para Março em França. Portanto, estas eleições municipais vão ser adiadas normalmente para Junho ou Julho. Portanto, vai haver esta consequência também ao nível local.

RFI: Tendo em conta tudo o que acabamos de dizer, a seu ver, qual é o cenário mais provável?

Carlos Vinhas Pereira: Eu acho que o cenário mais provável vai ser a dissolução a ser anunciada pelo Macron e novas eleições, com certeza. De uma maneira ou de outra, pode haver uma vitória da extrema-direita, se não houver um consenso do lado esquerdo. Nomear, portanto, o Jordan Bardella (líder da União Nacional) como Primeiro-Ministro até às eleições presidenciais. Atenção, pode ser uma vontade do Macron, ou seja, de "queimar" a extrema-direita, pondo as pessoas a governar e ver o resultado. E o resultado, com certeza, que estará também nas ruas. Haverá, com certeza, manifestações todos os dias e eu acho que é uma maneira também de os pôr em confronto com o poder, antes das eleições presidenciais. Isto é um cenário que eu estou a ver agora. Posso enganar-me, mas pode ser também uma estratégia do Macron.ANG/RFI

Médio Oriente/ Guterres pede investigação rápida e imparcial a novo ataque a hospital em Gaza

 

Bissau, 26 Ago 25(ANG) - O secretário-geral da ONU, António Guterres, exigiu hoje uma investigação rápida e imparcial ao novo ataque israelita a um hospital em Gaza que matou pelo menos 20 pessoas, incluindo jornalistas e profissionais de saúde. 

 

"O secretário-geral condena hoje veementemente a morte de palestinianos nos ataques israelitas que atingiram o Hospital Nasser em Khan Yunis. Além de civis, os mortos incluíam profissionais de saúde e jornalistas", afirmou hoje o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, na sua conferência de imprensa diária.

 

Ao exigir uma investigação ao caso, Guterres advogou que as mortes em causa realçam os riscos extremos que os profissionais de saúde e os jornalistas enfrentam ao realizarem o "seu trabalho vital no meio deste conflito brutal".

 

O secretário-geral lembrou ainda que os civis, incluindo os trabalhadores do ramo da saúde e da comunicação, devem ser respeitados e protegidos e reiterou que esses profissionais devem poder desempenhar as suas funções essenciais "sem interferência, intimidação ou danos", em plena conformidade com o Direito Internacional Humanitário.

 

O líder das Nações Unidas reiterou igualmente o seu apelo a um cessar-fogo imediato e permanente, ao acesso humanitário irrestrito a toda a Faixa de Gaza e à libertação imediata e incondicional de todos os reféns.

 

Antes das declarações de Guterres, várias agências das Nações Unidas já haviam condenado a mais recente ofensiva do exército israelita ao Hospital Nasser, o principal centro médico no sul da Faixa de Gaza.

Uma das reações veio o chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), Philippe Lazzarini, que denunciou a "chocante" inação da comunidade internacional diante da situação em Gaza.

 

Este novo ataque israelita equivale a "silenciar as últimas vozes que denunciam a morte silenciosa de crianças vítimas da fome", denunciou Philippe Lazzarini na rede social X, acrescentando: "A indiferença e a inação do mundo são chocantes".

 

Pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas, morreram em dois ataques realizados pelas forças israelitas ao hospital Nasser, no sul da Faixa de Gaza, segundo a Defesa Civil palestiniana.

 

A estação qatariana Al-Jazeera, as agências de notícias Reuters e Associated Press (AP) lamentaram a morte dos seus colaboradores, manifestando choque e tristeza.

 

O exército israelita reconheceu ter realizado "um ataque na zona do hospital Nasser" e anunciou uma "investigação", lamentando "qualquer dano causado a indivíduos não envolvidos" e que "não teve como alvo jornalistas propriamente ditos".

 

Segundo o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Bassal, o hospital Nasser em Khan Yunis foi atingido duas vezes pelo exército israelita, primeiro por um ‘drone’ explosivo e depois por um bombardeamento aéreo enquanto os feridos eram retirados do local.

 

O hospital Nasser é uma das últimas unidades de saúde parcialmente funcionais na Faixa de Gaza, enclave palestiniano devastado por quase dois anos de guerra, que fizeram dezenas de milhares de mortos e provocaram um desastre humanitário.

 

Este complexo hospitalar foi alvo de ataques por parte de Israel por diversas vezes desde o início da guerra. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Austrália/Expulsão do embaixador do Irão após investigação sobre actos anti-semitas

Bissau, 26 Ago 25 (ANG) - A Austrália acusa o Irão de ter orquestrado dois ataques anti-semitas em Sydney e em Melbourne nos últimos meses, segundo o Primeiro-ministro Anthony Albanese, que também indicou que o Embaixador iraniano seria expulso. 


Dos cerca de dez ataques anti-semitas que abalaram a Austrália nos últimos meses, pelo menos dois foram organizados pelo Irão. Essa é a conclusão de uma investigação conduzida durante vários meses pelos serviços de inteligência australianos. É uma revelação que chocou o Primeiro-ministro Anthony Albanese.

"Esses foram actos de agressão extraordinários e perigosos orquestrados por uma nação estrangeira em território australiano. Foram tentativas de minar a coesão social e semear a discórdia na nossa comunidade. É totalmente inaceitável e o Governo australiano tomou medidas fortes e decisivas em resposta", afirmou Anthony Albanese.

O Primeiro-ministro anunciou que o seu Governo colocaria a Guarda Revolucionária Islâmica na lista de organizações terroristas, isto para além de expulsar o embaixador iraniano em Canberra.

Penny Wong, Ministra dos Negócios Estrangeiros, reiterou o carácter histórico de tal medida"Essa é a primeira vez no período pós-guerra que a Austrália expulsa um embaixador".

O chefe dos serviços de inteligência disse que continuava a investigar o possível envolvimento do Irão noutros ataques anti-semitas na Austrália, onde o regime iraniano usou uma infinidade de intermediários para tentar encobrir os seus rastos.

As autoridades iranianas já reagiram, rejeitando as acusações e avisando que medidas seriam tomadas em consequência das decisões australianas.

De notar que a Austrália suspendeu as actividades da sua Embaixada no Irão e o Embaixador vai regressar a Canberra.ANG/RFI

 

    Portugal/Irmãos Calema receberam o diploma de embaixadores da CPLP

 

Bissau, 26 Ago 25 (ANG) - Os músicos Calema receberam,  segunda-feira, o título de embaixadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

Fradique Mendes Ferreira e António Mendes Ferreira disseram que esperam ser exemplo para os jovens acreditarem nos seus sonhos e que “é incrível” fazer parte da “família da CPLP”.

A cerimónia de entrega do diploma de "embaixadores de Boa Vontade", na área de cultura e música, aos músicos Calema, decorreu  segunda-feira na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.

Os irmãos cresceram em São Tomé e Príncipe e contaram à agência Lusa que, quando começaram, o sonho da música parecia longínquo e difícil.

"Nós, quando estávamos a começar, não tínhamos nenhum exemplo porque tudo parecia muito difícil. (...) Eu acho que, de uma certa forma, podes mostrar-lhes [aos jovens] que é possível, que há um processo e que se trabalhares, se acreditares, o teu sonho pode-se tornar realidade, mas depende muito de ti. É essa luz que a gente quer", disse Fradique Mendes Ferreira.

António Mendes Ferreira acrescentou: "Nós sempre fizemos música com o intuito de alegrar as pessoas, de comunicar com elas, conectar com elas, e fazer parte desta família que é a CPLP é incrível. Nós crescemos dentro da comunidade e da sua cultura."

Os Calema adiantaram que vão reunir-se com "os responsáveis, analisar e ver" sobre a forma de colaborarem dentro da comunidade para "inspirar pessoas e quebrar barreiras". 

A ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de São Tomé e Príncipe, Ilza Amado Vaz, declarou que "os Calema representam aquilo que pode ser a esperança de uma juventude” e “é também a representação do país".

Na última Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada em 18 de Julho, em Bissau, os Calema foram nomeados "embaixadores de Boa Vontade da CPLP" para um mandato de quatro anos, susceptível de renovação.

A figura de "embaixador de Boa Vontade da CPLP" visa “promover amplamente os objectivos e difundir as actividades da CPLP", de acordo com comunicado da organização.

A CPLP é constituída por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.ANG/RFI