Governo reabre alguns pontos
fronteiriços das zonas leste e sul
Bissau,10
Dez 14 (ANG) - O governo ordenou terça-feira a abertura das fronteiras com a Guiné-Conacri nas
localidades de Bruntuma e Fulamóre no Leste e Cuntabani no Sul, encerradas há
quase quatro meses, no quadro das medidas
de prevençao contra o virus ebola que assola o pais vizinho.
Falando perante a imprensa, o Primeiro-Ministro, Domingos
Simões Pereira disse que os respectivos pontos de fronteiras com a vizinha
Guiné-Conacri, passarão a ser transitáveis, porquanto outros restantes pontos
manterão fechados até que as condições sejam reunidas para esse efeito.
Simões Pereira
reconheceu, no entanto, que as fronteiras da Guiné-Bissau, tanto no norte como no
sul são bastante porosas, e admitiu a existência de mais 30 pontos clandestinos
de ligação com a Guiné-Conacri.
Sobre estes descaminhos Simões Pereira garantiu que
forças de segurança irão desdobrar-se no controlo destas localidades,
salientando que a eficácia dessa operação só será efectiva se houver
colaboração da população.
Quanto a colocação de pessoal de saúde na maioria dos
pontos de acesso, com a excepção do aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, o
chefe do governo, revelou que já se iníciou uma campanha de preparação de todo
o pessoal de saúde para que seja capaz de responder em caso de necessidade.
“A evolução do processo de preparação dos técnicos de
saúde levou a uma compreensão diferente da opinião pública. Não podemos visar o
treinamento de todos os técnicos da saúde, por isso passou-se a falar de
equipas de respostas rápidas e essas equipas estão treinadas e mobilizadas”,
referiu.
A respeito da necessidade de recursos para manter a vigilância permanente dos elementos
de segurança nos referidos pontos, o ministro disse acreditar que este
dispositivo está tomado.
Referente aos perigos que a reabertura destas fronteiras
podem acarretar para o país, Simões Pereira, disse , citando entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que
não se pode estabelecer uma corelação directa entre o fecho da fronteira e o aumento
da segurança.
“Mas também o inverso não está provado .Reconhecendo as
fragilidades das nossas estruturas, no momento em que a epidemia foi anunciada,
nós, na altura avaliamos a necessidade de restringir a circulação nessas
fronteiras”, explicou.
Conforme o primeiro-ministro, com o trabalho já
desenvolvido tanto pelo Ministério da Saúde como pelos parceiros internacionais
entendeu-se agora que estão reunidas as condições para a reabertura dessas
fronteiras sem que isso represente uma
redução do controle e seguimento da situação.ANG/FGS/JAM/SG
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