quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Quadra Festiva







Comerciantes de Bandim lamentam fraca afluência da clientela

Bissau, 11 dez. 14 – (ANG) – Alguns comerciantes do mercado de Bandim lamentaram hoje a fraca afluência dos clientes nesta quadra festiva devido, segundo alegam, a “falta de circulação de dinheiro”, algo que estaria a obstaculizar-lhes o negócio.

Instados pela ANG a comentar o ambiente de negócio nas vésperas das festas de Natal e Novo Ano, feirantes de Bandim mostraram as suas decepções com o débil movimento em termos de compras, tendo, no entanto, elogiado o ambiente seguro em que desenvolvem as suas actividades. 

Por exemplo, a Laina Yamta, que vende bolos no portão principal do referido espaço comercial preferiu comentar que quase não se registam actos de criminalidade tais como agressões e roubos de carteiras, contrariamente a período idêntico em anos precedentes.

Quanto ao negócio lamentou o fraco ajuntamento de clientes no mercado como em tempos atrás. “As vezes levamos horas sentadas sem que apareça um cliente se quer”, lamenta.

“Espero que daqui ao dia 23 ou 24 haja um grande movimento dos clientes que venham comprar os nossos produtos”, esperançou a negociante que afirmou que é urgente que o dinheiro comece a circular no mercado.

Segundo o comerciante de cabelos e grefage , Modou Sall, de origem senegalesa, de momento o negócio está lento em comparação ao ano passado em que neste momento a movimentação já se fazia sentir.

Quanto à situações de delinquência que outrora se fazia sentir, aquele comerciante disse que o nível da criminalidade nos passeios da feira já não é a mesmo.

Abulai Sané, um jovem comerciante de roupas femininas, revelou outra preocupação que tem que ver com os policiais da esquadra do mercado que segundo disse “não dão tempo com as suas cobranças exageradas”.

“ A intervenção da polícia limita as nossas acções comerciais de formas que não podemos movimentar as nossas mercadorias”, lamentou.

A vendedora ambulante, Isabel Nanque, que comercializa peixe seco, disse que as vezes ficam no mercado a vender peixes até a noite porque não há clientela.

No entanto, relativamente a quadra festiva que se avizinha, Isabel Nanque disse igualmente que ainda não sentiu a presença da clientela.

“O negócio está difícil e para uma ambulante como eu a situação é pior. Muita das vezes deparo me com os fiscais que nos interditam de movimentar no passeio”, revelou aquela senhora que também realçou a importância da presença das forças de segurança, o que diminuiu o nível de roubos e agressões no mercado.

Segundo o presidente da Associação de Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau (ARMGB), Aliu Seide, a baixa do poder de compra por parte dos clientes fez com que os negócios não tenham sucesso.

As situações de agressões, conforme aquele responsável, diminuíram com a criação do posto de polícia no seio do mercado.

O responsável pela investigação criminal da polícia do referido mercado, Malam Dabó, também confirmou que desde a instalação da polícia no marcado conseguiu-se reduzir, consideravelmente, a criminalidade naquela localidade.

“Durante o nosso trabalhar conseguimos diminuir os níveis da criminalidade e agressões e estamos prontos para intervir durante a quadra festiva de natal e fim do ano”, afirmou.

As dificuldades com as quais padecem, segundo aquele responsável, são a falta de materiais e espaço para o pessoal afecto a polícia do mercado.

ANG/FGS/JAM/SG




  

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