Cipriano Cassama exalta necessidade
de actuação independente do jornalista
Bissau, 29 Dez 14 (ANG) - O Presidente da Assembleia
Nacional Popular (ANP), afirmou que se a imprensa não for capaz de mostrar sua independência
face as instituições políticas e outros poderes fácticos da sociedade, então
deixaria de considerar-se como o quarto poder.
Cipriano Cassama que
discursava hoje num encontro de confraternização com os representantes dos órgãos
de comunicação social públicos e privados da Guiné-Bissau, sublinhou que o
parlamento deve fazer eco das preocupações do povo e é isso que os jornalistas
também fazem.
"E sem pretender
dar lições a uma classe jornalística que é idónea e independente, permitam-me afirmar
que, na sua actividade profissional os jornalistas exprimem a voz do cidadão,
do povo, e que emerge do espaço público de cidadania. Se assim for, então, fica
estabelecida e justificada a ligação, a cumplicidade entre a “casa dos
representantes do povo” e a classe jornalística" sublinhou.
O Presidente da ANP
disse que não há democracia sem verdadeira liberdade de expressão em todas as
suas manifestações.
Acrescentou que essa
liberdade de expressão é potenciada pelos órgãos de comunicação social, pelo
profissionalismo e pela vigilância dos jornalistas, pela fidelidade às linhas
editoriais que são próprias de cada órgão de comunicação social.
"O parlamento deve fiscalizar os actos do Governo e
da Administração Pública em geral. É isso que também a imprensa livre costuma
fazer", referiu.
Cipriano Cassama promete ser sempre solidário com a
classe dos jornalistas, fazendo tudo o que depender dele para que o Estado crie,
progressivamente, as condições mais adequadas ao trabalho da imprensa para a
dignificação da profissão.
Por seu turno, o Presidente do Conselho Nacional de Comunicação
Social, Ladislau Embassa destacou que a comunicação social é o quarto poder
razão pela qual o Estado deve prestar-lhe mais atenção.
Embassa, disse que o Estado deve criar condições
financeiras e materiais para que os órgãos da comunicação social possam desempenhar
as suas funções cabalmente.
Em nome dos representantes dos órgãos da comunicação
social falou o Director-geral da Agência de Noticias da Guiné (ANG), Salvador
Gomes, que na ocasião disse que o acto representa um passo importante na luta para levar o nome da
Guiné-Bissau à um bom porto.
“Os jornalistas nunca querem granjear inimigos, porque
precisam de fontes que lhes dão
informações”, disse .
Salvador Gomes solicitou maior abertura por parte do
parlamento aos jornalistas e que seja nomeado
um porta-voz do hemiciclo para, cada vez
que for necessário, se disponibilizar para dar esclarecimentos sobre
os assuntos a serem discutidos no parlamento.
Em relação a esta
preocupação Cipriano Cassama anunciou que o parlamento terá em Fevereiro um
porta-voz para efeito.
ANG/FES/M/AC/SG
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