quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Comunicação Social



Sessenta e seis jornalistas assassinados em 2014

Bissau, 18 Dez 14 (ANG) A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou o balanço anual com os números da violência contra jornalistas dando conta de que este  ano 66 repórteres foram assassinados no mundo, 119 sequestrados, 178 presos, 853 detidos, 1.846 ameaçados ou agredidos e 134 procuraram exílio.

Aos 66 jornalistas assassinados em 2014 juntam-se 19 jornalistas-cidadãos e 11 colaboradores de meios de comunicação que também perderam a vida este ano. Dois terços dos 66 jornalistas morreram em "zonas de conflito, como a Síria" refere, em comunicado, a RSF que aponta este país como sendo o 'mais letal para os jornalistas", ao qual se juntam os territórios palestinos, o leste da Ucrânia, Iraque e Líbia.

A RSF denuncia a barbárie e a instrumentalização que se têm intensificado quanto à violência contra a imprensa, como dão conta as decapitações filmadas.

"As detenções sejam ataques contra a liberdade de informação cuja gravidade não pode ser comparada à dos assassinatos ou sequestros prolongados", constituem obstáculos para o trabalho dos jornalistas e "por vezes intimidações violentas, inadmissíveis", escreve em comunicado a RSF. 

Comentando o balanço anual da violência contra jornalistas a presidente do sindicato dos Jornalistas de Angola, Luísa Rogério, disse  que se trata de uma preocupação crescente.

 "Há dez anos, a violência decorria fundamentalmente em espaços onde as liberdades não eram tão consagradas, mas no último ano há um reconhecimento dos movimentos fundamentalistas jihadistas, nomeadamente, o agudizar da violência que se abate sobre os jornalistas. Estamos perante um novo tipo de violência para o qual as respostas não são imediatas". 

ANG/Angop

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