Governo
preocupado com ocupação de espaços urbanos
Bissau, 17 Dez 14 (ANG) – O
primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira manifestou terça-feira a sua
preocupação em relação a qualidade de ocupação dos solos que são dispensados aos
espaços urbanos.
“Zonas humidas que são
invadidas e zonas naturais de reprodução de especiais que são destruídas”, denunciou o chefe do governo que lembra que ao mexer com o equilíbrio ecológico, provocam-se situações aos quais todos devem estar mobilizados para prevenir.
Simões Pereira falava na
cerimonia de abertura da 1ª Conferencia Nacional sobre Actividades de Protecção
Civil e Gestão dos Riscos de Catastrofes, sob o tema “Organização e
Funcionamento do Sistema Nacional de Protecção Civil para a Gestão Efectiva dos
Riscos de Catastrofes”, organizado pelo Ministério da Defesa e que contou com
apoio financeiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na
Guiné-Bissau.
De acordo com o
primeiro-ministro, os objectivos da realização desta conferencia é de
proporcionar a participação de todos no processo de estruturação e
operacionalização dos mecanismos nacionais de protecção civil como forma de
garantir a sua rápida e efectiva disseminação.
O evento, segundo o chefe do
executivo, ocorre num momento “particularmente sensível” para o domínio da protecção civil, porque,
devido a ventos fortes assinalados ao longo deste ano, foram registadas 4
centenas de habitações destruídas, que afectou mais de 800 famílias.
Alias, o relatório da ONU de
2014, segundo Simões Pereira, coloca a Guiné-Bissau entre os 15 Estados mais
expostos aos desastres e recordou que tudo isso ocorre num período em que o mundo assiste e enfrenta a epidemia do ébola.
“Até conhecermos as origens
e todas as implicações, temos que ter presentes que hà elementos que escapam ao
nosso controlo e que através da nossa capacidade de prevenção e controlo das
epidemias e dos riscos, devemos ser capazes de os enfrentar”, sublinhou.
Indicou ainda que como país
que aspira ao progresso social e econômico e comprovadamente exposto a fenômenos destrutivos, como epidemias, secas, inundações, pragas, erosão,
ventos fortes entre outros, as autoridades precisam alterar a forma de
abordagem deste assunto, investindo na prevenção e na melhoria da preparação para
poder responder em situações de acidentes graves ou catástrofes.
Por outro lado, pediu que
sejam fortalecidos os mecanismos de alerta precoce, de coordenação e de
resposta, bem como a necessidade de lançar e aprofundar a cultura de gestão de
riscos, melhorar a noção de partilha dos mesmos, através duma segurança e
protecção social mais abrangente.
Assim apelou aos participantes a darem o máximo de si, pois o governo e espera que no final possa sair deste evento a orgânica dos serviços da protecção civil e bombeiros e um
decreto regulamentar da plataforma nacional de reducção de riscos de catástrofes.
Entretanto, o representante do PNUD na Guiné-Bissau disse
que a realização da conferencia responde a necessidade do executivo de informar
e sensibilizar suas instituições, enquanto detentoras de obrigações e suas
comunidades e cidadãos, enquanto titulares de direitos sobre o quadro legal e
regulamentado de gestão de riscos alinhados com as normas internacionais.
Para Gabriel Davos a Guiné-Bissau é um país exposto a riscos
de catástrofes, em parte devido a sua geo-morfologia costeira vulnerável a
mudanças climáticas e explicou que desde 2010 o PNUD tem estado a acompanhar o
executivo na sua iniciativa de criação de um quadro legal, regulamentada e
institucional de prevenção e gestão de catástrofes.
“E como resultado de tudo isso, existem hoje um serviço de
protecção civil operacional, um quadro regulamentar elaborado pelo governo e em
fase de aprovação, de textos regulamentares da plataforma nacional de redução
de riscos de catástrofes e de documentos relacionados”, disse a concluir.
ANG/JAM
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