quinta-feira, 27 de novembro de 2025

EUA/ Tiroteio perto da Casa Branca, Donald Trump denuncia "acto de terrorismo"

Bissau, 27 Nov 25 (ANG) – Dois militares da Guarda Nacional foram atingidos, esta quarta-feira, 26 de Novembro, por disparos de arma de fogo em Washington, anunciou a secretária da Segurança Interna, Kristi Noem. Um suspeito foi detido. O Presidente norte-americano qualificou o ataque como um "acto de terrorismo".


A meio do dia, em pleno centro da capital norte-americana, num bairro de escritórios a duas ruas da Casa Branca, ecoaram disparos que feriram dois membros da Guarda Nacional. Donald Trump, encontrava-se na sua residência de Mar-a-Lago, na Florida, para os feriados de Thanksgiving, informou na sua plataforma Truth Social que os dois militares estavam "gravemente feridos".

Pouco depois do tiroteio, o governador da Virgínia-Ocidental, Patrick Morrisey, afirmou que os dois guardas tinham morrido devido aos ferimentos. Vinte minutos mais tarde, voltou atrás nas afirmações, alegando ter recebido "informações contraditórias" sobre o estado clínico das vítimas.

Em conferência de imprensa, o director do FBI, Kash Patel, esclareceu que os dois militares permanecem em "estado crítico".

O responsável da polícia de Washington, Jeffrey Carroll, explicou que "um suspeito chegou à esquina da rua, levantou a arma e disparou contra guardas nacionais" que se encontravam em patrulha. Outros militares conseguiram proceder, rapidamente, à detenção.

A autarca de Washington, Muriel Bowser, confirmou que os disparos foram dirigidos especificamente aos guardas nacionais.

À noite, vários meios de comunicação norte-americanos, entre eles a NBC News e o Washington Post, avançaram que o suspeito é de nacionalidade afegã, informação confirmada por Donald Trump numa declaração em vídeo. Segundo o Presidente norte-americano, trata-se de "um estrangeiro que entrou no nosso país vindo do Afeganistão" e que "foi trazido para aqui pelo governo Joe Biden em Setembro de 2021".

Na Florida, Donald Trump teceu críticas à política migratória, classificando a imigração como "a maior ameaça à segurança nacional". Acusou o antigo presidente Joe Biden de ter permitido a entrada de "milhões" de estrangeiros e anunciou que o seu governo vai "reexaminar" todos os indivíduos chegados do Afeganistão durante o mandato de Joe Biden.

De acordo com a Fox News, o suspeito, de 29 anos, tinha colaborado com o exército norte-americano e com a CIA no Afeganistão, tendo entrado nos Estados Unidos em Setembro de 2021, um mês depois do recuo das tropas americanas.

Donald Trump já tinha garantido que o autor dos disparos seria punido. Referindo-se ao suspeito, afirmou que este estava "gravemente ferido" e que "pagará muito caro" pelo que fez.

Jeffrey Carroll declarou não existir, por enquanto, conhecimento de qualquer motivo que explique o ataque.

A Casa Branca diz estar a acompanhar a situação, a zona foi imediatamente isolada, com dezenas de veículos policiais e forças de segurança federais e locais mobilizadas para o local.

O ataque acontece num período em que centenas de militares estão destacados na capital a pedido de Donald Trump, apesar da oposição das autoridades locais democratas. Segundo o Presidente, este reforço seria necessário para combater a criminalidade e apoiar os serviços federais de imigração (ICE).

Em meados de Novembro, estavam mobilizados 2 175 militares em Washington, segundo dados oficiais. A autarquia contestou judicialmente esta intervenção, acusando o governo federal de ultrapassar os seus poderes, e os tribunais deram-lhe razão na semana passada.ANG/RFI

 

Moçambique/"Cabeças vão rolar" se corrupção continuar na polícia”, diz Chapo

Bissau, 27 Nov 25 (ANG) - O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, considerou hoje as polícias de trânsito e de fronteira como "ramos férteis" da corrupção, sendo por isso as mais procuras pelos agentes, exigindo medidas para acabar com estas práticas ou "cabeças vão rolar".

Para o chefe de Estado, este é o momento de dizer "basta" aos "vícios que mancham" a Polícia da República de Moçambique (PRM), nomeadamente as fomentadas pelas práticas de corrupção.

Ao discursar na abertura do 35.º Conselho Coordenador do Ministério do Interior, em Maputo, Chapo criticou o "facto de todos os membros da PRM almejarem pertencer à Polícia de Trânsito e à Polícia de Fronteira, porque são ramos férteis para a prática de corrupção e enriquecimento ilícito".

"A prática dos membros da Polícia de Trânsito de entregarem envelopes aos comandantes, para que sejam escalados nas equipas de controlo de velocidade, assim como de controlo de álcool tem de ser expurgada", defendeu, dando como exemplo o "famoso xitiqui [pagamento] de 5.000 meticais [67,5 euros]", o qual é "fruto da corrupção, que é prática no seio da Polícia de Trânsito".

"É crime, meus senhores. Têm que acabar com isso", afirmou, classificado como "absurdo" estas práticas, e avisando: "Se isto continuar, algumas cabeças vão rolar".

"O nosso povo denunciou que alguns vícios que reinam na Polícia de Trânsito também fervilham na Polícia de Fronteira, até porque entregam-se envelopes aos comandantes" para os membros serem colocados nos principais nos postos fronteiriços, como no aeroporto de Maputo ou em Ressano Garcia.

"Alegadamente porque nestes postos os bolsos enchem com felicidades. É por este motivo que se diz que nestes postos são colocados os que pagam bem [aos comandantes]. Isto deve acabar. Maltratarmos um cidadão que entra no país num ponto de chegada, seja fronteira aérea, terrestre, não deve ser uma prática. O cidadão, seja ele nacional ou estrangeiro, ao chegar no país, ao sair do país, tem que sentir que a polícia é amigável, a migração é amigável, que lhe permite ter saudades e voltar o mais breve possível para este nosso belo Moçambique", afirmou.

Aludindo à reunião do Conselho Coordenador do Ministério do Interior, Chapo disse que o lema "não pode ser bonito somente nos papéis", mas que o povo "deve sentir o seu impacto em termos de segurança no seu dia-a-dia".

"Não adianta escrever lemas bonitos, enquanto nos bairros, nos postos de atendimento aos utentes, na via pública e nos postos fronteiriços continuarem a alimentar os vícios da corrupção que nós estamos determinados a combater, a derrotar e a enterrar", apontou.

O chefe de Estado apelou a que a reunião do Conselho Coordenador do Ministério do Interior deve, "igualmente, encontrar respostas para a polícia reconquistar a confiança e a amizade" do povo.

"A colaboração com as comunidades tem-se mostrado eficaz na luta contra o crime (...), a imigração ilegal, a corrupção e outros actos contrários à lei. Assim, desafiamos o vosso sector a aprimorar a ligação com as comunidades, não só para resgatar a confiança, mas também para melhorar os resultados operativos. Trabalhem com o povo, companheiros", concluiu. ANG/Lusa

 

            Hong Kong/ Incêndio mortífero provoca mais de 50 mortes

Bissau, 27 Nov 25 (ANG) - Um incêndio num bloco de apartamentos de um bairro social, em Hong Kong, provocou mais de 50 mortes, tornando-se o incêndio mais mortífero da região nos últimos 100 anos. Há ainda mais de 270 desaparecidos.

 

Mais de 50 pessoas morreram na sequência de um incêndio num bloco de apartamentos num bairro social em Hong Kong, que é já considerado o mais mortífero dos últimos 100 anos da região chinesa. Há ainda mais de 270 desaparecidos.

O incêndio deflagrou pelas 14h51 locais (6h51 em Lisboa) de quarta-feira, no distrito de Tai Po, no Wang Fuk Court, um bairro social construído nos anos 80, composto por oito torres com cerca de 30 andares e um total de 1.984 apartamentos. 

mais recente balanço aponta para 55 mortos, incluindo um bombeiro, 68 feridos, dos quais 16 em estado crítico, e 279 desaparecidos.

Até às 10h00 (hora em Portugal) desta quinta-feira, as chamas estavam a ser combatidas por mais de 700 bombeiros. Segundo o chefe do Executivo, John Lee Ka-chiu, o incêndio encontra-se "basicamente controlado". 

Segundo especialistas ouvidos pela CNN, as chamas consumiram 32 andares em apenas cinco minutos.

As causas do fogo ainda estão a ser investigadas, mas a polícia já deteve três homens por suspeita de homicídio involuntário, após a descoberta de materiais inflamáveis deixados durante trabalhos de manutenção que levaram as chamas a propagar-se rapidamente pelos andares de bambu. 

Entre os detidos, segundo a BBC, estão dois diretores de uma empresa de construção e um consultor de engenharia. Têm entre 52 e 68 anos.

Já Comissão Independente Contra a Corrupção de Hong Kong criou "um grupo de trabalho para iniciar uma investigação completa sobre a possível corrupção no grande projeto de renovação do Wang Fuk Court em Tai Po".

Esta quinta-feira, o governo de Hong Kong anunciou a criação de um fundo com 300 milhões de dólares locais (33,3 milhões de euros) para as vítimas do incêndio.

Numa conferência de imprensa, adiada por duas vezes, o chefe do Executivo, John Lee Ka-chiu, disse que o fundo, criado no banco estatal Banco da China, começará a aceitar donativos a partir das 19h00 (11h00 em Lisboa).

John Lee anunciou ainda que o governo irá distribuir, até ao final do dia de hoje, 10 mil dólares de Hong Kong (1.110 euros) a cada família afetada.ANG/Lusa

 

Golpe de Estado/Major-general Horta Inta-e investido nas funções de  Presidente da República de Transição para período de um ano

Bissau, 27 Nov 25(ANG) – O ex- Chefe de Estado-Maior General do Exército, Major- general, Horta Inta-e, foi hoje empossado nas funções de Presidente da República de Transição e do Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública que depós quarta-feira o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló.


“Acabo de ser empossado nas funções do Presidente do Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública, gerado por acontecimentos do dia 26 de Novembro, esta nova entidade militar, assumiu-se, imediatamente, como órgão máximo do poder de Estado da Guiné-Bissau”, disse Horta Inta-e no seu discurso depois da tomada de posse.

Afirmou na ocasião que a duração do seu mandato será de um ano e que começa hoje.

“Por isso, quero agradecer à todos os membros do Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública, pela confiança depositada na minha pessoa”, disse.

Frisou que não foi uma opção fácil terem desencadeado, quarta-feira, uma ação que resultou na tomada do poder do Estado pelos quadros superiores das Forças Armadas.

“Não foi nada  fácil, porque os chefes militares que hoje integram o  Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública sempre se distinguiram por uma conduta disciplinada, de acordo com os princípios constitucionais que orientam as Forças Armadas”, salientou.

Horta Inta-e acrescentou que eles tiveram que agir. “A nossa ação baseou-se na perceção clara de uma ameaça crescente, que podia pôr em causa a democracia e a estabilidade política do próprio Estado guineense”, frisou.

Acrescentou ser uma ameaça portadora de insegurança de Estado, de desordem pública e da própria desintegração das instituições do Estado de Direito Democrático. “Ameaça essa que era preciso prevenir e travar”.

Disse que, essa crise grave foi a justificação suficiente para a ação que desencadearam na quarta-feira, dia 26 de Novembro.

“Resumidamente posso apontar algumas manifestações dessa grave ameaça que podia por em perigo a paz, um valor politico fundamental que os guineenses sempre  defenderam.

Informou que, entre outros factos,  a descoberta pelos Serviços de Informação de Estado de um comprovado processo de golpe de Estado, largamente documentado e publicado pelos órgãos de comunicação social.

“A intensa actividade desenvolvida por conhecidos narcotraficantes, que aproveitando-se do processo eleitoral, procuraram por todos os meios infiltrar, manipular e no limite capturar a própria democracia guineense”, salientou.

Horta Inta-e disse que é exatamente a perceção dessa ameaça crescente que culminou na intervenção de quadros superiores das Forças Armadas, que hoje integram o  Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública.

“O Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública apela a colaboração dos Partidos Políticos e de toda a Sociedade Civil, e apelamos, em especial, a juventude para que, cada um de nós e todos juntos, contribuirmos para a salvaguarda da estabilidade política do Estado, a paz civil,  ordem pública e unidade nacional”, disse a concluir Horta Inta-e.ANG/ÂC//SG



quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Eleições Gerais/Fernando Dias da Costa pede calma a população e garante que os resultados eleitorais serão divulgadas na quinta-feira pela CNE

Bissau, 26 Nov 25 (ANG) – O Candidato as presidenciais de 23 de Novembro Fernando Dias da Costa, pediu hoje calma à  população guineense, devido os disparos ouvidos hoje  nas imediações da sede da Comissão Nacional de Eleições e da Presidência da República.

Dias que se proclamou vencedor das presidenciais disse que os resultados eleitorais serão  divulgadas, quinta-feira, pela Comissão Nacional de Eleição (CNE).

O candidato Fernando Dias da Costa fez essa afirmação, numa pequena declaração à imprensa na sua Sede Nacional de campanha.

 “Acabamos de sair de um encontro com a Missão de Observadores Internacionais, que acompanharam, de perto, o decorrer do processo, e aproveitamos o momento para partilhar com eles a nossa posição e tudo está claro, a CNE irá terminar os trabalhos iniciados, com a divulgação dos resultados finais das eleições”, disse Dias da Costa.

Apelou  aos militares a se afastarem, e permitir que a Comissão Nacional de Eleição termine o seu trabalho.

“O que está a acontecer de  momento, desconhecemos, e quem criar o que pretende criar, que se responsabilize  do seu ato”, advertiu Fernando Dias da Costa.

“Aguardem o resultado com serenidade, amanhã, assim que a CNE terminar a divulgação, sairemos todos às ruas para manifestar a nossa vitória”, disse Dias.

Na sequência dos tiros ouvidos esta quarta-feira, em Bissau, o Estado-maior General da Forças Armadas mandou encerrar algumas rádios de Bissau, segundo confirmações à ANG de fontes desses órgãos de comunicação social. ANG/LLA//SG       

             Política/Disparos de tiros ouvidos hoje no centro da capital Bissau

Bissau, 26 Nov 25(ANG) - Foram ouvidos tiros, esta quarta-feira, nas imediações do palácio presidencial e da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau, cerca das 12.40 horas, quando o país se aguarda pelos resultados das eleições presidencial e legislativas realizadas no domingo.


Ainda se desconhece a origem do tiroteio.

A Guiné-Bissau aguarda os resultados oficiais das eleições gerais, presidenciais e legislativas, de domingo que segundo a Comissão Nacional de Eleições(CNE), devem ser anunciados na quinta-feira, dia 27 do corrente mês.

O candidato da oposição à presidência da República, Fernando Dias, proclamou-se, segunda-feira, como vencedor do escrutínio na primeira volta.

ANG/ÂC//SG

 

Sociedade/Presidente da RENAJ apela jovens para se  abdicarem de publicações de  resultados eleitorais nas redes sociais

Bissau, 26 Nov 25 (ANG) – O presidente da Rede de Associações Juvenis apela aos jovens para se  abdicarem da divulgação dos resultados eleitorais nas redes sociais, que muitas das vezes tentam pôr em causa os resultados na posse da Comissão Nacional de Eleições.

Abulai Djaura que falava em entrevista à ANG sobre comportamento da juventude guineenses após votação de 23 de Novembro, disse que os resultados publicados nas redes sociais confundem a opinião pública, uma vez que diretoriais de diferentes candidaturas estão a dizer e a manifestar que são vencedores das eleições, algo que não pode ser ganho por dois lados.

"Estamos muito preocupados com a situação e queremos que os jovens se abdiquem desses comportamentos e que esperem a entidade competente  proceder a divulgação dos resultados, para dizer quem é o vencedor. Aquele que perder para aceitar o resultado e colaborar para desenvolvimento do país. A divulgação de resultados eleitorais nas redes sociais não é bom para o clima do país," disse.

Aquele responsável para associação de jovens pediu ao juventude no sentido de deixarem comportamentos que incitam violência, porque não é bom para qualquer sociedade em todos os aspectos e que não ajuda ninguém e nem vai trazer paz social se não criar clima de instabilidade, insegurança e desconfiança entre o povo guineense.

O presidente da Renaj defendeu que os jovens devem deixar de atacar as CREs para permitir as  entiades competentes fazerem o  seu trabalho e divulgar os resultados conforme resultados provenientes das urnas.ANG/MI//SG      


CMB
/Sindicato dos trabalhadores prolonga greve e acusa presidente de incumprimento de acordo

Bissau, 26 Nov 25 (ANG) - O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Bissau (CMB) disse que decidiram  prolongar, por duas semanas, a greve geral iniciada em Novembro, devido ao alegado incumprimento do acordo assinado, em Fevereiro com a direção  da CMB, na presença do representante do Ministério da Função Pública.

Em declarações hoje à ANG, o presidente do sindicato, Ivo Indafa afirmou que a paralisação prossegue porque a direção da CMB “não está a cumprir os compromissos assumidos”, nomeadamente o início do pagamento da Segurança Social de vários funcionários.

“A greve começou hoje, 26 de Novembro e termina no próximo dia 05 de Dezembro”, disse .

Segundo Indafa, após a primeira vaga de greve, que decorreu de 18 à 24 do mês em curso, o presidente da Câmara, José Medina Lobato procedeu apenas ao pagamento de um mês de salário em atraso.

Para o sindicalista, o gesto não é insuficiente e revela “falta de interesse em diálogar com o sindicato”.

O dirigente sindical informou ainda que a dívida da Câmara Municipal para com a segurança social é “acumulada desde 2021 à 2024”, correspondendo a, 2021- 2 meses em atraso; 2022 - 3 meses; 2023 mais de seis meses e 2024 nenhum mês pago.

De acordo com o sindicato, o montante em dívida ultrapassa 600 milhões de francos CFA, aos quais se somam 72 milhões em juros, totalizando cerca de 728 milhões de francos CFA.

Indafa questiona o destino dos descontos feitos mensalmente nos salários dos trabalhadores e acusa o Presidente da Câmara de ser “um dos dirigentes que mais contribuiu para o agravamento da dívida”.

Entre as principais reivindicações, o sindicato exige o pagamento integral ou parcelada da segurança social, reajuste salarial, atribuição de subsídio de fim de semana aos fiscais dos mercados e dias de férias para o pessoal de higiene.

A greve, de acordo com Ivo Indafa, abrange todos os serviços da Câmara Municipal, e decorre  com observação dos serviços mínimos.

O sindicalista criticou também uma ordem do Presidente da Câmara que mandou retirar das paredes da instituição todos os avisos relativos à greve. medida que, segundo Indafa, “nunca tinha acontecido na história da instituição”.

Disse que a primeira fase da paralisação registou “mais de 60% de adesão”.

Indafa voltou a apelar aos funcionários efetivos para confiarem no sindicato e se manterem  mobilizados. ANG/LPG//SG

 

Desporto/VFC de Cacheu regressa as provas da  II liga um ano depois de sanção por motivos disciplinares

Bissau, 26 Nov 25 (ANG) – O Vitória Futebol Clube de Cacheu está de regresso a II Liga de futebol guineense, um ano depois de ser sancionado, pela Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) entidade que gere o futebol nacional, por motivos disciplinares.

De acordo com a publicação do Portal “O Golo GB” nas redes sociais, o antigo Presidente do Vitória FC de Cacheu, Sana Mané reagiu dizendo que recebeu a notícia com enorme  satisfação.

“Ao receber a informação que a minha equipa vai ao sorteio da próxima época desportiva 2025/26, toda a população de Cacheu ficou feliz e motivado pelo esperado regresso de Cacheu à festa de futebol nacional”, revelou o Ex-Presidente do Clube de  Cacheu.

Acrescentou que  com o regresso às competições oficiais  já confirmado, Sana Mané revelou a determinação dos citadinos de Cacheu de garantir  o retorno as provas, com dedicação e respeito às normas.

Para Mané, o retorno de Cacheu às provas oficiais da II divisão é das maiores satisfações que já teve enquanto  antigo presidente do clube.

Sana garante que o conjunto da região terá algo a dizer na sua série.

A formação da cidade histórica de Cacheu está inserida na série “B”, do campeonato nacional da II divisão, e vai abrir a próxima temporada 2025/26, na recepção da sua congénere Hipopótamos de Sonaco. ANG/LLA//SG

Regiões/Projeto Boa Governação e empresa brasileira SARL assinam contrato de construção de três furos de água em Canchungo

Canchungo, 26 Nov 25 (ANG) - O Projeto Boa Governação para o Desenvolvimento da Guiné-Bissau e a empresa brasileira denominada SARL assinaram, terça-feira, o contrato de construção de três furos de água potável nos Bairros de Tchada, Bucucute e Babanda, em Canchungo.

Na ocasião, o Administrador do Setor de Canchungo, Albino Camepilim Mendes disse que o acordo foi patrocinado pelo Estado e orçado em  27.480.500 Francos CFA.

“Estes três bombas devem ser construídas num prazo de três meses, com a finalidade de minimizar as dificuldades de acesso à água potável nesta zona”, disse Albino  Camepilim Mendes.

Por sua vez, o Gestor do Fundo da Subvenção do Projeto Boa Governação, Iaia Djau, lançou um apelo aos moradores de Tchada, Bucucute e Babanda, no sentido de acompanharem os processos de desenvolvimento da cidade e das ações a serem implementadas.

Djau pediu aos moradores dos bairros do setor de Canchungo para fazerem boa gestão dos três furos de água potável que serão construídas, num futuro próximo.

O Coordenador do Grupo de Ação Local-GAL da Cidade de Canchungo, Leandro Pinto Júnior, pediu aos moradores para colaborarem prestando apoios possíveis aos  trabalhos de abertura dos furos e na  vigilância para que os materiais não sejam roubados.

Em nome dos moradores de Tchada, Faustino Paulo Mango prometeu que vão apoiar os trabalhos de abertura do furos de água potável e que vão igualmente contribuir para uma boa gestão das mesmas. ANG/AG/AALS//SG

ONU/Mais de 22 mil mulheres ou meninas foram mortas pelo companheiro ou familiar em África

Bissau, 26 Nov 25  (ANG) -  Mais de 22 mil mulheres ou meninas foram mortas pelo companheiro ou familiar em África, em 2024, sendo o continente responsável pelo maior número de vítimas - três em cada 100 mil - divulgaram hoje as Nações Unidas.

Um novo relatório do Gabinete da Organização da ONU para a Droga e o Crime (UNODC, na sigla inglesa) revela que África é o continente com maior taxa de femicídio do mundo, impulsionada por homicídios cometidos por companheiros ou familiares, estimando que cerca de 22.600 (entre 19.300 e 25.800) mulheres e meninas foram mortas na região em 2024.

 

A taxa de homicídio por parceiros íntimos ou membros da família em África é de três vítimas por 100 mil mulheres, a mais alta do mundo, embora este número tenha um certo grau de incerteza devido à escassez de dados disponíveis.

 

Embora homens e meninos representem a maioria (80%) de todas as vítimas de homicídio em 2024, a violência que resulta em morte dentro da família atinge muito mais as mulheres - "quase 60% de todas as mulheres mortas intencionalmente em 2024 foram vítimas de parceiros íntimos ou membros da família".

 

Em contraste, apenas 11% dos homicídios de homens em 2024 foram atribuídos a assassínios por parceiros ou familiares.

No relatório destaca-se que África é responsável pela maior parte (74%) das vítimas registadas em 2024.

 

No documento apresenta-se ainda um caso de estudo sobre o Lesoto, país que enfrenta elevadas taxas de violência contra mulheres por parte do companheiro, com 44% das mulheres entre os 15 e os 49 anos a relatarem violência física ou sexual por parte dos parceiros.

Esta forma extrema de violência baseada no género continua a afetar mulheres e raparigas em todo o mundo.

 

Cerca de 50 mil mulheres ou meninas foram mortas pelos respetivos companheiros ou outros familiares em 2024 -- uma a cada 10 minutos do ano em todo o mundo -, segundo o relatório.

 

Os dados recolhidos pelo UNODC indicam terem existido 137 femicídios por dia, ou seja, mantendo o ritmo constante já verificado em anos anteriores, sem que tenha havido qualquer evolução positiva.

ANG/Inforpress/Lusa

 

     Marrocos/Início da edição de 2025 do Fórum de Investimento em África

Rabat, 26/11/2025 (MAP) – Os trabalhos da edição de 2025 do Fórum de Investimento da África (AIF) começaram , quarta-feira, em Rabat, sob o tema "Preenchendo as lacunas: mobilizando capital privado para liberar todo o potencial da África".

A sessão oficial de abertura desta edição contou com a participação, entre outros, da Ministra da Economia e Finanças de Marrocos, Nadia Fettah, do Presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Sidi Ould Tah, bem como de vários ministros africanos e representantes do setor privado marroquino e africano.

Os "Dias de Mercado" (Dias de Transações) constituem o evento principal do FIA, que decorre até 28 de novembro, com o objetivo de concluir transações em todo o continente.

Reunindo uma gama diversificada de partes interessadas, incluindo promotores de projetos, investidores, financiadores do desenvolvimento, bancos comerciais, companhias de seguros, agências de crédito à exportação, líderes governamentais e executivos de empresas, os "Dias de Mercado" visam impulsionar projetos africanos transformadores em vários setores (infraestrutura, digitalização, agronegócio, energia, etc.) rumo à sua conclusão financeira.

A agenda deste fórum inclui um diálogo entre ministros das finanças sobre a aceleração do investimento privado, painéis de alto nível e eventos paralelos sobre uma série de temas, incluindo instrumentos de financiamento inovadores, riscos climáticos, gestão sustentável da dívida, transformação digital, indústrias criativas, mobilização de investimento local, integração regional, cadeias de valor e industrialização em África.

Liderado pelo AfDB e outros seis parceiros fundadores (Afreximbank, Corporação Financeira Africana, Africa50, Banco Árabe para o Desenvolvimento Econômico na África, Banco de Desenvolvimento da África Austral e Banco de Comércio e Desenvolvimento), o AIF opera como uma plataforma multissetorial e multidisciplinar que simplifica o processo de financiamento de projetos transformadores em todo o continente. ANG/Faapa

    

 

         Indonésia/Pelo menos 13 pessoas morreram nas inundações 

Bissau, 26 Nov 25 (ANG) - Pelo menos treze pessoas, incluindo várias crianças, morreram devido às fortes inundações na província de Sumatra do Norte, no oeste da Indonésia, onde também ocorreram deslizamentos de terra, declararam hoje as autoridades locais.

As inundações foram causadas pelas fortes chuvas que começaram no fim de semana e continuaram a cair no país nos dias posteriores. 

A situação levou ao transbordamento de vários rios e, de acordo com a Agência de Gestão de Desastres da região (BPBD), a retirada da população continua em várias regiões como medida preventiva.

As áreas mais afetadas são Tapanuli Central e Tapanuli do Sul, em Sumatra Norte, na ilha de mesmo nome, que concentram a maioria das mortes.

Além disso, cerca de 40 pessoas ficaram feridas, segundo fontes médicas que falaram à agência de notícias Antara. ANG/Lusa

 

 Venezuela/Maduro exibe espada de Simón Bolívar em marcha contra o "imperialismo"

 Bissau, 26 Nov 25 (ANG) - O Presidente da Venezuela exibiu a espada do libertador Simón Bolívar, também conhecida como a Espada do Peru, perante milhares de participantes numa marcha contra o "imperialismo" em Caracas.


Oato, na terça-feira, ocorreu um dia depois de os Estados Unidos designarem o denominado 'Cartel dos Sóis' como organização terrorista internacional. 

"Juro diante deste céu, juro diante de nosso senhor Jesus Cristo, que darei todo o meu esforço pela vitória da Venezuela contra as ameaças e agressões do imperialismo", afirmou Nicolás Maduro ao liderar um juramento do qual participaram os presentes.

Maduro, vestido com camuflado e rodeado pelos seus ministros, falou no Pátio de Honra da Academia Militar da Venezuela, situada no Forte Tiuna, um dos principais complexos militares do país, até onde chegou a numerosa mobilização.

"Recebo-a 200 anos depois com a sua energia e a sua força libertadora, emancipadora dos povos, esta é a espada da vitória de toda a América do Sul", disse o Presidente da Venezuela após desembainhar a espada dourada, que foi um presente que a Câmara Municipal de Lima entregou a Bolívar a 30 de outubro de 1825, após as vitórias das batalhas de Junín e Ayacucho, no Peru, como parte da guerra de independência.

A mobilização chavista homenageou o bicentenário da espada, que foi transportada num carro dentro de uma urna de vidro pelo Passeio Los Próceres, onde normalmente se celebra o desfile do Dia da Independência.

Para além do seu significado histórico, a espada de Bolívar tornou-se também um símbolo do próprio chavismo: tanto o falecido presidente Hugo Chávez como Maduro têm atribuído réplicas desta a quem consideram aliados em diferentes contextos.

Chávez ofereceu réplicas a vários dirigentes nas suas visitas à Venezuela, como o russo Vladimir Putin, o sírio Bashar al-Assad, o líbio Muamar al-Kadhafi, o cubano Raúl Castro, o boliviano Evo Morales ou a argentina Cristina Fernández de Kirchner.

Maduro também presenteou com estas réplicas da espada outros chefes de Estado, incluindo novamente Putin ou o turco Recep Tayyip Erdogan, e líderes do chavismo que foram alvo de sanções dos Estados Unidos.

A Espada do Peru tem uma bainha feita de ouro maciço, com diamantes e brilhantes no punho, assim como várias inscrições gravadas na lâmina, incluindo no verso "Simón Bolívar" - "União e Liberdade", e do lado contrário "Libertador da Colômbia e do Peru".

O Governo chavista rejeitou na segunda-feira a designação norte-americana do Cartel dos Sóis como grupo terrorista, considerando "inexistente" a organização.

Apontou ainda que o governo de Donald Trump reedita uma "vil mentira" para justificar uma intervenção, num momento de tensões entre os dois países provocadas pelo destacamento militar norte-americano nas Caraíbas.ANG/Lusa

 

 Sociedade/ Profissionais africanos reúnem-se no Gana na 1.ª Edição da Escola Africana de Avaliação 

Bissau, 26 Nov 25(ANG) -  Os profissionais de diferentes áreas provenientes de 26 países africanos participam, entre 24 e 28 de novembro, na 1.ª Edição da Escola Africana de Avaliação, que decorre no Gana. 

Segundo a Rádio Voz de Povo, o encontro reúne mais de 200 especialistas, entre consultores, gestores de projetos, investigadores, académicos e avaliadores, com o objetivo de reforçar competências técnicas e promover práticas de avaliação de elevada qualidade no continente. 

A iniciativa pretende ainda contribuir para o fortalecimento do ecossistema de avaliação em África, incentivando decisões públicas assentes em evidências e a capacitação de novos profissionais. 

Entre os participantes destaca-se a jovem avaliadora guineense, Adama Aurora Baldé, que manifestou, através das redes sociais, grande satisfação por participar do  evento. 

A jovem avaliadora foi contemplada com uma bolsa integral para frequentar o curso “Métodos Mistos em Ação: Fundamentos Quantitativos e Qualitativos para Avaliadores de Campo”, promovido pela ENAP e ministrado por docentes de elevado nível académico. 

Adama agradeceu o apoio da sua mentora, Mabinto Indjai, e da MOVARG, sublinhando o impacto da partilha de oportunidades no seu percurso profissional. 

A participante estendeu ainda o reconhecimento à Associação de Avaliadores em África (AfrEA) e aos organizadores da iniciativa, pelo empenho no desenvolvimento de capacidades locais. 

Segundo Adama, a participação na Escola Africana de Avaliação representa uma oportunidade de aprendizagem, troca de experiências e crescimento profissional, num ambiente marcado pela excelência académica.ANG/JD/ÂC//SG

 

Eleições Gerais/Missão de Observadores  da CPLP exorta  respeito à vontade dos eleitores pelos candidatos concorrentes

Bissau, 26 Nov 25 (ANG) – A Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (MOE-CPLP), exortou , terça-feira, aos candidatos as eleições gerais na Guiné-Bissau a respeitarem a vontade dos eleitores, expressa através do exercício do direito de voto.

A exortação da organização foi feita através de uma declaração preliminar, na voz do chefe de Missão, Luis Diogo de Carvalho que apelou que a resolução de eventuais diferendos eleitorais seja feita  com recurso ao quadro legal aplicável e por via dos instrumentos e mecanismos existentes para o efeito, com vista a aceitação dos resultados definitivos por todos os intervenientes no processo.

Na ocasião, o chefe da MOE-CPLP sublinha a importância fundamental do respeito pelos princípios democráticos e do Estado de Direito, e defende  que as eleições democráticas, livres e participadas são um pilar fundamental para boa governação, estabilidade e desenvolvimento económico e social.

A Missão declarou que a votação decorreu de forma ordeira, organizada e sem interrupções e que registou uma maior afluência dos eleitores durante o período da manhã, distribuídos em filas organizadas.

A Missão destaca a prestação da Comissão Nacional de Eleições (CNE),na realização dos dois atos eleitorais e encoraja ao aprimoramento contínuo dos procedimentos eleitorais assim como ao esclarecimento expedito de eventuais dúvidas ou queixas.

Verificou-se, segundo a MOE-CPLP, a presença de delegados das duas candidaturas concorrentes Umaro Sissoco Embalo e Fernando Dias da Costa em todas as mesas observadas e de um número pouco significativo das demais e aos delegados presentes e foram permitido acompanhar as operações de abertura de votação e o apuramento, tendo assinado as atas-sínteses, afixadas em locais acessíveis ao público, contribuindo para a transparência e credibilidade no processo da votação.

A MOE-CPLP se dividiu em 10 equipas que cobriram o Setor Autónomo de Bissau com cinco equipas e as regiões de Biombo, Cacheu, Oio, Bafatá e Gabu com uma equipa cada.

Luís de carvalho disse que as equipas observaram 221 mesas de Assembleia de voto, em 22 Círculos Eleitorais, correspondentes a cerca de 86 mil eleitores inscritos, aproximadamente 9 por cento do eleitorado, não tendo registado qualquer impedimento á sua atividade de observar.

A Missão dos observadores eleitoral da CPLP saúda o povo guineense pela forma pacífica e ordeira como exerceu o direito de voto, demostrando o seu firme compromisso com a valorização dos atos eleitorais no reforço da democracia representativa no país, contribuindo, assim, para a afirmação internacional desta organização lusófona.

A MOE-CPLP chegou ao país no passado dia 18 de Novembro e permanecerá até 27 do mesmo mês do ano 2025.ANG/MSC/ÂC//SG