José Mário Vaz promete anunciar seu futuro político nos
próximos dias
Bissau,25
Jul 19(ANG) – O Presidente da República cessante, José Mário Vaz afirmou que
nos próximos dias irá anunciar o seu futuro político, ou seja se vai ou não se recandidatar.
José
Mário Vaz falava quarta-feira em jeito de resposta ao pedido do Movimento de
Apoio Político de “Botche Candé”, para se recandidatar a sua própria sucessão
nas próximas eleições presidenciais agendadas para 24 de Novembro.
“Devo
dizer ao ministro de Estado Botche Candé que levo em conta o seu pedido, mas existe um
conjunto de situações que ainda estão pendentes e que não vale a pena mencionar
aqui. Se estas questões forem reunidas vamos voltar a encontrar para tomarmos
uma decisão final”, prometeu José Mário Vaz.
Num
encontro com milhares de membros do Movimento de Apoio Político “Botche Candé”,
vindos de todas as localidades do país, José Mário Vaz sublinhou que, todo o
sofrimento por ele consentido ao longo dos cinco anos na presidência da
República deveu-se ao Povo guineense.
“O José
Mário Vaz podia ter uma governação tranquila se permitisse a todos meter mãos no
bolso, cada qual roubar dinheiro de Estado, brincar com o país. Mas eu recusei
todas essas situações e sempre defendi as pessoas mais carenciadas com mais
problemas e dificuldades”, disse.
Afirmou
que, foi em defesa da camada da população mais carenciada que está a enfrentar
os problemas actuais.
“Em
defesa das vossas causas, eu e a minha família fomos insultados. Mas ignoramos tudo. Vou vos dizer uma coisa: nunca
ouvirão da minha boca palavras
insultuosas contra alguém”, frisou.
José
Mário Vaz sublinhou que nunca irá ordenar actos de maldade contra fulano ou
beltrano, acrescentando que a sua principal missão como chefe de Estado é unir os filhos da Guiné-Bissau.
“Quando
em 2014 anunciei a minha candidatura às presidenciais, jurei que a minha
magistratura seria diferente de todos os presidentes que passaram na
Guiné-Bissau”, explicou.
O
Presidente da República cessante frisou que sempre se afirmava que os militares
são responsáveis pela instabilidade política do país, mas que hoje em dia, a classe castrense deu provas
de que não é responsável por essa
situação, mas sim os políticos.
José
Mário Vaz sublinhou que assumiu as funções do Presidente da República em 2014,
nunca passaria na sua cabeça de que depois de cinco anos estaria hoje em dia de
pé a falar, salientando que sempre tinha na sua cabeça de que haveria um golpe
de Estado pelo caminho.
“Garante-vos
que o período de transição nunca mais irá acontecer na Guiné-Bissau. Quem se ajoelhar
a espera de ser Presidente da República por via de transição está enganado.
Quem quer o poder tem que ir
junto ao povo da Guiné-Bissau através de apresentação da candidatura e
concorrer ,em pé de igualdade, com todos os candidatos”, referiu.
Por sua
vez, Botche Candé, o Coordenador do Movimento de Apoio Político com o seu nome,
disse que José Mário Vaz vai ganhar as próximas eleições presidenciais.
“Temos estruturas
montadas em todas as regiões, sectores e secções que compõe a Guiné-Bissau ,com
pessoas capazes de garantir a vitoria de
José Mário Vaz para o segundo mandato”, disse Botche Candé, actual conselheiro
de José Mário Vaz para segurança interna e externa. ANG/ÂC//SG
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