sexta-feira, 27 de setembro de 2024

   Russia/Vladimir Putin aligeira regras para a utilização de armas nucleares

Bissau,27 set 24(Ang) - O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma nova doutrina militar para a utilização de armas nucleares por parte de Moscovo, abrindo a possibilidade de ripostar com estas armas em caso de ataque aéreo "massivo" ou a países sem poder nuclear, mas com apoio de países com este tipo de armamento, numa referência clara à Ucrânia.

Numa reunião de Defesa que passou em directo na televisão russa, o Presidente Vladimir Putin anunciou que a doutrina militar russa deverá mudar, alargando as ocasiões em que o Estado russo pode utilizar o seu armamento nuclear contra um inimigo.

Desde logo, estas armas vão poder agora ser utilizadas como resposta a um ataque aéreo "em massa" ao território russo e também vão poder ser utilizadas contra países que não têm qualquer poder nuclear, mas são apoiadas por países que têm essas capacidades.

Os dois casos aplicam-se à Ucrânia, numa altura em que o país está a ripostar, tendo ocupado já várias cidades e aldeias russas junto à fronteira.

As reacções a este anúncio já se fizeram sentir, com a União Europeia a considerar esta possível mudança de "imprudente e irresponsável", segundo o porta-voz para a política externa do bloco, Peter Stano. Entretanto, Moscovo veio explicar que se tratou de "uma advertência" ao Ocidente e um "sinal de alerta" para quem apoiar ataque não-nucleares à Rússia.

Face a isto, os Estados Unidos anunciaram que vão aumentar a assistência à Ucrânia em 8 mil milhões de dólares, consistindo sobretudo em armamento militar e munições de longo alcance. O Presidente Volodymyr Zelensky vai encontrar-se ainda esta semana com Joe Biden na Casa Branca.

Ainda em Nova Iorque, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, reuniu-se tanto com o seu homólogo ucraniano, Andriï Sybiga, como com o seu homólogo russo, Sergueï Lavrov. Na agenda destes encontros com Pequim estará a possível resolução da invasão russa da Ucrânia.ANG/RFI


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