Alemanha/ Ampliada controles a todas as fronteiras terrestres para conter migrantes
Bissau, 16 Set 24(ANG) - A Alemanha iniciou o reforço de todas as fronteiras terrestres, cumprindo as novas medidas do Governo de Olaf Scholz para reduzir a chegada de imigrantes e conter "eventuais riscos de supostos extremistas islâmicos".
A Alemanha já tinha
instaurado controles fronteiriços com a Polónia, República Checa,
Suíça e França mas a partir de hoje as medidas passam a verificar-se também nos
postos que fazem fronteira com o Luxemburgo, Bélgica, Países Baixos e
Dinamarca.
As novas medidas vão
permanecer em vigor durante os próximos seis meses mas podem prolongar-se
durante mais tempo.
A vigilância na
fronteira entre a Alemanha e a Áustria está em vigor desde 2015.
As medidas pressupõem um
corte na livre circulação no Espaço Schengen, sobre o qual o executivo de
Berlim foi obrigado a informar a Comissão Europeia.
De acordo com os
tratados estas medidas só podem ser aplicadas em casos de extrema
necessidade e como último recurso, o que não impediu vários países de
encerrarem as fronteiras nos últimos anos.
No final do mês
de agosto, o chanceler Scholz defendeu que as medidas deveriam manter-se
em vigor "durante o máximo de tempo possível".
Segundo Scholz, este
tipo de atuação revelou-se "muito eficaz" argumentando
que desde outubro de 2023 "a Alemanha impediu a entrada de 30
mil migrantes".
A ministra do Interior,
Nancy Faeser, garantiu que vão ser evitadas "grandes complicações no
trânsito", uma questão fundamental para os viajantes e, especialmente,
para os trabalhadores transfronteiriços.
A polícia vai
efetuar controles aleatórios, seguindo o modelo já em vigor nas fronteiras
da região oriental e meridional da Alemanha.
A vigilância reforçada
surge na sequência de vários ataques com armas brancas, que intensificaram o
debate político sobre a necessidade de tornar mais rigorosa a política de
migração.
No entanto, vários
países vizinhos criticaram Berlim, com líderes como o primeiro-ministro
húngaro Viktor Orbán a declarar que a Alemanha está agora a implementar as
políticas que Budapeste defende há vários anos.
ANG/Inforpress/Lusa
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