Sudão
do Sul /Transição
política prolongada e eleições adiadas
Bissau, 16 Set
24 (ANG) - O Sudão do Sul, numa reunião da presidência, o Presidente Salva Kiir e os seus
cinco vice-presidentes, decidiram adiar as eleições por mais dois anos, ou seja
para Dezembro de 2026.
O anúncio foi feito no sãbado à noite no Facebook do
presidente Salva Kiir.
O governo do Sudão do Sul, Inicialmente previstas para Dezembro
de 2024, as eleições, que deveriam pôr fim ao período de transição previsto
pelo acordo de paz de 2018, vão agora realizar-se em Dezembro de 2026. A
confirmar-se este será o primeiro escrutínio no país mais jovem do mundo. As
eleições que já tinham sido adiadas por dois anos em 2022.
Na sua página de Facebook, o Presidente do Sudão do Sul, Salva
Kiir, "anunciou uma extensão de dois anos do período de transição, bem
como o adiamento para 22 de Dezembro de 2026 das eleições, inicialmente
previstas para Dezembro de 2024".
A presidência sul-sudanesa justifica a necessidade de mais tempo
para implementar "tarefas críticas" do acordo de paz. O ministro dos
Assuntos do Gabinete, Martin Elia Lomuro, sublinhou que o adiamento vai ao
encontro das "recomendações das instituições eleitorais e do sector da
segurança", bem como das "tarefas cruciais pendentes, necessárias
para o bom andamento das eleições".
De facto, a comissão que supervisiona a implementação do acordo
de paz salientou no último relatório que "não estão reunidas as condições
para que possam ocorrer eleições livres, justas e credíveis". A
Constituição permanente do Sudão do Sul ainda não foi redigida, e as forças
armadas unificadas continuam largamente inoperantes. Além disso, faltam os
financiamentos necessários para a realização das eleições.
O acordo de paz que, em 2018, pôs fim a cinco anos de uma guerra
civil devastadora - que provocou mais de 400.000 mortos e milhões de deslocados
-, estabeleceu o princípio de um governo de união nacional, integrando os dois
rivais que mergulharam o país no caos, Salva Kiir e Riek Machar,
respectivamente nos cargos de presidente e primeiro vice-presidente.
Este governo tinha como missão aplicar o acordo - que prevê,
entre outras coisas, a unificação das forças armadas e a redacção de uma
Constituição permanente para o país - e realizar uma transição que culminasse
em eleições. O mandato inicial era de 30 meses. ANG/RFI
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