Angola/Garimpo
ilegal de diamantes origina danos ambientais no país
Bissau,30 Set 24(ANG) - Angola
acusa vários cidadãos estrangeiros, com destaque para os da África ocidental,
de estarem a desviar rios para a exploração ilegal de diamantes no leste do
país. Luanda diz que a situação é preocupante, devido aos danos ambientais
provocados pelo fenómeno. O relato é de Francisco Paulo, o nosso
correspondente.
Angola acusa vários cidadãos
estrangeiros, com destaque para os da África ocidental, de estarem a desviar
rios para a exploração ilegal de diamantes no leste do país. Luanda diz que a
situação é preocupante devido aos danos ambientais provocados pelo fenómeno.
O ministro de Estado e chefe
da Casa Militar da Presidência da República, Francisco Pereira Furtado, está preocupado com o surgimento, em
grande escala, de crianças envolvidas no garimpo ilegal de diamantes, nas
províncias do Moxico e das Lundas Norte e Sul.
Para o governante, a prática
acaba por criar um ambiente contraditório entre o governo e as organizações
não-governamentais sobre a situação dos direitos humanos em Angola.
“Nós estamos a verificar
uma prática, nos últimos tempos, de surgimento de grupos consideráveis de
crianças próximos das áreas diamantíferas também envolvidas em garimpo, o que
de certa forma acaba por criar um ambiente de contraditório relativamente à
informação que muitas organizações não-governamentais expressam sobre a
violação dos direitos humanos”, lamentou o oficial superior das Forças
Armadas Angolanas.
Francisco Pereira Furtado
denuncia a existência de cidadãos estrangeiros que exercem e estimulam a
exploração ilegal de diamantes, desviando rios para a realização do fenómeno nas
zonas diamantíferas. O ministro acredita que os garimpeiros, na sua maioria da
África ocidental, são apadrinhados por supostos cidadãos angolanos.
“Temos aqui situações
graves de desvios até de rios, temos aqui situações de danos ambientais
significativos e temos uma envolvência grande de cidadãos estrangeiros em
conexão com alguns cidadãos angolanos a realizarem esta prática de garimpo de
diamantes e outras pedras preciosas”, desabafou o ministro da Casa Militar
do Presidente angolano.
O ministro de Estado e chefe
da Casa de Segurança da Presidência da República, Francisco Pereira Furtado,
apelou a uma maior interacção entre os órgãos de defesa e segurança das três
províncias para o combate cerrado da imigração, do garimpo e do tráfico ilegal
de diamantes.ANG/RFI
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