Justiça/Procurador Geral da República condiciona exportação da castanha ao pagamento de parte de dívidas ao FUNPI pelos devedores
Bissau 11 Jun 21 (ANG) – O
Procurador Geral da República (PGR) disse
quinta-feira que todas as empresas e operadores económicos que
contrairam dividas no âmbito do Fundo Nacional de Promoção Industrial(FUNPI),
têm que, obrigatóriamente, pagar 30 por cento da dívida para que possam exportar a castanha de caju na presente
campanha.
Fernando Gomes falava à
margem da cerimónia de empossamento de dois novos membros do Conselho Superior da
Magistratura do Ministério Público.
Disse que, no ano passado, a
Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços(CCIAS), pediu ao
Ministério Público (MP) para accionar mecanismos legais com vista a obrigar aos
devedores do FUNPI a devolverem o dinheiro
que tomaram do referido fundo, e acrescentando que há devedores que não querem
pagar a dívida.
“Não é possível, já passaram
muitos anos e as pessoas ou empresas com dívidas a fazerem a campanha de comercialização
da castanha de caju todos os anos mas recusam a pagar o que devem. Entre eles,
há alguns que pagaram alguma coisa mas de acordo com a lista que nos entregaram nota-se claramente muitos não querem pagar “,disse.
Gomes avisou que este ano não haverá
negociações com os devedores de FUNPI, e disse que já alertaram todas as instituições intervenientes
no processo de exportação, a começar pela Administração dos Portos da
Guiné-Bissau (APGB), Alfândegas, o Ministério de Comércio e outros de que
ninguém deve facilitar e nem permitir nenhuma empresa ou operador económico
exportar sem antes apresentar autorização do Ministério Público, “sob pena da
responsabilização criminal dos envolvidos”.
Por isso, segundo o PGR já é
de conhecimento das instituições acima mencionadas de que todas as autorizações
devem ter assinatura só e só do Procurador Geral da República.
Fernando Gomes disse que este
ano vão ser muito rigoroso, e diz que não descarta a possibilidade de colocação
de polícias e agentes de informação a paisana nos Portos, Alfândegas para
controlarem tudo.
“Quem fizer a tentativa de
facilitar alguém para exportar a castanha de caju sem apresentar uma
autorização vai pagar muito caro”, disse.ANG/MSC/ÂC//SG
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