Índia/Líder da oposição detido por denunciar cadernos eleitorais
Bissau, 11 Ago 25 (ANG) - O líder eleitorais. da oposição indiana, Rahul Gandhi, e outros líderes políticos foram detidos esta sexta-feira na capital indiana, Nova Deli, num protesto contra a exclusão de centenas de milhares de pessoas dos cadernos eleitorais.
A polémica surgiu após a atualização do recenseamento eleitoral em Bihar, um
dos estados mais populosos e politicamente influentes da Índia.
Como resultado deste processo, mais de 650 mil pessoas
foram excluídas dos cadernos eleitorais.
A
oposição alega que, embora o processo tenha eliminado os nomes de cidadãos que
já morreram e dados duplicados, milhares de eleitores "legítimos"
também foram "apagados" das listas.
"Esta
luta não é política, mas sim para salvar a Constituição. A Comissão Eleitoral
está a tentar esconder algo", declarou Gandhi no momento em que foi
detido, citado pela agência de notícias local PTI.
A tensão política agravou-se no domingo, quando a Comissão
Eleitoral da Índia (ECI), o órgão responsável pela organização das eleições,
informou o Supremo Tribunal que não vai fornecer a lista detalhada dos
eleitores excluídos.
Esta recusa desencadeou o protesto liderado por Gandhi, do
Partido do Congresso.
O deputado Shashi Tharoor, da oposição, disse durante a
marcha de protesto que são necessárias "respostas sérias" e que a
Comissão Eleitoral deve responder às preocupações e partilhar os dados
solicitados de forma transparente.
Imagens divulgadas pelos meios de comunicação indianos mostram
Gandhi e outros deputados a serem levados pela polícia após uma marcha de
protesto que se dirigia à sede da Comissão Eleitoral.
"A
democracia está a ser atacada e assassinada mesmo em frente ao Parlamento", denunciou o porta-voz
do Partido do Congresso, Jairam Ramesh.
A preocupação aumentou em todo o país porque a Comissão
Eleitoral planeia replicar o mesmo processo de "limpeza" do
recenseamento eleitoral em todos os estados do país, levantando preocupações
sobre a integridade dos próximos processos eleitorais na Índia. ANG/Lusa

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