segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

ANP


Cipriano Cassama exalta necessidade de actuação independente do jornalista

Bissau, 29 Dez 14 (ANG) - O Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), afirmou que se a imprensa não for capaz de mostrar sua independência face as instituições políticas e outros poderes fácticos da sociedade, então deixaria de considerar-se como o quarto poder.

Cipriano Cassama que discursava hoje num encontro de confraternização com os representantes dos órgãos de comunicação social públicos e privados da Guiné-Bissau, sublinhou que o parlamento deve fazer eco das preocupações do povo e é isso que os jornalistas também fazem.

"E sem pretender dar lições a uma classe jornalística que é idónea e independente, permitam-me afirmar que, na sua actividade profissional os jornalistas exprimem a voz do cidadão, do povo, e que emerge do espaço público de cidadania. Se assim for, então, fica estabelecida e justificada a ligação, a cumplicidade entre a “casa dos representantes do povo” e a classe jornalística" sublinhou.

O Presidente da ANP disse que não há democracia sem verdadeira liberdade de expressão em todas as suas manifestações.

Acrescentou que essa liberdade de expressão é potenciada pelos órgãos de comunicação social, pelo profissionalismo e pela vigilância dos jornalistas, pela fidelidade às linhas editoriais que são próprias de cada órgão de comunicação social.  

"O parlamento deve fiscalizar os actos do Governo e da Administração Pública em geral. É isso que também a imprensa livre costuma fazer", referiu.

Cipriano Cassama promete ser sempre solidário com a classe dos jornalistas, fazendo tudo o que depender dele para que o Estado crie, progressivamente, as condições mais adequadas ao trabalho da imprensa para a dignificação da  profissão.

Por seu turno, o Presidente do Conselho Nacional de Comunicação Social, Ladislau Embassa destacou que a comunicação social é o quarto poder razão pela qual o Estado deve prestar-lhe mais atenção.

Embassa, disse que o Estado deve criar condições financeiras e materiais para que os órgãos da comunicação social possam desempenhar as suas funções cabalmente.

Em nome dos representantes dos órgãos da comunicação social falou o Director-geral da Agência de Noticias da Guiné (ANG), Salvador Gomes, que na ocasião disse que o acto representa um  passo importante na luta para levar o nome da Guiné-Bissau à um bom porto.

“Os jornalistas nunca querem granjear inimigos, porque precisam de fontes  que lhes dão informações”, disse .

Salvador Gomes  solicitou maior abertura por parte do parlamento aos jornalistas e  que seja nomeado  um porta-voz do hemiciclo para, cada vez que for necessário, se disponibilizar para dar esclarecimentos   sobre os assuntos a serem discutidos no parlamento.

 Em relação a esta preocupação Cipriano Cassama anunciou que o parlamento terá em Fevereiro um porta-voz para efeito.

ANG/FES/M/AC/SG



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