quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Reabertura da fronteira


Cidadãos pedem reforço de medidas de prevenção contra ébola

Bissau, 09 Dez 14 (ANG) – Alguns cidadãos guineenses, preocupados com possível contágio de ébola a partir do pais vizinho devido a reabertura da fronteira com a Guiné-Conacry, pediram ao Governo o reforço de  medidas de prevenção contra ébola.

Moro Sissé
Pelo menos foi este o ponto convergente das opiniões emitidas à ANG por cinco citadinos de Bissau.

Mouro Sissé, mostrou-se contra a decisão da reabertura da linha fronteiriça, uma vez que a doença, segundo disse, estaria fora de controlo das autoridades do pais vizinhos. “E serão nos guineenses a pagar as consequências”.

Este marinheiro de profissão, apelou ao Governo no sentido de reforçar as medidas de seguranças nas fronteiras e para incutir uma maior dinâmica e rigor com a finalidade de garantir a tranquilidade ao povo guineense.

Por seu lado, Basílio Té, estudante, disse que o fecho da fronteira também tem as suas desvantagens, indicando a título de exemplo, o aumento de preços de alguns produtos de primeira necessidade nos mercados nacionais.

“Se a decisão de reabertura da fronteira parte da CEDEAO então esta organização deve adoptar medidas para que tudo corra com maior segurança com o objectivo de se evitar futuras consequências”, apelou Basílio Té.  

Zinha Té, vendedeira, disse que a religião ensina as pessoas a saberem solidarizar-se uns com os outros nos momentos difíceis, mas que uma vez que o ébola já ceifou milhares de vidas humanas no país vizinho, não se deve continuar com o que qualificou de “ grande erro” de solidarizar.com os guineenses de Conacri.

Basilio Té
Disse que muito embora não esteja de acordo com a reabertura das fronteiras mas se a decisão é do Governo então ele deve reforçar as medidas de prevenção e preparar-se para assumir as futuras consequências.

Já o Inspector da Segurança Social elogiou o gesto e justificou que “não devemos isolar os países infectados, no entanto, chamou a atenção sobre a necessidade de haver maior controle, através de criação de mais postos sanitários ao longo da linha fronteiriça para detectar eventuais casos de ébola.

Alfa Baldé enfatizou ainda na necessidade do reforço da campanha de prevenção e sensibilização junto a população.

Zinha Té
Opinião contrária foi proferida pelo vendedor ambulante Braima Baldé, que na sua interpretação, a reabertura das fronteiras significa provável alastramento desta doença “ainda sem cura” para dentro do território nacional.

Perante esta situação aconselhou a todos a redobrarem os cuidados preventivos. 

Em cumprimento a uma medida das decisões saídas da última cimeira da CEDEAO em Ghana, os chefes de Estado presentes ordenaram a reabertura das fronteiras de todos os Estados membros da organização com os países afectados pela doença.

As fronteiras leste e sul com a vizinha Guiné-Conacri haviam sido encerradas há cerca de quatro meses, no quadro das medidas de prevenção contra a propagação da doença a partir do país vizinho.




ANG/MSC/AALS/JD/JAM

Sem comentários:

Enviar um comentário