Cidadãos pedem reforço de medidas de prevenção contra
ébola
Bissau, 09 Dez 14 (ANG)
– Alguns cidadãos guineenses, preocupados com possível contágio de ébola a
partir do pais vizinho devido a reabertura da fronteira com a Guiné-Conacry,
pediram ao Governo o reforço de medidas
de prevenção contra ébola.
Moro Sissé |
Pelo menos foi este o
ponto convergente das opiniões emitidas à ANG por cinco citadinos de Bissau.
Mouro Sissé, mostrou-se
contra a decisão da reabertura da linha fronteiriça, uma vez que a doença,
segundo disse, estaria fora de controlo das autoridades do pais vizinhos. “E
serão nos guineenses a pagar as consequências”.
Este marinheiro de
profissão, apelou ao Governo no sentido de reforçar as
medidas de seguranças nas fronteiras e para incutir uma maior dinâmica e rigor
com a finalidade de garantir a tranquilidade ao povo guineense.
Por seu lado, Basílio
Té, estudante, disse que o fecho da fronteira também tem as suas desvantagens, indicando
a título de exemplo, o aumento de preços de alguns produtos de primeira
necessidade nos mercados nacionais.
“Se a decisão de reabertura
da fronteira parte da CEDEAO então esta organização deve adoptar medidas para
que tudo corra com maior segurança com o objectivo de se evitar futuras
consequências”, apelou Basílio Té.
Zinha Té, vendedeira,
disse que a religião ensina as pessoas a saberem solidarizar-se uns com os
outros nos momentos difíceis, mas que uma vez que o ébola já ceifou milhares de
vidas humanas no país vizinho, não se deve continuar com o que qualificou de “
grande erro” de solidarizar.com os guineenses de Conacri.
Basilio Té |
Disse que muito
embora não esteja de acordo com a reabertura das fronteiras mas se a decisão é
do Governo então ele deve reforçar as medidas de prevenção e preparar-se para
assumir as futuras consequências.
Já o Inspector da
Segurança Social elogiou o gesto e justificou que “não devemos isolar os países
infectados, no entanto, chamou a atenção sobre a necessidade de haver maior controle,
através de criação de mais postos sanitários ao longo da linha fronteiriça para
detectar eventuais casos de ébola.
Alfa Baldé enfatizou ainda
na necessidade do reforço da campanha de prevenção e sensibilização junto a
população.
Zinha Té |
Opinião contrária foi
proferida pelo vendedor ambulante Braima Baldé, que na sua interpretação, a
reabertura das fronteiras significa provável alastramento desta doença “ainda
sem cura” para dentro do território nacional.
Perante esta situação
aconselhou a todos a redobrarem os cuidados preventivos.
Em cumprimento a uma
medida das decisões saídas da última cimeira da CEDEAO em Ghana, os chefes de
Estado presentes ordenaram a reabertura das fronteiras de todos os Estados
membros da organização com os países afectados pela doença.
As fronteiras leste e
sul com a vizinha Guiné-Conacri haviam sido encerradas há cerca de quatro
meses, no quadro das medidas de prevenção contra a propagação da doença a
partir do país vizinho.
ANG/MSC/AALS/JD/JAM
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