segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Caju



Guiné-Bissau perdeu este ano cerca de 60 milhões de dólares nas exportações clandestinas   

Bissau, 15 Dez 14 (ANG) – A Guiné-Bissau perdeu este ano cerca de 60 milhões de dólares americanos com a exportação clandestina terrestre e marítima da castanha de caju.

A revelação foi feita pelo ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins quando presidia no Sábado, o acto de enceramento de ateliê sobre a “Problemática da Comercialização e Exportação da Castanha de Caju: Reflexão e Perspectivas  para 2015” que decorreu entre os dias 12 e 13 do corrente mês, organizado pelo Ministério de Comércio e Artesanato (MCA).

Na ocasião, o governante prometeu que o governo vai tomar medidas para estancar esta prática.

Geraldo Martins disse que, para a campanha de comercialização de caju de 2015, o governo se compromete  a reforçar os dispositivos de acompanhamento e de controlo das operações de exportação  a partir do Porto de Bissau.

O ministro da Economia e Finanças comprometeu-se em dar uma atenção particular a fiscalização da campanha de caju, de modo a garantir e salvaguardar e satisfação dos legítimos interesses de todos os intervenientes do sector, nomeadamente, produtores, intermediários, exportadores e o Estado.

“O governo se compromete também a criar condições necessárias para garantir a implementação das recomendações saídas deste ateliê,” disse Geraldo Martins.

Apôs os debates dos temas abordados durante os dois dias do Ateliê,  os seminaristas recomendaram ao governo a redução das  taxas e impostos.

Ainda recomendaram a promoção de boas práticas da produção do caju  assim como a identificação  e redução dos postos de controlos,  a aplicação efectiva dos diplomas que regulamentam as actividades do sector e a melhoria das pistas rurais.


A castanha de caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau, e este ano foram exportadas  136.584,066 toneladas de castanha in natura, que renderam a economia nacional uma receita fiscal na ordem de  137 milhões de dólares americanos.

ANG/LLA/SG

ODM


PNUD lança relatório de 2014 sobre Países Menos Desenvolvidos

Bissau, 15 Dez 14 (ANG) O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lança esta terça-feira em Bissau, o Relatório de 2014 sobre a situação do Países Menos Desenvolvidos do mundo, elaborado pela Conferencia das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

A informação consta num comunicado de imprensa do Departamento da Comunicação da representação desta Agência da ONU no país, enviado hoje à ANG.

De acordo com a nota que cita esse relatório, os “países mais pobres do mundo estão presos num círculo vicioso, que deve ser invertido, caso queiram alcançar os novos objectivos de desenvolvimento”.

O referido relatório intitulado, “Crescimento com Transformações Estruturais: Uma Agenda de Desenvolvimento do Pós-2015”, chama atenção a comunidade internacional sobre a necessidade de  «aprender com os erros da maioria dos países em desenvolvimento que falharam em alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), embora registem um crescimento económico “forte”.

Segundo o PNUD, este «paradoxo deve a  falha das economias dos PMDs em atingir as mudanças estruturais não obstante observarem o crescimento, em consequência dos bons resultados dos preços de exportação e do aumento da ajuda pública ao desenvolvimento.

Assim, conforme o comunicado, a UNCTAD recomenda uma mudança considerável nas políticas, com o objectivo de modernizar e diversificar as estruturas económicas destes países menos avançados, priorizando “os produtos de maior valor agregado e mais sofisticados”.

Segundo a nota do PNUD, espera-se que, em  cumprimento do objectivo principal de desenvolvimento do pós-2015, seja erradicada a pobreza até 2030. O que , acrescenta o documento, significa reduzir a «pobreza a zero em todo o lado”, com destaque nos PMDs.

Para isso, o relatório sublinha três prioridades, nas políticas para uma agenda de desenvolvimento pós-2015, ou seja, a mobilização e direccionamento dos recursos para o investimento, a transformações das economias e o estabelecimento de políticas macroeconómicas que promovam o investimento e o crescimento da procura.

Actualmente, 48 países, incluindo a Guiné-Bissau, Senegal, Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe,  fazem parte dos PMDs, dos quais 34 são do continente africano.

 ANG/ QC/SG




Bilhete de Identidade biométrico da comunidade vai ser  lançado  em 2016 

Bissau, 15 Dez 14 (ANG) – A CEDEAO lança em 2016 o Bilhete de Identidade da comunidade, segundo a decisão do Conselho de Ministros da organização que terminou quinta-feira a sua 73ª reunião, e, Abuja na Nigéria.

A implementação dessa peça de identidade biométrico da CEDEAO visa garantir a segurança dos migrantes, o reforço da gestão da identidade através duma abordagem coordenada na troca de informação e na gestão de dados no contexto da mobilidade inter-regional protegida.

O surgimento do BI da comunidade implicará a supressão da obrigação de cartões de residência para os migrantes provenientes da CEDEAO nos territórios dos 15 Estados- membros, além das outras regalias enumeradas.

Os chefes da migração da CEDEAO recomendaram que esse BI tenha a mesma cor para todos os Estados-membros.

Eles recomendaram igualmente que circule paralelamente com o BI nacional em cada Estado-membro até que se torne plenamente institucionalizado no quadro do calendário proposto.
O novo BI biométrico vai substituir igualmente o certificado de viagem CEDEAO.

As recomendações, que foram aprovadas pelo Conselho durante os seus três dias de reunião (de 9 a 11 de Dezembro) na sede da CEDEAO, em Abuja, estão ainda sujeitas à aprovação dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO que devem reunir-se, esta segunda-feira, 15, em Abuja,  na capital nigeriana.

ANG/Angop

Quadra Festiva


EAGB promete aumento da produtividade eléctrica para 17 megawots

 Bissau, 15 Dez 14 (Bissau) – O director da Produção da Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), Murido Gomes Lopes, afirmou que a empresa perspectiva aumentar a sua capacidade produtiva de 4.5  para  17 megawots  durante a quadra festiva.

Em entrevista concedida hoje à ANG, Murido Lopes, sublinhou que de momento só funcionam na Central Eléctrica dois grupos energéticos, nomeadamente, um de 2.5 megas e outro de 2 com os quais estão a efectuar “uma distribuição equitativa e satisfatória”.

Enquanto isso, conforme Lopes, nesta quadra festiva estão a aguardar a chegada dentro de dias de mais grupos geradores com capacidade de 10 megas de energias para reforçar os 4.5 megas já em activo.

No que diz respeito ao combustível para o abastecimento dos grupos energéticos da EAGB, aquele responsável disse que já receberam uma descarga de 7 camiões cisternas de combustíveis para alimentação dos respectivos grupos.

Quanto às dificuldades internas com as quais a empresa se depara, aquele responsável revelou que actualmente as dificuldades são mais de ordem técnica ou seja de fazer com que os técnicos se familiarizassem com máquinas novas.

“As vezes as máquinas com as quais lidamos são de primeira linha e quando apresentam certas falhas ultrapassam as competências dos nossos técnicos e têm que ser reparadas no exterior e isso leva tempo”, explicou.

ANG/FGS/SG


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Caju


Exportações de 2014 registam aumento de 3,5 por cento em relação ao ano passado

Bissau, 12 Dez 14 (ANG) – O volume das exportações da castanha de Caju registado este ano foi superior em mais de 3.5 por cento que no período de 2013, ou seja, houve um aumento de mais 4 mil toneladas.

Os dados constam no relatório sobre a campanha de comercialização da castanha de caju deste ano, divulgado quinta-feira na abertura do ateliê sob tema “problemática da comercialização e exportação de caju, reflexões e perspectivas para 2015”, promovido pelo Ministério do Comercio e Artesanato.

Segundo o documento, na ultima campanha do “Ouro Guineense” foram exportadas mais 136 mil toneladas, e as previsões eram  de exportação de 200 mil toneladas.

Estima-se que as operações de exportação terá rendido a economia nacional 137 milhões de dólares americanos.

A operação teria tido inicio dia 03 de Junho, um pouco mais tarde do que o ano anterior e viria a terminar em finais de Novembro e registou a participação histórica de 51 empresas, ou seja, um ligeiro acréscimo em relação a 2013.

O preço de base ao produtor foi determinado pelo governo no acto oficial de abertura de campanha no valor de 250 FCFA por quilograma de castanha, mas, de acordo com os relatórios das delegacias regionais, a ruptura de stock de bens alimentares em zonas de difícil acesso fez com que este valor baixasse até 150 fcfa.

“Em termos de preços ao produtor, teve oscilações progressivas entre 150 FCFA/Quilograma em Abril e terminou com 370 nos meados de Setembro/Outubro ”, escreve o relatório.

O relatório informa que essa evolução de preços tem a ver com o bom ambiente de negócios criado no país com estabilidade política, na sequência de eleições pacífica e credível, conforme as declarações de observadores.

Com base nestes dados o Ministério do Comercio estima o preço médio ao produtor na campanha que agora termina de 259 FCFA por kg.

Dados dos serviços de Comercio Interno e das Delegacias Regionais confirmaram o potencial de emprego que esta actividade económica gera no país, bem como a sua contribuição na redução da pobreza.

Em relação a saída clandestina da castanha de Caju, o relatório refere que apesar das dificuldades operacionais, os agentes de fiscalização conseguiram apreender 237 toneladas de caju, 13 meios de transporte dentre os quais Camiões  e viaturas modelo Canter e toca-tocas nas regiões de Bafatá e Cacheu.

Analisando estes dados de apreensão a região de Cacheu parece em primeiro lugar com 199 toneladas da castanha de caju e 12 meios de transporte seguido da região de Bafatá com 36 toneladas e um meio de transporte.

  O relatório revela que a empresa Cheta Guiné foi a que atingiu o maior volume de exportação, com cerca de 12 por cento do total das exportações e a empresa Sonec Trading com menor volume representando 0,04 por cento.

O ateliê sobre a problemática da comercialização da castanha de caju, reflexão e perspectivas para 2015 termina esta tarde os seus trabalhos com a adopçäo de recomendações dos intervenientes do sector.


ANG/LLA/LPG/JAM/SG 

Transportes aéreos


Ligações Cidade da Praia-Bissau serão retomadas em breve

Bissau, 11 Dez 14(ANG)- As ligações aéreas com Cabo Verde  deverão ser retomadas "em breve", indicou, na Cidade da Praia, o ministro dos Negócios Estrangeiros,  da Cooperação Internacional e das Comunidades, Mário Lopes da Rosa, citado nesta quarta-feira pela imprensa cabo-verdiana.

Mário Lopes da Rosa, que se deslocou à Cabo Verde na qualidade de enviado especial do primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, falava aos jornalistas após ter sido recebido quarta-feira em audiência pelo presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca.

O chefe da diplomacia guineense informou que o assunto já foi discutido com o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, mas não precisou a data do início dos voos, suspensos há cerca de dois anos.

O encontro foi aproveitado para apresentar uma mensagem de solidariedade de Simões Pereira ao povo cabo-verdiano, ligada às consequências do vulcão do Fogo que assola há 19 dias Chã das Caldeiras, e abordar questões relacionadas com as "grandes expectativas de dinamizar" a normalização das relações bilaterais.

"A relação esteve suspensa durante os dois últimos anos, mas estou convencido de que, com a disponibilidade total do Governo de Cabo Verde (que nunca reconheceu as autoridades de transição guineense após o golpe de Estado de Abril de 2012), iremos encontrar novos horizontes e definir uma nova filosofia de cooperação", sublinhou.

Simões Pereira deverá visitar o arquipélago cabo-verdiano em finais de Janeiro de 2015 para o relançamento da cooperação, após o que José Maria Neves se deslocará a Bissau, numa data ainda por definir.

Durante a estada em Cabo Verde, Mário Lopes da Rosa encontrou-se terça-feira com o primeiro-ministro cabo-verdiano, a quem entregou um cheque no valor de 75 mil dólares às autoridades da Cidade da Praia para apoiar as vítimas da erupção vulcânica da ilha do Fogo.


ANG/Angop.

Cultura



Movimento Acção Cidadã homenageia cineasta Flora Gomes

Bissau, 12 Dez. 14 (ANG)-O movimento Acção Cidadã (MAC) agendou para os dias 15 à 20 do mês em curso, um conjunto de actividades e que vão culminar com uma gala para homenagear o cineasta guineense, Flora Gomes.

O evento do MAC enquadra-se num projecto denominado HomegeArte, cuja primeira edição se assinala nos 5 dias acima indicados.

De acordo com os proponentes do certame, a HomenageArte passará a ser levada a cabo anualmente com vista a cultivar referências positivas no espaço social guineense.
“Flora Gomes e os óculos do sonho” é o tema dado a esta primeira edição do HomenageArte.

 “O que pretendemos com esta primeira edição é realçar as obras feitas e não as figuras das pessoas por si só”, esclareceu Miriam Fernandes Gomes Sá, do MAC.

Por outro lado, preconiza-se tornar a HomenageArte num espaço para cultivar referências positivas, criar condições para deixar legados à nova geração, promover e valorizar o trabalho cultural de pessoas e instituições.

Durante o evento serão realizadas acções como Workshops, conferência internacional, uma Gala de homenagem e lançamento de um livro sobre intervenções do cineasta Flora Gomes.

Indagada sobre apoios da parte do governo a organização disse que não solicita e nem aceita qualquer tipo de apoios.

“ Mediante a dimensão deste evento abrimos uma excepção onde convidamos alguns parceiros para se associarem a esse evento. Porém não solicitamos, enquanto parceiro, o apoio do governo e nem recebemos nenhum convite da parte do governo”, disse Miriam Gomes Sá.

Ela  explicou que o projecto,  não só visará obras de personalidades fisicamente presentes mas também os que já não se encontram entre os vivos no sentido de cultivar boas culturas existentes no seio da sociedade guineense.

Ação Cidadã (MAC), é um movimento social de cidadãos livres em pleno exercício da cidadania.


ANG/FGS/SG

UPG


“Este Governo defraudou as expectativas do povo guineense", diz Nando Vaz

 
Bissau,12 Dez 14 (ANG) - O Presidente do Partido União Patriótica Guineense (UPG), criticou hoje o desempenho do governo, que classifica de “estar longe” das expectativas criadas pelo próprio chefe do Governo, Domingos Simões Pereira.
 
Presidente da UPG, Fernando Vaz
Ao ser convidado pela Agência de Noticias da Guiné-ANG – a comentar os 100 dias de graça do executivo saído das urnas, Fernando Vaz disse que era de prever esta situação.
 
“Estamos num quadro em que os dois maiores partidos do pais se encontram juntos na governação sem nenhuma oposição parlamentar”, disse, acrescentando que “neste contexto se assiste a um defraudar completo das expectativas que o povo depositou nesses dois partidos, facto estranho quando este governo tem tranquilidade parlamentar e pelo apoio incondicional do PAIGC e PRS".

Fernando Vaz disse que o povo está farto de discursos ”bonitos nos médias, acrescentando que, o que  o povo pretende são resultados práticos, que não estão acontecer”.
 
"Na prática, não assistimos a nenhuma mudança. Antes pelo contrário, assistimos a um dificultar de vida das populações, que se tornaram mais miseráveis. As actividades económicas desaceleraram-se, ou seja, tornou-se vulgar ouvir hoje em qualquer parte do pais que não há dinheiro", ilustrou.

 Vaz referiu que a  maior parte das “nossas receitas” são provenientes das arrecadações feitas pela Direcção-geral das Alfandegas. “Não tenho os dados, mas tudo indica que os níveis de arrecadação de receitas caíram substancialmente", afirmou.
 
O líder da UPG disse que na Guiné-Bissau normalmente quando esses dados caem, quer dizer que há maior evasão fiscal ou seja não se paga os impostos e com isso o Governo terá que endividar para pagar os salários.
 
"Houve ajuda orçamental da União Europeia de 20 milhões de euros, o que daria para pagar quatro meses de salários dos quais 10 Milhões serão desbloqueados ainda este ano, ", frisou.
 
Aquele político sublinhou ainda que, quando o Governo de Transição saiu, deixou a questão de salários dos professores garantido até Dezembro com apoio do Banco Mundial.

Revelou que outro acto que o Governo de Transição fez, foi assegurar o fornecimento de combustíveis à Central Eléctrica de Bissau até Dezembro em curso.

 "Portanto, este Governo apanha uma conjuntura extremamente favorável, tanto política como financeira, criada pelo executivo de transição e está a defraudar as expectativas. Não estamos a ver na prática absolutamente nada e já estamos no sétimo mês de governação e as desculpas de que foi motivada pela transição já chega", referiu o líder da UPG.

 Fernando Vaz disse que é preciso que o governo arregace as mangas e trabalhe de uma forma mais séria e demonstre que, de facto, é capaz.

 Fernando Vaz considerou normal a exoneração de Botche Candé das funções de ministro da Administração Interna.

“Acho que o Presidente da República agiu ao que parece no cumprimento das suas prorrogativas. Quando se põe em causa a soberania do pais, qualquer que seja a pessoa, deve ser chamada a responder", vincou.

Declarou que não faz sentido um ministro na qualidade de representante do Estado da Guiné-Bissau, sentar-se com rebeldes, e vir ao público fazer declarações que não abonam em nada, o pais.

 Nando Vaz disse que, o que aconteceu é um ministro que sai e entrara o outro e o PAIGC continua com uma hegemonia no parlamento e com um Primeiro-Ministro apoiado pelos dois maiores partidos do pais, “o que significa que não se  vislumbra no quadro parlamentar e governativo nenhuma crise.

 O líder da UPG revelou contudo que a sua formação política dará benefício de dúvida ao executivo de Domingos Simões Pereira porque efectivamente o que interessa é o pais, a paz,  estabilidade, onde não se pode mais tolerar para a Guiné-Bissau nenhuma governação que não se centre na resolução dos reais problemas da Nação,  o que o povo verdadeiramente quer.

"Não vamos pegar nesses factos para fazermos guerra. Exortamos ao Presidente da Republica que continue atento na defesa dos interesses do pais e do povo", aconselhou.

 Questionado sobre a posição da UPG sobre a alegada existência de bases militares de uma facção dos rebeldes de Casamance no território guineense, Vaz sublinhou que, o que o seu partido defende são as relações institucionais que o Estado da Guiné-Bissau tem com o Senegal.

"Portanto, nos entendemos que para que haja qualquer contacto e intermediação em que os rebeldes se envolvem, o Estado guineense deve antes de mais falar com as autoridades senegalesas porque são com eles que temos as relações institucionais. A partir do que acertamos com essas autoridades, poderemos pôr hipóteses da mediação desse problema", explicou.

Considerou extremamente complicada essa questão de Casamance que dura desde os anos 60 e que “não diz respeito a Guiné-Bissau mas pelo facto de situar-se na nossa fronteira norte, deve nos preocupar e com tudo o que podemos ajudar e contribuir, na busca de solução para o problema.

 O Presidente da UPG considerou grave e preocupante a falta de uma oposição séria ao governo e disse que existem pessoas interessadas em transformar a democracia num regime de partido único.

"O que entendemos é que os partidos da oposição independentemente de estarem ou não no parlamento devem continuar a fazer os seus trabalhos.

Penso que, com o lançamento do partido, Assembleia dos Partidos Unidos (APU), o pais terá uma oposição clara, responsável, construtiva e que defendera os interesses da nação pais porque um pais sem oposição é adiar o seu desenvolvimento e futuro.
 
ANG/AC/JAM/SG

 

 

 

  

 

            

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Quadra Festiva







Comerciantes de Bandim lamentam fraca afluência da clientela

Bissau, 11 dez. 14 – (ANG) – Alguns comerciantes do mercado de Bandim lamentaram hoje a fraca afluência dos clientes nesta quadra festiva devido, segundo alegam, a “falta de circulação de dinheiro”, algo que estaria a obstaculizar-lhes o negócio.

Instados pela ANG a comentar o ambiente de negócio nas vésperas das festas de Natal e Novo Ano, feirantes de Bandim mostraram as suas decepções com o débil movimento em termos de compras, tendo, no entanto, elogiado o ambiente seguro em que desenvolvem as suas actividades. 

Por exemplo, a Laina Yamta, que vende bolos no portão principal do referido espaço comercial preferiu comentar que quase não se registam actos de criminalidade tais como agressões e roubos de carteiras, contrariamente a período idêntico em anos precedentes.

Quanto ao negócio lamentou o fraco ajuntamento de clientes no mercado como em tempos atrás. “As vezes levamos horas sentadas sem que apareça um cliente se quer”, lamenta.

“Espero que daqui ao dia 23 ou 24 haja um grande movimento dos clientes que venham comprar os nossos produtos”, esperançou a negociante que afirmou que é urgente que o dinheiro comece a circular no mercado.

Segundo o comerciante de cabelos e grefage , Modou Sall, de origem senegalesa, de momento o negócio está lento em comparação ao ano passado em que neste momento a movimentação já se fazia sentir.

Quanto à situações de delinquência que outrora se fazia sentir, aquele comerciante disse que o nível da criminalidade nos passeios da feira já não é a mesmo.

Abulai Sané, um jovem comerciante de roupas femininas, revelou outra preocupação que tem que ver com os policiais da esquadra do mercado que segundo disse “não dão tempo com as suas cobranças exageradas”.

“ A intervenção da polícia limita as nossas acções comerciais de formas que não podemos movimentar as nossas mercadorias”, lamentou.

A vendedora ambulante, Isabel Nanque, que comercializa peixe seco, disse que as vezes ficam no mercado a vender peixes até a noite porque não há clientela.

No entanto, relativamente a quadra festiva que se avizinha, Isabel Nanque disse igualmente que ainda não sentiu a presença da clientela.

“O negócio está difícil e para uma ambulante como eu a situação é pior. Muita das vezes deparo me com os fiscais que nos interditam de movimentar no passeio”, revelou aquela senhora que também realçou a importância da presença das forças de segurança, o que diminuiu o nível de roubos e agressões no mercado.

Segundo o presidente da Associação de Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau (ARMGB), Aliu Seide, a baixa do poder de compra por parte dos clientes fez com que os negócios não tenham sucesso.

As situações de agressões, conforme aquele responsável, diminuíram com a criação do posto de polícia no seio do mercado.

O responsável pela investigação criminal da polícia do referido mercado, Malam Dabó, também confirmou que desde a instalação da polícia no marcado conseguiu-se reduzir, consideravelmente, a criminalidade naquela localidade.

“Durante o nosso trabalhar conseguimos diminuir os níveis da criminalidade e agressões e estamos prontos para intervir durante a quadra festiva de natal e fim do ano”, afirmou.

As dificuldades com as quais padecem, segundo aquele responsável, são a falta de materiais e espaço para o pessoal afecto a polícia do mercado.

ANG/FGS/JAM/SG




  

Natal e Novo Ano


Inspecção do Comércio declara guerra contra produtos fora de prazo

Bissau 11 Dez. 14 (ANG) – O Inspector-geral do Ministério do Comercio e Artesanato (MCA) prometeu lutar sem tréguas contra os produtos fora do prazo de validade e em mau estado de conservação que nos períodos da quadra festiva são dissimulados nos mercados por alguns comerciantes. 

Em declarações exclusivas à ANG, Mamadú Selo Djaló informou que os inspectores do comércio estão a fazer os levantamentos e trabalhos de inspecção aos produtos alimentares nos mercados e supermercados do país.

“Quando detectados, ordenamos logo de seguida a retirada das prateleiras dos produtos acima indicados de forma a evitar prejuízos a saúde do consumidor”, frisou o Inspector-geral do MCA.

Normalmente, explicou Mamadú Selo Djaló, por falta de poder de compra, a população, de maneira consciente ou inconscientemente, prefere adquirir estes produtos, de forma a poupar alguns trocados. No entanto, prosseguiu, o gesto acarreta graves consequência à sua saúde.

No terreno, segundo indicou, estaria a trabalhar 24 horas por dia uma brigada móvel que nesta fase é constituída por técnicos do Ministério de Comércio.

“Na próxima semana vamos produzir um ofício pedindo a colaboração da Policia Judiciaria e Inspectores de Saúde para se juntarem à nós, para que, em conjunto, possamos fazer um trabalho mais profundo nos mercados “ prometeu o Inspector-geral.

Mamadú Selo Djaló pediu a colaboração da população e dos operadores econômicos no sentido de denunciarem os “malfeitores, referindo-se aos comerciantes que se aproveitam deste período para esvaziar seus armazéns de produtos nocivos à saúde humana.

O Inspector-geral do Comércio pediu apoio da população em geral e das organizações parceiras que lutam pelo direito do consumidor no sentido de se juntarem nesta batalha para a erradicação deste mal.   

ANG/MSC/JAM/SG   





Sindicato


UNTG entrega caderno reivindicativo no início de 2015

Bissau, 11 Dez 14 (ANG) – A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) agendou para Janeiro próximo a entrega ao Governo de um caderno reivindicativo, espelhando várias preocupações dos trabalhadores.

 Em declarações exclusivas à ANG, o Secretário-geral da UNTG explicou que o referido documento irá incidir-se sobre a necessidade de melhoria das condições laborais aos funcionários públicos.

 “No caderno enumeraremos problemas de acordo com as propostas apresentadas à UNTG pelos 19 sindicatos filiados para depois serem submetidas ao governo com vista a melhorar a administração pública”, explicou Estêvão Gomes Có.

Questionado sobre a sua opinião em relação ao Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2015 aprovado esta terça-feira em Bissau, com 71 votos a favor, zero contra e zero abstenções, Estêvão Gomes Có respondeu que congratulou-se com OGE/2015, justificando que o mesmo reflecte as necessidades do executivo no seu programa de urgência de governação, por isso recomenda a sua execução integral para o bem do povo guineense.

“OGE é a previsão das receitas e despesas e quando é assim o governo deve segui-lo “a pé de letra” , para nós é salutar, apesar de não prever o aumento salarial que era a nossa ambição”, lamentou o Secretário geral da UNTG.

Contudo, Estêvão Gomes Có disse estar convicto de que o governo irá proceder ao aumento salarial em 2015,divido a algumas sobras em dinheiro em alguns ministérios.
Acrescentou que o montante recuperado deve reverter-se para o aumento do salário dos funcionários que ganham menos de 50.000 mil francos cfa.

Nesta entrevista concedida à Agencia de Noticias da Guiné o secretário-geral da UNTG Informou que tenha aconselhado ao governo no sentido de fazer uma justiça salarial na função pública porque “não podemos ter dois tipos de cidadãos ou de funcionários, em que uns recebem milhões e outros, um salário miserável”.

ANG/LPG/JAM/SG


       

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Pescas


Titular da pasta apela “bom senso” dos fiscalizadores marítimos em greve

Bissau, 10 Dez 14 (ANG) – O Secretário de Estado das Pescas apelou terça-feira ao bom senso do Sindicato dos Fiscalizadores Marítimos (FISCAP), que desde o passado dia 02,  observa uma greve de 7 dias, reivindicando, entre outras, o pagamento de subsídios de detenção de 16 navios surpreendidos na pratica de pesca ilegal nas águas guineenses  entre 2013 e 2014.

Ildefonso Barros explicou que o executivo estaria a desenvolver diligências no sentido de resolver os problemas do FISCAP e sublinhou que esta instituição só será útil se estiver a funcionar.

 IIdefonso Barros  disse que a divida de três meses que encontrou no FISCAP depois de ter assumido o pelouro foi totalmente regularizada e que o pessoal tem  o salário em dia até finais de Dezembro, “inclusive subsídios de desembarque dos observadores”.

Conforme o Secretário de Estado das Pescas, durante este período de paralisação o governo conta com o apoio de um navio patrulheiro, cuja proveniência não especificou,  com o qual estaria a assegurar a vigilância  do mar.

IIdefonso Barros prometeu que até meados de Março de 2015 a sede do FISCAP será equipada com materiais de controlo via satélite, radares e uma nova estação de rádio.

O Sindicato do FISCAP exige ainda regularização das dívidas dos colegas falecidos, o fim de transbordo dos seus elementos no alto mar, ou seja, que sejam embarcados no porto de Bissau e desembarcados em Bissau  “ou em qualquer porto do mundo”.

O pagamento da previdência social dos funcionários da FISCAP referente a 10 anos em atraso, a melhoria das condições de trabalho q bordo dos navios, assim como a contratação de uma clínica especializada para assistência médica e medicamentosa aos fiscalizadores, são outras exigências dos fiscalizadores marítimos.

FG/JAM/SG


Direitos Humanos


Três jornalistas galardoados com premio “Jornalismo e Direitos Humanos”

Bissau, 10 Dez 14 (ANG) – Os jornalistas, Ussumane Baldé, na categoria da Imprensa escrita, Demba Sanha na da Televisão e Sumba Nansil na da Rádio foram agraciados hoje com o premio “Jornalismo e Direitos Humanos.

Mesa que presidiu a cerimonia de entrega dos prémios
 Cada um dos laureados recebeu um envelope com 100 mil Francos CFA, livros e materiais audiovisuais com temáticas sobre os direitos humanos.

O concurso foi promovido pela Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), em colaboração com os seus parceiros, ACEP e foi financiado pela delegação da União Europeia.

Segundo a organização humanitária, o certame visa reforçar o papel dos jornalistas enquanto agentes que contribuem para a mudança de mentalidade na sociedade guineense e que participam na construção de uma cultura democrática, na perspectiva da promoção da defesa dos direitos humanos.

Presidindo o acto, o ministro da Comunicação Social, Agnelo Regala realçou o papel dos jornalistas na luta contra as violações dos direitos humanos e na contribuição da mudança de mentalidade no seio da sociedade.

“Para que o nosso direito seja valorizado e respeitado é necessário luta permanente para sua conquista”, frisou Agnelo Regala que qualificou de “questões culturais” a luta pelos direitos humanos assim como pelos valores democráticos.

Acrescentou que nessa perspectiva, os jornalistas e os órgãos da comunicação social têm o dever profissional de garantir a cobertura jornalística e tratar  questões relativos aos direitos humanos da mesma forma que tratam outros temas de actualidade.

O governante considerou de insuficiente os trabalhos até aqui desenvolvidos pela Comunicação Social e acrescentou que as coberturas jornalísticas dos assuntos ligados aos direitos humanos se centram essencialmente na vertente de violação dos direitos civis e políticos em deferimento dos direitos sociais, económicos e culturais.

“O lançamento de um prémio de jornalismo dos direitos humanos pretende também dar um contributo no reconhecimento do mérito pela vitória dos valores adquiridos”, confirmou Luís Vaz Martins.

Satisfeito com o prémio Ussumane Baldé disse que conseguiu esse resultado graças a equipa do Jornal “Ultima Hora”, razão pela qual agradece à todos os profissionais deste semanário.

Entretanto outros sete concorrentes foram agraciados com premio de consolação de um envelope contendo livros e matérias áudio visuais com conteúdo temático dos Direitos Humanos.


ANG/AALS/JAM/SG

Comércio


Ministério organiza ateliê sobre Castanha de Caju

Bissau, 10 Dez 14 (ANG) – O Ministério de Comercio e Artesanato (MCA), promove esta quinta-feira um ateliê para abordar a problemática de comercialização e exportação da Castanha de Caju e perspectivar as actividades para a campanha de 2015.

Uma nota de imprensa do Ministério de Comercio e Artesanato à que a ANG teve hoje acesso refere que o descaminho verificado durante o processo de exportação da Castanha de Caju este ano, a evasão Fiscal e a controvérsia a volta da aplicabilidade do imposto de Fundo Nacional de Promoção de Industrialização de produtos Agrícolas (FUNPI), serão os principais assuntos a debater no evento.

“Torna pertinente juntar todos os interessados a mesma mesa, para um diálogo entre actores estatais e privados para um debate exaustivo e inclusivo, com vista a encontrar propostas de soluções para viabilização da Campanha de Comercialização e exportação da Castanha de Caju de 2015,” lê-se no documento. 

O referido ateliê terá a duração de dois dias e contara com a participação de representantes da associação de exportadores, agricultores e da Camara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços.

O caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau e maior fonte de rendimento da maioria das famílias rurais.


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