PDD pede ao PR para não se interferir nos assuntos da governação
Bissau, 18 Dez 14 (ANG) - O Partido Democrático para o
Desenvolvimento (PDD), pediu hoje ao Presidente da Republica José Mário Vaz para
não se interferir nos assuntos da governação, respeitando o princípio de separação
de poderes.
Presidente do PDD, Policiano Gomes e sua Vice Presidente |
O pedido feito em conferência de imprensa pelo Presidente
desta formação política, Policiano Gomes.
Gomes disse que o Presidente da Republica deve exercer
uma política de magistratura influente e positiva e não de controlo, para o bem
da paz social e tranquilidade
governativa e do pais.
O PDD elogiou e felicitou as autoridades
nacionais pela forma como gerem a
questão do Ébola no país, assim como a comunidade internacional pelo apoio prestado
ao país para a prevenção.
Na conferência de imprensa que contou com a participação dos órgãos do PDD, foi feita
uma apreciação dos seis meses de trabalho do actual executivo.
O presidente do partido disse que o balanço está a quem das
expectativas. “ 0 poder de compra das pessoas e famílias diminuiu drasticamente
em virtude do desemprego, do aumento dos preços de bens da primeira necessidade
e da carga fiscal”, afirmou.
Policiano Gomes
acrescentou que “a economia do país
estagnou, e que há pouco dinheiro em circulação, as empresas estão endividadas,
e que os bancos não têm confiança em atribuir créditos”.
Referindo-se ao sector
educativo disse que se assisti a um desânimo
geral dos alunos, pais e encarregados da educação e professores. “Escolas estão
a funcionar a meio gás, com tetos a cair e professores por contratar”, referiu.
No que tange ao ministério de saúde, considerou que o banco de socorro do Hospital Nacional Simão
Mendes “está muito aquém das suas responsabilidades e capacidade de atendimento”.
Policiano disse que um dos aspectos mais chocantes da
governação “tem a ver com o reforço da partidarização, do nepotismo e
clientelismo na administração pública”.
Acrescenta que as nomeações feitas “não obedecem a
meritocracia mas sim ao puro clientelismo de favoritismo”.
No que se refere a energia, referiu que com “tanta
propaganda e assinaturas de contratos” a situação esta na mesma.
“Não se compreende. Num momento em que a EAGB chora devido
a problemas de vária ordem, pagam salário excessivo à alguns dos seus dirigentes»,
disse.
Em relação a justiça, o presidente desta formação
politica sem assento parlamentar disse que “nota se uma sufocação do sector que
se mostra cada vez mais ineficiente”.
“A insegurança e violência aumentaram, sem que haja qualquer
medida concreta para se proteger o cidadão e os seus bens”, declarou.
ANG/FESM/SG
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