Jakob Zuma diz-se vítima de “assassínio” político
Bissau, 16 jul 19 (ANG) - O antigo presidente sul-africano Jacob Zuma,
que segunda-feira compareceu perante uma comissão de inquérito sobre corrupção
durante os seus mandatos, denunciou o que considera ser uma "calúnia"
e afirmou-se vítima de "assassínio" político.
Fui caluniado, acusado de ser o rei dos corruptos. Chamaram-me
toda a espécie de nomes", disse Jacob Zuma, após a primeira audiência
perante a comissão.
Zuma deverá responder às acusações de que generalizou a
corrupção na administração governamental quando foi Presidente da África do Sul
(2009-2018).
"Nunca respondi. Penso que é importante que nos
respeitemos", acrescentou perante a comissão, que está reunida em
Joanesburgo.
Zacob Zuma sustentou que a comissão foi criada "para que
sejam encontradas coisas" contra si, afirmando-se vítima de "um
assassínio deliberado" durante 20 anos e de "conspiração".
Durante mais de um ano, a comissão, presidida pelo
vice-presidente do Tribunal Constitucional, Raymond Zondo, ouviu dezenas de
ministros, deputados, empresários e altos funcionários da administração sobre
os negócios considerados obscuros da era de Zuma no poder.
O antigo chefe de Estado, 77 anos, é suspeito de conceder
ilegalmente contratos públicos lucrativos e benefícios indevidos a uma família
de empresários indianos de quem é próximo, os Gupta.
Jacob Zuma foi pressionado a demitir-se em Fevereiro de 2018 e
substituído pelo novo líder do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder,
Cyril Ramaphosa.
O ex-chefe de Estado sempre negou qualquer envolvimento nestes
negócios.
ANG/Angop
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