EUA/Juiz rejeita pedido de Trump para fechar caso de
interferência eleitoral
Bissau, 05
Abr 24 (ANG) - O juiz Scott McAffee, responsável pelo processo na Geórgia
contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, por alegada
interferência eleitoral, rejeitou na quinta-feira o pedido da defesa para
encerrar o caso.
Scott McAffee referiu
que a defesa não conseguiu demonstrar que as declarações e alegadas condutas de
Trump estão protegidas pela liberdade de expressão e sublinhou que o tribunal
também não encontrou provas para defender essa tese.
A defesa de Trump
baseou-se na Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que protege o
direito à liberdade de expressão.
Trump e outras 18
pessoas estão acusadas na Geórgia de formar uma associação criminosa com o
objectivo de anular os resultados das eleições presidenciais de 2020 naquele
Estado, conquistadas pelo democrata e actual Presidente dos Estados Unidos Joe
Biden, que é também o favorito do seu partido para as presidenciais de
Novembro.
A acusação de associação
criminosa apresentada pela procuradora distrital Fani Willis é a mesma que foi
utilizada por outros procuradores no passado para desmantelar organizações
mafiosas.
McAffee já tinha
rejeitado pedidos semelhantes feitos por outros réus neste caso, que tentavam
basear-se na Primeira Emenda.
O julgamento na Geórgia
ainda não tem data.
A procuradora referiu
que estaria pronta para Agosto, mas o magistrado ainda não se pronunciou.
Dos quatro processos
criminais contra Trump, que é o favorito republicano para a Casa Branca nas
eleições presidenciais, o primeiro a começar, em 15 de Abril, é o de Nova
Iorque por alegados pagamentos irregulares à actriz de filmes pornográficos
Stormy Daniels durante a campanha presidencial de 2016, para esconder um
alegado caso extraconjugal, pagamentos que Trump escondeu com a colaboração do
advogado Michael Cohen.
Além do processo no
Estado da Geórgia e em Nova Iorque, Trump enfrenta um processo em Washington
por tentativa de anulação ilegal dos resultados das eleições de 2020.
Está também marcado para
20 de Maio o julgamento na Florida, no qual Trump é acusado de ter armazenado
ilegalmente material confidencial na sua mansão em Mar-a-Lago. ANG/Angop
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