quarta-feira, 10 de dezembro de 2014


Ebola

Governo reabre alguns pontos fronteiriços das zonas leste e sul

Bissau,10 Dez  14 (ANG) - O governo  ordenou terça-feira a abertura  das fronteiras com a Guiné-Conacri nas localidades de  Bruntuma e Fulamóre  no Leste e Cuntabani no Sul, encerradas há quase quatro meses, no quadro das medidas de prevençao contra o virus ebola que assola o pais vizinho.

Falando perante a imprensa, o Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira disse que os respectivos pontos de fronteiras com a vizinha Guiné-Conacri, passarão a ser transitáveis, porquanto outros restantes pontos manterão fechados até que as condições sejam reunidas para esse efeito.

 Simões Pereira reconheceu, no entanto, que as fronteiras da Guiné-Bissau, tanto no norte como no sul são bastante porosas, e admitiu a existência de mais 30 pontos clandestinos de ligação com a Guiné-Conacri.

Sobre estes descaminhos Simões Pereira garantiu que forças de segurança irão desdobrar-se no controlo destas localidades, salientando que a eficácia dessa operação só será efectiva se houver colaboração  da população.

Quanto a colocação de pessoal de saúde na maioria dos pontos de acesso, com a excepção do aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, o chefe do governo, revelou que já se iníciou uma campanha de preparação de todo o pessoal de saúde para que seja capaz de responder em caso de necessidade.

“A evolução do processo de preparação dos técnicos de saúde levou a uma compreensão diferente da opinião pública. Não podemos visar o treinamento de todos os técnicos da saúde, por isso passou-se a falar de equipas de respostas rápidas e essas equipas estão treinadas e mobilizadas”, referiu.

A respeito da necessidade de recursos para  manter a vigilância permanente dos elementos de segurança nos referidos pontos, o ministro disse acreditar que este dispositivo está tomado.

Referente aos perigos que a reabertura destas fronteiras podem acarretar para o país, Simões Pereira, disse , citando entidades  como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que não se pode estabelecer uma corelação directa entre o fecho da fronteira e o aumento da segurança.

“Mas também o inverso não está provado .Reconhecendo as fragilidades das nossas estruturas, no momento em que a epidemia foi anunciada, nós, na altura avaliamos a necessidade de restringir a circulação nessas fronteiras”, explicou.

Conforme o primeiro-ministro, com o trabalho já desenvolvido tanto pelo Ministério da Saúde como pelos parceiros internacionais entendeu-se agora que estão reunidas as condições para a reabertura dessas fronteiras sem que isso represente  uma redução do controle e seguimento da situação.ANG/FGS/JAM/SG

 

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