domingo, 23 de novembro de 2025

Brasil/COP30 termina sem avanços nos combustíveis fósseis: "Acordo possível"

Bissau, 23 Nov 25 (ANG) - A ausência de avanços no abandono dos combustíveis fósseis, o aumento do financiamento à adaptação e a criação de um mecanismo para a transição justa marcaram a COP30, que terminou sábado em Belém.

Na 30.ª conferência das Nações Unidas para as alterações climáticas, que começou dia 10 e terminou no sábado, um dia após o prazo, quase 200 países chegaram finalmente a um acordo, intitulado Mutirão Global ,   numa referência a uma palavra indígena que representa uma comunidade que trabalha em conjunto para um objetivo comum.

acordo, que chegou a temer-se não ser possível de alcançar devido às divergências entre os vários blocos de países, foi aplaudido pelo presidente brasileiro, Lula da Silva, como uma vitória do multilateralismo, mas o secretário executivo da Convenção da ONU para o Clima, Simon Stiell, disse entender a frustração de alguns países.

Na base da frustração está o facto de a proposta de Lula da Silva de aprovar um roteiro para o abandono dos combustíveis fósseis, que tinha o apoio de mais de 80 países, ter sido apagada no acordo final devido à pressão dos países árabes, Rússia, Índia e China.

"Sei que alguns de vós tinham ambições maiores", disse o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, no plenário final, anunciando de seguida que a presidência brasileira irá manter as discussões sobre o roteiro até à próxima COP, daqui a um ano.

No entanto, esse plano não terá o mesmo peso de uma decisão oficial aprovada numa conferência da ONU.

Após a aprovação, a Colômbia, que foi um dos países mais vocais na defesa do roteiro e anunciou a realização de uma conferência em abril sobre combustíveis fósseis, reagiu com irritação à ausência de menções a estes combustíveis no acordo.

Aos jornalistas portugueses, a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, criticou a posição da Colômbia, que acusou de estar a "tentar dar nas vistas" depois de ter apoiado o acordo.

Para a ministra portuguesa, o acordo aprovado é "o acordo possível", sublinhando que a alternativa, que seria não haver acordo, "seria terrível".

comissário europeu para o clima, Wopke Hoekstra, admitiu também que os 27 teriam preferido "mais, e mais ambição em tudo", mas tiveram de apoiar o acordo porque, "pelo menos, ele aponta na direção certa".

Outros países fizeram também elogios contidos ao acordo, dizendo que representava o melhor possível dadas as circunstâncias difíceis, enquanto outros criticaram o conteúdo e o processo.

"Não posso chamar a esta COP um sucesso", lamentou a ministra da Transição Ecológica francesa, Monique Barbut, aos jornalistas. "É um acordo sem ambição, mas não é um mau acordo no sentido de que não contém nada inaceitável".

O texto pede também esforços para triplicar até 2035 o financiamento destinado à adaptação de países em desenvolvimento, que estava em 40 mil milhões de dólares e poderá assim chegar a 120 mil milhões, mas os países vulneráveis consideraram insuficiente o objetivo.

Os países desenvolvidos, incluindo a UE, rejeitaram aumentar o total de financiamento climático público, que deverá somar 300 mil milhões por ano até 2035.

Uma decisão que foi muito elogiada, nomeadamente pelas associações ambientalistas, foi a criação de um Mecanismo de Ação de Belém (BAM) para uma Transição Justa, para apoiar os países na proteção dos trabalhadores e das comunidades durante a transição para energias limpas.

Brasil lançou ainda um fundo inovador que investirá recursos no mercado e usará os rendimentos para pagar a contribuintes e países que protegem florestas.

O fundo já recebeu cerca de 5,5 bilhões de dólares em compromissos iniciais (Brasil, Noruega, Alemanha, Indonésia, França e Portugal) e a meta final é arrecadar 125 bilhões.

As organizações ambientalistas ouvidas pela Lusa mostraram-se desapontadas com o resultado da COP30, que disseram ficar aquém das expectativas, mas reconheceram o avanço na aprovação de um mecanismo para uma transição justa.

A nível internacional a opinião é semelhante, com a WWF a considerar o resultado modesto e os poucos avanços obtidos insuficientes para enfrentar a crise climática, enquanto a Greenpeace disse não ser o avanço "que o mundo desesperadamente necessita".

"A COP30 dá um passo esperançoso rumo à justiça, mas não vai longe o suficiente", comentou a rede Climate Action Network.

COP30 ficou ainda marcada por ter representado um regresso da sociedade civil a estes encontros mundiais sobre o clima, após as últimas edições terem acontecido em países com poucas liberdades cívicas, assim como pela grande participação de povos indígenas.

No sábado, a meio da COP30, milhares de ativistas e indígenas marcharam na cidade de Belém contra as alterações climáticas e para exigir respostas dos líderes reunidos na cidade.

Uma invasão da área restrita da COP30 por dezenas de manifestantes, um protesto de ativistas que bloquearam a entrada da conferência e um incêndio que levou à evacuação da Zona Azul e ao seu encerramento durante mais de seis horas foram alguns episódios que marcaram também a conferência do clima.

Após uma longa disputa entre Ancara e Camberra sobre quem acolheria a COP31, ficou decidido que a próxima cimeira será na Turquia, mas a Austrália ficará a supervisionar as negociações oficiais.

A pré-COP, um encontro para consultas técnicas que ocorre cerca de um mês antes da conferência, será realizada num Estado insular do Pacífico. ANG/Lusa

 

Eleições Gerais/ Umaro Sissoco Embaló apela a participação massiva dos eleitores e voto consciente após votar em Gabu

Bissau, 23 Nov 25 (ANG) - O candidato presidencial, apoiado pela coligação Plataforma Republicana-“Nô Cumpu Guiné”, Umaro Sissoco Embaló apelou hoje  a participação massiva e ao voto consciente dos cidadãos., defendendo a continuidade da mudança no país.

Umaro Sissoco Embaló falava à imprensa  após exercer o seu direito de voto na cidade de Gabu, leste do país, no âmbito das eleições presidenciais e legislativas.

Embaló manifestou a expectativa de que o processo decorra com tranquilidade, à semelhança da campanha eleitoral de 21 dias, que terminou sem incidentes de relevo.

O Presidente lembrou ainda que a legislação vigente proíbe qualquer pronunciamento sobre resultados eleitorais antes da comunicação oficial por parte da Comissão Nacional de Eleições (CNE), em alusão as recentes declarações do candidato Fernando Dias da Costa de que foi o mais votado em todos os Quarteis, no voto antecipado realizado na sexta-feira(21).

Segundo Embaló, esses resultados ainda não foram divulgados pela CNE e permanecem selados, devendo ser encaminhados para os respetivos círculos eleitorais antes do início da contagem.

Cerca de 966 mil eleitores guineenses foram  chamados às urnas para escolher simultaneamente o Presidente da República e os 102 deputados da Assembleia Nacional Popular.ANG/LPG/ÂC//SG

Eleições gerais/ Mais de 966 mil eleitores guineenses escolhem hoje  novo Presidente e deputados do parlamento

Bissau, 23 Nov 25(ANG) - Novecentos e sessenta e seis mil e cento e cinquenta e dois eleitores guineenses (966.152) foram chamados para neste domingo(23)eleger  novo Presidente da República e os 102 deputados da Assembleia Nacional Popular (ANP).

As eleições deste domingo, são as quartas gerais realizadas na história democrática do país e a primeira em que o partido libertador o PAIGC fica de fora da corrida eleitoral por uma decisão do Supremo Tribunal de justiça.

As urnas abriram em todo o território nacional as 07 horas e vão fechar as 17 horas.

Para estas eleições gerais, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) mobilizou 3.728 mesas de voto distribuídas por todo o país e mais a diáspora (África e Europa).

A CNE recebeu da parte da Imprensa Nacional (INACEP) dois milhões e quatrocentos mil boletins de voto que serão distribuídos para os 29 círculos eleitorais, incluído a diáspora, bem como alguns materiais, como atas síntese de apuramento, listas de descarga, entre outros.

A comunidade internacional nomeadamente a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), da União Africana, do Fórum de Anciões da CEDEAO, entre outros, estão no país para monitorizar o processo eleitoral.

Nas eleições presidenciais, perfilavam inicialmente 12 candidatos, mas depois do anúncio de desistência do candidato independente, Siga Batista, a favor do também independente Fernando Dias da Costa, a lista ficou reduzida a 11 candidatos concorrentes.

Entre os 11 candidatos, destaca-se: Umaro Sissoco Embaló, que concorre à reeleição com o apoio da Plataforma Republicana “Nô Kumpu Guiné”, Fernando Dias da Costa, apoiado pelas coligações PAI Terra Ranka e API Cabas Garandi, José Mário Vaz, apoiado pelo excluído partido COLIDE-GB, Baciro Djá, apoiado pela FREPASNA, João Bernardo Vieira, apoiado por PALDG, Honório Augusto Lopes, da FLING, Mário da Silva Júnior, da OCD-ER, Herculano Armando Bequinsa, candidato independente, Gabriel Fernando Indi, do PUSD, João de Deus Mendes, candidato independente e Mamadu Iaia Djaló da Aliança para a Republica (APR).

Para as legislativas, o Supremo Tribunal de Justiça validou a candidatura de 13 partidos políticos e uma coligação eleitoral para  disputar os 102 assentos no Parlamento, nomeadamente: Frente Patriótica de Salvação Nacional (FREPASNA), Movimento de Unidade Nacional para o Desenvolvimento da Guiné-Bissau (MUNDO GB), Partido para a Solução (PS), Partido Socialista dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (PSTGB), Partido da Libertação Social (PLS), Partido Africano para a Liberdade e Desenvolvimento da Guiné (PALDG), Frente da Luta pela Independência da Guiné-Bissau (FLING), Partido Lanta Cedo (PLC), Movimento Social Democrático (MSD), Partido dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (PT), Partido do Povo (PdP), Organização Cívica da Democracia – Esperança Renovada (O.C.D-ER) e  Coligação Plataforma Republicana “Nô Kumpu Guiné”. ANG/ÂC//SG

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

         


           Eleições Gerais
/ DSP promete cumprir  promessas feitas em 2014

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) – O líder do PAIGC e coordenador da Coligação PAI- Terra Ranka, Domingos Simões Pereira prometeu esta sexta-feira que, se o candidato suportado pela coligação vencer as eleições no domingo vai cumprir todas as promessas feitas em 2014.


Simões Pereira que não identificou a nenhuma dessas promessas a que se referiu, falava no comício popular do candidato presidencial Fernando Dias, no Campo da Guiné-Telecom, no Bairro Militar, em Bissau disse que estas eleições não são feitas apenas para  eleger Fernando Dias, mas também representam  um referendo para a reposição da legalidade constitucional na República da Guiné-Bissau.

Afirmou que, se o candidato Dias for eleito cairá todos os decretos assinados pelo presidente cessante, pois são “inexistente e inconstitucionais”.

Simões Pereira disse não ter dúvidas do que está a acontecer uma revolução social conduzido pela juventude no país, porque  já não estão dispostos a aceitar que seu futuro  seja hipotecado.

O líder do PAIGC disse que inicia  a partir de sábado uma operação de vigília de apuramento dos resultados eleitorais , por um período de  72 horas até se confirmar a vitória de candidato Fernando Dias.

Acusou o atual regime de ser ladrão de voto, pelo que pede a vigilãncia de todos  para que isso não aconteça.

Disse que o atual poder está a colocar pressão sobre as companhias que prestam serviços de Telecomunicações  no país para interromperem os serviços de Internet no momento de apuramento dos resultados.

ANG/JD/ÂC//SG

 

Eleições gerais / Fernando Dias encerra campanha com apelo à unidade nacional e promessa de restaurar ordem constitucional

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) - O candidato presidencial suportado pelo PAIGC, Fernando Dias da Costa, encerrou, esta sexta-feira, o último comício da sua campanha eleitoral, no Campo de Rádio, no Bairro Militar, em Bissau, com apelo à unidade nacional e promessa de restaurar a ordem constitucional.

Perante milhares de apoiantes e diversas figuras políticas que declararam apoio à sua candidatura para as eleições de 23 de Novembro, Dias pediu voto massivo na sua candidatura “para repor à liberdade no país”.

Agradeceu o apoio recebido em todas as regiões do país e afirmou ser a “aposta do povo guineense”.

Comprometeu-se a garantir a estabilidade e a não interferir nos órgãos de soberania, prometendo restaurar a ordem constitucional “tal como estava”, caso for eleito.

O candidato assegurou que dará prioridade à paz, unidade nacional e respeito pelas leis do país, e disse  que não permitirá interferências no Supremo Tribunal de Justiça, no poder legislativo ou no governo.

Dias destacou que a sua agenda política inclui soluções para problemas estruturais como a falta de escolas, unidades de saúde, estradas e o combate à fome.

Prometeu ainda pôr fim à tortura,  prisão arbitrária e nomeações baseadas em afinidades políticas ou familiares, defendendo concursos públicos para o desempenho da função na administração pública.

No domínio da política externa, Fernando Dias assegurou que vai fortalecer relações com organizações internacionais como a ONU, União Africana, União Europeia, Comunidade Económica dos Estado da Africa Ocidental (CEDEAO) e com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), além de reforçar laços bilaterais com Portugal, Senegal, Gâmbia e Guiné-Conacri.

Sobre as Forças Armadas, prometeu resolver desigualdades internas em termos de promoções e encontrar soluções para problemas salariais que afetam agentes ( auxiliares) do Ministério do Interior.

Fernando Dias pediu aos seus apoiantes para comparecerem cedo nas Assembleias de Voto e colaborarem com os fiscais de mesa.

Disse ainda as operadoras de telecomunicações para que não interfiram em assuntos políticos.

O candidato disse
que  caso seja confirmado vencedor no dia 23, governará para “restabelecer a democracia e promover a boa imagem da Guiné-Bissau no concerto das nações”.

Em nome das mulheres, Joana Cobdé Nhanca afirmou que a presença no comício de “grande número de apoiantes”  é sinal de vitória de Dias e reforçou o apelo à  “liberdade” para o país.

Outros intervenientes, como o presidente em exercício da coligação Aliança Patriótica Inclusiva(API-Cabaz Garandi), Jorge Fernandes, destacaram que a liberdade nacional “está em causa”, e defendeu  a união da juventude para “recuperar a democracia”.

O porta-voz dos candidatos que desistiram a favor de Fernando Dias, Siga Batista reafirmou que os problemas do país “são comuns” e que, por isso, a solução também deve ser coletiva.

O vice-coordenador da Coligação PAI-Terra Ranka, Agnelo Regala exortou os apoiantes no sentido de começarem a reflexão ainda hoje para tomada da melhor decisão.

O Director Nacional da Campanha de Fernando Dias da Costa, Mário Sambé agradeceu o apoio  da Coligação PAI-Terra Ranca e do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) à candidatura de Dias e pediu vigilância redobrada dos fiscais para evitar  fraudes no processo eleitoral.

O evento contou com a presença de dirigentes de diferentes formações políticas, nomeadamente de  Batista Té, Rolando da Silva, José António Cruz Almeida, Danilson Gomes, Otávio Alves, Lourenço Gomes, Teadora Inácia Gomes,  Garcia Bifa Bideta, Jorge Malú, Domingos Malú, António Artur Sanhá, Djibril Baldé, Victor Mandinga, Joana Cobde Nhanca, Vicente Fernandes, Abdu Mané, Geraldo Martins, Lassana Fati, Califa Seidi, Jorge Fernandes e Mário Fambé, entre outros. ANG/ LPG/ÂC//SG

Eleições Gerais/ Primeiro-ministro fala de vitória de Umaro Sissoco Embaló  logo na primeira volta

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) - O Primeiro-ministro  disse hoje  hoje que o Presidente cessante Umaro Sissoco Embaló vai ganhar as eleições presidenciais de domingo, logo na primeira volta.

Braima Camará falava num comício   popular no último dia da campanha eleitoral realizado no Espaço Verde, o Bairro de Ajuda, em Bissau.

Afirmou  que na próxima segunda-feira vão convidar o povo da Guiné-Bissau para uma manifestação de vitória eleitoral jamais visto no país.

“A Guiné-Bissau precisa de continuar a construção de um Estado de Direito Democrático iniciado por Umaro Sissoco Embaló, com dignidade, e no próximo Domingo ele vai ganhar com 75 à 80 por cento dos votos “,disse.

Camará disse estar disponível  para  continuar ao lado de Embaló e acabar com as querelas políticas rumo ao desenvolvimento do país, afirmando que já está cansado das guerras políticas e que quem não quer a paz ,unidade, reconciliação e entendimento que não conte com ele.

O governante declarou que  já mobilizou  cinco milhões de dólares para criação de  polos universitários em todas as regiões do país, tendo apelado aos eleitores para votarem  no candidato que apoia para continuarem com as realizações iniciadas.

O Diretor Nacional da Campanha, da Plataforma Republicana-Nô Cumpo Guiné, Ilídio Vieira Té disse que, com  Umaro Sissoco Embaló o país passou a ser respeitado a nível mundial e que o povo passou a ter autoestima e a andar de cabeça erguida.

Té salientou que hoje a Guiné-Bissau tem palavra em todas as organizações internacionais de que faz parte, porque tem as suas  quotas em dia, ao contrário do passado.

“A Guiné-Bissau, pela primeira vez, na sua história tem  nova avaliação do Fundo Monetário internacional (FMI) e falta  a conclusão da 10ª avaliação, que será feita em Março de 2026 ,tudo graças a este homem, ao contrário do que acontecia no passado”,disse.ANG/MSC/ÂC//SG

Eleições gerais/ Sociedade Civil denuncia violações ao Código de Conduta Eleitoral e apela à calma na reta final da campanha

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) - A Plataforma das Organizações da Sociedade Civil (OSC), coordenado pelo Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento(MNSCPDD), denunciou hoje  a persistência de episódios de violação do Código de Conduta eleitoral assinados pelos concorrentes às eleições de domingo.

Em Comunicado à imprensa, assinado pelo presidente do MNSCPDD, Fodé Carambá Sanhá, a OSC refere ter constatado  várias ocorrências que contrariam os princípios do Código de Conduta e Ética Eleitoral, nomeadamente a falta de segurança em Bantandjam (Bambadinca), situação de insegurança em Xitole , na Região de Bafatá, envolvendo apoiantes de um candidato independente às eleições presidenciais.

A organização ainda se referiu a situações de insegurança nos comícios de partidos, coligação e de candidatos.

Outras situações de evidência de incumprimento do Código de Conduta eleitoral para os concorrentes denunciadas se relacionam à discursos de ódio e de incitação à violência, publicação de vídeos considerada de inoportuna e com conteúdos de caracter tribal relacionadas a alegações de detenção de cidadãos de etnia Balanta.

A Plataforma que monitorou o cumprimento do Código de Conduta e Ética Eleitoral nas Eleições Gerais de 2025  ainda denunciou que alguns candidatos e partidos fizerem o uso de discursos de teor tribal e religioso com intensão de mobiliar mais votos.

Quanto a demonstração de força, denunciou uma situação de bloqueio de vias públicas  numa clara demonstração de poder, impedindo a circulação de caravanas de outras formações concorrentes.

O OSC apelam  aos signatários do Código de Conduta, partidos, coligação, candidatos e seus apoiantes  para que se abstenham de práticas que possam ameaçar a paz social.

As OSC apelam aos  eleitores a comparecerem às Mesas de Assembleia de Voto para exercerem o seu direito de cidadania. Pedem igualmente que candidatos, militantes, simpatizantes e apoiantes mantenham o respeito mútuo e aceitem o veredito das urnas de forma pacífica. ANG/LPG/ÂC//SG


Eleições Gerais
/ Candidato presidencial Umaro Sissoco Embalo promete construir uma universidade em Biombo, caso vença eleições

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) - O Presidente cessante e candidato às eleições presidenciais de domingo prometeu, esta sexta-feira, a construção de uma universidade em Biombo, caso vença as eleições.

Sissoco Embaló falava durante um comício popular no sector de Ondame, região de Biombo, norte do país, no qual defendeu que pertence a geração que concretiza as suas promessas.

 “Estamos a reabilitar as estradas, contruímos escolas e centros de saúde. Mas, perspetivamos fazer muito mais nesta região e para Guiné-Bissau no futuro. Contamos com o vosso apoio e convicção para que, juntos, possamos alcançar o progresso”, disse Embaló.

Sissoco sublinhou que já provou  que pode fazer algo para desenvolver a Nação guineense, e que os régulos de Biombo acreditam nele, por isso lhe deram  o machado que simboliza seu segundo mandato.

O Diretor Nacional de Campanha da Plataforma Republicana Ilídio Vieira Té disse que os populares de Biombo com certeza vão votar em Umaro Sissoco Embaló uma vez que já conhecem as suas capacidades.

Vieira Té salientou que Umaro Sissoco Embaló é um homem capaz de solucionar problemas da Guiné-Bissau ao contrário dos que querem simplesmente seus proveitos pessoais e que procuram roubar do Estado. a todo o custo.

Terminado o comício em Ondame, o candidato Sissoco Embaló de machado ao ombro, coberto de pano vermelho a maneira da etnia Pepel,seguiu direto para o Espaço Verde, do bairro de Ajuda, em Bissau onde realizou o comício  de encerramento da campanha eleitoral.ANG/AALS/ÂC//SG

 

 

Eleições Gerais/ Candidato presidencial Umaro Sissoco Embaló diz  ter moral para pedir a renovação do mandato para mais cinco anos

Bissau, 21 Nov  25 (ANG)- O Candidato presidencial independente ,  Umaro Sissoco Embaló afirmou hoje que, depois de toda  a sua influência feita para desenvolvimento do país, tem toda a moral e dever de pedir ao povo guineense a renovação do mandato no próximo domingo.

E diz que pede renovação do mandato para  “garantir a paz e estabilidade”.

Sissoco Embaló que falava no comício popular de fecho da campanha eleitoral, realizado no Espaço Verde de Bairro de Ajuda, em Bissau, disse que o povo precisa de um presidente da República que tem a noção do Estado e preparado para dirigir o país.

Disse que a estrada que liga Nhacra à Jugudul já está em construção, não pela campanha mas sim, porque o seu governo “promete e cumpre”.

O candidato Embaló sublinhou que não tem necessidade de  provar ao povo,  porque já assistiu e está a assistir a construção dos hospitais, estradas, escolas, aeroporto e outras infraestruturas no


país.

Sublinhou que atualmente o país está a presidir a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e que já presidiu igualmente a CEDEAO, algo que nunca aconteceu na história da Guiné-Bissau.

"Graças a minha chegada na Presidência da República, hoje a Guiné-Bissau  é respeitada no mundo, porque levei o país nos concertos das nações. A partir de segunda-feira nunca mais vão ouvir falar de golpes na Guiné-Bissau e quem pretende o poder tem que ir às urnas,", disse.

Embaló prometeu que, se ganhar as eleições de 23 de Novembro,  a Guiné-Bissau nunca vai parar, porque ele e a sua Plataforma são factores de estabilidade e de união, e diz que “ a partir de segunda-feira vão manifestar a vitória de forma  ordeira, porque a Plataforma Republicana vai ganhar as eleições gerais”.ANG/MI/ÂC//SG

 

Eleições gerais/Campanha eleitoral termina hoje às 00 horas em todo o território nacional

Bissau,21 Nov 25(ANG) – Os 21 dias da campanha eleitoral para as eleições legislativas e presidenciais de domingo(23), vão terminar às 00 horas desta sexta-feira, em todo o território nacional.

A campanha eleitoral iniciou no dia 01 de Novembro e decorreu durante 21 dias de acordo com a Lei Eleitoral guineense, envolvendo 13 partidos e uma coligação bem como 12 candidatos às presidenciais.

O dia 22 de novembro, sábado, será reservado como o “dia de reflexão” antes das eleições.

De acordo com informações fornecidas à ANG pela sua Diretoria de Campanha, a coligação Plataforma Republica “Nô Cumpu Guiné”, que suporta a candidatura do Presidente da República cessante, Umaro Sissoco Embaló, agenda para hoje o seu último comício de “caça ao voto”, no Espaço Verde de Bairro de Ajuda, em Bissau.

O candidato às presidenciais Fernando Dias da Costa, apoiado pelo PAIGC irá realizar o seu comício popular de encerramento de campanha no Campo da Guiné-Telecom, no Bairro Militar, em Bissau.

O candidato independente e antigo Presidente da República José Mário Vaz escolheu a cidade de Canchungo, no norte do país para o fecho da sua campanha eleitoral.

O candidato independente às presidenciais, João Bernardo Vieira, vai realizar o seu último comício na cidade de Gabu, leste do país.

O candidato presidencial, Baciro Djá escolheu a cidade de Bissorã, no norte para encerrar as suas atividades de mobilização de votos. ANG/ÂC//SG

Eleições Gerais/ Presidente da República cessante recebe missão de observadores eleitorais da CPLP

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) - O Presidente da República cessante concedeu hoje em audiência uma missão de observadores eleitorais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Em declarações à imprensa à saída, o chefe da Missão Luís de Carvalho disse que o encontro  serviu para a delegação apresentar os objetivos da sua presença no país durante o período eleitoral.

O chefe da missão explicou que o grupo tem como principal responsabilidade observar e verificar o processo eleitoral, sobretudo a fase final.

 “Estamos aqui para verificar a fase final da campanha eleitoral, do processo de votação e do apuramento dos resultados. Depois faremos a nossa declaração”, afirmou.

Luís de Carvalho disse sentir-se honrado  por liderar a missão da CPLP, lembrando que a Guiné-Bissau é um país irmão, fundador da organização e que atualmente ocupa a presidência rotativa.

“A missão já manteve contactos com outras entidades nacionais, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros, o ministro da Administração Territorial e Poder Local e o ministro das Finanças”, informou.

 Destacou que a reunião com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) foi particularmente relevante, por ser o órgão responsável pela organização do processo eleitoral.

Durante o encontro, conforme o chefe da missão da CPLP, os observadores foram informados sobre o estado dos preparativos e da presença da CNE no território nacional, através das Comissões Regionais de Eleições (CRE).

Com base nos contactos já realizados, Luís de Carvalho concluiu que a Guiné-Bissau reúne as condições necessárias para a realização das eleições no domingo(23) conforme presevisto. ANG/LPG/ÂC//SG

     Nigéria/Sequestro de 25 meninas em idade escolar provoca indignação

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) - A Nigéria enfrenta mais uma vez o flagelo dos sequestros em escolas, após o rapto de cerca de vinte meninas de uma escola pública feminina, o que gerou uma onda de comoção e apoio que se espalhou internacionalmente.

A Escola Secundária Feminina de Maga, localizada no distrito de Danko, no estado de Kebbi (noroeste), ganhou destaque na mídia local e internacional após ser invadida no início desta semana por um grupo de bandidos fortemente armados. Os agressores sequestraram 25 alunas de seu dormitório e as levaram para um local desconhecido, provocando indignação generalizada.

Este incidente reaviva a dor do passado, quando escolas em todo o país foram palco de ataques violentos e sequestros em massa, e levanta sérias questões sobre a eficácia das medidas de segurança concebidas para proteger os estudantes do país.

Mais de dez anos após o sequestro, em 2014, de quase 300 meninas em idade escolar em Chibok, no estado de Borno (nordeste), pelo grupo terrorista Boko Haram, esta nova tragédia levou a esfera política nigeriana e a opinião pública a refletir sobre a dimensão deste flagelo e suas repercussões nocivas na educação infantil, particularmente para as meninas, que pagam o preço mais alto.

Em comunicado, o presidente nigeriano Bola Ahmed Tinubu condenou o sequestro das estudantes de Kebbi e ordenou a mobilização das forças de segurança para reunir as vítimas com suas famílias.

O vice-presidente nigeriano, Kashim Shettima, visitou Kebbi na quarta-feira para se encontrar com as famílias das vítimas e coordenar esforços com as autoridades locais para a sua libertação.

Perante diversas autoridades locais, o vice-presidente nigeriano prometeu mobilizar todos os recursos à disposição do Estado "para trazer estas estudantes de volta para casa e garantir que os autores destes atos hediondos sejam punidos com todo o rigor da lei".

Diversas vozes entre ativistas da sociedade civil e atores políticos se levantaram para denunciar a insegurança enfrentada por estudantes no país e a "impotência" do aparato de segurança diante da ascensão de grupos terroristas e bandidos.

A Agência Nacional de Orientação (NOA) expressou preocupação com o ressurgimento de ataques e da insegurança no país, afirmando que o ato hediondo de sequestro "prejudica os esforços nacionais para promover o acesso à educação, particularmente para as meninas".

“Nenhuma criança em idade escolar deve ser colocada em perigo. As escolas devem permanecer espaços seguros onde as crianças possam aprender, crescer e aspirar a algo sem medo”, insiste a mesma fonte.

A ministra nigeriana para Assuntos da Mulher, Imaan Sulaiman-Ibrahim, exigiu a libertação imediata e incondicional das meninas sequestradas no estado de Kebbi, classificando o ato como "um ataque à sua segurança, dignidade e futuro".

O senador Mohammed Ali Ndume, por sua vez, pediu esforços intensificados para resgatar em segurança as 25 estudantes da Escola Abrangente Feminina do Governo no Estado de Kebbi, que está passando por seu segundo sequestro em massa em quatro anos, após o sequestro, em 2021, de mais de 100 estudantes e alguns funcionários do Colégio Federal de Yauri.

Em um comunicado divulgado pela mídia, a "VIEW", uma coalizão de defensoras dos direitos das mulheres nas regiões do norte da Nigéria, deplorou "a contínua falha das autoridades em proteger as cidadãs mais vulneráveis", explicando que os sequestros em curso destacam os grandes riscos enfrentados por meninas em idade escolar no norte do país.

Apesar dos esforços para garantir a segurança do ambiente escolar, "nossas escolas continuam mais vulneráveis ​​do que nunca e nossas meninas estão desaparecidas novamente", lamenta a coalizão, que pede uma operação de resgate coordenada e estruturada que rompa com as deficiências das intervenções de segurança em tragédias como essa.

A Nigéria tem sofrido recentemente com ataques violentos e sequestros, incluindo um ataque mortal durante uma missa em uma igreja no oeste do país, perpetrado por homens armados, e a perda de um general do exército após seu sequestro no nordeste.

As forças de segurança da Nigéria foram colocadas em alerta máximo pelo Chefe de Estado para lidar com o ressurgimento da insegurança, enquanto o Estado de Kwara (oeste) decidiu fechar escolas em vários distritos, como parte de "medidas de segurança proativas" destinadas a lidar com ameaças à segurança.ANG/Faapa

    

 

      EUA/Plano de paz  inclui cedência de territórios ucranianos à Rússia

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) - O esboço do plano de paz norte-americano já é conhecido
e prevê que a Ucrânia ceda as regiões de Donetsk e de Lugansk à Rússia, que reconheça a anexação russa da Crimeia, que reduza o seu Exército e que se comprometa em não aderir à NATO, propostas que a Ucrânia tem rejeitado, até agora.

O documento inclui, também, um “pacto global de não agressão” entre a Rússia, Ucrânia e a Europa.

Volodymyr Zelensky disse que pretende falar “nos próximos dias” com Donald Trump sobre o plano de paz norte-americano para o fim do conflito com a Rússia. A decisão foi anunciada pelo gabinete do presidente ucraniano, apesar das críticas e de a proposta norte-americana prever que a Ucrânia ceda em questões que até agora Kiev tem rejeitado.

Entre os principais pontos estão o reconhecimento ucraniano de que a Crimeia, Lugansk e Donetsk são regiões russas, enquanto Kherson e Zaporijjia “serão congeladas ao longo da linha de contacto, o que significará um reconhecimento de facto ao longo dessa linha”, explica a agência France Presse.

Outros pontos são um “pacto global de não agressão” entre a Rússia, Ucrânia e a Europa, a redução das forças ucranianas a 600.000 efectivos e a inscrição na Constituição ucraniana de que não aderirá à NATO.

Por outro lado, prevê-se, por exemplo, a reintegração da Rússia na economia global e o seu regresso ao G8, enquanto 100 mil milhões de dólares de activos russos congelados deveriam ser investidos em projectos liderados pelos Estados Unidos para reconstruir e investir na Ucrânia, sendo que os Estados Unidos receberiam 50% dos benefícios.

Esta sexta-feira, a Presidência russa advertiu o Presidente ucraniano de que deve negociar o fim da guerra, sob pena de a Ucrânia perder novos territórios: “É melhor negociar e fazê-lo agora do que mais tarde. O espaço para tomar decisões para ele [Volodymyr Zelensky] reduz-se à medida que perde territórios”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.ANG/RFI

 

Marrocos/ Rabat apela por maior empenho no combate ao fenómeno de crianças-soldado em África

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) – Os trabalhos da Conferência Ministerial Africana sobre Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) de crianças-soldado foram
encerrados, na quinta-feira,  com a adoção da Declaração de Rabat, que sublinha o reforço do compromisso de combater o recrutamento de crianças em conflitos armados em África.

Os ministros e chefes de delegação dos Estados africanos participantes neste evento adotaram esta Declaração, que reafirma o firme compromisso de combater o recrutamento e a exploração de crianças em conflitos armados, descritos como "graves violações do direito internacional e uma afronta à humanidade".

A Declaração expressou profunda preocupação com as contínuas e graves violações contra crianças, incluindo recrutamento forçado, violência sexual, sequestro e obstrução do acesso à educação e à ajuda humanitária.

O documento também enfatiza a prioridade dada à prevenção, considerada a resposta mais eficaz para acabar com o fenômeno das crianças-soldado. As delegações defenderam, portanto, o estabelecimento de ambientes protetores, o fortalecimento da resiliência comunitária e dos mecanismos de alerta precoce, bem como o combate às causas profundas do recrutamento.

Os ministros também enfatizaram que a reintegração de crianças libertadas de grupos armados deve ser abrangente, sustentável e adaptada à trajetória de cada indivíduo, por meio de programas que combinem apoio psicossocial, reunificação familiar, inclusão social, educação e empoderamento econômico. Ressaltaram a necessidade de combater a estigmatização e promover a reconciliação dentro das comunidades.

A Declaração de Rabat também apela ao reforço da cooperação regional e internacional, destacando o papel central das organizações africanas, das comunidades locais e da sociedade civil na prevenção, proteção e reintegração de crianças associadas a forças e grupos armados.

A Declaração também destaca que os processos de paz e pós-conflito devem integrar sistematicamente a proteção das crianças, consideradas não apenas como beneficiárias, mas também como agentes de mudança nas sociedades africanas.

A Declaração de Rabat anuncia ainda o lançamento de um processo para desenvolver um instrumento jurídico africano específico, sob a forma de uma convenção continental dedicada à prevenção do recrutamento de crianças-soldado e à sua reintegração. Neste contexto, os ministros africanos decidiram criar o "Grupo de Amigos para o DDR Centrado na Criança", uma plataforma concebida para apoiar este processo e catalisar esforços conjuntos.

Adotada em Rabat, a Declaração reafirma a ambição comum dos países africanos de construir um continente onde todas as crianças possam crescer livres do medo, da violência e dos conflitos armados, e a sua determinação em contribuir para o esforço global de erradicar definitivamente o fenómeno das crianças-soldado.ANG/Faapa

 

   COP30/Marrocos pede acesso direto ao financiamento para países africanos

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) - Marrocos defendeu , quinta-feira, em Belém, uma “década de implementação” do Objetivo Global de Adaptação (OGA), ressaltando que a eficácia desse marco dependerá, sobretudo, do aumento e do acesso direto ao financiamento para os países africanos.

“Sem financiamento, os países africanos não conseguirão operacionalizar a Abordagem Global para a Adaptação (GGA), nem utilizar a lista de indicadores, o que perpetuará a lacuna entre a ação e o apoio à adaptação”, afirmou Bouzekri Razi, Diretor de Clima e Diversidade Biológica do Ministério da Transição Energética e Desenvolvimento Sustentável, durante o Diálogo de Alto Nível sobre Adaptação em Baku, no âmbito da COP30.

Para Marrocos, a implementação é o teste definitivo de credibilidade. "A nossa experiência demonstra que o sucesso da adaptação depende de um planeamento nacional sério e da cooperação Sul-Sul", afirmou.

Ciente de sua vulnerabilidade, Marrocos alinhou sua NDC atualizada com o Quadro de Resiliência dos Emirados Árabes Unidos e identificou ações que contribuem diretamente para diversas metas globais, particularmente aquelas relacionadas à água, segurança alimentar, saúde e meios de subsistência.

Marrocos, insistiu ele, atribui grande importância à cooperação Sul-Sul e coloca especificamente a cooperação africana no centro de sua política climática.

A este respeito, a Iniciativa Africana de Adaptação da Agricultura (AAA), lançada pelo Rei Mohammed VI na COP22 em Marrakech, foi lembrada como um excelente exemplo desta abordagem.

Uma plataforma de ação continental alinhada com a Estratégia Climática da União Africana e o Programa Abrangente de Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP), que traduz a visão da GGA em prática, ligando ciência, políticas públicas e financiamento, a fim de promover soluções inovadoras como a agricultura climaticamente inteligente.

Marrocos também saudou a Iniciativa Africana de Adaptação (AAI), que descreveu como a "principal plataforma" do continente para fortalecer a adaptação e a resiliência, e apelou a um apoio previsível, baseado em doações, para consolidar a adaptação na trajetória de desenvolvimento sustentável de África.

Apesar desses avanços, o Reino destacou a persistência de grandes obstáculos. O Sr. Razi observou que a África recebe menos de 10% do financiamento global destinado à adaptação. Essa situação compromete a capacidade dos países do continente de atingirem as metas de 2027 e 2030.

Marrocos defendeu o acesso direto ao financiamento para instituições, agricultores e cooperativas africanas através de mecanismos ampliados baseados em doações e condições altamente favoráveis, bem como indicadores robustos de adaptação que garantam rastreabilidade, confiança e transparência. Atingir as metas da Ação Global para a Adaptação (GGA) também exige transferência de tecnologia eficaz e capacitação.

Ele também enfatizou a necessidade de indicadores adequados, transparentes, mas sobretudo flexíveis, não prescritivos e não punitivos, que reflitam a diversidade de vulnerabilidades e prioridades dos países, particularmente em setores como agricultura e água, que são fundamentais para a segurança humana.

O Reino finalmente afirmou que a lista de indicadores da GGA deve ser acompanhada por uma meta financeira robusta, condição essencial para permitir que os países africanos operacionalizem o quadro de adaptação e evitem o aumento da lacuna entre as ambições e a implementação.ANG/Faapa

    

 

     Suíça/Cruz Vermelha Internacional vai dispensar 2.900 trabalhadores

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) - O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que emprega cerca de 18.000 pessoas, vai eliminar 2.900 postos de trabalho até 2026, já que o seu orçamento diminuirá 17%, anunciou hoje a organização.

Estes cortes, que deixarão o orçamento em 1,9 mil milhões de euros, são uma resposta à redução das contribuições dos doadores, apesar do contexto de aumento de crises, com mais de 130 conflitos ativos em todo o mundo, afirmou o CICV, em comunicado hoje divulgado.

"A realidade financeira está a obrigar-nos a tomar decisões difíceis para garantir que podemos continuar a prestar assistência humanitária essencial a quem mais precisa", afirmou a presidente da organização, Mirjana Spoljaric, citada no comunicado.

A responsável do CICV, organização fundada em 1863 e especializada em ajuda humanitária em conflitos, insistiu que existe atualmente "uma perigosa convergência entre a escalada de conflitos armados, cortes significativos na ajuda e uma intolerância sistémica às violações do direito internacional".

No entanto, "o CICV continua empenhado em intervir nas linhas da frente dos conflitos, onde poucas outras organizações podem operar", como o Sudão, Israel e Palestina, Ucrânia e República Democrática do Congo, garantiu a presidente.

O CICV, que já tinha anunciado reduções de pessoal em anos anteriores, esclareceu que alguns dos cortes serão feitos através de despedimentos voluntários e pelo não preenchimento de vagas.

A redução do número de trabalhadores tem sido anunciada por várias agências de ajuda humanitária.

Na quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) avançou com a necessidade de eliminar quase 1.300 postos de trabalho por causa da saída dos Estados Unidos e dos cortes das contribuições de outros países, que, em conjunto, criaram um défice de 500 milhões de dólares (432 milhões de euros) na agência.

Os Estados Unidos reduziram, este ano, o financiamento às organizações para ajuda humanitária ao cortar o investimento na Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), alegando fraude e mau uso de recursos.

A posição dos EUA levou vários outros países a seguir a tendência e diminuir os investimentos.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, referiu que mais de 80% dos programas da USAID foram cancelados.

De acordo com um estudo da revista científica The Lancet publicado em julho, a decisão dos EUA deverá resultar em mais de 14 milhões de mortes prematuras até 2030.ANG/Lusa

 

Infraestruturas aeroportuárias/Presidente da República considera de “valiosos” os equipamentos de segurança da Aviação Civil doados pela China

Bissau, 21 Nov 25(ANG) – O Presidente da República Umaro Sissoco Embaló considerou hoje de “valiosos e de grande importância técnica”, os equipamentos de segurança da aviação civil doados ao país pela República Popular da China.

Ao presidir o ato da entrega dos referidos equipamentos, o chefe de Estado disse tratar-se de mais uma demonstração das excelentes relações de amizade e cooperação entre a Guiné-Bissau e a República Popular da China.

“Aproveito esta oportunidade para realçar a grande importância técnica desses equipamentos que são muito valiosos e que passam a integrar o Posto Móvel de Inspeção e de Segurança do aeroporto internacional Osvaldo Vieira de Bissau”, disse.

Embaló sublinhou na ocasião que a relevância da cooperação chinesa neste sector de segurança aeroportuária se explica também pelo facto de o aeroporto internacional Osvaldo Vieira ter passado mais de três décadas sem  intervenção modernizadora, em termos de infraestruturas técnicas.

“Trata-se de um verdadeiro salto qualitativo que hoje estamos a dar, e esse progresso tecnológico é consistente e de elevados patrões de segurança, hoje em dia , exigidos nos aeroportos internacionais”, frisou.

O Presidente da República acrescentou que a Guiné-Bissau passa  a dispor de condições técnicas para  operar com todas as normas recomendadas pela Organização Internacional da Aviação Civil.

Disse o ato se enquadra na ampliação e modernização do aeroporto internacional Osvaldo Vieira, cujas obras estão a ser executadas pela empresa FB Group da Turquia.

Os equipamentos doados pela República Popular da China são constituídos de um Scanner móvel de passageiros, um tomógrafo computadorizado, um scanner de bagagem, e um portal chips de inspeção de passageiros. ANG/ÂC//SG