terça-feira, 16 de julho de 2019

Florestas


 ONG espanhola entrega viveiros florestais à Direcção- geral de Florestas e Fauna

Bissau, 16 jul 19 (ANG) - A Organização Não-Governamental espanhola BOSQUE que opera na Guiné-Bissau entregou esta segunda-feira à Direcção geral de Florestas e Fauna viveiros florestais na tabanca de Mbunhe sector de Bissorã, região de Oio.

Segundo a Rádio Jovem, a cerimónia de entrega contou com a presença de representantes sectoriais, delegado regional de florestas, representantes da ONG BOSQUE, Embaixador de Reino de Espanha, e do  Director-geral de Florestas e Fauna.

Ao presidir a cerimónia, o Embaixador do Reino de Espanha, Marcos Rodrigues Canteiro disse que o seu país está disponível para trabalhar com a autoridade da Guiné-Bissau para a implementação dos projectos de conservação do ambiente e florestais, assim como o desenvolvimento sustentável.

Considerou a reconstrução de floresta sustentável de um trabalho complicado por isso pediu a colaboração de toda a gente, em particular, da comunidade e técnicos.

O Director-geral de Florestas e Fauna, Augusto Fernando Cabi disse que o governo através da sua direcção está engajado em fazer a replantação de árvores em todo  o país, particularmente nas zonas onde foram  cortadas mais  árvores.

Informou que a sua direcção conseguiu empilhar o viveiro que tinha 7 metros quadrado para 3 hectares e meio com viveiros em diferentes zonas do país nomeadamente em Coli, sector de Quebo e Pirada região de Gabu, que segundo ele, são criados no quadro da descentralização de viveiros para cada província.

Cabi adiantou que, no próximo ano, vão produzir um milhão de plantas em sementeiras.
O Coordenador da ONG BOSQUE, Inácio Marceles agradeceu a população da tabanca de Mbunhe pela disponibilidade e colaboração na efectivação e consolidação de viveiros florestais, acrescentando que a população beneficiou de muitos apoios através dos projectos de desenvolvimento comunitário devido a sua colaboração e disponibilidade.

O viveiro florestal da tabanca de Mbunhe tem 200 mil diferentes tipos de plantas, nomeadamente bissilom, pau de conta, pau de carvão.

Outros viveiros foram feitos nas diferentes regiões do país através de estruturas das delegacias de florestas e vão ser distribuídos e plantados em todo o  território nacional, a partir do dia 17 do mês corrente, em extensões de  de três e quatro hectares em cada região.ANG/DMG/ÂC//SG


África do Sul


                        Jakob Zuma diz-se vítima de “assassínio” político

Bissau, 16 jul 19 (ANG) -  O antigo presidente sul-africano Jacob Zuma, que segunda-feira compareceu perante uma comissão de inquérito sobre corrupção durante os seus mandatos, denunciou o que considera ser uma "calúnia" e afirmou-se vítima de "assassínio" político.
Fui caluniado, acusado de ser o rei dos corruptos. Chamaram-me toda a espécie de nomes", disse Jacob Zuma, após a primeira audiência perante a comissão.
Zuma deverá responder às acusações de que generalizou a corrupção na administração governamental quando foi Presidente da África do Sul (2009-2018).
"Nunca respondi. Penso que é importante que nos respeitemos", acrescentou perante a comissão, que está reunida em Joanesburgo.
Zacob Zuma sustentou que a comissão foi criada "para que sejam encontradas coisas" contra si, afirmando-se vítima de "um assassínio deliberado" durante 20 anos e de "conspiração".
Durante mais de um ano, a comissão, presidida pelo vice-presidente do Tribunal Constitucional, Raymond Zondo, ouviu dezenas de ministros, deputados, empresários e altos funcionários da administração sobre os negócios considerados obscuros da era de Zuma no poder.
O antigo chefe de Estado, 77 anos, é suspeito de conceder ilegalmente contratos públicos lucrativos e benefícios indevidos a uma família de empresários indianos de quem é próximo, os Gupta.
Jacob Zuma foi pressionado a demitir-se em Fevereiro de 2018 e substituído pelo novo líder do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder, Cyril Ramaphosa.
O ex-chefe de Estado sempre negou qualquer envolvimento nestes negócios.
ANG/Angop

Política


Centrais sindicais indignadas com nomeação de 22 conselheiros do primeiro-ministro

Bissau,16 Jul 19 (ANG) – As duas centrais sindicais do país, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) e Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB), manifestaram suas indignações com a nomeação dos 22 conselheiros e assessores do primeiro-ministro Aristides Gomes.

Secretário geral da UNTG
A informação consta num comunicado de imprensa enviado hoje à ANG .

A UNTG e CGSI-GB dizem que o ato demonstra claramente que este executivo está em condições de responder as exigências reivindicativas constantes no seu pré-aviso de greve.
“Tendo em conta o atraso no pagamento de salário e outras regalias aos servidores públicos, as centrais sindicais questionam onde irá o governo encontrar fundos para honrar o compromisso com estes assessores e conselheiros afectos ao gabinete do primeiro-ministro”, questionaram.

As centrais sindicais  apelam aos trabalhadores a se manterem firmes e determinados a volta das suas estruturas sindicais, porquanto ser único caminho para obterem a dignidade, respeito sócio laboral, em defesa dos seus interesses legítimos e promoção dos direitos aos estatutos.

O Primeiro-ministro nomeou recentemente 13 conselheiros e sete assessores para diferentes áreas mas desdramatizou as criticas dizendo que a maioria dos nomeados não vai auferir de salário por ser beneficiário de pensão vitalícia, justificação que entretanto não convence aos seus críticos. ANG/JD/ÂC//SG

Saúde pública


                            Câncer do pulmão atinge cada vez mais mulheres
Bissau, 16 jul 19 (ANG) - O número de pacientes com câncer não para de crescer em todo o mundo e existem cada vez mais mulheres no planeta que serão afetadas pela doença em algum momento da vida.
De acordo com dados da Agência Internacional para a Pesquisa sobre câncer (IARC, na sigla em inglês), publicados em 2019, uma em cada seis desenvolvem o mal.
O câncer de pulmão é a principal causa de morte para homens e mulheres em 28 países, segundo o relatório da agência, que salienta a importância de consciencializar a população sobre o risco do tabagismo e a exposição passiva ao cigarro. De acordo com o epidemiologista Gautier Defossez, coordenador de uma pesquisa publicada em julho pelo Instituto Nacional do Câncer e Saúde Pública na França       , o estudo francês traz dados preocupantes. “A situação para as mulheres mostra uma evolução do número de casos de cânceres do pulmão. O aumento da incidência é 5,3% por ano, um sinal alarmante que tem uma ligação direta com a exposição ao tabaco”, alerta.
Na França, respectivamente, o câncer de mama, o de pulmão e o colorretal são os mais comuns entre as mulheres, destaca o estudo, que levou em conta os últimos trinta anos. Cerca de 400 mil casos são diagnosticados por ano, a incidência da doença de um modo geral entre as mulheres registrou um forte aumento desde 1990. A alta é de 93%, mesmo que o número de mortes tenha diminuído, por conta dos progressos envolvendo tratamento e prevenção. O aumento do número de casos também resulta do próprio envelhecimento da população.
O câncer do seio também voltou a crescer no pais em 2010 depois de uma estabilização dos casos durante o ano 2000. Diversos fatores explicam essa tendência, ressalta o relatório: alimentação inadequada e obesidade, trabalho noturno e a exposição aos chamados disruptores endócrinos, presentes, por exemplo nos inseticidas usados na indústria da alimentação.
Mudanças no modo de vida que têm consequências diretas na saúde das mulheres, não só na França, mas em todo o mundo. Os autores do relatório ressaltam a importância de prevenir os cânceres que podem ser evitados. Entre eles o do pulmão, na maioria causados pelo tabagismo, do câncer do colo do útero, que pode ser curado em fase inicial, e contra o qual existe uma vacina, além do melanoma, tumor da pele desencadeado pela forte exposição aos raios ultravioletas.ANG/RFI


segunda-feira, 15 de julho de 2019

Política


Primeiro-ministro afirma que maioria dos seus conselheiros não auferem  salário mensal

Bissau,15 Jul 19 (ANG) – O primeiro-ministro, Aristides Gomes disse em comunicado que a maioria dos Conselheiros recém nomeados não aufere de salários por serem beneficiários da subvenção mensal vitalícia, enquanto titulares de cargos políticos.

 Aristides Gomes referiu que o anterior governo, no quadro da implementação das medidas de reformas e de reajuste salarial, extinguiu, desde setembro de 2018, os subsídios de representação de que bneficiavam os membros do executivo equiparados, pelo que as recentes nomeção não têm impacto no Orçamento geral do estado.

Na missiva, o chefe do governo sustenta que a nomeação de Conselheiros e Assessores para diferentes áreas, foram adequadas aos novos desafios impostos pela implementação do Programa “Terra Ranka”.

Acrescenta  que o espírito dessas nomeações, serve essencialmente para assegurar ao chefe do executivo o reforço das capacidades na disseminação e enquadramento de alguns dossiers importantes de governação.

Por outro lado, o primeiro-ministro considera de legítimas e louváveis as preocupações de cidadãos nacionais, sobretudo dos dirigentes da maioria parlamentar face ao novo rumo da governação do país, pelo que apela a calma e ponderação perante alguns actos administrativos decorrentes da mesma.

ANG/LPG/ÂC//SG

UNTG


 Secretário-geral participa na reunião de Peritos de Trabalho da CEDEAO em Abuja

Bissau, 15 de Julho 19 (ANG) – O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça, participa entre os dias 16 à 19 de Julho, em Abuja  (Nigéria), na reunião de Peritos de Trabalho e dos ministros do Emprego da Comunidade Económica dos Estados da Àfrica Ocidental (CEDEAO).

Segundo a nota de imprensa da UNTG enviada à Agência de Noticias da Guiné (ANG), a reunião insere-se nos trabalhos da Assembleia Geral do Fórum de Diálogo Social.
 De acordo com a nota, o evento decorre sob o tema: "Fortalecimento do Diálogo Social para a promoção do trabalho decente na região da CEDEAO.

O documento informa que no encontro serão apresentados o Projeto de Diretiva sobre Harmonização das Relações de Trabalho na zona CEDEAO e  o Programa Sub-Regional sobre Trabalho Decente.

O encontro ainda prevê como ordem do dia análise da proposta de reestruturação do Fórum de Diálogo Social tripartido da CEDEAO,  e será Briefing sobre as questões e  a eleição da nova mesa do Fórum do Diálogo da CEDEAO para 2019 a 2023, entre outros assuntos.

ANG/CP/ÂC//SG

“Final do CAN-2019”



Bissau,15 Jul 19 (ANG) – A selecção do Senegal defronta a sua congénere da Argélia no jogo da final do CAN/2019 previsto para sexta-feira, as 20h00 TMG, no estádio internacional de Cairo.

Os senegaleses derrotaram no Domingo a Tunísia por 1-0, após prolongamento, numa partida a contar para as meias-finais do CAN-2019 e a Argélia derrotou a Nigéria por duas bolas à uma.

Foi com um autogolo de Dylan Bronn, jogador tunisino que atua nos belgas do Gent, que a seleção senegalesa se apurou para a final.

Numa outra partida, a contar para as meias-finais do CAN-2019, de forma épica, a Argélia juntou-se ao Senegal na final da prova, após bater a Nigéria por 2-1.

Os argelinos ganharam vantagem ainda no primeiro tempo, mercê de um auto-golo de Troost-Ekong, mas uma grande penalidade convertida por Ighalo, à passagem do minuto 70, daria a igualdade aos nigerianos.

Já em tempo de descontos, um livre direto soberbamente cobrado por Ryad Mahrez, jogador do Manchester City, deu o apuramento à Argélia para a terceira final da competição na sua história.

O jogo para a disputa do terceiro lugar realiza-se na quarta-feira entre a Tunísia e Nigéria.

ANG/A Bola

Ensino



Dautarin da Costa
Bissau,15 Jul 19(ANG) - O novo ministro da Educação , Dautarim da Costa, disse que conta com Portugal para a "refundação ou reabilitação" do sistema educativo do país, que considerou estar num processo acelerado de degeneração.

Formado em Sociologia no ISCTE, em Lisboa, Dautarim da Costa, 38 anos, antevê uma relação estreita com Portugal, tendo em conta as semelhanças entre os sistemas do ensino dos dois países e também o interesse comum que os dois estados têm no desenvolvimento da língua portuguesa.

"Tem a questão da língua portuguesa, o nosso sistema é muito parecido ao sistema português, nós conseguimos comunicar, naquilo que são as dinâmicas do sistema educativo, de uma forma muito facilitada com o sistema português", observou o ministro guineense.

Dautarim da Costa, até aqui quadro sénior das Aldeias SOS na Guiné-Bissau, disse à Lusa constatar a existência de "uma predisposição natural" entre a Guiné-Bissau e Portugal, devido aos interesses dos dois países em almejar o desenvolvimento dos seus povos.

"Creio que Portugal vai ser um parceiro importante. Agora nós é que temos que ter a capacidade, a nível do ministério, de conceber as oportunidades, conceber ideias que possam gerar as oportunidades que nós precisamos", sublinhou Dautarim da Costa.

Entre as áreas que poderão merecer destaque na cooperação imediata com Portugal, o governante guineense apontou a gestão e administração do sistema educativo, melhorias na prática pedagógica, monitorização e avaliação do sistema, tudo na perspetiva de refundação ou de reabilitação do próprio sistema, defendeu.

Dautarim da Costa considera que, tal como Portugal, vários parceiros estão dispostos a apoiar a Guiné-Bissau, a questão, frisa, é que o próprio país é que não tem sabido conceber políticas e estratégias de atração e absorção de apoios disponíveis.

"Às vezes, falta é a capacidade de coordenarmos e articularmos as oportunidades que vão surgindo", declarou o ministro, salientando ser crucial que os parceiros tenham a noção de que os guineenses "sabem exatamente o que querem".

Em relação ao funcionamento imediato do sistema educativo, Dautarim da Costa elege como prioridade "a salvação do ano letivo", na sequência de várias greves dos professores, situação que tem dificultado o cumprimento integral dos conteúdos programados para os alunos.

Devido às greves, dos 180 dias letivos previstos, os alunos das escolas públicas apenas tiveram, efetivamente, cerca de 70 dias de aulas.

O plano de salvação do ano consiste em identificação dos conteúdos essenciais de cada disciplina, garantir a sua implementação, aferir como foram administrados e desta forma proceder à avaliação final dos alunos, declarou Dautarim da Costa.

Tudo isso terá que ser feito sem pôr em causa o próximo ano letivo, que o ministro pretende que comece antes do mês de outubro.

A outra missão imediata, disse o ministro, é estabelecimento de "outra forma de relacionamento" com os sindicatos dos professores. ANG/Lusa


Sociedade




Bissau,15 Jul 19(ANG) –, O antigo secretário-geral adjunto das Nações Unidas, Carlos Lopes considerou que a Guiné-Bissau precisa "de uma espécie de desígnio nacional das lideranças do país, muito mais comprometido com o futuro dos guineenses".

Disse que esse desígnio não surge porque a Guiné-Bissau "é um país rentista".

Em entreista a Lusa em Lisboa, Carlos Lopes defende que os países africanos estão, cada vez mais, divididos em duas categorias, os rentistas e os reformistas: os primeiros "vivem da renda que vem do petróleo, ou dos diamantes, ou do cobre ou de alguma coisa, e ficam nesse guarda chuva, fazem muito poucas reformas e não se adaptam às necessidades de reestruturar a economia, vivem apenas dessa renda".

Do outro lado, existem os países reformistas, os que fazem um esforço para se tornarem emergentes, explicou.

"Felizmente para a África, temos muitos países que estão a saltar da primeira para esta outra categoria, e alguns deles vizinhos da Guiné-Bissau", acrescentou o também professor da Universidade Nelson Mandela, na África do Sul, onde vive.

Países como Cabo Verde, Senegal ou Guiné-Conacri são países que estão a fazer reformas ao longo do tempo e são países emergentes, concretizou.

A Guiné-Bissau, ao contrário, está entre os rentistas, mas na subcategoria dos que vivem de uma renda que nem sequer resulta das suas exportações. "Essa renda vem da ajuda ao desenvolvimento, mas é tratada como renda e nem sequer é o resultado do esforço interno das transações económicas do país", afirmou.

Assim, a Guiné-Bissau ficou isolada na sua região, entre reformistas, e "não só vive da renda como vive deste subproduto que é a ajuda", considerou, acrescentando: "Portanto é um país pedinte".

Ora, regimes de política rentista têm ainda um outro problema, disse.

"São regimes que vivem não só do que podem tirar da árvore, ou seja dos recursos naturais existentes, mas também do ilícito. Portanto todos os regimes rentistas vivem da colheita e do ilícito. E a Guiné-Bissau não é exceção".

"Como a Guiné-Bissau é um país rentista e não tem características reformistas está numa situação de captura", afirmou em entrevista à Lusa em Lisboa, onde se deslocou na última quinta-feira para receber o "Prémio José Aparecido de Oliveira", que lhe tido sido atribuído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2016.

O académico guineense referiu que há países complexos em África, como aquele onde vive, a África do Sul, que tem uma comissão de inquérito sobre a captura do Estado, que leva a comissões judiciais, um conjunto de dirigentes.

"E fica provado, através desses inquéritos e dessas investigações que, de facto o Estado foi capturado por negócios ilícitos e por todo o tipo de comportamentos que não são compatíveis com uma economia transparente e moderna", considerou.

Na sua opinião, a Guiné-Bissau talvez precisasse de uma comissão de captura.

Além destes problemas, a Guiné-Bissau tem ainda, na opinião do antigo dirigente das Nações Unidas, um "défice muito grande de credibilidade".

"E qualquer governo, e há um novo governo que é legítimo, terá uma dificuldade imensa em superar a incredibilidade da comunidade internacional em relação à Guiné-Bissau como país", um Estado que já lhe deu "tantos desgostos".

Porque "há um limite de paciência da comunidade internacional", frisou.

Apesar do quadro em que o país vive, não vê grandes mudanças possíveis até às eleições presidenciais, marcadas para novembro próximo.

A Guiné-Bissau está num período de "transição político-institucional e por causa dessa transição (...) é muito difícil engajar parceiros internacionais para tudo o que tenha a ver com mudanças estruturais ou de longo prazo", considerou.

O antigo responsável da ONU e atual alto representante da União Africana para as parcerias com a Europa, considera que a Guiné-Bissau é "um país pedinte", onde as lideranças "não têm um respeito constitucional mínimo" e com grande falta de credibilidade junto da comunidade internacional, cuja paciência "tem limites".

"O que é certo é que temos um conjunto de caraterísticas que são inverosímeis. Não temos nas lideranças um respeito constitucional mínimo. Há interpretações da Constituição que vão ao ponto de dizer que aquele que ganha as eleições não deve ser escolhido ou não deve governar, porque eu não gosto das políticas dele", afirmou o professor guineense, em entrevista à Lusa em Lisboa. ANG/Lusa




Presidenciais 2019


                 Carlos Gomes Júnior anuncia candidatura independente

Bissau,15 Jul 19(ANG) - O antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior anunciou no sábado que é candidato independente às eleições presidenciais de 24 de novembro.

Disse que é candidato para "restituir a confiança" aos cidadãos, das instituições do Estado e ainda a credibilidade internacional do país.

Numa cerimónia num hotel de Bissau, perante dezenas de apoiantes, na sua maioria jovens, Carlos Gomes Júnior afirmou que em dezembro próximo completa 70 anos, mas será já presidente da Guiné-Bissau, por acreditar que será o eleito nas eleições presidenciais de 24 de novembro.

O antigo primeiro-ministro disse que "desta vez será diferente", em alusão às presidenciais de 2012, nas quais foi afastado, através de um golpe de Estado militar, quando se preparava para disputar a segunda volta do pleito, contra Kumba Ialá, entretanto já falecido.

Na sua intervenção, Carlos Gomes Júnior saudou os antigos companheiros de luta política "por uma Guiné-Bissau melhor", destacando o "líder carismático Kumba Ialá", de quem disse ter a certeza de que, se estivesse vivo, estaria naquela sala onde anunciou a sua candidatura à presidência da República.

"Não somos inimigos, somos adversários políticos", observou Gomes Júnior, salientando ter pensado muito durante os anos em que viveu fora do país.


Gomes Júnior afirmou que chegou mesmo a pensar abandonar a vida política para se dedicar à sua família, mas, tendo em conta "a situação caótica" da Guiné-Bissau e os apelos que tem recebido, entendeu que deve retomar a vida política.

Sobre a sua candidatura às presidenciais de 24 de novembro, o antigo primeiro-ministro ressalvou que será "independente, livre, nacional e suprapartidária", juntando todos os guineenses que "queiram abrir novos horizontes de uma Guiné-Bissau mais solidária".

Se for eleito presidente, Carlos Gomes Júnior prometeu ser um chefe de Estado que vai restaurar a confiança dos cidadãos no país, no Estado de Direito Democrático, nas instituições, autoridade moral, a credibilidade dos titulares de cargos públicos, disse.

"O presidente deve ser um exemplo, uma referência do exercício das suas funções, agindo sempre com ética e integridade na defesa de interesses nacionais", sublinhou Gomes Júnior, também conhecido por Cadogo.

"Acreditem em mim, comigo faremos deste país um grande país", afirmou Cadogo, para receber palmas e vivas dos seus apoiantes vestidos com 't-shirts' brancas com a sua esfinge, nas quais se pode ler: "Cadogo Presidente".
ANG/Lusa


sexta-feira, 12 de julho de 2019

Política




Bissau,12 Jul 19(ANG) - O economista guineense Carlos Lopes defendeu quinta-feira que a Guiné-Bissau "tem de passar rapidamente da crise para as oportunidades", lamentando que os "compatriotas embarquem em querelas e questões institucionais" que prejudicam o futuro do país.

"Estou esperançado que finalmente vamos poder inaugurar uma nova etapa, e estou muito feliz de ver consagrado o princípio da paridade e de o Governo ter uma composição etária que reflete mais a demografia do país", disse, quando questionado pelos jornalistas sobre os últimos desenvolvimentos eleitorais na Guiné-Bissau.

"Espero que possamos passar rapidamente à velocidade de cruzeiro em relação às premissas que têm mais valor para a Guiné-Bissau, que são as necessidades de desenvolvimento, o facto de o país, relativamente aos seus vizinhos, e a África em geral, estar bastante atrasado em tudo o que é transformação, consolidação de estruturas e potencialidades para a economia ser valorizada", defendeu o economista que já foi sub-secretário-geral das Nações Unidas e responsável pela Comissão Económica da ONU para África.

"Temos uma riqueza enorme de biodiversidade, grandes vantagens em ser um país relativamente pequeno, e devia ser mais fácil de gerir, mas infelizmente os meus compatriotas embarcam em querelas e questões institucionais que não ajudam a prever um futuro sorridente para todos os guineenses", lamentou.

Falando aos jornalistas à margem de uma visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, na qual recebeu o 'Prémio José Aparecido de Oliveira', "pelo elevado mérito e extenso contributo para a difusão dos valores da CPLP e a visibilidade da Comunidade", Carlos Lopes disse ainda que o país "tem tido a vantagem de, ao longo do tempo, ter eleições que são sempre aceites" pela comunidade internacional e local.

"O nosso problema é sempre pós-eleitoral, é a gestão do período pós-eleitoral", apontou, concluindo: "Espero que desta vez não voltemos a repetir a tendência de contestar resultados e não respeitar aquilo que são as escolhas das pessoas".

Mais de três meses após as eleições legislativas de 10 de março, o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, rejeitou indigitar como primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, que depois acabou por indicar Aristides Gomes, então chefe do Governo cessante, para o cargo, o que o chefe de Estado aceitou, mas sem nomear imediatamente o novo executivo.

O novo Governo foi nomeado a 03 de julho, quase quatro meses depois das eleições legislativas, e no último dia do prazo dado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). ANG/Lusa

Cooperação


Presidente da República felicita seu homólogo São-tomense pela celebração do Dia da Independência Nacional

Bissau 12 Jul 2019 (ANG) – O Chefe de Estado guineense endereçou votos de felicitações e prosperidade à Nação são-tomense por ocasião da celebração de mais um aniversário da Independência daquele país lusófono que se assinala hoje dia 12 de julho.

 De acordo com o comunicado da Presidência da República enviado à ANG, José Mário Vaz na missiva aproveita este ensejo para endereçar ao seu homologo são-tomense Evaristo de Carvalho votos de boa saúde e felicitações pessoais e de bem-estar continuo ao povo irmão de São Tomé e Príncipe.

“Ao celebrar-se o Dia da República Democrática, tenho a honra de dirigir à vossa Excelência, as minhas mais sinceras e cordiais felicitações, formulando, ao mesmo tempo, os meus melhores votos pela crescente prosperidade da Nação são-tomense e pela manutenção dos laços de amizade e cooperação que unem os nossos dois povos e Estados “, lê-se na nota.

No comunicado o Chefe de Estado guineense aproveita a oportunidade para reiterar ao Presidente de São Tomé, os protestos da sua mais alta consideração e estima pessoal.ANG/MSC/ÂC

Política


Conselho de Ministros institui Comissão para elaborar Programa de Emergência de governação

Bissau,12 jul 19 (ANG) – O ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins foi indigitado para presidir a Comissão responsável pela elaboração de um  Programa de Emergência do governo.

A informação consta no Comunicado do Conselho de Ministros, reunido quinta-feira na sua 1ª Sessão Ordinária, sob a presidência do Primeiro-Ministro Aristides Gomes.

 Segundo o documento a que ANG teve acesso, a referida Comissão integra o Conselheiro do Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira e o Secretário de Estado da Gestão Hospitalar, Anaximiandro Zilene Menut.

O colectivo governamental convocou para próxima semana uma sessão extraordinária para concluir a análise do projecto de Decreto-Lei relativo a orgânica do governo.

Durante a sua primeira sessão ordinária, o primeiro-ministro informou aos restantes membros do executivo de que deslocaria   na quinta-feira para Abidjan(Costa de Marfim), para participar na cimeira dos chefes de Estado e do Governos dos Países da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) que irá debruçar-se sobre os mecanismos de integração económica e criação da moeda única no espaço da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Por seu lado a ministra dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, Suzy Barbosa falou  da sua recente participação na XII Cimeira Extraordinária da União Africana que decorreu nos dias 06 e 07 de julho , em Niamey, capital do Níger, e que marcou o início oficial do acordo de livre comércio no continental africano.

De acordo com Suzy Barbosa, o acordo serve para estabelecer o maior mercado mundial com um Produto Interno Bruto(PIB) na ordem de 2,5 mil milhões de dólares.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros o objectivo principal do acordo é conseguir passar dos actuais 16 por cento do volume de negócios entre os 55 países membros, para 60 por cento até 2022.ANG/LPG/ÂC//SG

África


                               Desafios à Zona de Livre Comércio Africana
                         Por Lúcia Muzell    
Bissau, 12 jul 19 (ANG) - A assinatura do acordo de criação da Zona de Livre Comércio Continental Africana (Zlec) foi considerada um marco “histórico” pelos 54 países signatários, que comemoraram o êxito dos quatro anos de negociações no último domingo (7).
No entanto, a concretização do sonho de abrir o maior bloco comercial do mundo ainda está distante – falta de infraestruturas, disparidades regionais e concorrências internas são as maiores barreiras para que o projeto saia mesmo do papel.
O mais comum é um país ser forte em uma determinada produção – mas não encontrar mercado nem nos próprios vizinhos. Isso acontece quando uma região toda se concentra em um mesmo produto, em geral matérias-primas, ou quando um país não tem condições de importar produtos sem valor agregado, como o café do Quênia ou o algodão do Mali, por não dispor de indústria de transformação.
“Muitas vezes, é mais fácil importar ou comercializar um produto de outro continente, como Europa, Ásia ou até dos Estados Unidos, do que comercializar de um país africano para o outro. Essa dificuldade é uma das grandes virtudes que esse acordo de livre comércio preconiza”, explica João Bosco Montes, presidente do Instituto Brasil-África (Ibraf), entidade que promove a aproximação entre Brasília e o continente africano.

A imensa heterogeneidade entre os países  tanto em desenvolvimento quanto em política monetária e fiscal, também é um empecilho. O continente já é dividido em cinco zonas comerciais – o oeste africano chega a ter uma moeda única para facilitar as transações. Ao mesmo tempo, as economias compartilham uma deficiência grave de infraestruturas.
“O Marrocos não é igual à África do Sul, que não é igual ao Quênia, que não é igual à Namíbia. Além disso, como as mercadorias vão circular de um lugar para o outro? Existe um grande problema de logística: não há formas de escoamento das produções de um lugar para o outro”, observa Bosco Monte, pós-doutor em Relações Internacionais. “A base industrial na maioria dos países ainda é frágil, porque falta infraestrutura. Não tem energia elétrica para ligar as máquinas para que elas possam produzir.”
Nesse cenário desfavorável, o professor de economia senegalês Gervasio Semedo, da Universidade de Tours, na França, avalia que, inegavelmente, o acordo é uma grande conquista para o continente . Para ele, a harmonização das tarifas será o passo mais complexo.
“Os países pertencem a várias formas de integração regional, tanto monetárias quanto reais, e tudo isso vai precisar ser esclarecido. Vai ser necessário criar condições de convergência das economias, para poder acelerar o comércio”, avalia Semedo. “Sem contar a particularidade histórica, de que a África foi colonizada. Desde 1885, diversas empresas da França, Reino Unido, Portugal, Espanha e da Alemanha, numa menor medida, implementaram um fracionamento da África, que desde então ficou voltada para esses países colonizadores”, lembra o professor.
Se a Zlec for mesmo implementada, poderá colocar o continente na rota de tratados internacionais ainda maiores, com a União Europeia ou o Mercosul. Semedo avalia que, na economia globalizada, os pequenos espaços comerciais saem muito prejudicados.
“É a continuidade do espírito multilateral que prevalece. É melhor ter espaços abertos do que espaços fechados em si, que geram conflitos”, destaca Semedo. “A África está preparada? Como todos os outros espaços comerciais no início, não. Há uma necessidade profunda de transformação estrutural na África. Os países precisam ter uma visão estratégica das coisas, se abrindo mas aplicando proteções inteligentes, para viabilizar a emergência de indústrias e se beneficiar de uma economia de escala internamente”, afirma o especialista, que sublinha ainda que “chegou a hora” de a África se abrir para outros continentes, como as Américas.
Bosco Monte ressalta o imenso potencial da região, onde se encontram algumas das mais altas taxas de crescimento econômico do mundo. Ele compara o momento atual africano aos países do Cone Sul nos anos 1970 – a produção agrícola na savana ou no semiárido africanos podem se desenvolver tal como aconteceu no Cerrado brasileiro, nas últimas décadas.
As empresas internacionais, observa, já perceberam esse potencial há muito tempo. O presidente do Ibraf lamenta que, por questões políticas, o Brasil tenha se afastado cada vez mais da África, até chegar à ruptura atual.
“Enquanto o governo não faz a sua parte e não contribui, as empresas ficam acanhadas. Isso não é uma prerrogativa do empresário brasileiro: o francês, o americano ou o japonês também têm isso”, frisa Bosco Monte. “Só que eles têm a decisão tácita de levar consigo as marcas dos seus países e investem uma quantidade generosa de recursos para que as marcas se consolidem. O Brasil não tem essa política.”
A Zona de Livre Comércio Continental Africana engloba 1,2 bilhão de consumidores – que saltarão para 2,5 bilhões nos próximos 30 anos. Atualmente, apenas 17% das matérias-primas e produtos africanos são vendidos dentro do próprio continente.ANG/RFI

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Política


PUN acusa Chefe de Estado cessante de inviabilizar acção do Procurador Geral da República

Bissau, 11 Jul 19(ANG) – O Presidente do Partido da Unidade Nacional (PUN) disse que as recentes declarações de Chefe de Estado cessante José Mário Vaz inviabilizam a açcão do recém-nomeado Procurador-Geral da República(PGR).

Idrissa Djaló que falava numa conferência de imprensa citou as recentes declarações de José Mário Vaz em que instou o Ministério Público para averiguar o caso do desaparecimento dos doze milhões de dólares doados por Angola, como apoio ao Orçamento Geral de Estado.

O caso 12 milhões de dólares de Angola data de 2011 e envolve o ex-primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior e José Mário Vaz, na altura ministro das Finanças. 

Idrissa Djalo ainda acusou o chefe de estado cessante de não ter cumprido a decisão da CEDEAO sobre a nomeação do novo PGR.

A  CEDEAO recomendara que  o novo PGR seja nomeado por José Mário Vaz através de uma lista de três nomes propostos pelos  partidos da maioria parlamentar, o que não se verificou.

Djaló acusa o Presidente cessante de nomear o novo PGR, com intuito de perseguir seus adversários, mas disse que  duvida se o mesmo aceitará  tal missão.

Mudando de assunto, o líder do PUN considerou a legislatura de 2008 à  2012  a mais sangrenta na história da Guiné-Bissau, porque segundo afirmou,   “ceifou vidas de muita gente, nomeadamente, de João Bernardo Vieira, Roberto Ferreira Cacheu, Hélder Proença, Baciro Dabó  e outros”.

Afirmou que existe  uma” organização criminosa” que adiou o desenvolvimento do país, desde 1998, tendo mencionado os nomes de José Mário Vaz e Carlos Gomes Júnior para dizer que durante os seus mandatos houve muitas mortes que não foram esclarecidas.

Idrissa Djalo considerou os cinco anos de mandato de José Mário Vaz como sendo marcados de” trapaça, corrupção” entre outros males.

Por isso, disse  que os dois não devem se candidatar nas próximas eleições presidenciais por terem feito uma “governação sangrenta e fraudulenta”. 

ANG/JD/AC//SG

Sociedade


“Guiné-Bissau apresenta taxa mais baixa de mulheres parlamentares em África”,diz ONU Mulher

Bissau, 11 Jul 19 (ANG) – A ONU Mulheres revelou hoje em comunicado que a Guiné-Bissau tem uma das taxas mais baixas de mulheres parlamentares em África, apesar de ter assumido compromissos para aumentar a representação feminina em  cargos políticos no país.

Segundo uma nota desta organização à que Agência de Notícias da Guiné teve acesso hoje, apenas 62 mulheres foram colocadas no topo das listas e outras 100 na segunda posição, enquanto alguns partidos como o Partido Democrático e Desenvolvimento e o Partido da Justiça, Reconciliação e Trabalho não deram às mulheres qualquer lugar.

Em consequência, conforme a nota, apenas 13 mulheres (14 %) foram eleitas para o parlamento confirmando a estagnação em comparação com 14 por cento nas eleições de 2014.

Esta situação, colocou o país em 141º lugar entre 193 países listados na classificação da União Parlamentar Internacional dos parlamentos nacionais.

 A nota refere que as mulheres constituem cerca 52,4 por cento da população do país, mas no entanto desempenham um papel muito limitado no processo do desenvolvimento da Guiné-Bissau.

A nota indica que as mulheres que participam na política enfrentam muitos desafios que atrapalham seus direitos políticos, e que o acesso ao poder político é muito limitado por factores patriarcalismo, estereótipos socioculturais, barreiras estruturais e políticas por meio de práticas discriminatórias

Por isso, a ONU mulheres em colaboração com a Unidade de Género do UNIOGBIS e o Grupo Técnico de Género das NU, organizaram de hoje até amanhã, sexta-feira um ateliê com mulheres líderes, parceiros nacionais e internacionais para refletir sobre a experiência da participação das mulheres no país, com especial atenção ao quadro legal adotado e nas leis que estão a ser revistas, e as alterações e estratégias necessárias para o próximo período.   

Em agosto de 2018, o parlamento guineense aprovou, por unanimidade, a Lei de Paridade, estipulando que a representação de 36 por cento deveria ser concedida às mulheres (assim como aos homens) nas listas eleitorais.

No entanto, de acordo com a ONU mulheres, apenas oito partidos políticos entre os 21 cumpriram o requisito da Lei de Cotas.

 As partes que não se conformaram devem enfrentar penalidades financeiras de acordo com o artigo 10, paragrafo 1 da lei, tais como a perda de subvenção estatais e a redução ou eliminação de isenções fiscais.

O parlamento guineense conta actualmente com 102 deputados 13 dos quais são mulheres. 

ANG/LPG/ÂC//SG