sexta-feira, 11 de junho de 2021

Covid-19/G7 compromete-se com mil milhões de doses para os países mais pobres

Bissau, 11 Jun 21 (ANG) - Os países mais ricos do G7, reunidos a partir desta sexta-feira em Inglaterra, comprometem-se a distribuir mil milhões de doses de vacinas anti-covid nos países mais pobres, na esperança de erradicar a pandemia até 2022.

Na Cornualha, os dirigentes do G7 vão tentar encontrar respostas
comuns para os problemas mundiais provocados pela pandemia do novo coronavírus e pelas alterações climáticas.

O Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, espera que o grupo dos sete aceite doar mil milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aos países mais pobres, o objectivo, segundo Downing Street, é erradicar a pandemia em 2022.   

Os Estados Unidos anunciaram quinta-feira, 10 de Junho, a compra de 500 milhões de doses de vacinas da Pfizer/BioNTec para doar a países que mais necessitados.

“Trata-se da maior encomenda e oferta de vacinas realizada por um único país e é um compromisso do povo americano para ajudar a proteger as populações do mundo inteiro contra a covid-19”, indicou a Casa Branca.

O Presidente francês pediu aos laboratórios farmacêuticos para doarem 10% das doses de vacinas vendidas. Emmanuel Macron disse ainda que espera que o G7 cumpra o objectivo de vacinar 60% dos africanos, até Março de 2022. De acordo com a agência Bloomberg, o G7 vai pedir um novo inquérito à OMS para averiguar as origens do covid-19.

Entretanto, a delegação europeia da Organização Mundial de Saúde avisou que o nível de vacinação na Europa é insuficiente para evitar uma nova vaga.Trinta por cento dos europeus receberam uma primeira dose e apenas 17% recebeu as duas doses.

O director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que a pandemia acelerou as desigualdades” entre os países, disse que “os países que podem partilhar não o fazem” e apelou os países do G7 a dar 100 milhões de doses aos países mais pobres nos próximos dois meses.

A luta contra as alterações climáticas será outra das prioridades desta cimeira, que se quer livrar do carbono, antes da conferência da ONU sobre o clima (COP 26), prevista para Novembro na Escócia. 

Boris Johnson quer um plano Marshall para ajudar os países em desenvolvimento a descarbonizar a economia. Segundo o jornal “Times”, este plano seria feito à imagem da ajuda massiva feita pelos Estados Unidos, depois da Segunda Guerra Mundial, para reconstrução da Europa. 

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o Presidente americano, Joe Biden, anunciaram ontem uma frente unida para combater as alterações climáticas, aprovando uma nova “Carta Atlântica", que insiste na necessidade de fazer face aos ciberataques. 

Enquanto os dois aliados estão em sintonia nas grandes questões internacionais, como os desafios da China ou da Rússia, que também serão discutidos no G7, as tensões persistem sobre a Irlanda do Norte, no centro de uma pós-disputa -Brexit- entre Londres e a União Europeia.ANG/RFI

 

 

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