ONU condena uso
da força contra manifestantes
Bissau, 31 jul 19 (ANG) - A polícia parece ter usado força
excessiva contra manifestantes que, no sábado, exigiam em Moscou a participação
de membros da oposição nas eleições municipais da capital russa, disse a ONU na
terça-feira (30).
O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Direitos Humanos, Rupert Colville, questionou o fato de que 57 candidatos
oposicionistas ou independentes não tenham tido autorização para concorrer às
eleições.
Durante sua intervenção, a polícia prendeu mais de 1.400 pessoas
e houve cerca de 70 feridos.
"Estamos preocupados que a polícia russa aparentemente
tenha usado força excessiva contra os manifestantes de sábado no centro de
Moscou", disse Rupert Colville durante uma coletiva de imprensa em
Genebra.
"O uso da força pela polícia, na Rússia e em outros
lugares, deve sempre ser proporcional à ameaça, se houver, e apenas como último
recurso", acrescentou.
Em um comunicado oficial do Ministério das Relações Exteriores,
o governo francês pede a liberação imediata do ativista russo: “A França pede a
sua rápida liberação e expressa sua profunda preocupação com estes desenvolvimentos
recentes”.
“A Rússia é membro do Conselho da Europa e da Organização para a
Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e deve, como todos os seus Estados
membros, respeitar os compromissos que assumiu neste contexto, em particular no
que diz respeito à liberdade de opinião, expressão, demonstração e participação
em eleições livres”, diz o comunicado.
Um tribunal em Moscou rejeitou terça-feira(30) o pedido de
libertação antecipada por razões de saúde do oponente Alexei Navalny, segundo
uma uma fonte judicial.
Alexei Navalny, hospitalizado no domingo (28), deixou o hospital
na segunda-feira (29) e foi devolvido à prisão.
Ele está cumprindo uma sentença de 30 dias de prisão desde a
semana passada, por agitar uma manifestação proibida em Moscovo.
O ativista anticorrupção foi hospitalizado em carácter de
emergência no domingo, enquanto apresentava "um grave inchaço no rosto e
vermelhidão na pele", escreveu seu porta-voz, Kira Iarmich, no Twitter.
Sua advogada e o próprio Navalni negam choque alérgico como
motivo da internação e falam em envenenamento.
O Judiciário russo anunciou na terça-feira (30) que abriu uma
investigação sobre "desordens em massa" após a manifestação de
sábado, resultando em cerca de 1.400 detenções.
Um processo por "organizar desordem em massa" pode levar a sentenças de até 15 anos de prisão. ANG/RFI/AFP
Um processo por "organizar desordem em massa" pode levar a sentenças de até 15 anos de prisão. ANG/RFI/AFP
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